Você está na página 1de 18

Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de Direito

da Única Vara da Comarca de Buíque/PE

Ref.Processo-Crime nº 0000056-12.1999.8.17.0360
Autor: Ministério Público do Estado de Pernambuco
Acusado: Renaildo Francisco Xavier
Alegações Finais

RENAILDO FRANCISCO XAVIER,


já devidamente qualificado nos autos do processo à
epígrafe, por seu advogado in fine assinado, vem mui
respeitosamente perante V.Exa., após previamente
intimado, no prazo legal, para apresentar suas

ALEGAÇÕES FINAIS

nos termos a seguir aduzidos:

1
SÍNTESE DOS AUTOS

Consoante a denúncia ofertada pelo


órgão de acusação, o ora defendente, está sendo processado,
por “in tese” no dia, 17 de janeiro de 1999 nas imediações da
Rua Ubiratan Lopes, Vila São José, Buíque/PE, a vítima foi
encontrada morta, saído no meio da rua, com uma faca-
peixeira nas mãos.

Aduz, a exordial acusatória que a


pericia cadavérica acostada nos autos fls. 06, indica que a
vítima apresentava uma lesão “inciso perfurante” na região
“hipocondrica”, direita, provocado por arma branca (faca-
peixeira).

Relata ainda, que a prova


testemunhal aponta o defendente como o autor do delito,
pois, segundo a denúncia foi à última pessoa vista com a
vítima.

Afirma, ainda, que após o fato o


defendente foragiu do local do crime estando em lugar incerto
e não sabido, e que existe indícios veementes quanto à
autoria e materialidade do fato, esta última comprovada pelo
exame cadavérico.

Por fim, pede o órgão ministerial a


condenação do ora defendente nas penas do art. 121, § 2°,
inciso III, do Código Penal Brasileiro.

2
Decretada a prisão preventiva de
fls. 54 dos autos.

Fora designado interrogatório do


defendente de fls. 46.

Apresentado pedido de revogação


de prisão preventiva de fls. 69/70.

Ouvida das testemunhas de


acusação de fls.75/79.

Mandado de prisão expedido de fls.


81 e interrogatório do réu de fls. 92/92v.

Alegações finais apresentada pelo


órgão ministerial de fls. 95/98.

PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO PELA FALTA DE


FUNDAMENTAÇÃO DO DESPACHO DE FLS. 68 QUE
DETERMINA A PRODUÇÃO DE PROVA ANTECIPADA

A antecipação de prova no Processo


Penal tem por objetivo, a colheita de provas consideradas
relevantes e urgentes a ser produzida, cujo atraso implicaria
na sua perda

No presente processo fora solicitado


por parte do Órgão Ministerial através de COTA de fls. 66, a

3
requisição de produção de provas antecipadas, sendo deferido
pelo MM. Juiz através do despacho de fls. 68, deferindo o
requerimento da promotoria e nomeando defensor dativo para
que a prova seja produzida na presença do causídico
nomeado.

No entanto, no despacho que


determina a produção de prova antecipada, deve o MM. Juiz
fundamentar sua decisão.

A Súmula 455 do Superior Tribunal


de Justiça assim dispõe, in verbis:

Súmula nº 455. “A decisão que


determina a produção antecipada
de provas com base no art. 366 do
CPP deve ser concretamente
fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do
tempo”

Por imperativo legal a decisão que


determinar a produção antecipada de provas com fundamento
no permissivo contido no art. 366 do Código de Processo
Penal, deve concretamente estar fundamentada, nos termos
do inciso IX do art. 93 da Constituição Federal de 1988.

A produção antecipada de provas só


deve ocorrer quando houver urgência e risco de que a prova
não possa ser produzida no futuro, devendo o juiz justificar
adequadamente a necessidade da medida, em face das
características do caso concreto.

4
Esse é o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, in verbis:

“Esta Corte de Justiça firmou


entendimento de que a simples
afirmação de que as testemunhas
possam esquecer de detalhes
inerentes aos fatos lançados nos
autos, em razão do decurso do
tempo, não tem o condão de
legitimar a utilização de tal
medida, sendo indispensável, para
tanto, a concreta justificação da
parte solicitante, devidamente
convalidada pelo órgão julgador,
sob pena de ofensa à garantia ao
devido processo legal”. (HC
232523-SP, 5ª T., rel. Gilson Dipp,
05.06.2012, v.u).

Não é solidaria a decisão do


Superior Tribunal de Justiça. Senão vejamos a decisão do
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, in verbis:

“O superior Tribunal de Justiça


sedimentou o entendimento de
que a produção antecipada das
provas, prevista no artigo 366 do
Código de Processo Penal,
pressupõe a concreta
demonstração da urgência e
necessidade da medida, não sendo

5
motivo hábil a justificá-la o
decurso do tempo, tampouco a
presunção de possível
perecimento”. (HC
201000010010734/PI, 2ª Câm. Esp.
Crim., rel. Sebastião Pinheiro
Martins, 10.05.2010, m.v.).

È evidente a nulidade do presente


processo pela falta de fundamentação, quanto ao despacho
que determina a produção de antecipação de provas.

Ex positis, requer que o presente


processo seja declarado NULO, face à falta de
fundamentação, do despacho de fls. 68, dos autos.

NULIDADE DO PROCESSO POR FALTA DE OBSERVACIA AO


DEVIDO PROCESSO LEGAL, QUANTO A APLICAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIDA E SUA FUNDAMENTAÇÃO

Os atos narrados na inicial


acusatória são insuficientes para ensejar uma condenação por
parte deste juízo.

Todo o processo na esfera judicial


ou administrativa tem que respeitar o princípio do devido
processo legal consagrado pela Constituição Federal no art. 5º,
LIV e LV, ao estabelecer que “ninguém será privado da

6
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal e ao
garantir a qualquer acusado em processo judicial o
contraditório e a ampla defesa”, com os meios e recursos a
ela inerentes.

Não há, devido processo legal sem o


contraditório, que vem a ser em linhas gerais, a garantia de
que para toda ação haja uma correspondente reação,
garantindo-se, assim, a plena igualdade de oportunidades
processuais.

Na prática jurídica do Supremo


Tribunal Federal, se reconhece a extrema ligação entre o
devido processo legal, o princípio do contraditório e da ampla
defesa, senão vejamos, in litteris:

“O devido processo legal tem


como corolários a ampla defesa e o
contraditório, que deverão ser
assegurados aos litigantes, em
processo judicial criminal e civil
ou em procedimento
administrativo, inclusive nos
militares (STF – 2ª. T. – Agravo
Regimental em agravo de
instrumento n. 142.847; SP – rel.
Min. Marco Aurélio, Diário da
Justiça, Seção I, 5 fev. 1993, p.
849), e aos acusados em geral,
conforme texto constitucional
expresso (art.5, LV)”.

7
Na verdade, o que se busca para a
máxima efetividade do processo penal é o ponto de equilíbrio
entre a eficiência da coerção estatal e o respeito aos direitos
fundamentais consagrados na Constituição Federal.

Para exercer o poder-dever de punir


o Estado pelos meios legais e previamente instituídos, exerce
o jus persequedi ou jus persecutionis, o direito público
subjetivo de perseguir o acusado até o resultado final de seu
direito, através de um processo, instrumento público subjetivo
de que possui para fazer valer a lei penal.

Mas o Estado não pode punir de


qualquer maneira. O processo penal é ramo que contém o
arcabouço a ser observado no exercício da função punitiva.
Evidentemente que tal ciência não serve como um meio de
impor caprichos ou ordens pelos detentores de poder; ao
revés, deve respeito aos direitos fundamentais.

Esse processo, que se desenvolve


através de um procedimento, deve respeitar as leis estatais e
principalmente a Lei Constitucional, com o respeito aos
direitos fundamentais do indivíduo, garantindo a eficácia do
princípio do devido processo legal, esse reconhecidamente
um direito fundamental.

É notório que este processo


encontra-se eivado de nulidades, pois como se depreende de
fls. 53 dos autos, o MM. Juiz decretou a prisão preventiva do
ora defendente sem a necessária fundamentação legal.

Ademais, no presente processo, não


havia a necessidade da decretação da medida cautelar, pelo

8
não comparecimento do defendente na audiência de seu
interrogatório, pois, a prisão preventiva não deve ser
decretada automaticamente, sem o preenchimento dos
requisitos demandados pelo art. 312 do Código de Processo
Penal.

Esse é o entendimento do Supremo


Tribunal Federal, in verbis:

“O art. 366 do CPP, com redação


dada pela Lei 9.271/96, não
autoriza a prisão preventiva do
acusado por sua simples ausência
ao interrogatório, não podendo ser
tal circunstância considerada, por
si só, como prejudicial à instrução
criminal e à aplicação da lei. Com
esse entendimento, a Turma
deferiu habeas corpus para cassar
decisão que, a pretexto de fuga do
réu, decretara-lhe a prisão
preventiva por não ter
comparecido ao interrogatório”
(HC 79.392-4, ES, 1ª T., rel.
Sepúlveda Pertence, 31.08.1999, v.
u., Dj 22.10.1999, p. 58).

Ora. Douto julgador, a prisão


preventiva da qual tem natureza de medida cautelar é uma
ferramenta utilizada pela autoridade judiciária durante a
persecução penal. Mas, antes do trânsito em julgado da
sentença a decretação da preventiva deve ser escrita e
fundamentada pela autoridade judicial competente.

9
Assim, dispõe o inciso LXI do Art. 5°
da Constituição Federal de 1988, in verbis;

“LXI - ninguém será preso senão


em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei”

Não basta, para a decretação da


preventiva, a comprovação da materialidade e os indícios de
autoria. Além da justa causa, simbolizada pela presença
obrigatória destes dois elementos, é necessário que se
apresente o fator de risco a justificar a efetividade da
medida.

Em suma, consoante descrito em fls.


53, a autoridade judicial, decretou a prisão preventiva do
defendente sem justificar e sem fundamentação, assim, a
prisão do ora defendente é nula.

Corroborando com tema, eis o


magistério de Paulo RANGEL1, “(...) ao decretar a prisão
preventiva do acusado, deve o juiz demonstrar, nos autos
do processo, a presença dos requisitos que a autorizam, não
copiando o que diz a lei, mas, sim, mostrando, por
exemplo, onde está a necessidade de garantir a ordem
pública com a prisão do acusado, citando depoimentos de
testemunhas que se dizem (...) ameaçadas com a liberdade

1
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 12. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2007.

10
do acusado (...). Portanto, a ausência de fundamentação da
decisão que decreta a prisão do acusado acarreta a nulidade
da mesma, que deverá ser reconhecida pelo Tribunal, via
habeas corpus”.

Também nas belas palavras do


professor Guilherme de Souza Nucci “exige a Constituição
Federal que toda decisão judicial seja fundamentada (art.
93, IX), razão pela qual, para a decretação da prisão
preventiva, é indispensável que o magistrado apresente as
suas razões para privar alguém de sua liberdade”.

Tais razões não se limitam a


enumerar os requisitos legais “Para garantia da ordem
pública, decreto a prisão preventiva”. Exige-se a explicitação
fática dos fundamentos da prisão cautelar.

Neste sentido se faz necessário


trazer in baila decisões do Supremo Tribunal Federal, in
verbis:

“O decreto de prisão preventiva há


que fundamentar-se em elementos
fáticos concretos, que
demonstrem a necessidade da
medida constritiva” (HC 101.244-
MG, 1ª. T., rel, Ricardo
Lewandowski, 16.03.2010, v. u.).

STF - HABEAS CORPUS: HC 107294


PI Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI;
Julgamento: 06/09/2011; Órgão

11
Julgador: Primeira Turma;
Publicação: DJe-189 DIVULG 30-09-
2011 PUBLIC 03-10-2011; Parte(s):
MIN. DIAS TOFFOLI, JOSE ARAUJO
MIRANDA, WENDEL ARAUJO DE
OLIVEIRA, RELATOR DO HC Nº
196.276 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA: EMENTA Habeas corpus.
Homicídio. Prisão preventiva.
Impetrações sucessivas.
Prejudicialidade. Não ocorrência.
Ausência de fundamentação.
Consideração tão só da gravidade
abstrata do crime e o envolvimento
do réu em outras infrações.
Inadmissibilidade. Ordem
concedida.
1. A sucessividade de impetrações,
com processos em curso, não
implica o prejuízo das formalizadas
nos Tribunais de origem, ainda que
no Supremo haja sido deferida
liminar, sempre de caráter precário
e efêmero. 2. A jurisprudência da
Corte já se pronunciou no sentido
de que, "em matéria de prisão
provisória, a garantia da
fundamentação das decisões
judiciais (inciso IX do art. 93 da
Carta Magna) importa o dever
judicante da real ou efetiva
demonstração de que a segregação
atende a pelo menos um dos

12
requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal. Sem o que se dá a
inversão da lógica elementar da
Constituição, segundo a qual a
presunção de não-culpabilidade é
de prevalecer até o momento do
trânsito em julgado de sentença
penal condenatória". Precedentes.
3. O fato de eventualmente
comandar o paciente grande
organização criminosa na cidade de
Parnaíba/PI e haver tido sua prisão
preventiva decretada em outro
processo pela prática de novo crime
(tráfico de drogas), não dispensa
que se tenha fundamentado a
decisão que decretou sua prisão
preventiva no feito a que se refere
esta impetração. 4. Writ concedido.

Não é diferente o entendimento


jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça: in verbis;

“Processo Penal – Prisão


preventiva – Fundamentação
insuficiente – Constrangimento
ilegal – Habeas Corpus – A prisão
preventiva, medida extrema que
implica sacrifício à liberdade
individual, concebida com cautela
em face do principio constitucional
da inocência presumida, deve
fundar-se em razões objetivas,

13
indicativas de motivos concretos,
susceptíveis de autorizar a medida
constritiva de liberdade (CF, a RT.
93, IX, CPP, art. 315) –
Consubstancia constrangimento
ilegal, susceptível de ataques por
via de habeas corpus, a ordem de
custodia preventiva desprovida de
fundamentos indicativos da
presença efetiva e real de uma das
circunstâncias inscritas no art. 312
do Código Processo Penal – Mera
alteração em delegacia de policia
entre desafetos não enseja prisão
cautelar a título de conveniência
da instrução criminal – Habeas
Corpus concedido”. (STJ – HC
6699/DF – Órgão Julgador: 6ª Turma
– Rel. Min. Vicente Leal).

Desta forma, requer o ora


defendente que seja expedido Alvará de soltura em seu favor,
por restar provado que a decretação da medida cautelar é
ilegal, bem como nula de pleno direito.

QUANDO DO CUMPRIMENTO DO MANDADO DE PRISÃO DE


FLS.82, DOS AUTOS

14
Expedido mandado de prisão
preventiva de fls. 53, sendo cumprido em data de 22.11.2012,
conforme fls. 82, os autos ficaram concluso ao MM. Juiz em
26.11.2012, onde o qual deveria intimar o defendente para
apresentar sua defesa prévia.

Ademais, o MM. Juiz não cumpriu


com a observância que a Lei processual determina, designando
audiência para o interrogatório do ora defendente.

Ora Excia., o ora defendente


quando preso deveria ter sido novamente citado,
pessoalmente da acusação que pesava contra si, e intimando
para apresentar sua defesa no prazo de 10 dias, como
determina à legislação processual pátria, nos termos dos art.
363, § 4º Senão vejamos, in verbis:

Art. 363. O processo terá


completada a sua formação quando
realizada a citação do acusado.
(...)

§ 4º. Comparecendo o acusado


citado por edital, em qualquer
tempo, o processo observará o
disposto nos arts. 394 e seguintes
deste Código.

Outrossim, a defesa do defendente


começa a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado
ou do defensor constituindo.

15
Assim determina o parágrafo único
do art. 396 do Código de Processo Penal, in litteris:

Art. 396.  Nos procedimentos


ordinário e sumário, oferecida a
denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e
ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito,
no prazo de 10 (dez) dias. 

 Parágrafo único.  No caso de


citação por edital, o prazo para a
defesa começará a fluir a partir do
comparecimento pessoal do
acusado ou do defensor
constituído.

DA AUTORIA

O ora defendente no dia 17 de


janeiro de 1999, conforme narrado na inicial acusatória não
cometeu crime algum.

Instruído o processo, após a oitiva


de todas as testemunhas arroladas pela acusação, nada restou
provado contra o ora defendente, que se mesmo sem provas
de sua participação no delito se encontra preso, em razão de
prisão expedida por este juízo.

Os indícios alegados pela acusação,


é frutos de comentários de “ouvir dizer” que em nada
contribuiu para o fato dito criminoso.

16
O fato de ter sido visto com à
vítima, não há provas nos autos e nem ficou provado durante
a instrução processual que o ora defendente estava com a
vítima no dia 17 de Janeiro de 1999.

Ressalte-se, por oportuno, que o


defendente nega, peremptoriamente, todas as acusações
contidas na denúncia, rechaçando qualquer possibilidade de
ter, de alguma forma, participado da empreitada criminosa.

Cabe ao Estado-Juiz, em razão da


inconsistência das alegações ministeriais, face à falta de
provas, e até de indícios, no caso presente, a IMPRONÚNCIA
do ora defendente, livrando-o da humilhação de se sentar no
banco dos réus, inocente que é da acusação perpetrada na
peça exordial.

Ex positis, em razão da falta


inconteste de provas contra o defendente RENAILDO
FRANCISCO XAVIER, com fulcro no art. 121, § 2, inciso III do
Código de Penal Brasileiro, requer a defesa a IMPRONÚNCIA
do ora defendente, requerendo, ainda, a sua soltura de
imediato em razão de não haver provas suficientes para que
possa manter o defendente encarcerado, uma vez que o
cárcere é medida excepcional, por ser de direito.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pesqueira, 14 de Janeiro de 2013.

Alexandre De Almeida e Silva

17
OAB/PE nº 17.915

Ezequiel Ivan Santos de Lima


OAB/PE nº 11.009-E

18

Você também pode gostar