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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ª VARA
DA COMARCA DE JUÍNA – ESTADO DE MATO GROSSO.
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Rua Cristiane Casquet, nº 557-N, módulo I, Juina-MT. CEP 78.320-000. Tel-fax (66) 3566-1826.
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I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
II - DOS FATOS
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Juina/MT, a fim de solucionar qualquer irregularidade porventura existente,
tendo acreditado que tudo teria sido resolvido à época, notadamente porque
não mais recebeu qualquer notificação ou informação sobre o caso.
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chegou a tomar conhecimento real sobre o motivo da autuação e/ou
necessidade de apresentação de licença ambiental específica para o exercício
da atividade agropecuária desenvolvida em seu Sítio, a qual, aliás, trata-se
apenas de bovinocultura de corte (extensiva), ou seja, gado criado solto em
pastagem, sendo que sobre a matrícula do imóvel rural pertencente ao autuado
já existia averbação de TERMO DE RESPONSABILIDADE E PRESERVAÇÃO
DE FLORESTA, datado de 29/04/1988, bem como o autuado já possuía
inscrição estadual como micro produtor rural perante a SEFAZ desde
17/03/1988, conforme consta no cartão de identificação em anexo.
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foi endereçada ao Sitio Boa Sorte, Linha 01, Comunidade Nossa Senhora de
Fátima, Zona Rural, Juína/MT (único endereço do autor), mas sim à Caixa
Postal nº. 138, a qual nunca pertenceu ao autuado, sendo desconhecida a
origem desta incorreta informação de número de Caixa Postal anotada no AI.
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última decisão interlocutória que havia determinado a notificação do autuado
para apresentação de alegações finais aos 14/09/2009.
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Certidão de Dívida Ativa irregularmente inscrita em seu nome por suposta
infração ambiental não efetivamente cometida.
III – DO DIREITO
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da matéria atinente às intimações no processo administrativo e outros atos
relevantes ao caso em apreço. Vejamos:
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Art. 123 Constatada a revelia do infrator, ou após a
apresentação de sua defesa, o processo será
encaminhado à Superintendência de Assuntos
Jurídicos da SEMA, cabendo à autoridade julgadora
formar sua convicção mediante o exame das provas
constantes dos autos proferindo, no prazo de 30
(trinta) dias, sua decisão.
Art. 124 As decisões da Superintendência de
Assuntos Jurídicos proferidas no julgamento de
autuações administrativas serão homologadas pelo
Secretário de Estado do Meio Ambiente.
Art. 125 Da decisão proferida no julgamento de
autuações administrativas caberá recurso para o
CONSEMA no prazo de 20 (vinte) dias contados
da intimação do autuado.
(...)
Art. 126 Transitada em julgado a decisão
administrativa será o infrator notificado a
recolher, no prazo de trinta dias, a multa.
Art. 127 As multas previstas nesta lei complementar
podem ter a sua exigibilidade suspensa, quando o
infrator, por Termo de Compromisso aprovado pela
autoridade competente, obrigar-se à adoção de
medidas específicas, para fazer cessar ou corrigir a
degradação ambiental.
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Vejamos:
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interessada está precedido do nome do sítio onde reside o requerente, da
seguinte forma: “SÍTIO BOA SORTE – LUIZ BENEDITO MARTINS”:
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impossibilidade para igual comparecimento quando da necessária entrega de
intimação tão relevante à defesa do autuado.
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DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OFENSA NÃO
CONFIGURADA. TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
AMBIENTAL (TCFA). NOTIFICAÇÃO VIA EDITAL. NULIDADE.
A reprodução, no apelo, dos argumentos desenvolvidos na inicial
ou na defesa, não deve levar à sua inadmissibilidade (art. 514 do
Código de Processo Civil), máxime quando as alegações são
suficientes para demonstrar interesse da parte na reforma da
sentença. O direito de ampla defesa é um dos mais sagrados
direitos do cidadão e não foi assegurado ao executado, sendo
então nula a notificação realizada por edital e os atos
posteriores praticados no processo administrativo, bem
como a inscrição em dívida ativa ora embargada.” (eDOC 1,
p. 258). No recurso extraordinário (eDOC 1, p. 265-269), com
fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-
se ofensa ao artigo 5º, LIV e LV, do Texto Constitucional. Nas
razões recursais, sustenta-se, em síntese, o seguinte: “Não há
que se falar em nulidade da intimação e em ausência de
constituição do crédito fiscal, como concluiu o Regional, quando
a via do edital é utilizada somente após tentativa de cientificar o
devedor pela via postal ou qualquer outro meio. É evidente que a
lei (e o legislador) – ao estabelecer que a Administração deve
intentar a notificação do administrado por qualquer meio “que
assegure a certeza da ciência do interessado” - agiu com zelo e
correção. O que se assegura, nos termos dos artigos 23 do
Decreto 70.235 e 26 da Lei 9784, sem dúvida, é a garantia de
que o administrado deve ser intimado/notificado em seu
domicílio, por quaisquer dos meios de comunicação que
permitam certeza de tal ato.” (eDOC 1, p. 267). A Vice-
Presidência do TRF da 4ª Região inadmitiu o recurso
extraordinário pela natureza reflexa da ofensa constitucional
apontada. (eDOC 1, p. 283-284). É o relatório. Decido.
Inicialmente, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de
origem: “Após a análise dos documentos trazidos com a
impugnação (evento 3/contesta10), entendo ter a magistrada de
primeiro grau – Juíza Federal Subst.ª Clarides Rahmeier –
apreciado com a propriedade a questão, de modo que, para
evitar tautologia, tomo a liberdade de reproduzir a sentença de
sua lavra (naquilo que interessa ao julgamento do apelo),
adotando-a como razões de decidir: (…) (c) entretanto, embora a
TCFA fosse exigível, o executado não foi regularmente
notificado, havendo irregularidade na constituição do
crédito. O IBAMA não observou as regras do devido
processo legal, prejudicando a ampla defesa do executado
(art 5º-LIV e LV da CF/88). O IBAMA somente estaria
autorizado à notificação por edital do executado se
estivesse presente uma das hipóteses do art 26-parágrafo 4º
da Lei 9.784/99, isto é, se o executado fosse indeterminado,
desconhecido ou com domicílio indefinido. Nenhuma dessas
situações está presente porque o executado tem endereço
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fixo e conhecido, que podia facilmente ser localizado, sendo
idêntico o endereço declinado na petição inicial dessa ação
e às fls 14 e 86 com aquele que constou na correspondência
devolvida (fls 96). Aliás, esse foi o endereço indicado na inicial
da execução e foi nesse endereço que o executado foi citado (fls
36-37 da execução). É certo que o IBAMA tentou notificar o
executado mediante correspondência com aviso de
recebimento (fls 96), mas a correspondência retornou com a
observação 'não procurado' (fls 96), sem que exista
qualquer indicação nos autos do processo administrativo
sobre o motivo dessa observação. Daí que cabia ao IBAMA
adotar as cautelas mínimas de conferir novamente o
endereço e se certificar das razões da devolução antes de
partir para a notificação ficta por edital, mas isso não foi
observado. Ressalte-se que, a segunda tentativa de
notificação (fls 101) também restou inexitosa porque o
IBAMA endereçou a correspondência incorretamente (fls
111), e que, mesmo que tivesse sido corretamente
endereçada, provavelmente não seria recebida e não
atingiria sua finalidade, já que o executado não desenvolve
suas atividades naquele local. Ora, o direito de ampla defesa
é um dos mais sagrados direitos do cidadão e não foi
assegurado ao executado, sendo então nulo a notificação
realizada por edital e os atos posteriores praticados no
processo administrativo, bem como a inscrição em dívida
ativa ora embargada.” (eDOC 1, p. 256). Desta forma, constata-
se que eventual divergência em relação ao entendimento
adotado pelo juízo a quo, a respeito da nulidade da citação,
demandaria o reexame de fatos e provas e o da legislação
infraconstitucional aplicável à espécie, notadamente a Lei nº
9.784/1999, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo,
tendo em vista a Súmula 279 do STF. Nesse sentido, cito os
seguintes precedentes: ARE-AgR 866.797, Rel. Min. Marco
Aurélio, Primeira Turma, DJe 19.05.2015 e AI-AgR 710.371, Rel.
Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 08.10.2010, este último
assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS
CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1.
Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo demandaria o reexame da
legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e
provas constantes dos autos. Providências vedadas na instância
extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do
processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou
indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.” Ante o
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exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF. Publique-
se. Brasília, 04 de fevereiro de 2016. Ministro Edson Fachin
Relator Documento assinado digitalmente (ARE 935936,
Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 04/02/2016,
publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-024 DIVULG
10/02/2016 PUBLIC 11/02/2016).
Art. 5º (...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes;
1 LC 38/1995 - Art. 121 § 4º Nos municípios do interior, o edital será publicado também em
jornal de circulação local
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especialmente porque, no mínimo, a autoridade processante tinha
conhecimento quanto à cidade de domicílio do autuado, qual seja Juina/MT,
tratando-se, pois, de município do interior.
III.II - DA PRESCRIÇÃO:
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punitiva da Administração Pública Federal, Direta ou Indireta, contados da
data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada,
do dia em que tiver cessado:
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liberdade cominada ao respectivo crime, aplicar a tabela de prazos
prevista no art. 109 do Código Penal” (MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A
gestão ambiental em foco. Doutrina. Jurisprudência. Glossário. p. 1233).
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convocado para defender-se ou para prestar quaisquer outros esclarecimentos,
uma vez que a redação do dispositivo se refere a "indiciado" e "acusado".
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inequívoco que importe apuração do fato, e não com respaldo no inciso I, que,
como dito, apenas se aplica antes da lavratura do auto de infração.
“Art. 21.
(...)
"§ 4º A prescrição da pretensão punitiva da
administração não elide a obrigação de reparar o
dano ambiental. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de
2008)."
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transcorrido período superior a 05 (cinco) anos, contados da data da
decisão proferida em 14/09/2009 determinando a notificação do
requerente até a data da prolação da sentença que o condenou ao
pagamento da multa que deu origem ao débito fiscal que lhe foi atribuído
(06/04/2015).
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Lei 9.605/09
Art. 70. Considera-se infração administrativa
ambiental toda ação ou omissão que viole as regras
jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente.
Decreto n° 6.514/08
Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou
fazer funcionar estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores ou utilizadores de
recursos naturais, sem licença ou autorização dos
órgãos ambientais competentes, em desacordo com
a licença obtida ou contrariando as normas legais e
regulamentos pertinentes: (Redação vigente antes
do Decreto nº 6.686, de 2008).
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais).
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Logo, não houve constatação de DANO ambiental
concreto na ocorrência autuada.
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Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico
de âmbito nacional, obrigatório para todos os
imóveis rurais, com a finalidade de integrar as
informações ambientais das propriedades e posses
rurais, compondo base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e
econômico e combate ao desmatamento.
§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas
as propriedades e posses rurais, devendo ser
requerida no prazo de 1 (um) ano contado da sua
implantação, prorrogável, uma única vez, por igual
período por ato do Chefe do Poder Executivo.
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administrado pela não apresentação de uma licença legalmente não mais
exigível, sendo imperiosa, ao menos, a concessão novo prazo estipulado pela
Lei n° 12.651/2012 para inscrição no CAR.
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O objetivo do licenciamento ambiental é a concessão de licenças, atos
administrativos pelo qual o órgão ambiental competente estabelece condições
para o exercício de determinadas atividades, conforme expõe o artigo 1º, inciso
II, da resolução nº 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
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Além da Resolução do Conama, a Portaria MMA nÀ 303/2003 determina que
todas as autorizações para desmatamento na Amazônia Legal, a partir de 01
de julho de 2004, somente sejam expedidas para imóveis licenciados no órgão
ambiental. Entretanto, não há na legislação federal uma regra específica para o
licenciamento das atividades agropecuárias, uma vez que as fases clássicas do
licenciamento ambiental não se aplicam a essa categoria de atividades. Não há
conflito jurídico entre a legislação federal e a estadual, pois se trata de
competência concorrente para legislar e, portanto, pode o estado regulamentar
a matéria com certa liberdade, desde que não contrarie o disposto pela
instância superior. Assim sendo, o estado de Mato Grosso regulamentou a
Licença Ambiental Ðnica para atividades agropecuárias.
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adesão voluntária do proprietário ou por notificação da Sema. Para iniciar o
processo de licenciamento, o proprietário ou seu procurador apresenta a
documentação exigida pelo órgão ambiental, a qual segue para análise técnica
pela Sema. Exigidas eventuais correções e complementações, o órgão
ambiental emitirá a Licença, entre outros documentos necessários
relacionados. Uma vez efetuado o licenciamento, o proprietário assume cumprir
as obrigações previstas no Código Florestal (Lei Federal nÀ 4.771/1965) para
as áreas de preservação permanente e de reserva legal, e o governo
responsabiliza-se por realizar o monitoramento e fiscalização ambientais.
O Decreto
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e na jurisprudência e decorre da própria finalidade das sanções administrativas.
Significa que sanções desproporcionais implicam em desvio de finalidade,
comportamento vedado pela Constituição Federal. Vejamos o magistério do Prof.
Celso Antônio Bandeira de Mello sobre o tema (ob. cit. pp. 744/745):
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O nunca assaz pranteado Hely Lopes Meirelles preleciona no mesmo
sentido ("Direito Municipal Brasileiro", 9ª ed., Malheiros, pp. 342/343):
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protegido". O abuso é evidente.
O Decreto
Do quanto dito até aqui, fica patente a dos elementos que evidenciam a
probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco do resultado útil do processo,
nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil.
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sem prova da infração, sem respeito ao princípio da legalidade, da
proporcionalidade, sem ampla defesa e sem devido processo legal!!!!! Pior ainda,
poderá haver a propositura de iníqua ação de execução judicial!!!!
IV - DOS PEDIDOS
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quaisquer atos a serem praticados por parte do Requerido no sentido de restringir
a regularidade cadastral, protestar o débito inscrito indevidamente em dívida ativa
e ajuizar Execução Fiscal tendente à exigibilidade do crédito, nos termos do tópico
anterior;
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Atribui-se à causa o valor de R$ 65.005,67 (sessenta
e cinco mil e cinco reais e sessenta e sete centavos), para todos os efeitos
legais.
Nesses termos,
pede deferimento.
Juina/MT, 17 de maio de 2018.
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