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Ref.Processo-Crime nº 0000056-12.1999.8.17.0360
Autor: Ministério Público do Estado de Pernambuco
Acusado: Renaildo Francisco Xavier
Alegações Finais
ALEGAÇÕES FINAIS
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SÍNTESE DOS AUTOS
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Decretada a prisão preventiva de
fls. 54 dos autos.
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requisição de produção de provas antecipadas, sendo deferido
pelo MM. Juiz através do despacho de fls. 68, deferindo o
requerimento da promotoria e nomeando defensor dativo para
que a prova seja produzida na presença do causídico
nomeado.
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Esse é o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, in verbis:
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motivo hábil a justificá-la o
decurso do tempo, tampouco a
presunção de possível
perecimento”. (HC
201000010010734/PI, 2ª Câm. Esp.
Crim., rel. Sebastião Pinheiro
Martins, 10.05.2010, m.v.).
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liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal e ao
garantir a qualquer acusado em processo judicial o
contraditório e a ampla defesa”, com os meios e recursos a
ela inerentes.
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Na verdade, o que se busca para a
máxima efetividade do processo penal é o ponto de equilíbrio
entre a eficiência da coerção estatal e o respeito aos direitos
fundamentais consagrados na Constituição Federal.
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não comparecimento do defendente na audiência de seu
interrogatório, pois, a prisão preventiva não deve ser
decretada automaticamente, sem o preenchimento dos
requisitos demandados pelo art. 312 do Código de Processo
Penal.
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Assim, dispõe o inciso LXI do Art. 5°
da Constituição Federal de 1988, in verbis;
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RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 12. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2007.
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do acusado (...). Portanto, a ausência de fundamentação da
decisão que decreta a prisão do acusado acarreta a nulidade
da mesma, que deverá ser reconhecida pelo Tribunal, via
habeas corpus”.
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Julgador: Primeira Turma;
Publicação: DJe-189 DIVULG 30-09-
2011 PUBLIC 03-10-2011; Parte(s):
MIN. DIAS TOFFOLI, JOSE ARAUJO
MIRANDA, WENDEL ARAUJO DE
OLIVEIRA, RELATOR DO HC Nº
196.276 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA: EMENTA Habeas corpus.
Homicídio. Prisão preventiva.
Impetrações sucessivas.
Prejudicialidade. Não ocorrência.
Ausência de fundamentação.
Consideração tão só da gravidade
abstrata do crime e o envolvimento
do réu em outras infrações.
Inadmissibilidade. Ordem
concedida.
1. A sucessividade de impetrações,
com processos em curso, não
implica o prejuízo das formalizadas
nos Tribunais de origem, ainda que
no Supremo haja sido deferida
liminar, sempre de caráter precário
e efêmero. 2. A jurisprudência da
Corte já se pronunciou no sentido
de que, "em matéria de prisão
provisória, a garantia da
fundamentação das decisões
judiciais (inciso IX do art. 93 da
Carta Magna) importa o dever
judicante da real ou efetiva
demonstração de que a segregação
atende a pelo menos um dos
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requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal. Sem o que se dá a
inversão da lógica elementar da
Constituição, segundo a qual a
presunção de não-culpabilidade é
de prevalecer até o momento do
trânsito em julgado de sentença
penal condenatória". Precedentes.
3. O fato de eventualmente
comandar o paciente grande
organização criminosa na cidade de
Parnaíba/PI e haver tido sua prisão
preventiva decretada em outro
processo pela prática de novo crime
(tráfico de drogas), não dispensa
que se tenha fundamentado a
decisão que decretou sua prisão
preventiva no feito a que se refere
esta impetração. 4. Writ concedido.
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indicativas de motivos concretos,
susceptíveis de autorizar a medida
constritiva de liberdade (CF, a RT.
93, IX, CPP, art. 315) –
Consubstancia constrangimento
ilegal, susceptível de ataques por
via de habeas corpus, a ordem de
custodia preventiva desprovida de
fundamentos indicativos da
presença efetiva e real de uma das
circunstâncias inscritas no art. 312
do Código Processo Penal – Mera
alteração em delegacia de policia
entre desafetos não enseja prisão
cautelar a título de conveniência
da instrução criminal – Habeas
Corpus concedido”. (STJ – HC
6699/DF – Órgão Julgador: 6ª Turma
– Rel. Min. Vicente Leal).
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Expedido mandado de prisão
preventiva de fls. 53, sendo cumprido em data de 22.11.2012,
conforme fls. 82, os autos ficaram concluso ao MM. Juiz em
26.11.2012, onde o qual deveria intimar o defendente para
apresentar sua defesa prévia.
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Assim determina o parágrafo único
do art. 396 do Código de Processo Penal, in litteris:
DA AUTORIA
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O fato de ter sido visto com à
vítima, não há provas nos autos e nem ficou provado durante
a instrução processual que o ora defendente estava com a
vítima no dia 17 de Janeiro de 1999.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pesqueira, 14 de Janeiro de 2013.
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OAB/PE nº 17.915
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