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Marketing Estratégico

GRADUAÇÃO
EDUCAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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EDUCAÇÃO,
EDUCAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTALEE
GESTÃO AMBIENTAL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS Núcleo de Educação a Distância

Educação, Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.


LACERDA, Prof.ª Aline Cristiane Rocha.
Foz do Iguaçu - PR 2019.
30 p.

Graduação - EaD

CDU: 504.06
_________________________________________________________________________________

NEAD – Núcleo de Educação a Distância


Av. Bartolomeu de Gusmão, 1324 - Centro – CEP: 85.852-130
Foz do Iguaçu – Paraná / ead.udc.br / 3574-6900

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APRESENTAÇÃO

Prezado(a) Acadêmico(a),

Bem-vindo(a) à Graduação na modalidade a distância, ofertado pelo Centro


Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC. Sabemos que o seu percurso de
aprendizagem necessita ser acompanhado e orientado, para que você obtenha
sucesso nos estudos e construa um conhecimento relevante à sua formação
profissional e acadêmica.
Preparamos este material didático, possibilitando, assim, guiá-lo no autoestudo da
disciplina e na realização das atividades. Além disso, você conta com o ambiente
virtual de aprendizagem como espaço de estudo e de participação ativa no curso.
Nele você encontra as orientações para realizar atividades e avaliações on-line,
além de recursos que vão enriquecer a proposta deste material didático, tais como
links para sites da Internet, vídeos gravados pelo professor e outros por ele
sugeridos, textos, animações, ilustrações, dentre outras mídias.
Lembre-se, no entanto, de que você deve se organizar para criar sua própria
autonomia de estudo. Isso inclui o planejamento do seu tempo de dedicação ao
estudo individual e de participação colaborativa no ambiente virtual.
Este material é o seu livro-texto e apoio importante no percurso de aprendizagem!

Bom estudo!
Reitoria UDC

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2
UNIDADE III – POLÍTICAS PÚBLICAS ...................................................................... 4
3.1 LEGISLAÇÃO NO BRASIL.................................................................................... 4
3.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL E ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL ........... 5
UNIDADE IV – GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL............................................ 3
4.1 A EMPRESA E MEIO AMBIENTE......................................................................... 3
4.2 GESTÃO AMBIENTAL ......................................................................................... 6
4.3 ESTRATÉGIAS PARA PRODUTOS E SERVIÇOS .............................................. 5
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 5

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UNIDADE III – POLÍTICAS PÚBLICAS

3.1 LEGISLAÇÃO NO BRASIL

Diante do que vimos nos temas anteriores, principalmente relacionados à


evolução da consciência ambiental, justifica-se a evolução das políticas públicas
relacionadas à proteção do meio ambiente.
Até a década de 1970 as ações dos governos eram corretivas, ou seja, os
problemas ambientais eram tratados depois que aconteciam. Nesse período os
movimentos globais começaram a chamar atenção para a problemática ambiental e
forçar a edição de leis.
No Brasil, em 1977 é promulgada a Lei 6.453, que estabelece a
responsabilidade civil em casos de danos provenientes de atividades nucleares, em
1981 é editada a Lei 6.938, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente
inovando ao apresentar o meio ambiente como objeto específico de proteção e em
1985 foi editada a Lei 7.347, que disciplina a ação civil pública como instrumento
processual específico para a defesa do meio ambiente e de outros interesses difusos
e coletivos
A promulgação da “Constituição Federal em 1988, das Constituições
Estaduais em 1989, e Leis Orgânicas Municipais em 1990, há um número significativo
de normas legais que abrangem os mais diversos aspectos da problemática
ambiental” (DIAS, 2011).
A constituição federal de 1988
em seu art. 225 fala
especificamente sobre meio
ambiente. Assim foi estabelecida a
Lei 6938/1981 – Política Nacional
Meio Ambiente, que traz conceitos
fundamentais, princípios, diretrizes,
objetivos e instrumentos de controle.
Fonte: http://ecoeacao2012.blogspot.com/
ambiental (Aceso em:28/02/2019)

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A composição dos órgãos de proteção ambiental também indicado pela Política


fica assim definida:
 Órgão Superior: Conselho de Governo;
 Órgão Consultivo e Deliberativo: CONAMA - Conselho Nacional do Meio
Ambiente;
 Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente;
 Órgão Executor: IBAMA;
 Órgãos Seccionais: os dos estados responsáveis pela execução de programas.
 Projetos e controle/fiscalização de atividades degradadoras do meio ambiente;
 Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle
e fiscalização destas atividades, nas suas respectivas jurisdições.1

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de
material genético; (Regulamento) (Regulamento)
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção; (Regulamento)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade; (Regulamento)
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente; (Regulamento)
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção
de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida
pelo órgão público competente, na forma da lei.

1
Fonte: Artigo. 6o., da Lei 6.938/81, com as alterações da Lei 8.028/90. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/46_10112008050406.pdf

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§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições
que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser
instaladas.

A fim de evitar ou remediar os impactos ambientais as políticas públicas


ambientais estabeleceram instrumentos descritos no quadro 3.
Quadro 3 – Instrumentos de políticas públicas
Gênero Espécies
Padrão de emissão
Padrão de qualidade
Padrão de desempenho
Padrões tecnológicos
Comando e
Produções ou restrições sobre a produção,
Controle
comercialização e uso de produtos
Licenciamento ambiental
Zoneamento ambiental
Estudo prévio de impacto ambiental
Tributação sobre a poluição
Tributação sobre recursos humanos
Incentivos fiscais para reduzir emissões e conservar
recursos
Remuneração para conservação dos serviços
ambientais
Econômicos
Financiamentos em condições especiais
Criação e sustentação dos mercados de produtos
ambientalmente saudáveis
Permissões negociáveis
Sistema depósito-retorno
Poder de compra do Estado
Apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico
Educação ambiental
Outros
Unidades de Conservação
Informações ao público
Fonte: Barbieri (2016)

Em relação aos tributos leva-se em consideração o princípio do poluidor


pagador ou de “quem contamina paga”. No artigo 4º da Política Nacional do meio
ambiente afirma que visará: “VII – a imposição ao poluidor e ao predador, da obrigação

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de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela


utilização de recursos ambientais com fins econômicos”. Segundo Barbieri (2016) são
dois os objetivos esperados na aplicação deste princípio, o primeiro é de natureza
fiscal, pois tem-se a necessidade de arrecadação para custeio dos serviços públicos
ambientais, para que o prejuízo não seja repassado a sociedade. E o segundo de
natureza extrafiscal cumprindo seu papel já que induz um comportamento
ambientalmente correto.
A própria política nacional do meio ambiente determina alguns instrumentos,
tais como: Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;


II - o zoneamento ambiental;(Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação
ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade
ambiental;
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção
ambiental e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público
Federal, Estadual e Municipal;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de
proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de
Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da
degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;(Incluído pela Lei nº 7.804, de
1989)
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio
Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando
inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.(Incluído pela Lei
nº 7.804, de 1989)
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão
ambiental, seguro ambiental e outros. LEI Nº 6.938, DE 31 DE
AGOSTO DE 1981

Barbieri (2016) observa que mesmo que a maioria dos instrumentos das
políticas públicas refere-se ao comando e controle, que supostamente levaria à

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adequação as leis e não a inovação, ainda assim a regulamentação deve existir pela
razão:
 Criar pressões que motivam a realização de inovações na
empresa;
 Melhora a qualidade ambiental quando uma inovação não
compensa o custo total da conformidade;
 Educa e alerta a empresa a respeito das ineficiências prováveis
e de áreas potenciais para melhorias;
 Aumenta a probabilidade de que as inovações de produtos e
processos sejam mais amigáveis ao meio ambiente;
 Criar demanda pelo aprimoramento ambiental, até que as
empresas e os clientes sejam capazes de perceber e mensurar a
ineficiência dos recursos como fonte de poluição; e
 Ajudar a nivelar o campo do jogo durante o período de transição,
assegurando que nenhuma empresa será capaz de ganhar posição
por não efetuar os investimentos ambientais. (BARBIERI, 2016.p. 85,)

O fato é que as políticas públicas devem contemplar a educação ambiental.


Todo e qualquer processo de repasse de informações, campanhas e até mesmo essa
aula devem atender aos seguintes objetivos:
 Tornar os indivíduos e grupos conscientes e sensíveis em relação ao meio
ambiente e aos problemas ambientais;
 Proporcionar conhecimentos sobre o meio ambiente, principalmente quanto
as influências do ser humano e de suas atividades;
 Fomentar valores e sentimentos que motivem as pessoas e grupos a se
tornarem participantes ativos na defesa do meio ambiente na busca de
soluções para os problemas ambientais;
 Gerar as habilidades que uma participação ativa requer;
 Oferecer condições para avaliar as medidas tomadas em relação ao meio
ambiente e aos programas de educação ambiental;
 Promover o senso de responsabilidade e de urgência com respeito as
questões ambientais que estimule as ações voltadas para resolvê-las.

Para saber mais sobre as legislações em todas as áreas acesso o guia de


legislação ambiental leia:
http://www.pinheiropedro.com.br/biblioteca/guia_legislacao/guia_de_legislacao_a
mbiental.pdf

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Contudo o que se observa é que mesmo com uma legislação em todas as


esferas públicas é bem constituída ainda assim a aplicação destas ainda é pouco
relevante em alguns setores. A falta de fiscalização, por dificuldades na formação do
quadro profissional de entidades regulatórias, a corrupção e de fato a falta ainda de
consciência ambiental limitam a evolução na proteção do meio ambiente.

3.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL E ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Fonte: https://slideplayer.com.br
Aceso em:28/02/201

O licenciamento ambiental é um instrumento de política pública estabelecido


pela Política Nacional do Meio Ambiente na lei 6.938/81 Em seu art. 9º que diz:

São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:


 III - a avaliação de impactos ambientais;
 IV- o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
Este licenciamento é de prazo temporário e, sendo assim, deverá
receber nova análise do órgão competente em prazo definido. A
Resolução Conama 237/97 no seu Art. 2º e 3º descreve que:
 A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem
como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente
exigíveis;
 A licença ambiental para empreendimentos e atividades
considerados efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente

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(EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de


audiências públicas, quando couber, de acordo com a
regulamentação.

A legislação é bem clara e determina que tanto os que de fato são atividades
poluidoras, bem como, os que podem potencialmente vir a ser causadores de poluição
devem obter a licença ambiental e devem apresentar publicamente o Relatório de
Impacto Ambiental identificando os possíveis impactos que podem ser causados pela
atividade assim como as ações que serão utilizadas para remediação do ocorrido.
E a responsabilidade de verificação do cumprimento da legislação acima cabe
ao poder público no âmbito de sua atuação, como foi definido pela Constituição
Federal de 88 no Art. 225, § 1o. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe
ao Poder Público:
 IV – “Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”.
A Lei 6.803/80 em seu artigo 9º determina a responsabilidade na cobrança do
licenciamento nas outras esferas públicas. O licenciamento para implantação,
operação e ampliação de estabelecimentos industriais, nas áreas críticas de poluição,
dependerá da observância do disposto nesta Lei, bem como do atendimento das
normas e padrões ambientais definidos pelo IBAMA, pelos organismos estaduais e
municipais competentes. Ou seja, é de responsabilidade dos órgãos estaduais e
municipais a efetivação da lei dependendo da abrangência do empreendimento.
Barbieri (2016.p. 293,) relata as modalidades da licença ambiental constantes
do Decreto 99.274/1990:

 Licença prévia, para a fase preliminar de planejamento da


atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de
localização, instalação e operação, observados os planos municipais,
estaduais e federais de uso do solo;
 Licença de instalação, autorizando o início da implantação, de
acordo com as especificações constantes do projeto executivo
aprovado; e
 Licença de operação, autorizando, após as verificações
necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de
seus equipamentos de controle da poluição, de acordo com o previsto
na licença prévia e de instalação.

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Cada licença apresenta as restrições que são condicionantes da execução do


projeto e as medidas necessárias de controle ambiental da atividade, assim como
estabelece as exigências técnicas a serem cumpridas em cada uma das etapas
seguintes.

A resolução 237/97
apresenta uma relação de atividades
ou empreendimentos sujeitos ao
licenciamento ambiental, mas
mesmo assim o órgão ambiental
competente pode definir critérios de
exigibilidade, considerando as
Fonte: https://www.youtube.com especificidades, os riscos
Aceso em:28/02/201
ambientais, o porte e outras
características do empreendimento
ou atividade.
Para o licenciamento são consideradas as seguintes etapas descritas por
Barbieri (2016 p. 294):

 Definição pelo órgão ambiental competente, integrante do


SISNAMA, com a participação do empreendedor, dos documentos,
projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de
licenciamento correspondente à licença requerida;
 Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor,
acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais
pertinentes, dando-se a devida publicidade;
 Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos,
projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias
técnicas, quando necessárias;
 Solicitação dos esclarecimentos e complementações pelo órgão
ambiental, uma única vez, quando couber, podendo haver a reiteração
da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações
não tenham sido satisfatórias;
 Audiência pública, quando couber, de acordo com a
regulamentação pertinente;
 Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão
ambiental competente, decorrente de audiências públicas, quando
couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os
esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;
 Emissão de parecer técnico conclusivo, e se necessário, de
parecer jurídico;
 Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando a
devida publicidade.

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Um processo burocrático e que inclusive está sujeito não só os órgãos


ambientais, mas também a opinião pública, que podem embargar a implantação de
empreendimentos.
Alguns empreendimentos estão
sujeitos a necessidade do EIA/RIMA –
ESTUDO E RELATÓRIO DE IMPACTO
AMBIENTAL A resolução 01/86 estabelece as
atividades modificadoras do meio ambiente,
nesta incluem-se, por exemplo: estradas,
ferrovias, aeroportos, linhas de transmissão
de energia, atividades de extração, unidades
industriais, projetos urbanísticos, entre outros.
Fonte: https://www.slideserve.com
Aceso em:28/02/201

A resolução 01/86 estabelece as atividades modificadoras do meio ambiente,


nesta incluem-se, por exemplo: estradas, ferrovias, aeroportos, linhas de transmissão
de energia, atividades de extração, unidades industriais, projetos urbanísticos, entre
outros. O EIA deve conter segundo a resolução os itens:

 Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto


considerando:
o Meio físico: subsolo, água, ar e o clima, topografia, corpos
d’água entre outros;
o Meio biológico e os ecossistemas naturais: a fauna e a flora e as
áreas de preservação permanente;
o Meio socioeconômico: o uso e a ocupação do solo, elementos
culturais e históricos, a dependência da sociedade local, os recursos
ambientais, entre outros.
o Análise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas:
impactos positivos e negativos, diretos e indiretos, imediatos e a médio
e longo prazo, temporários e permanentes, seu grau de
reversibilidade, a distribuição do ônus e benefícios sociais;
 Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos;
 Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento
dos impactos positivos e negativos, indicando fatores e parâmetros a
serem considerados.

Após concluir todas estas etapas é necessário expressar todas estas


informações de modo conclusivo, trazendo uma avaliação valorativa que identifique
se o projeto é ou não nocivo ao meio ambiente e em que grau, este é o RIMA.

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Veja alguns Relatórios de Impactos Ambientais disponíveis:


RIMA Petrobrás: http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e-sociedade/preservando-meio-
ambiente/licenciamento-ambiental/downloads/pdf/RIMA-sp2.pdf
RIMA BR 285: http://www.dnit.gov.br/meio-ambiente/acoes-e-atividades/estudos-ambientais/br-
285-rs-sc-.pdf
RIMA Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro:
http://www.comperj.com.br/Util/pdf/COMPERJ.PDF
RIMA Terminal Fluvial de Granéis Sólidos da Cargill Agrícola S.A.:
http://www.cargill.com.br/wcm/groups/public/@csf/@brazil/documents/document/cargill_brasil_ri
ma.pdf

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4.1 A EMPRESA E MEIO AMBIENTE

Guia Exame de Sustentabilidade 2013 anuncia empresas


vencedoras2

"As cinco empresas brasileiras que estão entre as mais sustentáveis do mundo
Número deste ano é superior ao registrado na pesquisa anterior, quando somente
duas companhias brasileiras estavam no ranking global que elege as 100 empresas
que adotam as melhores práticas de sustentabilidade corporativa"
Das 100 empresas que adotam as melhores práticas de sustentabilidade
corporativa no mundo, cinco são brasileiras: Natura, Companhia Energética de Minas
Gerais (Cemig), Banco do Brasil, Engie Brasil Energia e Banco Santander Brasil. O
número deste ano é superior ao registrado na pesquisa anterior, quando somente
duas companhias com presença no Brasil entram na lista, a Natura e o Santander."
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/as-cinco-
empresas-brasileiras-que-estao-entre-as-mais-sustentaveis-do-mundo-

Leia mais em:


https://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/as-cinco-empresas-
brasileiras-que-estao-entre-as-mais-sustentaveis-do-mundo

Como você pode ver no texto acima as preocupações com o meio ambiente
são uma realidade nos mercados, o fato de termos nas premiações empresas com as
melhores práticas tornam-se um diferencial competitivo para com as partes
interessadas na organização trazendo benefícios dos mais variados. Nesta aula

2
Fonte: Guia Exame de Sustentabilidade 2013 anuncia empresas vencedoras. Disponível
em: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/novembro/guia-exame-de-sustentabilidade-2013-anuncia#ixzz2myZhn5of
Acessado em: 09 de dezembro de 2013.

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vamos explorar mais algumas razões que levam as empresas a busca da


sustentabilidade.
A conjuntura que envolve as empresas está em constante mudança, os
mercados por hora tradicionais estão mudando. O que se observa é o encolhimento
de alguns mercados e por outro lado alguns mercados estão se tornando
intensamente competitivos. Inclusive a competição ultrapassa fronteiras, empresas
que antes competiam na mesma cidade, na região, nos estados ou no país hoje veem
novos entrantes internacionais com vantagens significativas, como é o caso dos
produtos vindos da China, um país com produção de baixo custo que faz com que
seus produtos sejam ofertados a preços menores.

Leia a reportagem no site O Globo: Brasil perde competitividade e


importação de produtos tecnológicos aumenta 16,3%. Disponível em:
http://oglobo.globo.com/economia/brasil-perde-competitividade-
importacao-de-produtos-tecnologicos-aumenta-163-9343387

A premissa básica de organizações que queiram ter sucesso nos negócios é


desenvolver sustentabilidade na verdadeira concepção da palavra como vimos na
aula anterior: econômica, social, cultural e ambiental. É válido para as sociedades e
também para as empresas. As empresas necessitam trabalhar em redes de
operações com o envolvimento de todos os membros da cadeia produtiva num
sistema de ganha-ganha, o antigo modelo do ganha-perde onde é válida qualquer
ação para benefício próprio caiu por terra. Há uma relação de dependência entre as
partes da cadeia de forma tão intrínseca que para que um ganhe todos precisam
ganhar.
Essa pressão é exercida pelos stakeholders, denominação que se dá as
partes interessadas no andamento das operações, nos resultados operacionais e
financeiros bem como nas interferências e inter-relações da empresa com o seu meio.
Segundo Barbieri (2016) os stakeholders dividem-se em:

 Sociais primários: aqueles que têm interesse direto na empresa


o Empregados, clientes, comunidades locais, fornecedores e
parceiros comerciais, acionistas, proprietários e investidores;
 Sociais secundários: não diretamente relacionados, mas podem
afetar a reputação da empresa
o Governos, órgãos reguladores, instituições da sociedade civil,
grupos de pressão, acadêmicos, mídia, concorrentes

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 Não sociais: impossibilidade de contato, representantes de


conjunto de agentes
o Meio ambiente, futuras gerações, espécies não humanas,
grupos de pressão ambiental e organizações protetoras de animais.

Observe quantos são os atores deste processo e que “estão de olho” nas
ações da empresa. É função da empresa buscar o engajamento dos stakeholders para
que a empresa cumpra o seu papel na sociedade. Já na época da Eco 92 o Conselho
Empresarial para Desenvolvimento Sustentável participou ativamente da temática
empresa e meio ambiente com 48 líderes empresariais de diversos países. Neste
evento foi lançado o documento: “Mudando o rumo: uma perspectiva global do
empresariado para o Desenvolvimento e meio ambiente”. No mesmo documento
como relata Dias (p. 42, 2011), “o mundo se move em direção a desregulação, as
iniciativas privadas e aos mercados globais. Isto exige que as empresas assumam
maior responsabilidade social, econômica e ambiental ao definir seus papéis e ações.”
E ainda diz que exige “mudanças profundas e de amplo alcance na atitude
empresarial, incluindo uma nova ética na maneira de fazer negócios. ”
Imbuídos pela causa em 1998 a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
publica a Declaração de Princípios da Indústria para o Desenvolvimento Sustentável.
Em 1997, surge o conceito do Triple Bottom Line ou tripé da sustentabilidade
que pode ser aplicado de maneira macro ou micro.

O tripé da sustentabilidade envolve:


 People: refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa
ou sociedade;
 Planet: refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade;
 Profit: trata-se do lucro.

Sendo assim, gerir organizações sob a ótica do Triple Bottom Line significa
medir os resultados em termos econômicos, ambientais e sociais, como vimos
também na aula anterior quando falamos de sustentabilidade nas organizações.
Ainda temos o Protocolo Verde que é um documento firmado entre o governo
Federal, seus ministérios e bancos oficiais brasileiros, que determina a incorporação
da variável ambiental na concessão de créditos e benefícios em atividades e

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empreendimentos que possam ser prejudiciais ao ambiente. (DIAS, 2011). Os


bancos participantes desenvolveram a Carta de Princípios para o Desenvolvimento
Sustentável que afirmam comprometer-se como Desenvolvimento Sustentável.
E neste movimento, muitas outras ações você pode encontrar de associações
e organizações públicas e privadas. Encerrando a nosso tema podemos dizer que a
empresa tem uma parcela significativa nas alterações do meio ambiente. Por
intermédio das atividades agrícolas, industriais, de geração de energia, mineração,
saúde, transporte, etc. Os impactos atingem os seres humanos, a flora, a fauna, os
solos, materiais construções etc. causando eutrofização, acidificação, destruição da
camada de ozônio, perda da biodiversidade, aquecimento global etc.

4.2 GESTÃO AMBIENTAL

Gestão ambiental é o
campo de estudo da administração
do exercício de atividades
econômicas e sociais de forma a
utilizar de maneira racional os
recursos naturais, visando à
sustentabilidade.
Fonte: CENED Cursos
Acesso em:28/02/209

Antes de falarmos sobre os modelos existentes de gestão ambiental é preciso


que seja entendida a importância deste processo para as organizações, o que elas
têm a ganhar com investimentos em atividades sustentáveis, além da já evidente
manutenção da vida no planeta.
As ações na empresa dependem de três grandes forças: governo, sociedade
e mercados. Os temas ambientais fazem parte da agenda dos políticos, já vimos nas
unidades anteriores que os movimentos nacionais e internacionais pressionam para o
desenvolvimento de políticas públicas cada vez mais rigorosas em relação às
questões ambientais. As empresas estão sujeitas a essas regulamentações e que
podem ser enquadradas nas exigências das leis sofrendo sanções administrativas e
penais caso não se adéquem as mesmas.

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As organizações da sociedade civil influenciam as empresas pois delas


partem denúncias de impactos ambientais ou de riscos potenciais dos
empreendimentos. Organizações de representatividade mundial como WWF e
Greenpeace são formadores de opinião da sociedade, exercem pressões políticas
para efetivação das leis ou regulamentações mais rigorosas. Mas por outro lado
podem cooperar com as empresas quando estas querem exercer a sua
responsabilidade ambiental.
Por sua vez os mercados altamente competitivos induzem as empresas a se
adequarem as leis vigentes e também a promoverem a auto-regulamentação, quando
associações ou empresas desenvolvem práticas ambientalmente corretas e não
necessariamente por força da lei.
Neste âmbito ainda se encontram os investidores que analisam o aspecto
ambiental para minimizar o risco de investimentos. Estes avaliam a geração de
passivos ambientais pelo não cumprimento da legislação ambiental, pois
comprometem a rentabilidade futura. Nas empresas de capital aberto temos inclusive
a avaliação através de índices como Dow Jones Sustainability, que comprovadamente
as empresas incluídas tem rentabilidade superior e da Bovespa o Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE).

Leia mais sobre no link da Bovespa:


http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoIndice.aspx?Indice=ISE&id
ioma=pt-br
A Petrobrás foi incluída no Índice Dow Jones Sustainability, leia em:
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/petrobras-e-
incluida-no-indice-de-sustentabilidade-de-ny

Indicadores de Sustentabilidade. Desde a Conferência das Nações Unidas


sobre Ambiente e Desenvolvimento que decorreu em 1992, no Rio de Janeiro,
que vários países defendem o "desenvolvimento sustentável" como conceito que
integra as vertentes ambiental, económica e social.
Criado em 2005 para inspirar produtos financeiros com características
sustentáveis, o ISE serve como uma certificação de que a companhia possui
boas práticas de governança corporativa e de gestão ambiental, social e
econômica.
O Índice é uma ferramenta para análise comparativa da performance das
empresas listadas na BOVESPA sob o aspecto da sustentabilidade corporativa,
baseada na eficiência econômica, no equilíbrio ambiental, na justiça social e na
governança corporativa.

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As empresas de seguro pressionam as empresas e os sinistros ambientais


podem tomar valores de proporções vultosas. O crescimento do consumidor verde
também influencia as organizações a investir em produtos verdes, diferenciando seus
produtos pelo desempenho ambiental de seus processos.
Hoje a reputação da empresa é considerada como ativo intangível e passa a
ser uma vantagem competitiva quando se trata de questões ambientais. Contudo,
encontramos empresas em diversos níveis ou abordagens da questão ambiental.
Jabbour & Jabbour (2016.p. 35) identificam estes estágios descritos na figura
4. No primeiro estágio a preocupação básica é no controle da poluição. A empresa
preocupa-se em cumprir a legislação ambiental e responder as pressões da
sociedade. As correções são feitas através do uso da tecnologia de remedição e
controle no final do processo, denominado de end-of-pipe, e a aplicação de normas
de segurança. Estes investimentos são vistos como um custo adicional nas áreas
geradoras de poluição em que ocorrem as ações ambientais.

Figura 4 – Estágios da Gestão Ambiental na empresa

Entradas
Transformação

Proativo
Preventivo
Gestão Ambiental
Gestão Ambiental
Estratégica Gestão Ambiental é desacreditada em
começa a ser relevante
Significativo suporte termos estratégicos
Médio suporte Alta
Alta administração Atendimento a legislação ambiental
administração
Mudanças no processo e pertinente
Foco na busca eco
ou produto Destinação correta e controle da
eficiência de processos
poluição (output)

Fonte: Jabbour & Jabbour (2016. p. 35)

No segundo estágio, preventivo, a empresa começa a se preocupar com o


uso eficiente dos recursos adotando medidas adequadas de conservação e
substituição dos insumos. O uso de tecnologias limpas começa a ser incorporadas ao
processo, melhorando a eficiência, o que faz com que os gestores percebam os
investimentos na área como uma possibilidade de redução de custos e aumento de
competitividade.

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Assim outras áreas da empresa começam a se envolver como compras,


desenvolvimento de produto e marketing.
O terceiro estágio, proativo, os investimentos na área ambiental são
realizados almejando-se a vantagem competitiva. Neste estágio a empresa procura
antecipar-se aos problemas e captura oportunidades. As atividades ambientais são
disseminadas pela organização, além da ampliação das ações ambientais em toda a
cadeia produtiva.
As empresas quando assumem, portanto, o seu papel perante a sociedade e
também para benefício próprio investe em modelos de gestão ambiental. São
inúmeros os modelos existentes aqui você vai conhecer os mais usuais que são:
 Atuação Responsável
 Administração da Qualidade Ambiental Total (TQEM)
 Produção Mais Limpa
 Ecoeficiência
 Projeto para o Meio Ambiente
 ISO 14000
Vamos conversar sobre cada um deles no próximo tema. A reportagem da
Revista Exame mostra o número de empresas que já aderiram a Gestão Ambiental.

CNI: 71% das empresas adotam gestão ambiental


Entre as empresas grandes, índice chega a 94,9% 3

Procedimentos relacionados à gestão ambiental, como economia de energia


elétrica e reutilização da água, são adotados por 71% das empresas, segundo
levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual
diminui para 61% entre as pequenas empresas e sobe para 94,9% entre as grandes.
Entre aquelas que declararam adotar esses procedimentos, 87,5% afirmaram contar
com um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) - que compreende processos com
certificação internacional. Dentre os programas adotados dentro do SGA, destacam-
se a redução na geração de resíduos (80,1% das empresas que possuem SGA), o
uso eficiente de energia (69,5%), a redução no consumo de água (58,3%), o uso de

3
Disponível em: http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/cni-71-empresas-adotam-gestao-
ambiental-598900

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resíduos como matéria-prima ou insumo (45,9%) e a reutilização de água (43,6%).


Por outro lado, foi constada a baixa adesão de práticas capazes de proteger a fauna
e a flora. A proteção de áreas ambientais sensíveis teve adesão de apenas 36%,
enquanto investimentos na produção da biodiversidade abrangeram 6,9%. O
levantamento indica que os principais fatores para a adoção desses procedimentos
foram preocupação com a marca da empresa e as exigências legais. Segundo a
pesquisa, os principais pontos foram imagem e reputação (assinalado por 78,6%),
exigências do licenciamento ambiental (77,7%), regulamentos ambientais (66,6%) e
política interna das empresas (65,8%). "Esse fato demonstra que há uma clara
preocupação das empresas quanto ao que consumidores, acionistas, mídia e
concorrentes percebem da empresa com relação às questões ambientais", afirma o
relatório da CNI. Investimentos
A pesquisa mostra que 88% das empresas tinham planos de investir em
preservação ambiental em 2010, um aumento de 2,1 pontos porcentuais em relação
a 2009. Na opinião das empresas entrevistadas, esses investimentos deveriam ser
impulsionados por meio de incentivos fiscais, acesso a crédito de fundos ambientais
e pelo pagamento por programas de conservação. A sondagem da CNI foi feita com
1.227 empresas (677 pequenas, 367 médias e 183 grandes), entre os dias 5 e 19 de
abril de 2010.

4.3 ESTRATÉGIAS PARA PRODUTOS E SERVIÇOS

Neste tema vamos ver os modelos e estratégias de gestão ambiental mais


usuais, contudo é importante ressaltar que não se resumem a estes. Cada empresa
dentro dos preceitos do desenvolvimento sustentável pode adotar práticas dentro dos
três estágios que citamos na aula anterior.
Vamos a eles:

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Programa Atuação
Responsável: O programa de
Atuação Responsável se tornou
obrigatório a partir de 1998 para
todas as empresas associadas à
ABIQUIM (Associação Brasileira da
Indústria Química). É um programa
amplo de auto-regulamentação,
envolvendo saúde, segurança e
meio ambiente, baseado no conceito
de prevenção da poluição, apoiado
na melhoria contínua e no Fonte: CENED Cursos
Acesso em:28/02/209
envolvimento com as partes
interessadas.

São estabelecidos códigos de práticas gerenciais descritos por Barbieri (2016.


p. 130-131):
 Segurança dos processos: com o objetivo de garantir que não
ocorram acidentes nas instalações industriais, identificando as fontes
de risco para atuar preventivamente;
 Saúde e segurança do trabalhador: para garantir melhores
condições de trabalho tanto para trabalhadores próprios quanto a
terceiros;
 Proteção ambiental: com o objetivo de gerenciar os processos
de produção da forma mais eficiente possível, procurando reduzir a
geração de efluentes, emissões e resíduos;
 Transporte e distribuição: para otimizar todas as etapas de
distribuição, visando reduzir os riscos das atividades de transporte e
melhorar as ações em resposta aos acidentes no transporte de
produtos químicos;
 Diálogo com a comunidade, preparação e atendimento a
emergências: objetiva manter canais de distribuição com os
trabalhadores, vizinhos e outras comunidades e atuar em casos de
emergências;
 Gerenciamento de produto: para que as questões relativas à
saúde, a segurança e ao maio ambiente sejam consideradas em todas
as fases de desenvolvimento, produção, manuseio, utilização e
descarte de produtos químicos.

Para entendermos melhor vejamos alguns exemplos de práticas


gerenciais Segundo a Prefeitura de São Paulo, a cidade registra uma
média de 14 acidentes por ano envolvendo veículos que transportam
produtos perigosos.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sp-tera-restricao-de-transporte-
de-produtos-quimicos
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) realiza em média
um atendimento por dia em acidentes químicos.

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Só em 2011, foram registradas 407 ocorrências, dentre elas 52% no


transporte rodoviário de produtos químicos. Fonte:
http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/agressoes-ambientais/sp-tem-uma-
media-de-1-acidente-quimico-por-dia-16588.asp

Empresas como a Bayer e a Basf são adeptas ao Programa de Atuação


Responsável. Conheça um pouco do que elas fazem nos links abaixo:
 Bayer: http://www.bayer.com.br/scripts/pages/pt/sustentabilidade/index.php
 Basf:http://www.basf.com.br/sac/web/brazil/pt_BR/sustentabilidade/reconheci
mentos
 ABIQUIM: http://homologacao.agenciaweb.net.br/home/criar-esta-url

Administração da Qualidade Ambiental Total – TQEM: O Total Quality


Environmental Management (TQEM) foi criado por uma ONG constituída por 21
grandes empresas multinacionais que considera que o atendimento das expectativas
dos clientes é a base do sucesso empresarial, a qualidade ambiental é a superação
das expectativas dos clientes internos e externos em termos ambientais e tem como
meta poluição zero.
Os princípios que norteiam este programa são semelhantes aos dos
programas de qualidade total que segundo Barbieri (2016) envolve: o foco no cliente,
qualidade como uma dimensão estratégica, processos como unidade de análise,
participação de todos, trabalho em equipe, parcerias com os clientes e fornecedores
e melhoria continua, obviamente com foco em ações que sejam sustentáveis.

Exemplo: A IISD – Instituto Internacional para Desenvolvimento


Sustentável apresenta casos em inglês sobre TQEM. Acesse em:
http://www.iisd.org/business/tools/systems_tqem.aspx

Produção mais Limpa:


Significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica
integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e
energia, através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo
produtivo.

O conceito foi desenvolvido em um seminário realizado pelo PNUMA


(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e dizia que “produção mais

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limpa” significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e


tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso
de matérias-primas, água e energia, por meio da não-geração, minimização ou
reciclagem de resíduos gerados”.
O Centro Nacional de Tecnologias Limpas do SENAI do Rio Grande do Sul é
que coordena o desenvolvimento desta prática no Brasil. De acordo com o CNTL são
vários os níveis de intervenção descritos na Figura 5.
Figura 5 – Níveis de Intervenção na Produção mais limpa

Fonte: CNTL/SENAI-RS apud Barbieri, 2016, p. 137.

Descrevem o que pode ser feito para minimizar os impactos dos processos no
meio ambiente. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em sua
página na internet traz muitos casos sobre tecnologias limpas.

Acesse: http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia-ambiental/producao-e-consumo-
sustentavel/116-casos-de-sucesso---reducao-na-fonte-/-tecnologias-mais-limp

Fonte:https://www.facebook.com/ecoeficien
tesmart (Acesso em:01/03/209)

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A ecoeficiência pode ser


obtida através da união entre o
fornecimento de bens e serviços
sustentáveis a preços competitivos
que satisfaçam as necessidades
humanas, e assim, promove a
redução dos impactos ambientais e
de consumo de recursos naturais.
Em 1996, os ministros do meio ambiente dos países que integram a OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) identificaram
ecoeficiência como uma proposta promissora para as empresas, os governos e as
famílias reduzirem a poluição e o uso de recursos nas suas atividades e passaram a
recomendá-las.
A ecoeficiência baseia-se na ideia de que a redução de materiais e energia
por unidade de produto ou serviço aumenta a competitividade da empresa, ao mesmo
tempo em que reduz as pressões sobre o meio ambiente.
Segundo Barbieri (2016) para uma empresa tornar-se ecoeficiente ela precisa
desenvolver práticas para:

 Minimizar a intensidade de materiais nos produtos e serviços;


 Minimizar a intensidade de energia nos produtos e serviços;
 Minimizar a dispersão de qualquer tipo de material tóxico pela
empresa;
 Aumentar a reciclabilidade dos seus materiais;
 Maximizar o uso sustentável dos recursos renováveis;
 Aumentar a durabilidade dos produtos da empresa;
 Aumentar a intensidade dos serviços nos seus produtos e
serviços.

As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018


|EXAME:https://exame.abril.com.br/.../as-100-empresas-mais-sustentaveis-do-
mundo-em-2018/
29 de jan de 2018 - Cinco companhias brasileiras integram a nova edição do ranking The ...
das 100 empresas mais sustentáveis segundo a Corporate Knights. .... Em duas
novas empresas em 15 de junho de 2017, denominadas SCA e Essity.

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Projeto para o Meio Ambiente: Segundo Fiksel apud Barbieri (2016), o


Projeto para o Meio Ambiente representa a convergência das preocupações com o
desenvolvimento sustentável e com a integração empresarial.
O Projeto para o Meio Ambiente baseia-se em inovações de produtos e
processos que reduzam a poluição em todas as fases do ciclo de vida. Sua ideia
básica é atacar os problemas ambientais na fase de projeto, pois as dificuldades e,
consequentemente, os custos para efetuar modificações crescem à medida que as
etapas de processo se consolidam.
Para Gianetti et al (2013)4 para o desenvolvimento do produto é preciso
considerar:
 Considerar ambientalmente todo o ciclo de vida do produto;
 Escolher os materiais mais adequados, naturais ou não, com
base na ACV (Analise do Ciclo de Vida);
 Considerar o consumo de energia, maximizando o uso de fontes
renováveis de energias;
 Aumentar a vida do produto;
 Usar o mínimo de material e evitar a utilização de materiais
escassos;
 Usar produtos recicláveis ou reutilizáveis, reduzindo ou
eliminando o uso de materiais virgens;
 Reduzir ou eliminar o uso de materiais tóxicos, inflamáveis e
explosivos durante o ciclo de vida;
 Reduzir ou eliminar o armazenamento e emissão de materiais
perigosos
 Alcançar ou exceder as metas regulatórias;
 Reduzir ou eliminar o uso de materiais ligados à degradação da
camada de ozônio e às mudanças climáticas durante o ciclo de vida;
 Melhorar a logística de distribuição minimizando a necessidade
de transporte;

ISO 14000: Segundo Barbieri (2016) um Sistema de Gestão Ambiental (SGA)


requer a formulação de diretrizes, definição de objetivos, coordenação de atividades
e avaliação de resultados. O SGA é uma norma voluntária que surgiu em função de
alguns fatores:
 Crescimento da influência das ONGs;
 Aumento do contingente de consumidores responsáveis;
 Intensificação dos processos de abertura comercial;
 E restrições à criação de barreiras comerciais para proteger
mercados dentro da lógica da globalização;

4
Disponível em: http://www.hottopos.com/regeq12/art5.htm

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A ISO 14000 aborda a gestão ambiental por meio de uma série de normas
sobre:

 Sistemas de gestão ambiental,


 Auditoria ambiental,
 Avaliação do desempenho ambiental,
 Avaliação do ciclo de vida do produto,
 Rotulagem ambiental e
 Aspectos ambientais em normas de produtos.

A Auditoria Ambiental e a Avaliação do Desempenho Ambiental são dois tipos


de instrumentos de gestão ambiental que permitem à administração avaliar o status
da atuação ambiental da organização e identificar as áreas ou funções que
necessitam de melhorias.
Já a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é um instrumento de gestão ambiental
aplicável a bens e serviços. A norma ISO 14.040 define ciclo de vida como os estágios
consecutivos e interligados de um sistema de produto, desde a aquisição da matéria-
prima ou extração dos recursos naturais até a disposição final.
E a norma ISO 14001 é a norma certificadora dos sistemas de gestão
ambiental. E a ISO 14004 fornece diretrizes, recomendações e exemplos para a
empresa criar e aperfeiçoar. O modelo de SGA da norma é descrito na figura 6.

Figura 6: Sistema de Gestão Ambiental para ISO 14001


Fonte: http://www.bsibrasil.com.br/documentos/What_is_14KBR.pdf

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Este segue os princípios de que é preciso incluir a estrutura organizacional,


atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e
recursos.
Conclui-se que os benefícios da implantação de modelos de gestão ambiental
podem ser resumidos de acordo com Jabbour & Jabbour (2016) em:

 Melhoria do desempenho operacional;


 Melhoria do potencial inovador;
 Identificação de novas oportunidades de mercado;
 Redução dos custos operacionais;
 Estabelecimento de novas parcerias;
 Gestão de recursos humanos;
 Geração de mídia espontânea;
 Elevação da reputação corporativa;
 Redução do risco de gestão;
 Fontes de credito e financiamento;
 Antecipação e influência da regulamentação ambiental.

Contudo, segundo o mesmo autor alguns desafios ainda precisam ser


vencidos para que realmente sejam efetivadas as práticas ambientais:

 Carência de recursos;
 Dificuldade de entendimento;
 Dificuldade de implantação;
 Certificação e verificação da adoção de práticas de gestão
ambiental;
 Atitudes e cultura organizacional;
 Situação macroeconômica do país;
 Falta de suporte e de diretrizes;
 Instabilidade institucional.

A sustentabilidade é um alvo a ser atingido por instituições e a sociedade e


que sem parecer filosófico se cada um fizer a sua parte atingiremos o objetivo. A
empresa só tem a ganhar.

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REFERÊNCIAS

BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Brasileira: conceitos, modelos e


instrumentos. 2ª edição. Atual e ampliada. 4ª ed,São Paulo: Saraiva, 2016.

BRASIL. LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br. acesso em:01/03/2019

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São


Paulo: Atlas, 2007.

GIANNETTI, B. F. et al. Inventário de ciclo de vida da manufatura de seringas


odontológicas. Produção, v. 18, n. 1, p. 155-169, 2013

HAMMES, Valquiria Sucena. Agir: Percepção da Gestão Ambiental. São Paulo:


Globo, 2004.

JABBOUR, Ana Beatriz Lopes De Souza; JABBOUR, Charbel José Chiappetta.


Gestão ambiental nas organizações: fundamentos e tendências. São Paulo: Atlas,
2016.

KRUGLIANSKAS, Isak. Gestão Socioambiental. Lilian Aligleri. Luiz Antonio Aligleri.


São Paulo: Atlas, 2009.

MARIOTTI, Humberto. Complexidade e Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2013.

TACHIZAWA, Takeshy. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social


Corporativa. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2011.

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