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Consumado o roubo, os adolescentes e o réu foram detidos em


flagrante delito, dentro do mencionado carro.

Instaurada a persecução criminal, tramitou o processo na forma


da lei; a r. sentença de fls. 147/149 absolveu o réu, sob o fundamento
da insuficiência de prova.

O combativo Dr. Promotor de Justiça, no entanto, dissentindo


do desfecho da causa, manifestou recurso para esta augusta Corte de
Justiça.

3. A despeito dos bons esforços e talentos do ilustre representante


do Ministério Público, tenho que a r. sentença de Primeiro Grau
merece mantida, por isso mesmo que proferida segundo a prova dos
autos e as regras do Direito e da Justiça.

Na real verdade, suposto veementes os indícios da


responsabilidade criminal do réu, falecem elementos de certeza de que
tenha concorrido para a prática da infração penal.

Interrogado em Juízo, negou o réu a imputação (fl. 61 v.).

A vítima Sinval Gomes da Silva, inquirida na instrução criminal,


declarou não reconhecia o réu, ainda que discorresse do roubo e de
suas circunstâncias (fl. 93).

A testemunha Silvana, essa narrou ter visto os menores a


apontar arma para a vítima e exigir-lhe a entrega da motocicleta.
Ajuntou que não viu o réu (fl. 94).

As testemunhas ouvidas em obséquio da Defesa emolduraram o


caráter do réu, dando-o por “bom menino e trabalhador” (fls. 130/131).

Dos policiais que o detiveram nenhum foi ouvido em Juízo.


Nenhuma testemunha, ao demais, indigitou com segurança o réu
como ao terceiro que, à direção de um veículo do tipo Fusca, estava a
dar cobertura aos malfeitores.

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