Você está na página 1de 14

INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

CENTRO DE ENSINO À DISTANCIA - CHIMOIO


CURSO: GEOGRAFIA COM HABILIDADES EM TURISMO

Cadeira: Legislação Ambiental

Resumo de Leis, Decreto/Diploma e Resolução que versam sobre Legislação Ambiental

Discente:
Biute David Lourenço Charles

Chimoio, Abril de 2023


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
CENTRO DE ENSINO À DISTANCIA - CHIMOIO
CURSO: GEOGRAFIA COM HABILIDADES EM TURISMO

Resumo de Leis, Decreto/Diploma e Resolução que versam sobre Legislação Ambiental

Discente: Biute David Lourenço Charles

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado no


Centro de Ensino à Distância do Instituto Superior
Mutasa, Curso de Licenciatura em Geografia com
Habilidades em Turismo, 3° Ano I° Semestre de
2023, Disciplina de Legislação Ambiental, sob
orientação do Docente:

MSc.

Chimoio, Abril de 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 2
1.1.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 2
1.1.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 2
1.2. Metodologia do trabalho...................................................................................................... 2
2. Análise e Discussão ................................................................................................................ 3
2.1. Lei n° 20/97 que Aprova a Lei do Ambiente ...................................................................... 3
2.1.1. Órgãos de gestão ambiental .............................................................................................. 4
2.2. Diploma Ministerial n.º 130/2006 de 19 de Julho ............................................................... 5
2.3. Decreto n.° 25/2011 de 15 de Junho que diz respeito ao Processo de Auditoria Ambiental.
.................................................................................................................................................... 7
2.4. Decreto n.º 30/2019 ............................................................................................................. 8
2.5. Decreto n° 56/2010 de 22 de Novembro ............................................................................. 8
2.6. Lei n° 19/97 de 1 de Outubro: Lei de Terras ....................................................................... 9
3. Conclusão ............................................................................................................................. 10
4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 11
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Legislação Ambiental consistiu em fazer o Resumo de Leis,


Decreto/Diploma e Resolução que versam sobre Legislação Ambiental. Ao longo do seu
desenvolvimento serão discutidos os seguintes decretos e leis: Lei n° 20/97 que Aprova a Lei
do Ambiente; Diploma Ministerial n.º 130/2006 de 19 de Julho; Decreto n.º 25/2011 de 15 de
Junho que diz respeito ao Processo de Auditoria Ambiental; Decreto n.º 30/2019; Decreto n°
56/2010 de 22 de Novembro; e Lei n° 19/97 de 1 de Outubro: Lei de Terras.
Por outro lado, refira-se que o presente trabalho encontra-se estruturado em quatro capítulos:
no capítulo 1 temos a introdução, no capítulo 2 encontra-se os resumos das Leis, já no
capítulo 3 temos conclusão e finalmente no quarto capítulo vem a bibliografia.

1
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Compreender a legislação ambiental.

1.1.2. Objectivos específicos

 Debruçar acerca da Lei n° 20/97 que Aprova a Lei do Ambiente;


 Descrever o Diploma Ministerial n.º 130/2006 de 19 de Julho;
 Descrever o Decreto n.º 25/2011 de 15 de Junho que diz respeito ao Processo de
Auditoria Ambiental;
 Descrever o Decreto n.º 30/2019;
 Descrever o Decreto n° 56/2010 de 22 de Novembro;
 Debruçar acerca da Lei n° 19/97 de 1 de Outubro: Lei de Terras.

1.2. Metodologia do trabalho

A metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a execução de uma


pesquisa. Entretanto para a execução deste trabalho recorremos ao método bibliográfico,
através do qual procuramos consultar vários decretos e leis que abordam acerca da legislação
ambiental.

2
2. Análise e Discussão

2.1. Lei n° 20/97 que Aprova a Lei do Ambiente

Esta Lei, no seu capitulo 1, artigo 1, apresenta as seguintes definições:

Actividade - é qualquer acção de iniciativa publica ou privada relacionada com a utilização


ou exploração de componentes ambientais, a aplicação de tecnologias ou processos
produtivos, planos, programas, actos legislativos ou regulamentares que afecta ou pode
afectar o ambiente.

Ambiente – é o meio em que o Homem e outros seres vivem e interagem entre si e com o
próprio meio (ar, luz, água, ecossistemas, biodiversidade, matéria orgânica e inorgânica e
condições socioculturais e económicas.

Associações de Defesa do Ambiente são pessoas colectivas que tem como objecto a
protecção a conservação e a valorização dos componentes ambientais. Estas associações
podem ter âmbito internacional, nacional, regional ou local.

Auditoria Ambiental - é um instrumento de gestão e de avaliação sistémica documentada e


objectiva do funcionamento e organização se sistema de gestão e dos processos de controlo e
gestão do ambiente.

Avaliação do impacto Ambiental é um instrumento de gestão ambiental preventiva e


consiste na identificação e análise previa qualitativa e quantitativa dos efeitos ambientais
benéficos e perniciosos de uma actividade proposta.

Biodiversidade é a variedade e variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens


incluindo entre outros os ecossistemas terrestres marinhos e outros ecossistemas aquáticos
assim como os complexos ecológicos dos quais fazem parte.

Componentes Ambientais são os diversos elementos que integram o ambiente e cuja


interacção permite o seu equilíbrio, incluindo o ar, a água, o solo, o subsolo, a flora, a fauna e
todas as condições socioeconómicas e de saúde que afectam as comunidades.

Degradação do Ambiente é a alteração adversa das características do ambiente e inclui, entre


outras, a poluição, a desertificação, a erosão e o desflorestamento.

3
Desflorestamento é a destruição ou abate indiscriminado de matas e florestas sem a reposição
devida.

Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento Baseado numa gestão ambiental que


satisfaz as necessidades de geração presente sem comprometer o equilíbrio do ambiente e a
possibilidade de as gerações futuras Satisfazerem também as suas necessidades.

Ecossistema é um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de


microorganismos e o seu ambiente não vivo, que interagem como uma unidade funcional.

Erosão – é o desprendimento da superfície do solo pela acção natural dos ventos ou das
águas, que muitas vezes é intensificado por práticas humanas de retirada de vegetação.

Estudo de impacto ambiental é a componente do processo de avaliação do impacto


ambiental que analisa técnicas e cientificamente as consequências da implantação de
actividades de desenvolvimento sobre o ambiente.

Gestão ambiental é o maneio e a utilização racional e sustentável dos componentes


ambientais, incluindo o seu reuso, reciclagem, protecção e conservação.

Impacto Ambiental é qual quer mudança do ambiente, para melhor ou para pior,
especialmente com efeitos no ar, na terra, na água e na saúde das pessoas, resultante de
actividades humanas.

Legislação Ambiental – abrange todo e qualquer diploma legal que rege a gestão do meio
ambiente.

Poluição é a deposição, no ambiente de substâncias ou resíduos, independentemente da sua


forma, bem como a emissão de luz, som e outras formas de energia, de tal modo e em
quantidade tal que o afecta negativamente

2.1.1. Órgãos de gestão ambiental

De acordo com a lei 20/97, capitulo 2 os órgãos de Gestão ambiental são: (i) Programa
Nacional de Gestão Ambiental;

4
2.2. Diploma Ministerial n.º 130/2006 de 19 de Julho

Trata-se de uma Directiva Geral que orienta o processo de participação pública, o qual
abrange todas as fases de Avaliação do Impacto Ambiental.

Assim, este diploma apresenta as seguintes definições:

1. Actividade: É qualquer acção, de iniciativa pública ou privada, relacionada com a


utilização ou exploração de componentes ambientais, a aplicação de tecnologias ou processos
produtivos, planos, programas, actos legislativos ou regulamentares, que afectam ou pode
afectar o ambiente.

2. Área de Influência: É a área e o espaço geográfico directa ou indirectamente afectados


pelos impactos ambientais de uma actividade.

3. Audiência Pública: É o processo de auscultação a todas as partes interessadas e afectadas,


directa ou indirectamente, por uma actividade, o pedido de esclarecimento, a formulação de
sugestões, intervenção pública e interposição de petições da fase de revisão dos TdR até ao
licenciamento ambiental, cuja responsabilidade é do MICOA.

4. Avaliação do Impacto Ambiental (AIA): É um instrumento de gestão ambiental


preventiva que consiste na identificação e análise prévia qualitativa e quantitativa, dos efeitos
ambientais benéficos e perniciosos de uma actividade proposta.

5. Comunidade: Agrupamento de famílias e indivíduos, vivendo numa circunscrição


territorial de nível de localidade ou inferior.

6. Consulta Pública: É o processo de auscultação do parecer dos diversos sectores da


sociedade civil, incluindo pessoas colectivas ou singulares, directa ou indirectamente
interessadas e ou potencialmente afectadas pela actividade proposta durante a elaboração do
EIA.

7. Desenvolvimento Sustentável: É o desenvolvimento baseado numa gestão ambiental que


satisfaz as necessidades da geração presente sem comprometer o equilíbrio do ambiente e a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem também as suas necessidades.

5
8. Estudo de Impacto Ambiental (EIA): É a componente do processo de AIA que analisa
técnica e cientificamente as consequências da implantação de actividades de desenvolvimento
sobre o ambiente deverá submeter-se a realização da avaliação do impacto ambiental nas
diferentes áreas de actividade económica e social e que serão objecto de despachos do
Ministro para a Coordenação da Acção Ambiental.

9. Participação Pública (PP): É o processo de informação e de auscultação das partes


interessadas e afectadas, directa ou indirectamente pela actividade e que é realizado durante o
processo de AIA.

10. Termos de Referência (TdR): É o documento que contém os parâmetros e informações


específicas que deverão presidir a elaboração do EIA ou EAS de uma actividade. Deve ser
apresentado pelo proponente para a aprovação do MICOA antes de iniciar o EIA e EAS.

2.2.1. Princípios Básicos


O processo de participação pública deverá reger-se pelos seguintes princípios:
 Princípio da disponibilidade e acessibilidade de informação;
 Princípio da ampla participação dos cidadãos;
 Princípio da representatividade;
 Princípio da independência;
 Princípio da funcionalidade;
 Princípio de negociação;
 Princípio da responsabilidade.

2.2.2. Metodologia para uma participação pública eficaz


Para que a participação pública seja mais abrangente, transparente e útil são identificados
conjuntos de procedimentos seguintes:
1– Identificação dos sectores, grupos ou indivíduos que podem estar interessados ou
afectados por uma acção de desenvolvimento;
2 – Disseminação da informação a respeito da acção de desenvolvimento que se pretende
levar a cabo. Suas vantagens e desvantagens quer de índole social, económica e ambiental;
3 – Diálogo, onde são colocadas as dúvidas, preocupações e feitos os devidos esclarecimentos
e actos de negociações, tipos e formas de compensações;

6
4 – Assimilação, onde são tomados em consideração os pontos de vista e preocupações do
público;
5 – Retroalimentação, que consiste numa declaração de resultados da participação pública e
sobre as acções e propostas de soluções tomadas e o modo como o público influenciou a
decisão.

2.3. Decreto n.° 25/2011 de 15 de Junho que diz respeito ao Processo de Auditoria
Ambiental.

Neste Decreto encontramos as seguintes topicos:

2.3.1. Conceito de Auditoria Ambiental

A auditoria ambiental, é um instrumento de gestão de avaliação sistemática, documentada e


objectiva do funcionamento e organização do sistema de gestão e dos processos de controlo e
protecção do ambiente

2.3.2. Tipos de auditoria ambiental


A auditoria ambiental pode ser pública ou privada:
a) É pública, quando é realizada pelo Ministério que superintende o sector do Ambiente;
b) É privada, quando é realizada e determinada pelas próprias entidades cuja actividade seja
potencialmente causadora da degradação do ambiente.

2.3.3. Objecto de auditoria ambiental


Constitui objecto de auditoria ambiental, a avaliar:
a) Os impactos das actividades de rotina sobre o ambiente e na saúde pública;
b) Os riscos de acidentes e os planos de contingência para a evacuação e protecção dos
trabalhadores e das populações situadas na área de influência da actividade;
c) O grau de conformação do exercício das actividades de desenvolvimento de acordo com as
normas e parâmetros definidos e aplicáveis para a sua implementação, desactivação e
restauração;
d) Os níveis efectivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental resultantes da
implementação de actividades de desenvolvimento e de outras fases de actividade;
e) As condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controlo e
prevenção da poluição;

7
f) As medidas a serem tomadas para restaurar o ambiente e proteger a saúde humana;
g) A capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas,
instalações e equipamentos de protecção do ambiente e da saúde humana;
h) A gestão e conservação das fontes de energia, da água, da matéria –prima e de outros
recursos;
i) A reutilização, reciclagem, redução, tratamento, transporte, eliminação e deposição segura
de resíduos;
j) Os ruídos e vibrações dentro e fora das instalações;
k) A selecção de novos métodos de produção e alteração dos métodos existentes, inclusive de
processo industrial e sistemas de monitoramento contínuo para a redução dos níveis de
poluentes;
l) As medidas de prevenção, redução, controlo, contingência e emergência dos acidentes;
m) A pesquisa e desenvolvimento, uso, armazenagem, manuseio e transporte de produtos
controlados.

2.4. Decreto n.º 30/2019

Que aprova o Regulamento de Investigação e Pesquisa Científica Marinha (REICIM).

Este Decreto aplica-se a investigação e pesquisa científica marinha, que se relacione com os
recursos vivos e não vivos, incluindo pesquisas e prospecção de hidrocarbonetos e de recursos
minerais marinhos, no espaço marítimo nacional.
Este Decreto, nos seus artigos n°24 e 25 traz alguns aspectos relacionados com a monitoria
ambiental.
Assim, a monitoria ambiental – visa dar orientações enformadas destinadas a garantir os
serviços dos ecossistemas costeiros e marinhos.
Entretanto, compete ao Instituto de Investigação e Pesquisa Científica Marinha -
efectuar o monitoramento ambiental por via de verificação científica periódica relativamente
as diversas actividades que se realizam no Espaço Marítimo Nacional, que compreende: Zona
Costeira; Mar territorial; Zona Contígua; Zona Económica Exclusiva e plataforma continental.

2.5. Decreto n° 56/2010 de 22 de Novembro

Que aprova o Regulamento Ambiental para as Operações Petrolíferas.

8
Este decreto no seu artigo número apresenta as seguintes definições: autoridade de avaliação
do impacto ambiental; área de influência, avaliação do impacto ambiental, categoria, consulta
pública, declaração de isenção, estudo ambiental simplificado, estudo do impacto ambiental,
estudo de pré-viabilidade ambiental, licença ambiental, operações petrolíferas, participação
pública, Plano de Gestão Ambiental, Pré-avaliação, Termos de referências (TdR); Proponente

Este regulamento define os procedimentos para Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) das
operações petrolíferas e medidas de prevenção, controlo, mitigação e reabilitação do
ambiente.

Assim, para este regulamento, constituem fases do processo de AIA das operações
petrolíferas:
a) Concepção da proposta do projecto;
b) Pré-avaliação;
c) Definição do âmbito;
d) EIA ou EAS;
e) Relatório do EIA ou EAS;
f) Revisão do relatório;
g) Decisão;
h) Participação Pública;
i) Monitorização e Auditoria.

2.6. Lei n° 19/97 de 1 de Outubro: Lei de Terras


Esta Lei no seu artigo número 1 apresenta as seguintes definições: comunidade local; direito
de uso e aproveitamento de terras; domínio público; exploração familiar; licença especial,
mapa de uso da terra; ocupação; pessoa colectiva nacional; pessoa colectiva estrangeira;
pessoa singular nacional; pessoa singular estrangeira; plano de exploração; plano de uso de
terra; plano e urbanização; propriedade da terra; requerente; titular; título; zona de protecção
da natureza.

No artigo 2 encontra-se o âmbito da lei em que estabelece os termos em que se opera a


constituição, exercício, modificação, transmissão e extinção do direito de uso e
aproveitamento de terra.

9
3. Conclusão
Este trabalho permitiu compreender a legislação ambiental aplicável na República de
Moçambique. Assim, aprimorou-se diversos decretos e leis que abordam acerca de gestão de
terras, operações petrolíferas, AIA, Investigação e Pesquisa Científica Marinha e diversos
conceitos ligados ao ambiente.

10
4. Bibliografia

 Lei n° 20/97 que Aprova a Lei do Ambiente;


 Diploma Ministerial n.º 130/2006 de 19 de Julho;
 Decreto n.º 25/2011 de 15 de Junho que diz respeito ao Processo de Auditoria
Ambiental;
 Decreto n.º 30/2019;
 Decreto n° 56/2010 de 22 de Novembro;
 Lei n° 19/97 de 1 de Outubro: Lei de Terras.

11

Você também pode gostar