Você está na página 1de 15

a

Azélia Francisco
Cecília Mónica João
José Estevino Bene
Luís Manuel Jone
Sérgio Paulo
Tinache Rafael Zembe
Zeca José Noa

Tema: Métodos de Investigação Psicológica

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

Universidade Pedagógica

Delegação de Manica

Chimoio, Maio de 2016


i

Azélia Francisco
Cecília Mónica João
José Estevino Bene
Luís Manuel Jone
Sérgio Paulo
Tinache Rafael Zembe
Zeca José Noa

Tema: Métodos de Investigação Psicológica

Trabalho de pesquisa a ser Submetido ao Departamento


de Ensino à Distância da Universidade Pedagógica,
Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, Curso de
Licenciatura em Ensino de Matemática, 1° Ano, como
requisito parcial para a avaliação da Cadeira de
Psicologia Geral.

Docente: dr. Etelvino Fernando L. Joaquim

Universidade Pedagógica

Delegação de Manica

Chimoio, Maio de 2016


ii

Índice

Conteúdos Páginas

1. Introdução ................................................................................................................................... 1
2. Objectivos do trabalho ................................................................................................................ 1
2.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 1
2.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 1
3. Conceito de Psicologia ................................................................................................................ 2
4. Objeto de estudo da psicologia ................................................................................................... 2
5. Objectivos da psicologia ............................................................................................................. 3
6. Princípios da psicológicos........................................................................................................... 3
7. Áreas de actuação da psicologia ................................................................................................. 4
8. Métodos de Investigação Psicológica ......................................................................................... 5
9. Métodos de Investigação Gerais ................................................................................................. 5
9.1. Observação ........................................................................................................................... 5
9.1.1. Observação objectiva ou extrospecção .......................................................................... 6
9.1.2. Subjectiva ou Introspecção ............................................................................................ 6
9.2. Experimentação .................................................................................................................... 7
10. Métodos secundários ou auxiliares ........................................................................................... 7
10.1. Método clínico.................................................................................................................... 7
10.2. Método psicanalítico .......................................................................................................... 8
10.3. Métodos estatísticos/matemáticos ...................................................................................... 9
10.4. Método Longitudinal ........................................................................................................ 10
10.5. Método Transversal .......................................................................................................... 10
10.6. Métodos comparativo ....................................................................................................... 10
11. Conclusão................................................................................................................................ 11
12. Referencias Bibliográficas ...................................................................................................... 12
1

1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de psicologia geral aborda acerca princípios, objecto/objectos e


áreas de actuação da psicologia; conceito de psicologia; métodos de investigação psicológica.
Serão abordados concretamente os métodos gerais de observação e experimentação, bem como
os métodos auxiliares, designadamente, os métodos clínicos, psicanalíticos, estatísticos,
comparativo, longitudinal e transversal.

2. Objectivos do trabalho

2.1. Objectivo geral

 Adquirir conhecimentos sobre os métodos de investigação psicológica, princípios,


objecto e áreas de actuação da psicologia.

2.2. Objectivos específicos

 Descrever os métodos gerais de investigação psicológica;


 Descrever os métodos auxiliares de investigação psicológica;
 Conceituar a psicologia;
 Identificar o objecto de estudo da psicologia;
 Mencionar os princípios psicológicos;
 Referir as áreas de actuação da psicologia.
2

3. Conceito de Psicologia

A Psicologia é uma ciência que de estuda a mente e o comportamento humano nas suas diversas
manifestações (observáveis e não observáveis). A palavra Psicologia é a junção de duas palavras
gregas: Psique + Logia onde (Psique=Mente e Logia =Estudo), significando deste modo “estudo
da mente”.

4. Objecto de estudo da psicologia

A Psicologia tal como a Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciências humanas,


estudam o homem. Certamente, esta divisão é ampla demais e apenas coloca a Psicologia entre
as ciências humanas.

Qual é, então, o objecto específico de estudo da Psicologia? Se dermos a palavra a um psicólogo


comportamentalista, ele dirá: “O objecto de estudo da Psicologia é o comportamento humano”.
Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: “O objecto de estudo da Psicologia é
o inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade.
Apesar disto, actualmente a maioria dos psicólogos concordam que o objecto de estudo da
Psicologia é o comportamento humano, mas o consenso neste campo não foi tão pacífico,
resultou de uma “luta interna” entre os pensadores da área que culminou com esta visão mais
actual e aceite por muitos profissionais deste campo científico.

A diversidade de objectos da Psicologia é explicada pelo facto de este campo do conhecimento


ter-se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século
19), apesar de existir há muito tempo na Filosofia enquanto preocupação humana. Esse fato é
importante, já que a ciência se caracteriza pela exactidão de sua construção teórica, e, quando
uma ciência é muito nova, ela não teve tempo ainda de apresentar teorias acabadas e definitivas,
que permitam determinar com maior precisão seu objecto de estudo.

Um outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição de objecto da Psicologia é o
facto de o cientista (o pesquisador) confundir-se com o objecto a ser pesquisado. No sentido mais
amplo, o objecto de estudo da Psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está inserido na
3

categoria a ser estudada. Assim, a concepção de homem que o pesquisador traz consigo
“contamina” inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia. Isso ocorre porque há diferentes
concepções de homem entre os cientistas (na medida em que estudos filosóficos e teológicos e
mesmo doutrinas políticas acabam definindo o homem à sua maneira, e o cientista acaba
necessariamente se vinculando a uma destas crenças).

5. Objectivos da psicologia

Hoje a psicologia, para além de descrever e explicar o comportamento humano, objectiva prever
e modificar (dentro das possibilidades) o comportamento humano.

6. Princípios da psicologia

A psicologia encontra-se, actualmente, no seu auge e num estágio de indiscutível


desenvolvimento progressivo. Os princípios básicos pela qual a Psicologia se fundamenta são:

Princípio do monismo materialista - Estabelece que a psique é uma propriedade do cérebro, e


por consequência os psicólogos devem estudar as leis da actividade nervosa superior para
compreenderem de forma objectiva a natureza dos processos psíquicos e conhecer os
mecanismos fisiológicos desses processos a fim de “sobrepor” os fenómenos psíquicos aos
processos fisiológicos.

Princípio do determinismo - Mediante a qual se reconhece a condicionalidade causal dos


fenómenos psíquicos pelos processos da actividade nervosa superior e as influências do meio
exterior.

Princípio do reflexo - Segundo o qual a consciência é reflexo subjectivo do mundo objectivo. A


partir deste critério os psicólogos devem estudar a psique, a consciência, não como algo
independente e que se desenvolve segundo suas próprias leis imanentes, mas como algo
condicionado pela existência objectiva do mundo que reflecte.

Princípio unidade entre a consciência e a acção - Pressupõe que a consciência é inseparável da


actividade e não apenas manifesta-se nela, mas também forma-se durante a actividade. Guiando-
4

se por este princípio, os psicólogos devem estudar os processos psíquicos não de forma abstracta,
mas com relação aos tipos concretos de actividade.

Princípio da historicidade - Estabelece que a psique, a consciência, desenvolve-se no processo


de desenvolvimento histórico do homem, por isso é necessário, estudar os fenómenos psíquicos
no seu desenvolvimento, esclarecendo a condicionalidade social dos diferentes aspectos da
consciência humana e da personalidade.

Princípio da unidade entre a teoria e a prática - Significa que os psicólogos devem estruturar
os seus trabalhos de investigação científica de tal forma que os ajude a resolver tarefas práticas
da construção social.

7. Áreas de actuação da psicologia

As principais áreas de actuação da Psicologia são:

 A Psicopatologia – refere-se ao estudo de todas as formas de comportamento humano


consideradas anormais, ou fora dos padrões comuns.
 A Psicologia clínica – refere –se ao acompanhamento do comportamento tido como
normal, ou anormal, e busca do desenvolvimento individual e interacional, isto é, a
relação do indivíduo com o meio.
 A Psicologia comparada – é estudo do comportamento e das capacidades das diferentes
espécies animais.
 A Psicologia do desenvolvimento – é o acompanhamento das mudanças observadas no
comportamento humano, desde o nascimento até a velhice.
 A Psicologia educacional - Aplicação dos princípios da Psicologia aos processos
educacionais.
 A Psicologia industrial ou das organizações – refere –se a aplicação dos princípios da
Psicologia e de suas técnicas às necessidades e aos problemas da indústria.
 A Psicologia fisiológica – é a análise da relação entre o comportamento e o
funcionamento do sistema nervoso, incluindo os vários órgãos do corpo.
5

 A Psicologia social – refere –se ao estudo das relações entre indivíduos em determinados
grupos ou meios sociais, dos papéis da linguagem, da comunicação e da propaganda, e da
formação da opinião pública.

8. Métodos de Investigação Psicológica

Tal como todas as outras áreas científicas, a Psicologia firmou-se como ciência quanto elaborou
seus próprios caminhos de investigação. Normalmente, a construção do conhecimento científico
parte de um método que se caracteriza por formular hipóteses, teorias e organizar observações.
Essas hipóteses são testadas para confirmar a teoria sugerindo aplicações práticas.

Método é o caminho usado para se atingir um determinado objectivo, ou seja o modo ordenado
de proceder ou o conjunto de Procedimentos Técnicos e Científicos que nos conduzem a um fim,
ao passo que Metodologia é a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade, ou seja, o
conjunto de métodos técnicos e científicos que nos conduzem a um fim.

Em termos gerais, os métodos usados em Psicologia não são muito diferentes dos usados nas
pesquisas em áreas sociais e humanas, sendo assim, estes podem ser gerais e secundários
(auxiliares). Os métodos gerais são a observação, e a experimentação. Os métodos secundários
são os seguintes: método genético/evolutivo; métodos biográficos; conversação/entrevista;
Inquérito/questionário; testes psicológicos; os estudos de casos; métodos reflexológicos; os
métodos estatísticos/matemáticos; os métodos comparativos; método clínico; método
psicanalítico; método longitudinal e o método transversal.

9. Métodos de Investigação Gerais

9.1. Observação

Observar é registar o comportamento de organismos em seu ambiente natural, a isso Myers


(1999) chama de “observação naturalista”. Nesta observação é importante o registo da
informação recolhida, como também é importante definir o que realmente vai observar.
6

Observação é um método técnico de recolha de dados a partir de hipóteses colocados


explicitamente. A observação científica utiliza hipóteses inteiramente explicitadas. Esta
pressupõe a existência de factos susceptíveis de permitir, em certo sentido, a repetição da
observação primitiva, isto é, factos capazes de serem repetidos.

Para realizar uma observação correcta e credível é necessário construir um guião de observação
que facilita a anotação e redirecciona o observador as questões dirigidas para os seus objectivos.
Dai a necessidade de, na construção dos instrumentos da observação, recorre-se aos objectivos e
hipóteses colocados. A observação pode ser: observação objectiva/extrospecção que, por sua
vez se subdivide em directa e indirecta. A observação directa, por sua vez, pode ser participativa
ou não participativa; e observação subjectiva/introspecção ou ainda auto – observação.

9.1.1. Observação objectiva ou extrospecção

Quando é feita por terceiros que anotam o que está a acontecer no ambiente que é alvo de
observação. Por sua vez esta pode ser:
 Directa - quando entrarmos em contacto com o objecto da nossa observação; e
 Indirecta - quando o fazemos sem ter contacto com objecto da nossa observação. Neste
tipo de observação usam – se recursos técnicos como câmaras de vídeo, Televisor,
espelhos transversos, entre outros.

Observação participativa ou participante – é aquela em que o observador participa nas


actividades do grupo ao mesmo tempo que observa.

Observação não participante – é aquela em que o investigador realiza a observação de fora,


isto é, não faz parte do grupo dos observados.

9.1.2. Subjectiva ou Introspecção

Quando é feita pelo próprio sujeito que descreve o seu estado mental interno. Em Psiquiatria e
Psicanálise usa - se muito a introspecção. Os instrumentos de observação auxiliam a recolha de
informação observada.
7

9.2. Experimentação

Felizes são aqueles que “se mostram capazes de perceber as causas das coisas” revelou o Poeta
Virgílio citado por (Myers 1999). Lembre-se que a Psicologia estuda o comportamento humano,
mas não o pode compreender sem analisar a relação causa-efeito. Os experimentos permitem que
um pesquisador focalize os possíveis efeitos de uma ou várias variáveis. Enfim, para se
compreender o porquê as jovens solteiras têm filhos, o porquê as pessoas fumam ou fazem algo
estranho quando bebem, é necessário realizar experiências que podem permitir o alcance das
respostas desejadas. Em psicologia muitos experimentos foram feitos com animais. O método de
experimentação pode ser dividido em natural/de campo e de laboratório.

Na experimentação realizada em laboratório, o pesquisador tem controlo total sobre as variáveis,


pois o ambiente de experimentação é criado e conduzido pelo pesquisador. Já nos experimentos
de campo, o pesquisador não consegue ter controlo absoluto sobre as variáveis, pois são
projectos conduzidos em uma situação real, como por exemplo, os Testes de Mercado.
(MATTAR, 2005).

Nas situações reais há presença de muitos factores que interferem na pesquisa e que podem fugir
do controle do pesquisador, pois ambiente real não é criado por ele. Por essa razão o pesquisador
precisa se adequar ao ambiente utilizando técnicas para atenuar os efeitos de factores que
atrapalham as observações. Os experimentos de campo geralmente têm precisão menor que os
experimentos de laboratório.

10. Métodos secundários ou auxiliares

10.1. Método clínico

Método clínico – refere-se à observação directa dos pacientes com lesão ou doenças cerebrais, o
objectivo fundamental é procurar relacionar o tipo de lesão ou doença as modificações do
comportamento. A observação clínica tem suas limitações, algumas observações só são possíveis
depois da morte do indivíduo, explica-se por razões éticas.
8

10.2. Método psicanalítico

A psicanálise, enquanto terapia, é um método de exploração do inconsciente. A hipnose foi a


primeira técnica que J. Breuer e Freud utilizaram. Este último desenvolveu e aplicou outras
técnicas para atingir os mesmos objectivos:

Associações Livres - Consiste em pedir aos pacientes para dizerem o que lhes ocorre, sem
qualquer constrangimento. O objectivo é que o paciente se auto-analise, descobrindo as questões
que lhe provocam alguma resistência. O psicanalista toma nota de todas as perturbações em
função do encadeamento das associações realizadas pelo paciente, tentando deste modo
identificar os fenómenos inconscientes que estão na base das neuroses.

Interpretação do Sonhos - Os sonhos são uma das manifestações mais ricas do inconsciente,
ainda que estes se apresentem numa forma simbólica. A sua interpretação permite a descoberta
das causas profundas das situações traumáticas.

Actos Falhados - Nas mais diversas situações, todos nós somos afectados por certas
perturbações mentais, nas quais não nos recordamos, por exemplo, de nome de pessoas nossas
conhecidas, trocamos palavras, ouvimos coisas que não foram ditas, etc. A análise destes actos
falhados é outra das técnicas utilizadas na psicanálise.

Transferências - Durante o tratamento o paciente estabelece com o psicanalista relações que lhe
permitem reviver situações traumáticas. Nestas, os sentimentos de amor ou de ódio que em
tempos foram experimentados, são transferidos para o psicanalista. A interpretação destas
transferências torna-se assim num dos elementos fundamentais que pode levar à descoberta das
situações traumatizantes.

Estas e outras técnicas utilizadas na Psicanálise devem ser vistas como complementares,
podendo num dado momento umas serem mais usadas que outras.

A psicanálise apesar do lugar incontornável na psicologia, continua a ser alvo de inúmeras


critica, nomeadamente sobre a precariedade do seu método científico.
9

10.3. Métodos estatísticos/matemáticos

A estatística é uma parte da matemática aplicada que fornece métodos para colecta, organização,
descrição, análise e interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de
decisões.

A literatura mostra que a estatística é um método que se aplica ao estudo dos fenómenos
aleatórios e, praticamente, todos os fenómenos que ocorrem na natureza são aleatórios, como as
pessoas, o divórcio, um rebanho de gado, a actividade profissional, um bairro residencial, os
produtos electrodomésticos, a opinião pública etc.

Esse método se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados na teoria da amostragem.


E, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da realidade social, onde quer que se
pretendam medir o grau de correlação entre dois ou mais fenómenos.

A primordial função desse método é a representação e explicação sistemática das observações


quantitativas numéricas relativas a factores oriundos das Ciências Sociais, como padrão cultural,
comportamental, condições ambientais, físicas, psicológicas, económicas etc., que ocorrem em
determinada sociedade, ou de fenómenos de diversas naturezas pertencentes a outras ciências,
como na Física, Química, Biologia, entre outras. São aqueles factos que envolvem uma
multiplicidade de causas e por fim são representados sob forma analítica, geralmente através de
gráficos, tabelas, quadros estatísticos.

O método Estatístico fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui


importante auxílio para a investigação. Porém, as explicações obtidas mediante a utilização do
método estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas dotadas de boa
probabilidade de serem verdadeiras.

Mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se possível determinar, em termos numéricos, a


probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor
obtido. Portanto, o método estatístico passa a caracterizar-se por razoável grau de precisão, o que
o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupação de ordem quantitativa. Os
10

procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às conclusões obtidas, sobretudo


mediante a experimentação, a observação, análise e prova.

10.4. Método Longitudinal

Este método consiste em estudar um sujeito ou um grupo durante alguns anos ao longo de um
tempo previsto. Este método permite estabelecer a trajectória evolutiva do seu objecto de estudo.
Exemplo: se quisermos saber se crianças de quatro anos podem aprender o mesmo tipo de
conceito de crianças de oito anos, ou se elas abordam de forma diferente a estratégia será
averiguar o conceito nas idades pretendidas em um mesmo grupo de crianças ao longo do seu
desenvolvimento. Um dos pontos negativos desse método é que costuma ser oneroso e os
resultados não são obtidos de imediato, em sua totalidade, ou seja, só ao final do tempo
planeado.

10.5. Método Transversal

Este método consiste em estudar crianças ou grupos de crianças em estágios distintos de


desenvolvimento. Tomando o mesmo exemplo anterior para sabermos se o mesmo tipo de
conceito é apreendido de forma similar ou diferente, a estratégia será averiguar a questão em dois
grupos de crianças: um de 4 anos e outro de 8 anos, no mesmo percurso de tempo. A vantagem
deste procedimento em relação ao anterior é a rapidez e economia de recursos financeiros. Em
pouco tempo chega-se a uma conclusão, enquanto no método longitudinal só depois de alguns
anos.

10.6. Métodos comparativo

Os métodos comparativos – são métodos utilizados para comparar observações praticadas sobre
grupos. Estes geralmente aparecem integrados no método experimental. São utilizados na
Psicologia Genética, na Psicologia Patológica.
11

11. Conclusão

Experimentação é um método em que o pesquisador controla todas as variáveis menos uma ou


duas em que está particularmente interessado, de modo que possa observar comportamento num
contexto menos complexo e ver com mais clareza os efeitos de possíveis variáveis independentes
importantes.

Observação é um método técnico de recolha de dados a partir de hipóteses colocados


explicitamente. A observação científica utiliza hipóteses inteiramente explicitadas. Esta
pressupõe a existência de factos susceptíveis de permitir, em certo sentido, a repetição da
observação primitiva, isto é, factos capazes de serem repetidos.

O método clínico é um método em que o pesquisador intervém numa observação ou entrevista


com sondagens e “testes” especiais que têm por fim esclarecer o significado da resposta do
sujeito.

A psicanálise apesar do lugar incontornável na psicologia, continua a ser alvo de inúmeras


critica, nomeadamente sobre a precariedade do seu método científico.

O método Estatístico fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui


importante auxílio para a investigação. Porém, as explicações obtidas mediante a utilização do
método estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas dotadas de boa
probabilidade de serem verdadeiras.

Estudo longitudinal é um método de investigação psicológica que visa analisar as variações nas
características dos mesmos elementos amostrais (indivíduos, empresas, organizações, etc.) ao
longo de um longo período de tempo - frequentemente vários anos. Os estudos longitudinais são
muito usados na Psicologia, Medicina (em especial na Epidemiologia de doenças), e também na
Economia e Sociologia.
12

12. Referencias Bibliográficas

 BALDWIN, A.L. Teorias de Desenvolvimento da Criança. 2.aed. S. Paulo: Biblioteca


Pioneira de Ciências Sociais, 1973.

 BEE, Helen L. e MITCHELL, Sandra K. A Pessoa em Desenvolvimento. Trad. Jamir


Martins. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1984.

 BERBAUM, J. Desenvolver a Capacidade de Aprendizagem. Lisboa: Escola superior de


Educação, João de Deus, 1992.

 COLL, César; PALÁCIOS, Jesus e MARCHESI, Álvaro. Desenvolvimento Psicológico e


Educação. Psicologia Evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

 DAVIDOFF, L.L. Introdução à Psicologia. S. Paulo: editora Mcgraw –Hill Lda, 2001.

 GLEITMAN, H. Psicologia. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.

 MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: metodologia e planeamento. 6ª. ed. São
Paulo: Atlas, 2005.

 MYERS, David. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário, 1999.

 RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner da Rocha e DAVIS, Cláudia. Psicologia do


Desenvolvimento: conceitos fundamentais. São Paulo: EPU, 1981.

 RUBINSTEIN, S. L. Psicologia Geral. vol 4. Portugal: Edição Estampa, 1982.

 RUBINSTEIN, S.L. Métodos da Psicologia. Vol. 1 a 8, 2ª ed. Lisboa: Editorial Estampa,


1972.

Você também pode gostar