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O Autor
Direito Ambiental
Jurisprudência
2018
São Paulo, Brasil
Índice
l. Proêmio 11
2. Direito Ambiental: Jurisprudência (Lei nº 9.605/98) 13
3. Exploração ilegal de produto de origem vegetal
(art. 46, parág. único) 16
4. Crime contra a fauna (art. 29); estado de necessidade
(art. 37, nº I) 21
5. Destruição ou danificação de floresta (art. 38) 29
6. Exploração ilegal de produto de origem vegetal
(art. 46, parág. único) 34
7. Pesca proibida (art. 34, “caput”) 41
8. Crime contra a flora: dificultar a regeneração natural
de floresta (art. 48) 46
9. Maus-tratos de animais domésticos; briga de galo
(art. 32). 52
10. Pesca proibida (art. 34); falta de comprovação do
corpo de delito; absolvição 57
11. Exploração ilegal de produto de origem vegetal
(art. 46, “caput”) 65
12. Exploração ilegal de recursos minerais (art. 55) 71
13. Crime contra a flora: corte de árvores (art. 39) 78
14. Crime contra a flora: corte de árvores (art. 39) 86
15. Dano a Unidade de Conservação (art. 40) 92
16. Destruição ou danificação de floresta (art. 38) 98
17. Depósito irregular de produto nocivo ao meio
ambiente (art. 56) 103
10
O Autor
Ementa
– Salvo a hipótese (que requer prova cabal) do sujeito
que, para prover às suas primeiras necessidades e da
família, extrai pequenas quantidades de palmitos de
florestas consideradas de preservação permanente,
constitui crime tê-los em depósito ou para venda, em
grande escala, sem licença da autoridade competente
(art. 46, parág. único, da Lei do Meio Ambiente).
–“O desconhecimento da lei é inescusável” (art. 21 do
Cód. Penal).
É o relatório.
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2º Caso:(7)
Ementa
– A alegação do réu de que praticara o fato em estado de
necessidade — art. 37, nº I, da Lei nº 9.605/98 (Lei do
Meio Ambiente) —, ao pescar mediante a utilização de
petrecho não permitido (rede), mostra-se atendível, por
inferência lógica imediata, se os autos revelam que se
tratava de sujeito rústico, desempregado e com prole
numerosa por sustentar. Àquele que nada tem de seu é
lícito recorrer às dádivas da Natureza.
–“A luta pela existência é a lei suprema de toda a
criação animada; manifesta-se em toda a criatura sob
a forma de instinto da conservação” (Ihering, A Luta
pelo Direito, 20a. ed., p. 17; trad. João Vasconcelos).
– Quem haverá, de ânimo tão obdurado e insensível, que
faça rosto àquela sublime apóstrofe do Evangelho:
“Qual de vós porventura é o homem que, se seu filho
pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou porventura, se lhe
pedir um peixe, lhe dará uma serpente?” (Mt 7, 9-10)?
– As sutilezas do direito não constituem o direito
(“apices juris non sunt jura”).
É o relatório.
23
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3º Caso:(8)
Ementa
– Atenta contra a Natureza e incorre na sanção da Lei
nº 9.605/98 (art. 38), por lesar o Meio Ambiente,
o sujeito que, ao construir tanques para criação
de peixes, destrói e inutiliza, com máquinas (tratores),
parte de floresta considerada de preservação
permanente.
– Contra aquele que, infenso à ética ambiental, concorre
para o desmatamento de floresta considerada de
preservação permanente, prevalece o rigor da lei,
como “ultima ratio”, em ordem a que “o mundo não
seja, num futuro não-remoto, um deserto fuliginoso e
morto” (José Renato Nalini, Ética Ambiental, 2003,
p. 234).
É o relatório.
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4º Caso:(9)
Ementa
– A lei não concede foral de impunidade àquele que tem
em depósito ou guarda, para fins comerciais ou
industriais, produtos de origem vegetal (como o
palmito), sem licença da autoridade competente; antes,
reprime-lhe severamente a conduta (art. 46, parág.
único, da Lei nº 9.605/98), por atentar com insigne
desdém e execrável cupidez contra floresta
considerada de preservação permanente e, portanto,
contra o patrimônio comum do País e da Humanidade.
– Pena de curta duração, por crime cometido sem
violência a pessoa, pode o Juiz determinar que o réu a
cumpra sob o regime aberto, ainda que reincidente.
Solução é esta que se conforma com os princípios da
política criminal, máxime o da reação penal mínima
(art. 36 do Cód. Penal).
É o relatório.
Em verdade:
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5º Caso:(10)
Ementa
– Infringe a Lei do Meio Ambiente (art. 34, “caput”, e
parág. único, nº II, da Lei nº 9.605/98) o sujeito que
realiza pescaria mediante a utilização de petrecho não
permitido (tarrafa).
– A alegação do agente de que em seu favor milita causa
de justificação — pescando, entendia no sustento da
família e, pois, obrigado da necessidade —, não
merece acolhida sem prova plena e cabal do
preenchimento dos requisitos do art. 24 do Cód. Penal.
É o relatório.
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6º Caso:(11)
Ementa
– Incide nas penas do art. 48 da Lei nº 9.605/98 (Lei do
Meio Ambiente) o sujeito que realiza gradeamento em
terreno às margens de represa, pois com seu ato
impede ou dificulta a regeneração natural de florestas
e demais formas de vegetação.
– Ainda que o não tenha pleiteado a denúncia, pode o
Magistrado, ao julgá-la procedente, impor ao réu
infrator do art. 48 da Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio
Ambiente), além da pena restritiva de liberdade, multa
reparatória (art. 20).
É o relatório.
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7º Caso:(12)
Ementa
– Incorre nas penas do art. 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei do
Meio Ambiente) quem pratica maus-tratos contra os
animais, estando nesse número os que promovem
briga de galos, espetáculo que, por sua crueza,
repugna ao sentimento ético-social da humanidade.
–“Protege a lei os animais não só por sentimento de
piedade como ainda para educar o espírito humano, a
fim de evitar que a prática de atos de crueldade
possam transformar os homens em seres insensíveis ao
sofrimento alheio, tornando-os também cruéis para
com os semelhantes” (cf. Rev. Tribs., vol. 295, p. 343).
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8º Caso:(13)
Ementa
– Não pode subsistir a condenação pelo crime do art. 34,
“caput”, da Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente),
sem prova do corpo de delito, ou da existência do
fato. À Acusação corre o ônus de demonstrar, além de
dúvida, que o réu pescou em período no qual era a
pesca proibida.
– De todas as máximas que devem guiar o Julgador, não
há mais sagrada nem importante que esta: condenação
exige certeza. Apenas a prova plena e incontroversa da
materialidade do fato criminoso, de sua autoria e da
culpabilidade do agente pode autorizar a edição de
decreto condenatório. Se incomprovado o fato, o
próprio juízo de reprovação carecerá de substrato
lógico e a pena será, menos que retribuição pelo
malfeito, pura expressão de arbítrio. “A prova é a
alma do processo” (Pereira e Sousa; apud João
Mendes Jr., Direito Judiciário Brasileiro, 1918,
p. 202).
É o relatório.
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9º Caso:(14)
Ementa
– Atenta contra a Natureza e incorre na sanção da Lei
nº 9.605/98 (art. 46), por lesar o Meio Ambiente, o
sujeito que, sem exigir a exibição de licença do
vendedor, expedida pela autoridade competente,
adquire, para fins comerciais, palmitos extraídos da
palmeira juçara, produto vegetal típico da Mata
Atlântica e da região compreendida na área de
proteção ambiental de Cananeia, Iguape e Peruíbe.
– Contra aquele que, infenso à ética ambiental, concorre
para o desmatamento de floresta considerada de
preservação permanente, prevalece o rigor da lei,
como “ultima ratio”, em ordem a que “o mundo não
seja, num futuro não-remoto, um deserto fuliginoso e
morto” (José Renato Nalini, Ética Ambiental, 2001,
p. 204).
– Não repugna à consciência jurídica nem quebranta a
vontade da lei a decisão que defere a réu (mesmo
reincidente) o regime aberto, se condenado a pena de
curta duração. Casado e chefe de família, os efeitos de
sua prisão alcançariam também pessoas inocentes (a
mulher e os filhos); donde o prescrever o direito
positivo que, ao aplicar a lei, deve olhar o Juiz o bem
da sociedade (art. 5º da Lei de Introdução ao Cód.
Civil).
É o relatório.
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10º Caso:(15)
Ementa
– Incorre nas penas da Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio
Ambiente) aquele que, sem a competente autorização,
extrai recurso mineral (areia) e, em consequência,
dificulta a regeneração natural de floresta e outras
formas de vegetação, danificando-as (arts. 55, 48 e
50).
– Ao reprimir a atividade lesiva ao meio ambiente, pôs
a mira o legislador em preservar a Natureza como bem
inestimável da Humanidade e garantir às futuras
gerações a posse de herança comum: as condições
ideais de uma vida saudável e feliz!
– Oportuna e abalizada é a admoestação de José Renato
Nalini, insigne jurista e apóstolo infatigável da ética
ambiental: “Derrubar uma árvore é um crime. Não
apenas previsto pela Lei de crimes ambientais, mas um
crime contra o futuro, uma lesão contra a
Humanidade. E antes de ser crime, é evidente infração
ética” (Ética Ambiental, 2001, p. 81; Millennium
Editora).
É o relatório.
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11º Caso:(16)
Ementa
– Conforme doutrina geralmente recebida, a corrigenda
do libelo (“emendatio libelli”) é possível até à
prolação da sentença final.
– Por não incorrer na censura de inépcia, a denúncia
oferecida contra réu acusado de infração do art. 39 da
Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente) deve basear-
-se na certeza de que as árvores cortadas sem
permissão da autoridade competente pertenciam a
floresta considerada de preservação permanente.
Apenas com a satisfação desse requisito — elemento
normativo do tipo — é lícito processar quem
transgrediu a lei e violou o mandamento que a
consciência ecológica aditou ao decálogo divino,
parafraseando-o: Não desmatarás!
– “A acusação deve estar acompanhada do inquérito
policial ou de elementos que habilitem o Ministério
Público a promover a ação penal (art. 39, § 5º, do
Cód. Proc. Penal)” (José Frederico Marques,
Elementos de Direito Processual Penal, 2a. ed., vol. II,
p. 162).
É o relatório.
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12º Caso:(17)
Ementa
– Matéria de alta indagação, como a que entende com
o elemento moral do crime (dolo), é insuscetível
de exame em processo de “habeas corpus”, de rito
sumaríssimo; apenas tem lugar na instância ordinária,
com observância da regra do contraditório.
– Trancamento de ação penal por falta de justa causa
unicamente se admite quando comprovada, ao primeiro
súbito de vista, a atipicidade do fato imputado ao réu,
ou a sua inocência (art. 648, nº I, do Cód. Proc.
Penal).
É o relatório.
Ainda:
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13º Caso:(18)
Ementa
– Sob pena de constituir violência contra o “status
dignitatis” do indivíduo, a instauração de persecução
penal unicamente se admite em face de prova cabal da
existência do crime e de indícios veementes de sua
autoria.
– Comprovada a falta de justa causa, ou de fundamento
razoável para a acusação, será força obstar à
persecução penal, em obséquio ao “status dignitatis”
do indivíduo, que deve estar ao abrigo de
procedimentos ilegítimos e temerários.
– Comprovada a falta de justa causa para a persecução
criminal — isto é, a “inexistência de fundamento
razoável para a acusação” (José Frederico Marques,
Exposição de Motivos do Anteprojeto do Código
de Processo Penal) —, merece deferida a ordem
impetrada para trancar a ação penal (arts. 647 e 648,
nº I, do Cód. Proc. Penal).
É o relatório.
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14º Caso:(19)
Ementa
– Atenta contra a Natureza e incorre na sanção da Lei
nº 9.605/98 (art. 38), por lesar o Meio Ambiente, o
sujeito que, ao construir tanques para criação de
peixes, destrói e inutiliza, com máquinas (tratores),
parte de floresta considerada de preservação
permanente.
– Contra aquele que, infenso à ética ambiental, concorre
para o desmatamento de floresta considerada de
preservação permanente, prevalece o rigor da lei,
como “ultima ratio”, em ordem a que “o mundo não
seja, num futuro não-remoto, um deserto fuliginoso e
morto” (José Renato Nalini, Ética Ambiental, 2003,
p. 234).
É o relatório.
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15º Caso:(20)
Ementa
– À luz do art. 118 e segs. do Cód. Proc. Penal, os bens
apreendidos somente podem ser restituídos, se já não
interessarem ao processo nem houver dúvida quanto ao
direito do reclamante.
É o relatório.
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16º Caso:(21)
Ementa
– Não decai a Justiça de sua grandeza e confiança, antes
se recomenda ao louvor dos espíritos retos, se, aferindo
por craveira benigna lesão a bem jurídico penalmente
tutelado, rejeita denúncia por crime ambiental: pesca
mediante a utilização de petrechos não permitidos
(art. 34, parág. único, nº II, da Lei nº 9.605/98).
–“Aquele que passa fome
fica tão prisioneiro da sua fome
que não lhe sobra liberdade
para mais nada”
(Carlos Ayres Britto, A Pele do Ar, 2a. ed., p. 108).
– Ao Juiz não esqueçam jamais aquelas severas palavras
de Rui: “Não estejais com os que agravam o rigor das
leis, para se acreditar com o nome de austeros e
ilibados. Porque não há nada menos nobre e
aplausível que agenciar uma reputação malignamente
obtida em prejuízo da verdadeira inteligência dos
textos legais” (Oração aos Moços, 1a. ed., p. 43).
– Nos casos de insignificante lesão ao bem jurídico
protegido e mínimo o grau de censurabilidade da
conduta do agente, pode o Magistrado, com prudente
arbítrio, deixar de aplicar-lhe pena (e ainda pôr termo à
“persecutio criminis”). É que, nas ações humanas, o
Direito Penal somente deve intervir como providência
“ultima ratio”.
É o relatório.
114
Ora:
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17º Caso:(22)
Ementa
– Se o processo tramitou perante o Juizado Especial
Criminal, por ser a infração de menor potencial
ofensivo (art. 61 da Lei nº 9.099/95), será competente
(“ratione materiae”) para conhecer de eventual
recurso o Colégio Recursal, não o Tribunal de
Justiça.
– “As Turmas de Recurso constituem-se em órgão de
segunda instância, cuja competência é vinculada aos
Juizados Especiais e de Pequenas Causas” (art. 84,
§ 1º, da Const. Estadual).
É o relatório.
122
____________________
18º Caso:(23)
Ementa
– Somente a violação de direito líquido e certo, pedra
angular do instituto, autoriza a impetração de
mandado de segurança (art. 5º, nº LXIX, da Const.
Fed.).
– O direito líquido, certo e incontestável, objeto do
mandado de segurança, conforme os anais do Pretório
Excelso, “é aquele contra o qual se não podem opor
motivos ponderáveis, e sim meras e vagas alegações
cuja improcedência o magistrado pode reconhecer
imediatamente sem necessidade de detido exame”
(apud, Themistocles Brandão Cavalcanti, Do
Mandado de Segurança, 1957, p. 128).
– Por violar direito líquido e certo, pode ser impugnada
mediante mandado de segurança a decisão que, com
base no art. 25, § 2º, da Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio
Ambiente), decreta o perdimento da totalidade de
mercadoria (carga de madeira serrada), apreendida pela
Polícia por irregularidade consistente na diferença
entre seu peso real e o declarado em nota fiscal. Nesse
caso, por evitar lesão ao direito de propriedade e em
atenção ao critério da razoabilidade, comum a todo ato
decisório, apenas na parte excedente irregular haverá
de recair a sanção legal do perdimento.
É o relatório.
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19º Caso:(24)
Ementa
– Matéria de alta indagação, como a que entende com o
elemento moral do crime (dolo), é insuscetível de
exame em processo de “habeas corpus”, de rito
sumaríssimo; apenas tem lugar na instância ordinária,
com observância da regra do contraditório.
– Trancamento de ação penal por falta de justa causa
unicamente é possível quando comprovada, à prima
vista, a atipicidade do fato imputado ao réu, ou a sua
inocência (art. 648, nº I, do Cód. Proc. Penal).
– O trancamento do inquérito policial, por implicar
profunda quebra da atividade inerente à Polícia
Judiciária e ao Ministério Público, somente se admite
quando salte aos olhos a falta de justa causa para a
persecução penal.
É o relatório.
Ainda:
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20º Caso:(25)
Ementa
– Adequado para impugnar decisão que declara,
antecipadamente, prescrição da pretensão punitiva
é o Recurso em Sentido Estrito, por força do
preceito do art. 581, nº VIII, do Cód. Proc. Penal.
– Reza o art. 579 do Cód. Proc. Penal que, “salvo a
hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada
pela interposição de um recurso por outro.
Consagra essa norma o que Pontes de Miranda
denomina de princípio da fungibilidade da
interposição dos recursos” (José Frederico
Marques, Elementos de Direito Processual Penal,
1a. ed., vol. IV, p. 201).
– Não é de bom exemplo antecipar o exame do
mérito à produção da prova com o intuito de aferir
prescrição virtual, que isto implica descaso pela
obrigatoriedade da ação penal e violação grave
da primeira garantia de todo o acusado: ter
oportunidade de comprovar sua inocência (art. 107,
nº IV, do Cód. Penal).
– Se a pena ainda não foi concretizada na sentença,
não há reconhecer prescrição, antecipadamente,
com fundamento em juízo de provável condenação,
visto como pode suceder que o réu venha a ser
absolvido, o que terá por benefício de maior quilate
que a extinção de sua punibilidade pela porta ampla
da prescrição.
É o relatório.
E, passos avante:
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Fazendo cada um sua parte — assim como
as árvores reunidas formam a floresta —, estará
contribuindo para a preservação da Natureza e das
condições de vida no planeta!
145
JEQUITIBÁ-ROSA
(O Patriarca da Floresta)
_______________
Parque Estadual de Vassununga;
Santa Rita do Passa Quatro (SP); Brasil
146
Altura: 40 m
147
Diâmetro: 3,6 m
148
Circunferência: 11,31 m
149