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CIDADE.
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contra
COLÉGIO ZETA S/S LTDA , pessoa jurídica de direito privado, estabelida na Av. Y, nº.
0000, em São Paulo(SP) – CEP nº. 33444-555, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº.
33.444.555/0001-66,
e, solidariamente ,
CARLA, casada, dentista, residente e domiciliada na Rua K, nº. 0000, em São Paulo(SP) –
CEP nº. 11222-444, inscrito no CPF(MF) sob o nº. 777.666.555-44,
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No início do segundo semestre deste ano letivo, a Autora
passou a sofrer agressões físicas e verbais, maiormente xingamentos, chutes e
empurrões. E isso deu de forma mais acentuada e frequente por parte do filho dos
segundos Réus, chamado de Fernando. Tudo isso se deve ao fato da Autora ter uma
compleição física de uma menina franzina. Fora apelidada de “ Olívia Palito”, referindo-se a
uma personagem de um famoso desenho animado.
(2) – DO DIREITO
CÓDIGO CIVIL
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Na mesma trilha de entendimento:
RESPONSABILIDADE CIVIL.
Ação de indenização por danos morais e obrigação de fazer. Aluna matriculada no
1º ano do ensino médio que após dois anos teve que retornar à 8ª série (9º ano)
do ensino fundamental. Erro do sistema. Dificuldade de aprendizado. Bullying.
Presença dos elementos da responsabilidade civil objetiva. Culpa concorrente.
Influência no quantum indenizatório fixado em R$ 3.000,00. Inexistência de
julgamento ultra petita. Educação. Adolescente. Matéria de ordem pública. Apelo
conhecido e improvido. Decisão unânime. Amanda, estudante do colégio estadual
roque José de Souza, cursava, em 2011, o primeiro ano do ensino médio, quando
fora comunicada, pela direção da escola, que teria que ser rematriculada na 8ª
série (atual nono ano), após ter sido constatado, por meio do sistema de dados,
que a aluna havia reprovado na 8ª série, nas disciplinas de inglês e ciências. O fato
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de ter regredido na sua carreira escolar, após dois anos, findou por causar abalo
moral, até porque o requerido não disponibilizou material escolar, a justificar a
indenização fixada em R$ 3.000,00, já analisada a culpa concorrente da genitora da
adolescente. O direito à educação, insculpido na Constituição Federal e no Estatuto
da Criança e do Adolescente, é direito indisponível, em função do bem comum,
maior a proteger, derivado da própria força impositiva dos preceitos de ordem
pública que regulam a matéria (resp 790.175/sp). Na ordem jurídica brasileira, a
educação não é uma garantia qualquer que esteja em pé de igualdade com outros
direitos individuais ou sociais. Ao contrário, trata-se de absoluta prioridade, nos
termos do art. 227 da Constituição de 1988. A violação do direito à educação de
crianças e adolescentes mostra-se, em nosso sistema, tão grave e inadmissível
como negar-lhes a vida e a saúde (resp 440.502/sp). (TJSE; AC 201300218631; Ac.
18818/2015; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Ruy Pinheiro da Silva; Julg.
27/10/2015; DJSE 03/11/2015)
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Arguição de nulidade, aduzida pelo representante do ministério público nesta
instância ao argumento de ausência de intervenção do parquet no processo.
Descabimento. Superveniência de sentença que exclui o menor de idade do polo
passivo da lide. Ausência de prejuízo. Decretação de nulidade que não satisfaz
interesse de incapaz, dada a possibilidade de ensejar piora em sua situação
processual. Prefacial afastada. Mérito. Recurso dos demandados. Pleito de reforma
da sentença ao argumento de terem agido no exercício regular do direito e de
inexistência de ato ilícito. Insubsistência. Elementos probatórios que evidenciam
ter sido o inquérito policial arquivado e posteriormente concedida remissão e
aplicada medida sócio-educativa ao filho dos apelantes por ato infracional
confessado de calúnia. Dano moral presumido (in re ipsa). Ofensa à integridade
moral caracterizada. Exegese do artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal e dos
artigos 189 e 927 do Código Civil. Responsabilidade objetiva dos pais pelos atos
praticados pelos filhos sob sua autoridade. Inteligência do artigo 932, inciso I, do
Código Civil. Dever de indenizar mantido. Recurso conhecido e desprovido. (TJSC;
AC 2013.055319-2; Brusque; Sexta Câmara de Direito Civil; Relª Desª Denise
Volpato; Julg. 01/09/2015; DJSC 09/09/2015; Pág. 194)
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1.0694.09.051394-6/001; Rel. Des. Amorim Siqueira; Julg. 07/04/2015; DJEMG
30/04/2015)
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Nesse enfoque temos destacamos os seguintes julgados:
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A propósito reza a Legislação Substantiva Civil que:
CÓDIGO CIVIL
CÓDIGO CIVIL
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
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Nesse contexto, cumpre-nos evidenciar alguns julgados:
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E, como já esclarecido que a relação jurídica entabulada entre
as partes é consumo, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à espécie ,
abrindo, no caso, também por esse ângulo, a responsabilidade objetiva da primeira Ré.
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É consabido que a Constituição Federal prevê a
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas ,
assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
violação;
RESPONSABILIDADE CIVIL.
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Ação de indenização por danos morais e obrigação de fazer. Aluna matriculada no
1º ano do ensino médio que após dois anos teve que retornar à 8ª série (9º ano)
do ensino fundamental. Erro do sistema. Dificuldade de aprendizado. Bullying.
Presença dos elementos da responsabilidade civil objetiva. Culpa concorrente.
Influência no quantum indenizatório fixado em R$ 3.000,00. Inexistência de
julgamento ultra petita. Educação. Adolescente. Matéria de ordem pública. Apelo
conhecido e improvido. Decisão unânime. Amanda, estudante do colégio estadual
roque José de Souza, cursava, em 2011, o primeiro ano do ensino médio, quando
fora comunicada, pela direção da escola, que teria que ser rematriculada na 8ª
série (atual nono ano), após ter sido constatado, por meio do sistema de dados,
que a aluna havia reprovado na 8ª série, nas disciplinas de inglês e ciências. O fato
de ter regredido na sua carreira escolar, após dois anos, findou por causar abalo
moral, até porque o requerido não disponibilizou material escolar, a justificar a
indenização fixada em R$ 3.000,00, já analisada a culpa concorrente da genitora da
adolescente. O direito à educação, insculpido na Constituição Federal e no Estatuto
da Criança e do Adolescente, é direito indisponível, em função do bem comum,
maior a proteger, derivado da própria força impositiva dos preceitos de ordem
pública que regulam a matéria (resp 790.175/sp). Na ordem jurídica brasileira, a
educação não é uma garantia qualquer que esteja em pé de igualdade com outros
direitos individuais ou sociais. Ao contrário, trata-se de absoluta prioridade, nos
termos do art. 227 da Constituição de 1988. A violação do direito à educação de
crianças e adolescentes mostra-se, em nosso sistema, tão grave e inadmissível
como negar-lhes a vida e a saúde (resp 440.502/sp). (TJSE; AC 201300218631; Ac.
18818/2015; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Ruy Pinheiro da Silva; Julg.
27/10/2015; DJSE 03/11/2015)
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AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS BULLYING EM ESCOLA. MENOR PORTADOR DE
HIPERATIVIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. PRELIMINAR REJEITADA. FALHA NA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA ESCOLA. CULPA IN
ELIGENDO. RESTITUIÇÃO DAS MENSALIDADES PAGAS ANTES DA TROCA DE
INSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. DANOS MORAIS. QUANTUM EXCESSIVO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO. RECURSO PROVIDO EM PARTE.
1. Rejeita-se a preliminar de cerceamento de defesa, seja porque a parte não
requereu a prova pericial no momento oportuno, seja porque o acervo probatório
já era suficiente para formar a convicção do magistrado. 2. Demonstrada a falha na
prestação de serviços, já que prepostos da instituição de ensino permitiram a
prática de bullying contra menor portador de hiperatividade nas dependências do
estabelecimento, impõe-se o dever de indenizar. 3. Tendo em vista a capacidade
econômica das partes, a gravidade e a extensão do dano, merece ser reduzida a
reparação fixada a título de danos morais. 4. Não é possível a restituição das
mensalidades escolares referentes ao período em que a parte estava matriculada
na instituição, sob pena de ocorrer o seu enriquecimento sem causa. 5.
Considerando a natureza e complexidade da causa, reduz-se o valor dos
honorários advocatícios para o mínimo legal. 6. Apelação provida em parte. (TJDF;
Rec 2015.01.1.041458-2; Ac. 881.033; Segunda Turma Cível; Rel. Des. J.J. Costa
Carvalho; DJDFTE 20/07/2015; Pág. 156)
“Jáá com á inversáã o do oô nus dá prová, áliádá áà chámádá ‘culpá objetivá’, náã o háá
necessidáde de provár-se dolo ou culpá, válendo dizer que o simples fáto de
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ser colocár no mercádo um veíáculo náquelá condiçoã es que ácárrete, ou possá
ácárretár dános, jáá ensejá umá indenizáçáã o, ou procedimento cáutelár párá
evitár os referidos dános, tudo independemente de se indágár de quem foi á
negligeô nciá ou imperíáciá, por exemplo. “ (GRINOVER, Adá Pellegrini [et
[et tal].
tal].
Código de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto.
anteprojeto. 10ª
Ed. Rio de Jáneiro: Forense, 2011, p. 158)
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, a Autora requer que Vossa Excelência
se digne de tomar as seguintes providências:
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especiais que sejam, sobretudo com a oitiva de testemunhas,
depoimento pessoal do(s) representante(s) legal(is) da Ré, o que
desde já requer, sob pena de confesso.
Beltrano de tal
Advogado – OAB 112233