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LIVRE DISTRIBUIÇÃO
(...)
Devo registrar, por outro ângulo, que a crime contra o patrimônio, cada
vez mais constante e eficiente, maiormente sob a modalidade de roubo com
emprego de uso de arma de fogo, deve ser combatida eficazmente pelo Judiciário,
onde, em última análise.
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Por tais considerações, CONVOLO A PRISÃO EM FLAGRANTE PARA
A FORMA ACAUTELATÓRIA DE PRISÃO PREVENTIVA. “
fática.
– O Paciente não ostenta quaisquer das hipóteses previstas no art. 312 do CPP
- Ilegalidade da convolação da prisão em flagrante para prisão preventiva
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PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. PRÉVIO
MANDAMUS DENEGADO. PRESENTE WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ORDINÁRIO. INVIABILIDADE. VIA INADEQUADA. PRISÃO CAUTELAR. NULIDADE.
FALTA DE JUSTA CAUSA PARA DECRETAR A CUSTÓDIA. SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. GRAVIDADE ABSTRATA DO CRIME. MOTIVAÇÃO INIDÔNEA.
OCORRÊNCIA. FALTA DE INDICAÇÃO DE ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR
A MEDIDA. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em
prestígio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor à lógica
do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem como
substitutiva de recurso ordinário. 2. Se o apontado vício no reconhecimento
pessoal do paciente e ausência de justa causa para a prisão cautelar, deixaram de
ser debatidos perante a corte originária, não merece conhecimento o writ neste
ponto, sob pena de supressão de instância. Precedentes. 3. A prisão processual
deve ser configurada no caso de situações extremas, em meio a dados sopesados
da experiência concreta, porquanto o instrumento posto a cargo da jurisdição
reclama, antes de tudo, o respeito à liberdade. In casu, prisão provisória que não
se justifica ante a ausência de fundamentação idônea. 4. Habeas corpus não
conhecido. Ordem concedida de ofício a fim de que o paciente possa aguardar em
liberdade o trânsito em julgado da ação penal, se por outro motivo não estiver
preso, sem prejuízo de que o juízo a quo, de maneira fundamentada, examine se é
caso de aplicar uma ou mais dentre as medidas cautelares implementadas pela Lei
nº 12.403/11, ressalvada, inclusive, a possibilidade de decretação de nova prisão,
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caso demonstrada sua necessidade. (STJ; HC 298.385; Proc. 2014/0162567-7; SP;
Sexta Turma; Relª Minª Maria Thereza Assis Moura; DJE 26/09/2014)
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hipotéticas sobre eventos futuros e incertos, divorciadas de qualquer lastro
material a indicar, idoneamente, o risco à ordem pública ou à aplicação da Lei
penal. 5. Os argumentos trazidos no julgamento do habeas corpus original pelo
tribunal a quo, tendentes a justificar a prisão provisória, não se prestam a suprir a
deficiente fundamentação adotada em primeiro grau, sob pena de, em ação
concebida para a tutela da liberdade humana, legitimar-se o vício do ato
constritivo ao direito de locomoção do paciente. 6. Recurso provido para que o
recorrente possa aguardar em liberdade o trânsito em julgado da ação penal, se
por outro motivo não estiver preso, sem prejuízo da possibilidade de nova
decretação da prisão preventiva, se concretamente demonstrada sua necessidade
cautelar, sem prejuízo de imposição de medida alternativa, nos termos do art. 319
do CPP. (STJ; RHC 46.761; Proc. 2014/0074867-7; BA; Sexta Turma; Rel. Min.
Rogério Schietti Cruz; DJE 15/09/2014)
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Dessa forma, a decisão em comento é ilegal, também por
mais esse motivo, sobretudo quando vulnera a concepção trazida no bojo do art. 93, inc.
IX, da Carta Magna e, mais, do art. 315 da Legislação Adjetiva Penal.
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Em nada discrepando desse entendimento, com a mesma
sorte de entendimento lecionam Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar que:
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Convém ressaltar, mais uma vez, arestos deste Egrégio
Superior Tribunal de Justiça:
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relevantes, relativos à modalidade criminosa atribuída ao acusado ou às
expectativas sociais em relação ao poder judiciário, decorrentes dos elevados
índices de violência urbana. 3. No caso dos autos, a corte de origem não
apresentou nenhuma fundamentação para determinar a expedição de mandado
de prisão em desfavor do paciente, porquanto deixou de contextualizar, em dados
concretos dos autos, a necessidade de segregação do réu, de modo que a cautela
extrema parece haver sido decretada como efeito automático da condenação. 4.
Na hipótese, o tribunal estadual sequer mencionou a presença dos vetores
contidos no art. 312 do Código de Processo Penal para justificar a necessidade de
impor ao paciente a segregação cautelar. 5. Habeas corpus não conhecido, mas
concedido de ofício, para que o paciente possa aguardar em liberdade o trânsito
em julgado da ação penal, se por outro motivo não estiver preso, sem prejuízo da
possibilidade de nova decretação da prisão preventiva, se concretamente
demonstrada sua necessidade cautelar, ou de imposição de medida alternativa,
nos termos do art. 319 do CPP. (STJ; HC 290.554; Proc. 2014/0056304-7; RJ; Sexta
Turma; Rel. Min. Rogério Schietti Cruz; DJE 08/09/2014)
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mendes), devendo, contudo, o magistrado apreciar a existência dos requisitos da
prisão preventiva à luz do artigo 312 do código de processo penal. 4. O Supremo
Tribunal Federal não é competente para julgar habeas corpus impetrado em face
de decisão de relator de tribunal superior que indefere a ordem em idêntica via
processual com base na Súmula nº 691/STF. A supressão de instância inequívoca,
revela-se a malferir o princípio do juiz natural (art. 5º, xxxvii e liii) na hipótese em
que o writ impetrado nesta corte versa a mesma fundamentação submetida ao
tribunal inferior. Precedentes: HC 107.053-AgR, Primeira Turma, relator o ministro
Ricardo Lewandowski, dje de 15/04/11; HC 107.415, Segunda Turma, relator o
ministro Joaquim Barbosa, dje de 23.03.11; HC 104.674-AgR, Primeira Turma,
relatora a ministra cármen lúcia, dje de 23.03.11; HC 102.865, Segunda Turma,
relatora a ministra Ellen Gracie, dje de 08.02.11. 5. A manutenção da prisão
preventiva com base em fundamentação inidônea justifica a superação da Súmula
nº 691/STF. Precedentes: HC 112.640, Primeira Turma, relator o ministro Dias
Toffoli, DJ de 14/09/2012; HC 112.766, Primeira Turma, relatora a ministra Rosa
Weber, DJ de 7/12/2012; HC 111.844, Segunda Turma, relator o ministro Celso de
Mello, DJ de 01/02/2013; HC 111.694, Segunda Turma, relator o ministro gilmar
Mendes, dje de 20/03/2012. 6. Habeas corpus extinto por inadequação da via
eleita. Ordem concedida, de ofício, para assegurar ao paciente o direito de
aguardar em liberdade o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória,
salvo se por outro motivo deva permanecer preso. (STF; HC 121.250; SE; Primeira
Turma; Rel. Min. Luiz Fux; Julg. 06/05/2014; DJE 22/05/2014; Pág. 42)
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HABEAS CORPUS. PEDIDO DE EXTENSÃO DA ORDEM CONCENDIDA A CORRÉU.
ART. 580 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PRISÃO EM FLAGRANTE POR
TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. INDEFERIMENTO DE
LIBERDADE PROVISÓRIA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PEDIDO DE
EXTENSÃO DEFERIDO.
I. No caso sob exame, o indeferimento do pedido de liberdade provisória
formulado pelo ora requerente também se fundou na necessidade de se
preservar a ordem pública em razão da gravidade abstrata dos delitos e por
conveniência da instrução criminal, fazendo-se alusão, ainda, à hediondez do
crime de tráfico, fundamentos insuficientes para manter o requerente na prisão.
II. Segundo remansosa jurisprudência desta corte, não basta a gravidade do crime
e a afirmação abstrata de que os réus oferecem perigo à sociedade e à saúde
pública para justificar a imposição da prisão cautelar. Assim, o STF vem repelindo
a prisão preventiva baseada apenas na gravidade do delito, na comoção social ou
em eventual indignação popular dele decorrente, a exemplo do que se decidiu no
HC 80.719/SP, relatado pelo ministro Celso de Mello. III. Requerente que se
encontra em situação fático-processual idêntica à do paciente beneficiado neste
writ (valdecir), pois ambos foram condenados pelos delitos de tráfico ilícito de
drogas e associação para o tráfico, o que faz incidir o art. 580 do código de
processo penal. lV. Extensão da ordem concedida para colocar o ora requerente
em liberdade provisória, devendo ser expedido o respectivo alvará de soltura
somente se por outro motivo não estiver preso, sem prejuízo de que o magistrado
de primeiro grau, caso entenda necessário, fixe, de forma fundamentada, uma ou
mais de uma das medidas cautelares previstas no art. 319 do código de processo
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penal (na redação conferida pela Lei nº 12.403/2011). (STF
(STF - HC 110.132; SP;
Segunda Turma; Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Julg. 16/10/2012; DJE
08/11/2012; Pág. 65)
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maiormente porque tamanha e patente, como ainda clara, a inexistência de elementos a
justificar a manutenção do encarceramento.
4 - EM CONCLUSÃO
Fulano(a) de Tal
Impetrante - Advogado(a)
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