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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PRÁTICA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVA

CASO PRÁTICO 03 – RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA

LETÍCIA BRANCO RIOS – 81711126


MAURO LUIZ LORENZO GOMEZ – 818229230
RAFAELA MARIA MOURA ALMEIDA – 81716070

SÃO PAULO
2021
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO ALFA

Processo número: 0000000-00.0000.0.00.0000

FELIPE, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, não se


conformando com a decisão de fls. deste Egrégio Tribunal de Justiça que denegou a ordem, vem,
respeitosamente, perante Vossas Excelências, por seu advogado, interpor:

RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA

O que faz com fundamento no artigo 105, inciso II, alínea a da Constituição
Federal, e art. 1.027 e seguintes do Código de Processo Civil, cujas razões seguem anexas, as quais
deverão ser encaminhadas ao Colendo Superior Tribunal de Justiça e/ou Supremo Tribunal Federal.

Nesses termos,
Pede e espera deferimento.

LEÍCIA BRANCO RIOS MAURO LUIZ L. GOMEZ RAFAELA M. M. ALMEIDA


OAB /SP: 000.000 OAB/SP: 000.000 OAB/SP: 000.000
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

EXMO. SR. DR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RECORRENTE: FELIPE

RECORRIDO: ESTADO ALFA

PROCESSO N°: 000000-00.0000.0.00.0000

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA CÂMARA

EMÉRITOS JULGADORES

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
O presente recurso, tendo em vista o julgamento em única instância pelo
tribunal de justiça do estado Alfa é tempestivo, as partes são legítimas e estão devidamente
representadas. A presente interposição encontra supedâneo no artigo 105, inciso II,
alínea a da Constituição Federal, e art. 1.027 e seguintes do Código de Processo Civil Portanto, estão
preenchidos os pressupostos de admissibilidade.

DOS FATOS E FUNDAMENTOS:


No dia 05/06/2015, o estado Alfa fez publicar edital de concurso público para
o preenchimento de cinco vagas para o cargo de médico do quadro da Secretaria de Saúde, com
previsão de remuneração inicial de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para uma jornada de trabalho de
20 horas semanais. O concurso teria prazo de validade de um ano, prorrogável por igual período.

O ora Recorrente, Felipe foi aprovado em quinto lugar, conforme resultado


devidamente homologado em 23/08/2015. No interregno inicial de validade do concurso, foram
convocados apenas os quatro primeiros classificados, e prorrogou-se o prazo de validade do
certame.

Em 10/03/2017, o estado Alfa fez publicar novo edital, com previsão de


preenchimento de dez vagas, para o cargo de médico, para jornada de 40 horas semanais e
remuneração inicial de R$ 6.000,00 (Seis mil reais), com prazo de validade de um ano prorrogável
por igual período, cujo resultado foi homologado em 18/05/2017, certo que os três primeiros
colocados deste último certame foram convocados, em 02/06/2017, pelo Secretário de Saúde, que
possui atribuição legal para convocação e nomeação, sem que o Recorrente houvesse sido chamado.

Em 11/09/2017, esta defesa impetrou mandado de segurança, cuja inicial


sustentou a violação de seu direito líquido e certo de ser investido no cargo para o qual havia sido
aprovado em concurso, nos exatos termos previstos no respectivo instrumento convocatório, com
a carga horária de 20 horas semanais e remuneração de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mediante
fundamentação nos argumentos jurídicos pertinentes, sendo certo que as normas de organização
judiciária estadual apontavam para a competência do Tribunal de Justiça local.

Entretanto, sobreveio acórdão unânime que denegou a segurança, sob o


fundamento de que o Judiciário não deve se imiscuir em matéria de concurso público, por se tratar
de atividade sujeita à discricionariedade administrativa, sob pena de violação do princípio da
separação de Poderes.

Foram opostos embargos de declaração, rejeitados por não haver omissão,


contradição ou obscuridade a ser sanada, por se tratar de expressa violação a dispositivo
constitucional, o recorrente não vê outra escolha senão o ingresso do presente recurso.

FELIPE FOI PRETERIDO!


Há clara violação a um direito líquido e certo, aqui não há de se falar em
discricionariedade da banca. O Recorrente passou, ficou na lista de espera, e, antes do
encerramento do edital, foi convocado um NOVO concurso sem chamar os candidatos aprovados
dentro da vigência do anterior, logo, estamos diante de clara afronta a
ilegalidade/inconstitucionalidade, com total desconformidade com o artigo 37 IV da CRFB/88.

A aprovação do Recorrente dentro do número de vagas previsto no edital


confere-lhe direito subjetivo à nomeação dentro do prazo de validade do certame, conforme
entendimento consolidado pelo STF em sede de repercussão geral (tema 161).

Tema: 161 - Nomeação de candidato classificado entre as vagas previstas no


edital de concurso público.

Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. 2. Direito líquido e


certo à nomeação do candidato aprovado entre as vagas previstas no edital de
concurso público. 3. Oposição ao poder discricionário da Administração Pública.
4. Alegação de violação dos arts. 5º, inciso LXIX e 37, caput e inciso IV, da
Constituição Federal. 5. Repercussão Geral reconhecida.

Ademais, há obrigatoriedade de a administração fazer cumprir os exatos


termos do edital para o qual Felipe foi aprovado, em decorrência da vinculação ao instrumento
convocatório.

Posta assim a questão, a reforma da decisão ora recorrida é medida que se


impõe.

Nesses termos,
Pede e espera deferimento.

LEÍCIA BRANCO RIOS MAURO LUIZ L. GOMEZ RAFAELA M. M. ALMEIDA


OAB /SP: 000.000 OAB/SP: 000.000 OAB/SP: 000.000

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