BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 41
2
GESTÃO AMBIENTAL E DIREITO AMBIENTAL
Fonte: esmac.com.br
Fonte: uesb.br/ascom
4
O QUE É DIREITO AMBIENTAL
Fonte: ambientelegal.com.br/
A Lei da Ação Civil Pública (lei 7.347, de 24/7/85) tutela os valores ambientais,
disciplina as ações civis públicas de responsabilidade por danos causados ao meio
ambiente, consumidor e patrimônio de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.
Em 1988, a Constituição Federal dedicou normas direcionais da problemática
ambiental, fixando as diretrizes de preservação e proteção dos recursos naturais e
definindo o meio ambiente como bem de uso comum da sociedade humana.
O artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988 diz:
6
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às
presentes e futuras gerações. ”
Fonte: rochacerqueira.com.br/
7
organizações induzem um novo posicionamento por parte das organizações diante de
tais questões. Tal posicionamento, por sua vez, exige gestores empresariais
preparados para fazer frente a tais demandas ambientais, que saibam conciliar as
questões ambientais com os objetivos econômicos de suas organizações
empresarias.
Fica evidente que a formação de recursos humanos, dentre eles a do
profissional generalista ou aquele especializado, ambos graduados, por escolas de
administração ou outros cursos, é requerida em todas as direções e níveis nos quais
se processa o novo padrão da gestão ambiental em suas dimensões de conteúdo,
forma e sustentação.
A formação de profissionais qualificados deve ser tratada com altíssima
prioridade porque, além de possibilitar que os órgãos governamentais e empresas,
contem com pessoal qualificado para sua respectiva missão, também tem o papel de
deflagrar uma nova mentalidade que proporcione mudanças, inclusive das próprias
instituições formadoras de recursos humanos.
PROFISSÕES AMBIENTAIS
Fonte: web.mundodastribos.com/
8
a) Advogado Ambiental: podendo advogar tanto na defesa de supostos
transgressores das leis ambientais, bem como fornece Assessoria para a prevenção
de futuras punições;
b) Auditor Ambiental: realiza a avaliação das medidas exigidas concernentes
à preservação do meio ambiente, para a obtenção das certificações ambientais, como
por exemplo da série ISO 14.000;
c) Biólogo: dentre as inúmeras atividades que podem ser exercidas por um
biólogo, ressaltam-se levantamento de fauna e flora, elaboração de EIA-RIMA (o
Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto
Ambiental - EIA), consultoria para reservas naturais, responder tecnicamente em
projetos e programas sobre assuntos afetos à sua área de formação técnica etc.;
d) Cientista Ambiental: possui o conhecimento genérico da ciência, propondo
medidas que visem melhoria da qualidade de vida;
e) Consultor Ambiental: prepara os relatórios referentes ao impacto
ambiental, estabelecendo certos parâmetros como o ruído, contaminação de solo etc.;
f) Contador Ambiental: contabiliza os benefícios e malefícios que determinado
produto poderá trazer ao meio ambiente;
g) Ecólogo: possui inúmeras funções, destacando-se a busca de modos para
a diminuição do impacto ambiental, utilização correta dos recursos naturais etc.
h) Educador Ambiental: conscientiza crianças, empresas e a comunidade de
um modo geral da necessidade de mudança de certos atos, para que se conserve e
preserve o meio ambiente;
i) Engenharia Ambiental: fiscaliza e monitora as indústrias no sentido de
preservação do meio ambiente;
j) Geólogo: pesquisas para a proteção e planejamento, envolvendo o meio da
superfície terrestre;
k) Gestor Ambiental: supervisiona ou administra os setores ou departamentos
de meio ambiente das empresas. É conhecido também como gerente de meio
ambiente.
9
MEIO AMBIENTE
Fonte: morganberglund.com.br/
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A constante mudança do cenário social e das relações traz novas demandas
de litígios e de bens a serem tutelados pelo direito. Daí o surgimento de "novos
direitos", dentre eles, o direito ambiental do trabalho.
São inúmeras as possibilidades de doenças ocupacionais e patologias do
trabalho e dos vários tipos de riscos aos quais um trabalhador pode ser exposto, o
direito ambiental irá tutelar todas elas partindo, principalmente, do princípio da
prevenção.
Fonte: novotempo.com/
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Quanto a qualidade de vida e bem estar, há quem sustente que a Revolução
Industrial não significou melhoria imediata e substancial no nível de vida da classe
trabalhadora britânica, principalmente durante seus primeiros passos.
Diante da ausência de boas condições de trabalho e de vida, houve a
necessidade de movimentos grevistas e protestos por parte dos trabalhadores que
renderam gradual aumento do nível salarial e do poder aquisitivo, bem como
estabelecimento de direitos sociais.
Nesse sentido, cumpre ressaltar o surgimento, ainda embrionário, de
legislações provindas do poder público, consagradas pelas leis e regulamentos; por
outro lado, surgiu o direito advindo das negociações entre empregados e
empregadores. Como resultado, abriu-se um campo alternativo para a determinação
de condições de trabalho e proteção à saúde dos trabalhadores. É muito recente a
preocupação do legislador com as questões referentes ao meio ambiente.
Devemos considerar que os ambientes de trabalho têm atravessado profundas
modificações, repercutindo na forma e tipo de proteção legal estabelecida pelo poder
público. Após a constitucionalização dos direitos sociais, observa-se
progressivamente, surgimento de normas de saúde ocupacional e segurança
industrial, em resposta as mudanças nos processos produtivos e aprimoramento das
relações de trabalho.
O artigo 1º, caput, da Constituição de 1988 prevê, como um dos fundamentos
da República, a dignidade da pessoa humana. O artigo 5º, caput, fala do direito à vida
e segurança, e o artigo 6º, caput, qualifica como direito social o trabalho, o lazer e a
segurança. No artigo 225, caput, ela garante a todos um meio ambiente
ecologicamente equilibrado e, no inciso V, incumbe ao Poder Público o dever de
controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
Extrai-se, da análise sistemática de todos esses dispositivos da Carta Federal,
que o Estado não tolerará atividade que ponha em risco a vida, a integridade física e
a segurança dos indivíduos.
Partindo de uma tutela constitucional, tem-se respaldo para proteger o
trabalhador dos mais variados elementos que ameacem comprometer o seu meio
ambiente do trabalho e, por conseguinte, sua saúde. No entanto, a Carta Magna é
genérica e a função de regulamentar tudo isso restou ao legislador infraconstitucional
e atualmente ao Direito Ambiental do Trabalho.
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Fonte: logistica.3co.com.br
Por outro lado, a CLT discorre nos artigos 189 a 197, sobre os adicionais de
insalubridade e periculosidade, regulamentando sua existência, sua fiscalização e sua
eliminação. O artigo 189 define atividades insalubres como aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O artigo 192 diz que
o exercício de atividade insalubre, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do trabalho, garante o recebimento de adicional de 40%, 20% e 10% do
salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. A
mesma CLT, no artigo 193, define periculosidade como contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado e que o trabalho nessas
condições assegura a percepção de um adicional de 30% sobre o salário. O meio
ambiente de trabalho seguro e adequado é um direito fundamental do trabalhador.
16
DEFINIÇÕES IMPORTANTES QUE AJUDARÃO NA CONTINUIDADE DO
ENTENDIMENTO DA MATÉRIA
Fonte: 1.bp.blogspot.com
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ocupação humana. Sua proteção tem por finalidade manter os ecossistemas naturais
de importância regional ou local e regular o uso admissível das mesmas.
Área Especial de Interesse Turístico: Trecho de território, inclusive águas
territoriais, instituídas por decreto do Poder Executivo, a ser preservado e valorizado
no sentido cultural e natural, destinado a promover o desenvolvimento turístico e
receber projetos de turismo.
Biodegradável: Diz-se da substância que se decompõe facilmente
reintegrando-se à natureza. Dejetos humanos são biodegradáveis, pois sofrem este
processo natural de reintegração. Muitos produtos industriais não o são, como os
plásticos. Indústrias vêm trabalhando para desenvolver produtos biodegradáveis, por
exemplo, um tipo de plástico biodegradável.
Biodiversidade: Conjunto de plantas, animais, microrganismos e
ecossistemas que sobrevivem na natureza em processos evolutivos de mais de 4
bilhões de anos, que constituem uma variedade biológica de mais de 30 milhões de
organismos vivos.
Biota: Conjunto de seres animais e vegetais de uma região.
Contabilidade ambiental: Avaliação matemática do custo do desgaste que o
meio ambiente sofre em função do desenvolvimento econômico e que traduz em cifras
o peso do meio ambiente no processo de crescimento de um país.
Controle ambiental: Ação pública, oficial ou privada, destinada a orientar,
corrigir e fiscalizar atividades que afetam ou possam afetar o meio ambiente.
Fonte: theos-consulting.de
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Crime ambiental: é qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que
compõem o meio ambiente, protegidos pela legislação. Com a entrada em vigor da
Lei dos Crimes Ambientais, Lei nº 9.605, de 13/02/98, o Brasil deu um grande passo
legal na proteção do meio ambiente, pois na nova legislação traz inovações modernas
e surpreendentes na repreensão a destruição ambiental, revogando muitos
dispositivos, bem como apresentando novas penalidades, reforçando outras
existentes e impondo mais agilidade ao julgamento dos crimes.
Cobrança pelo uso da água - Prevista na Lei de Recursos Hídricos (Lei
Federal 9433/97), parte do princípio de que a água é um bem econômico e seu uso
deve ser racionalizado. Pode haver a cobrança de todos usos sujeitos à outorga, como
captação de água, lançamento de esgotos, ou produção de energia. Pela lei, os
valores arrecadados devem ser aplicados prioritariamente em obras, estudos e
programas na própria área da bacia hidrográfica onde se fez a cobrança. (Fonte: Lei
Federal 9433/97)
Conservação ambiental - Manejo dos recursos do ambiente, ar, água, solo,
minerais e espécies vivas, incluindo o Homem, de modo a conseguir a mais alta
qualidade de vida humana com o menor impacto ambiental possível. Ou seja, busca
compatibilizar os elementos e formas de ação sobre a natureza, garantindo a
sobrevivência e qualidade de vida de forma sustentável.
Dano ambiental: qualquer ato ou atividade considerada lesivos ao meio
ambiente que sujeitarão os autores e/ou responsáveis a sanções penais,
independentemente de terem de reparar os danos causados. Hoje existe a lei de
crimes ambientais 9605/98.
Desenvolvimento sustentável: modelo desenvolvimentista baseado na
obtenção de uma taxa mínima de crescimento, combinada com a aplicação de
estratégias para proteção do meio ambiente.
Fauna: Conjunto de espécie animal de determinada região em um período.
Interesse difuso: interesse juridicamente reconhecido, de uma pluralidade
indeterminada ou indeterminável de sujeitos que, potencialmente, pode incluir todos
os participantes da comunidade geral de referência, o ordenamento geral cuja
normativa protege tal tipo de interesse. O interesse difuso é o interesse que cada
indivíduo possui pelo fato de pertencer à pluralidade de sujeitos a que se refere a
norma. Podemos apontar como típicos interesses difusos o direito à informação, o
direito ao ambiente natural, o respeito das belezas monumentais ou arquitetônicas, o
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direito à saúde e segurança social, o direito a um harmonioso desenvolvimento
urbanístico. Mas os campos mais salientes dos interesses difusos estão na tutela dos
direitos dos consumidores e do direito ao ambiente sadio. Não podemos confundir
interesse difuso com interesse coletivo. Este último corresponde a um grupo
determinado de pessoas como membros de associação de classe, acionistas de uma
mesma sociedade, estudantes da mesma escola, sindicato condôminos, etc.
enquanto que o difuso, como vimos, são pessoas indeterminadas.
Ecossistema: I. Conjunto de plantas e animais dentro de um espaço comum;
a unidade ecológica no mais profundo sentido. II. Nível de organização da natureza:
uma gota de água, um monte de folhas, um tronco, uma região natural, um bosque,
um pântano, etc. (O mesmo que sistema ecológico.)
Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Estudo realizado por determinação da
legislação, composto de mapas, gráficos, explicações e conclusões técnicas,
destinado a avaliar as modificações que se operarão no meio ambiente ao se construir
uma obra. O EIA gera o RIMA – relatório de Impacto do Meio Ambiente.
Gestão Ambiental: é a forma pela qual uma empresa se mobiliza, interna e
externamente, na conquista da qualidade ambiental desejada. Para atingir a meta ao
menor custo. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a estratégia indicada.
Manancial: Reserva de água, de superfície ou subterrânea, utilizada para
abastecimento humano, animal, industrial ou para irrigação.
Mata Atlântica: Floresta semelhante à Amazônia, que ocorre no litoral leste do
Brasil, nas encostas orientais e atlânticas da serra do Mar; floresta atlântica, mata
costeira, mata litorânea, mata oriental. Muito densa, a Mata Atlântica apresenta
condições fisiográficas peculiares e alta diversidade. Originalmente abrangia um
milhão de quilômetros quadrados, ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul,
correspondendo a 12% do território nacional. Devido ao desmatamento e ocupação
sem planejamento, ela ocupa hoje apenas 25 mil quilômetros quadrados, cerca de
0,3% do território brasileiro.
Monóxido de carbono: Gás incolor e inodoro, que apesar de ser combustível
não mantém uma combustão; óxido de carbono. O monóxido de carbono é
extremamente venenoso e pesa menos que o ar. Forma-se em todas as fumaças e
no gás de escapamento de motores. Seu caráter venenoso reside em sua forte
vinculação com a hemoglobina, podendo causar a morte. É um dos maiores fatores
de poluição atmosférica.
20
Queimada: Prática agrícola de limpeza do solo com a queima de produtos da
roçada (mato, galhos, cipós, etc.), o que reduz o custo e a mão-de-obra. A queimada
contribui, entretanto, para a gradual esterilização do solo, acidificando-o e destruindo
grande parte de sua micro vida. As queimadas são as responsáveis pela maioria dos
incêndios florais.
Reciclagem: é toda prática que regenere ou reprocesse um produto
proveniente de outro processo, para que se obtenha um produto útil ou para
reutilização (reuso).
Recurso natural não-renovável: Qualquer dos recursos básicos naturais que
compõem a natureza e que não se reproduzem e deixarão de existir se forem
explorados à exaustão: petróleo, mineral, etc.
Recurso natural renovável: Qualquer dos recursos básicos naturais que
compõem a natureza e que poderão reproduzir-se: os animais, as plantas.
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA): contém o balanço dos
pontos negativos e positivos do impacto ambiental causado por determinada obra,
numa região. O Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente, é baseado na
Constituição Federal e foi regulamentado por lei em janeiro de 1986 e pela resolução
nº 1/86 do Conselho Nacional de Meio Ambiente. Inclui o RIMA as medidas, que são
sugeridas pelos técnicos para a prevenção e/ou redução dos efeitos negativos da obra
e para o incremento dos efeitos positivos.
Sociedade sustentável: Aquela que atende às suas necessidades atuais sem
pôr em risco as perspectivas das gerações futuras. Seve para as empresas o fato de
conciliar o crescimento econômico com estratégias para a proteção ao meio ambiente.
O tema deve ser analisado em conjunto com o “consumo sustentável” e “sociedade
sustentável”.
Voçoroca: Processo erosivo subterrâneo causado por infiltração de águas
pluviais, através de desmoronamento e que se manifesta por grandes fendas na
superfície do terreno afetado, especialmente quando este é de encosta e carece de
cobertura vegetal.
Xaxim: pseudocaule de feto arborescente que é usado para vasos de plantas,
prática extrativista que está levando o vegetal à extinção.
21
DANO AMBIENTAL – FORMAS DE REPARAÇÃO
Fonte:educamundo.com.br
Fonte: concursospublicos.primecursos.com.br
25
No caso de aplicação de medidas compensatórias para reparação do dano, é
importante salientar que existe primazia, também aqui, de determinadas formas de
compensação ecológica sobre outras.
Em sentido lato, há que se observar a seguinte ordem de prioridade na
aplicação da medida compensatória:
a) substituição por equivalente no local;
b) substituição por equivalente em outro local; e,
c) somente em último caso, indenização pecuniária.
A indenização pecuniária: trata-se da compensação do dano causado por meio
pecuniário, já que, na prática, a reparação do dano é praticamente impossível.
Fonte: thumbs.dreamstime.com/
26
Importante, também, não esquecermos que a imprensa é uma grande aliada
nesse processo: pois coloca em evidência os danos ambientais e gera uma discussão
social, podendo levar a questão à resolução de forma mais rápida e consciente.
Feitas essas primeiras considerações, vamos indicar o "caminho das pedras"
para a realização de uma denúncia. Quem pode denunciar? Qualquer cidadão.
Entretanto, é bom ressaltar que se a denúncia partir de um grupo de pessoas ou com
o apoio de uma ONG, sua força será maior.
Deve ser feita por escrito ou por telefone? Em casos emergenciais, como, por
exemplo, um incêndio florestal, a denúncia pode ser feita por telefone ou
pessoalmente. Nos outros casos, o meio mais eficiente é a denúncia escrita, relatando
o dano com o máximo de detalhes (fatos, data, horário, endereço completo do local e
todos os dados disponíveis dos infratores) e com provas (fotos, reportagens,
documentos, mapa do local,). Pode ser feita, também por abaixo assinado, sendo que
este deve conter não só a assinatura, mas o nome completo e o RG dos signatários.
Dica: na denúncia escrita, é sempre bom guardar uma prova de que o documento foi
entregue (protocolo no órgão responsável ou na empresa, ou, se enviado por correio,
carta com aviso de recebimento - AR).
Para quem mandar a denúncia? Em termos de dano ambiental, o órgão federal
principal pela fiscalização e controle ambiental é o IBAMA. Pode-se remeter a
denúncia para a sede, em Brasília, ou para a superintendência estadual. Já no âmbito
estadual, além da superintendência do IBAMA, pode-se buscar os órgãos estaduais
responsáveis, bem como as Procuradorias do Meio Ambiente, ou, dependendo do
caso, as Polícias Civil ou Militar (tendo em vista que a agressão ambiental é crime).
Em caso de dano contra o consumidor, o mais recomendável é buscar os PROCONs
estaduais e as Promotorias de Defesa do Consumidor.
27
Órgão Estadual do Meio Ambiente (secretaria, diretoria ou departamento):
atende casos de poluição sonora, do ar, caça e comércio ilegal de animais silvestres,
derrubada de árvores.
Procuradorias do Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor: podem promover
inquéritos e ações judiciais a partir de denúncias de danos ao meio ambiente, ao
patrimônio público e ao consumidor, sem custo para o cidadão.
Polícia: a agressão ambiental é crime, quer dizer, tanto a Polícia Civil, quanto
a Polícia Florestal e de Mananciais (faz parte da Polícia Militar) podem realizar
autuações, aplicar multas, embargar obras e apreender materiais utilizados durante
uma infração ambiental.
Poder Legislativo (Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias
Legislativas e Câmara de Vereadores): em casos de infrações de maior repercussão,
sobretudo quando dependem de uma política pública, podem agir promovendo
debates públicos, solicitando requerimento de informações aos responsáveis, entre
outras medidas. Contatar a Comissão de Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor,
quando houver, ou o parlamentar mais sensível à questão.
Conselhos de Meio Ambiente (Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho
Estadual de Meio Ambiente ou Conselho Municipal de Meio Ambiente): reúne
representantes do setor público e da sociedade civil, podendo exigir, para infrações
de maior repercussão, ações efetivas por parte dos órgãos de meio ambiente.
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear: é responsável por todas as
atividades nucleares no país, inclusive o controle e fiscalização de denúncias sobre
lixo nuclear e outros tipos de contaminação radioativa.
Prefeitura Municipal: age em casos de poluição sonora, lixo, construções
clandestinas em áreas de preservação ambiental, praças ou jardins mal conservados,
extração irregular de argila e areia, e demais problemas no âmbito municipal.
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IMPACTO AMBIENTAL
Fonte: i135.photobucket.com
30
nenhum manejo adequado com medidas mitigadoras para diminuir os impactos dessa
atividade.
g) principalmente nas áreas urbanas a intensa impermeabilização do solo pela
utilização de asfalto para a pavimentação das ruas e aumento do número de
construções, sem o devido acompanhamento da ampliação da rede de esgoto,
juntamente com mau tratamento das redes mais antigas e do acúmulo de lixo, pela
própria população, nas ruas da cidade, vem acarretando aumento do escoamento
superficial e das inundações, tornando as cidades verdadeiras piscinas nas épocas
da chuva;
h) predominância de monoculturas, como a da cana-de-açúcar com seus
efeitos negativos, por exemplo, as queimadas; retirada de matas ciliares substituídas
pelas culturas, a vinhaça e outros. Todavia, neste caso, mais do que nunca, observa-
se que o poder econômico aliado ao político, tentam demonstrar que os benefícios
desta atividade agrícola excede em muito os seus impactos negativos (!!). “E se não
fosse a cana?”, e,
i) utilização sem orientação adequada dos agrotóxicos, ainda recomendados
em doses excessivas àquelas realmente adequadas, aqui outra vez entre o poder
econômico interferindo na melhoria da qualidade de vida e a ambiental;
Fonte: audiper.com
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CAPITULO I - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Art.3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
educação ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal,
definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama,
promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria
e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões
do processo produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de
valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada
para a prevenção, identificação e a solução de problemas ambientais.
Art. 4º São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
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II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque
da sustentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter,
multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e
cultural.
Art. 5º São os objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em
suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável,
na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro
e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade,
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e
solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
37
A QUESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA
Fonte: abre.org.br/
39
9985/00) que dispõe sobre o que é e as categorias de Unidade de Conservação; e
outras.
40
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Paulo De Bessa. Direito Ambiental. 6ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Lúmen Juris,
2002.
BRASIL, Lei de Crimes Ambientais. Lei 9.605. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1998.
BRASIL, Política Nacional do Meio Ambiente. Lei n.º 6.938 de 31 de agosto de 1981.
DIAS, Genebaldo Freire. 1992. Educação Ambiental: princípios e práticas. Ed. Gaia
Ltda. São Paulo. Ed. Mantiqueira. Campos do Jordão.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra, Ação Civil Pública, Editora LTr – São Paulo 2004.
MAZZILLI, Hugo Nigro. 1997. A Defesa dos Direitos Difusos em Juízo. 9ª ed. São
Paulo. Saraiva.
MEIRELLES, Hely Lopes. 1986. A Proteção Ambiental e Ação Civil Pública. São
Paulo. Revista dos Tribunais, 611: 7/13.
41
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
45
"Acrescente-se a isso a impossibilidade de viver democraticamente se os
membros da sociedade não externarem suas opiniões e vontades" (DALLARI, 1998,
p.16).
Princípio da Cooperação
Ao estender à coletividade o dever de proteger o meio ambiente para as
presentes e futuras gerações, reconhece-se que a ação isolada dos sujeitos desse
dever (Poder Público e coletividade) não seria suficiente ou eficaz para a tutela do
meio ambiental. Por esse fato, foi estabelecida a necessidade de que ambos
participassem simultânea e, quando possível, conjuntamente. Assim sendo, surgiu
como princípio a necessidade da cooperação entre o Poder Público e a coletividade,
com o fito de viabilizar a proteção ambiental e a materialização da ideia de
desenvolvimento sustentável.
Princípio da Soberania dos Estados
Esse princípio é amplamente fortificado no Direito Internacional e, geralmente,
reforçado nas constituições nacionais. Esse princípio, no Direito Ambiental, deixa claro
que cada Estado tem a liberdade para proteger o meio ambiente presente em seu
território, de modo que, precipuamente, não poderá um Estado ou Organismo externo
ditar as normas que deverão ser aplicadas na preservação do meio ambiente nacional.
"As nações têm total soberania para o estabelecimento de sua política
ambiental, ditando os parâmetros a serem seguidos no seu território, com o objetivo
de equilibrar o meio ambiente com o desenvolvimento" (MATOS, 2001, p.64).
Destarte, cabe ao Estado legislar e executar as suas políticas ambientais sem
intervenções externas, com o objetivo de proteger e sustentabilizar o meio ambiente.
Todavia, na prática, "deve estar claro que existem mecanismos internacionais de
pressão para que determinada nação adote um determinado controle ambiental"
(MATOS, 2001, p.64).
Princípio da Complexa Educação Ambiental [6]
O princípio da educação ambiental está consolidado no Direito Internacional.
Da mesma forma, vê-se no texto constitucional brasileiro de 1988, no seu inciso VI, §
1°, do art. 225. Esse parágrafo incumbiu o Poder Público de "promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente".
Princípio da Ubiquidade
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Esse princípio é consubstanciado na ideia de que o meio ambiente é ubíquo,
ou seja, está presente em toda parte, em todo o globo, e que, portanto, toda e qualquer
lesão ocorrida em sua estrutura, independentemente do local onde ocorra, tem
reflexos, diretos ou indiretos, em toda a natureza. Dessa forma o que se quer ressaltar
é que "(...) os bens ambientais naturais colocam-se numa posição soberana a
qualquer limitação espacial ou geográfica". Em consequência, "(...) dado o caráter
onipresente dos bens ambientais, o princípio da ubiquidade exige que em matéria de
meio ambiente exista uma estreita relação de cooperação entre os povos, fazendo
com que se estabeleça uma política mundial ou global para sua proteção e
preservação" (RODRIGUES, 2002, p.134).
Os Princípios da Precaução e da Prevenção: Aproximações e Diferenças
Ao efetivar-se, no tópico anterior, uma análise de diversos princípios do Direito
Ambiental, resta tão-somente realizar um relevante estudo sobre os princípios da
precaução e da prevenção, diante de sua relação direta com o tema ora proposto.
A postura de evitar-se a degradação ambiental "ganhou reconhecimento
internacional ao ser incluído na Declaração do Rio (princípio n° 15) que resultou da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento − Rio 92"
(ANTUNES, 1998, p.29). Determina que toda e qualquer atividade humana
(governamental ou não) deve ser devidamente calculada no sentido de prevenir que
o seu impacto de alguma forma ameace a sustentabilidade ambiental.
Notar-se-á que o princípio da prevenção não delineia atividades específicas
que devam ser prevenidas, subtendendo-se, portanto, que toda e qualquer atividade,
independentemente de sua natureza ou de seus autores, deva ser estudada
antecipadamente como forma de precaução e com a meta de evitar que, pela sua
imprudência, seja prejudicada não só a sustentabilidade, mas, também, a
renovabilidade ambiental.
"A atuação do Poder Público deve ser preventiva, ou seja, como em todas as
atividades humanas, existe um fator de risco" (MATOS, 2001, p.62). E, de certo, esse
fator de risco deve ser analisado. Nisso consiste o princípio da prevenção.
No Direito Ambiental, é muito comum, entretanto, encontrar-se uma nítida
divergência entre os doutrinadores que se dedicam a comentar os princípios (jus)
ambientalistas da precaução e da prevenção: a) há aqueles que entendem serem eles
um só princípio; e b) aqueles que defendem serem os ditos princípios autônomos e
distintos.
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Com relação à primeira corrente, pode-se afirmar que:
“A prevenção é reconhecida pela doutrina como um dos princípios do Direito
ambiental. Esse princípio também pode ser reconhecido, doutrinariamente, como
precaução, prudência ou cautela. Muito embora existam as diversas nomenclaturas,
essa diversidade não se reflete na substancialidade dos princípios, tanto que boa
parte dos doutrinadores brasileiros destina a essas expressões as mesmas ideias e
essências, diferente dos portugueses que, por exemplo, diferenciam o princípio da
prevenção do da precaução[7] (BRITO, 2010, p. 55).
Com relação, contudo, à segunda corrente, é possível afirmar que o
conhecimento ou o desconhecimento dos reflexos nocivos de determinado ato
potencialmente degradador do meio ambiente é o critério, geralmente, utilizado pela
doutrina para diferenciar os dois princípios.
Nesses termos, quando o ato ou atividade potencialmente lesiva ao meio
ambiente tem efeitos conhecidos ou previsíveis estar-se-ia falando do princípio da
prevenção.
Por outro lado, quando esses efeitos ou resultados fossem, ao contrário,
desconhecidos, ou seja, imprevisíveis, o princípio em tela seria o da precaução.
Seguindo esse raciocínio, ter-se-ia o princípio da prevenção ao se evitar a caça
de determinadas espécies, da mesma forma que a pesca em determinados períodos
de desova, pois, nesses casos, os reflexos do dano gerado seriam conhecidos ou
previsíveis, isto é, a ameaça de extinção de determinadas espécies ou ainda a
redução da biota.
Contrariamente, quando se fala da proibição de plantação de determinadas
variedades vegetais transgênicas, antes de se efetivarem prévios estudos que
constatem a não existência de ameaça ao equilíbrio ambiental ou a saúde do ser
humano – potencialmente consumidor dos produtos deles advindos –, estar-se-ia
tratando do princípio da precaução, até mesmo porque não há como se prever os
reflexos danosos gerados por esta prática. Não sendo previsível o dano, notadamente,
há referência à precaução e não à prevenção.
Há, igualmente, quem sustente a distinção entre os dois princípios, em fatores
de ordem etimológica, alegando que ambas as nomenclaturas, apesar de
semelhantes, remontariam significados distintos.
Na prática, no entanto, a diferenciação entre os princípios da prevenção e da
precaução parece ser de pouca utilidade.
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Além do mais, não parece razoável a iniciativa doutrinária de reconhecer dois
princípios distintos pelo mero fato de serem ou não previsíveis os danos ambientais
advindos de determinadas práticas.
A ideia de princípio relaciona-se intimamente com a noção primeira de valor.
Os princípios jurídicos, nesse contexto, seriam uma fonte primeira de vitalidade do
ordenamento jurídico; uma nascente fluvial propriamente dita, da qual brotariam as
gotas iniciais e propulsoras da correnteza de um rio teórico e normativo.
Ao se tentar, todavia, explicar a razão de ser de um princípio pelos resultados
ou consequências de determinadas práticas, como na presente situação, parece estar
incidindo em grave erro, por estar-se invertendo o foco caracterizador dos princípios:
ao invés de considerar-se o valor norteador, considera-se o reflexo dele surgido; ao
invés de considerar-se o início, passa a considerar-se o fim.
Nessa conjectura, é coerente afirmar que tanto o princípio da precaução como
o da prevenção são um único princípio por possuírem eles uma única ideia valorativa
nuclear, um único valor central: evitar a ocorrência do dano ambiental. Nada mais do
que isso.
Desta feita, pouco importa o conhecimento ou não, a previsibilidade ou não do
dano ambiental gerado. Isto não é motivo suficiente para se justificar a existência de
dois princípios autônomos.
Havendo a possibilidade ou a ameaça de ocorrência de uma degradação
ambiental e, por derivação, de ameaça à saúde do ser humano, deve tal degradação
ser evitada, prevenida ou precavida, não importando, assim, qual a expressão que
será utilizada para referir-se a esse fim.
Diante dessa realidade, optar-se-á, neste artigo, por entender a prevenção e a
precaução como um único princípio, divergindo, assim, de boa parte da doutrina
ambientalista. Motivo pelo qual, no próximo capítulo, abordar-se-ão todos e quaisquer
contextos que possam ser entendidos como iniciativa para se “evitar a ocorrência de
dano ambiental”, independentemente de sua previsibilidade.
Por fim, ressaltar-se-á que a importância desse princípio é inquestionável, já
que a ideia de prevenção sempre é a mais oportuna. Principalmente, ao levar-se em
consideração a ideia de que "(...) nem sempre é possível reparar cabalmente um dano
ecológico: haja vistas, por exemplo, à extinção total de certos animais ou vegetais"
(GRASSI, 1995, p.31). Torna-se mais coerente, por esse motivo, evitar o surgimento
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do dano ecológico, do que simplesmente sanar as suas consequências (algumas
vezes irremediáveis).
Considerações Finais
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O Princípio da Complexa Educação Ambiental determina que cabe ao Poder
Público a promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e
conscientização pública para a preservação o meio ambiente.
O Princípio da Ubiquidade deixa claro que o meio ambiente é ubíquo, uma vez
que está presente em toda e qualquer parte, e, por esta razão, toda lesão,
independentemente do local em que ocorra, reflete-se em toda natureza.
Os Princípios da Precaução e da Prevenção, por fim, mostraram que toda e
qualquer atividade humana deve ser devidamente calculada, de forma que seu
impacto não ameace a sustentabilidade ambiental.
No mais, aqui se verificou a importância de se debruçar sobre o estudo dos
Princípios do Direito Ambiental. Somente com esse esforço acadêmico, demonstraria,
como ficou demonstrado, que esses princípios, em verdade, são pilares sem os quais
não seria possível obter a compreensão do que seja o próprio Direito Ambiental.
Referências
ANTUNES, Paulo Bessa. Direito ambiental. 2.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998.
DEEBEIS, Toufic Daher. Elementos de direito brasileiro. São Paulo: Leud, 1999.
FIORILLO, Celso A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. 3.ed. São Paulo: Saraiva,
2002.
MATOS, Eduardo Lima de.Autonomia municipal e meio ambiente. Belo Horizonte: Del
Rey, 2001.
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