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MARIANO FLORES, assistido por advogado não vinculado ao seu sindicato de classe,
ajuizou reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da empresa SECOS E MOLHADOS
LTDA. (RT nº 0055.2023.5.14.0091), em 10/02/2023, afirmando que foi admitido em
03/03/2014, na função de divulgador de produtos, para exercício de trabalho externo, com
registro na CTPS dessa condição, e salário mensal fixo de R$ 3.000,00 (três mil reais). Alegou que
prestava serviços de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, com intervalo para alimentação de
01 (uma) hora diária, não sendo submetido a controle de jornada de trabalho, e que foi
dispensado sem justa causa em 18/10/2022, na vigência da garantia provisória de emprego
prevista no artigo 55 da Lei 5.764/71, já que ocupava o cargo de diretor suplente de cooperativa
criada pelos empregados da ré. Afirmou que não lhe foi pago o décimo terceiro salário do ano
de 2021 e que não gozou as férias referentes ao período aquisitivo 2019/2020, admitindo,
porém, que se afastou, nesse mesmo período, por 07 (sete) meses, com percepção de auxílio-
doença. Aduziu, ainda, que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. Pedro Ribas, para
exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com salário inferior em R$ 1.000,00 (um
mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461, caput, da CLT. Diante
do acima exposto, postulou: a) a sua reintegração no emprego, ou pagamento de indenização
substitutiva, em face da estabilidade provisória prevista no artigo 55 da Lei 5.674/71; b) o
pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinquenta por
cento), e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários
integrais e proporcionais, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o
pagamento em dobro das férias referentes ao período aquisitivo de 2019/2020, acrescidas do
terço constitucional, nos termos do artigo 137 da CLT; d) o pagamento das diferenças salariais
decorrentes da equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso prévio,
férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e
indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); e) o pagamento do décimo terceiro
salário do ano de 2021. Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída na 2ª Vara do
Trabalho de Ji Paraná – RO, redija, na condição de advogado contratado pela empresa, a peça
processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.
AO DOUTO JUIZO DA DA 2º VARA DO TRABALHO DE JI-PÁRANÁ – RO
PROCESSO Nº 0055.2023.5.14.0091
MARIANO FLORES, já qualificado nos autos; vem a presença de Vossa Excelência.; com
fulcro no Artigo 847 da CLT c/c Artigo 335 do CPC, oferecer.
- DOS FATOS
O reclamante ajuizou reclamação trabalhista perante este juízo, afirmando que fora
admitido em 03/03/2014, na função de divulgador de produtos, para exercício de trabalho
externo, com registro na CTPS dessa condição, e salário mensal fixo de R$3000,00 (três mil reais)
Afirmou ainda que não lhe foi pago o décimo terceiro salário do ano de 2021 e que não
gozou de férias referentes ao período aquisitivo 2019/2020, porém o próprio reclamante
informou em seu pedido inicial que se afastou por 7 (sete) meses, tendo neste período
percepção de auxilio doença da Previdência Social.
Alegando também que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. Pedro Ribas,
para exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com salário inferior em R$1.000,00
(um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461, caput, da CLT.
I – PREJUDICIAL DE MÉRITO
- Prescrição quinquenal
O reclamante ajuizou reclamação trabalhista perante este juízo, afirmando que fora
admitido em 03/03/2014 e que fora dispensado sem justa causa em 18/10/2022, e
apenas em 10/02/2023 postulou ação de reclamação trabalhista.
Com base nos artigos 7º, XXIX, da CF/88 e 11 da CLT, o direito de ação quanto a créditos
resultantes das relações de trabalho prescrevem em 5 anos, contatos da data de
ajuizamento da ação (Súmula 308, II, do TST)
Diante do exposto, requer a extinção dos pedidos, com resolução do mérito, a luz do
art. 487, II, do CPC, quanto as parcelas postuladas anteriores aos últimos 5 anos,
contados do ajuizamento da ação, ou seja, anteriores a 10/02/2018.
II –MÉRITO
I – Reintegração
O reclamante ajuizou reclamação trabalhista perante este juízo, afirmando que fora
admitido em 03/03/2014 e que fora dispensado sem justa causa em 18/10/2022, na
vigência da garantia provisória de emprego prevista no artigo 55 da lei 5.764/71, por
exercer cargo de diretor suplente de cooperativa criada pelos empregados da
reclamada.
Não existe razão ao reclamante, pois, consoante preceitua a OJ 253 da SDI-I do TST, o
diretor suplente de cooperativa não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no
art. 55 da Lei nº 5.764/71, artigo 8º, VII, CF, a qual é dirigida, exclusivamente, aqueles
que exercem ou ocupem cargos de direção das cooperativas, não se estendendo tal
garantia aos suplentes. Assim, o reclamante não possui direito a estabilidade provisória,
nem a sua indenização substitutiva, por exercer cargo de suplente de cooperativa criada
pelos empregados.
2 – Horas Extras
Não assiste razão ao reclamante, pois, de acordo com o instituído pelo art. 62, I, da CLT,
não faz juz à percepção de horas extraordinárias os empregados que exercem atividade
externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, ressalta-se que tal condição
estava anotada na CTPS do reclamante e ele mesmo afirma que não estava submetido
a controle de jornada de trabalho.
3 – Férias em dobro
Afirmou ainda que não lhe foi e que não gozou de férias referentes ao período aquisitivo
2019/2020, porém o próprio reclamante informou em seu pedido inicial que se afastou por 7
(sete) meses, tendo neste período percepção de auxilio-doença da Previdência Social.
Não assiste razão ao reclamante, pois, conforme estabelece o art. 133, IV, da CLT, não
terá direito em gozo da licença, com percepção de prestações de acidente de trabalho, ou
auxílio-doença da Previdência Social, por mais de 6 meses. Assim o reclamante não tem direito
as férias pleiteadas, pois afirma ter recebido auxílio-doença por 7 meses durante o período
aquisitivo.
4 – Diferenças Salariais
O reclamante alega também que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. Pedro
Ribas, para exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com salário inferior em
R$1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461, caput,
da CLT.
Não assiste razão ao reclamante, pois, consoante determinado pela Sumula 159, II, do
TST, não são devidas diferenças salariais, pois o reclamante ocupou o cargo que se tornou
anteriormente vago em definitivo com o falecimento do paradigma apontado. Dessa forma, o
reclamante não faz juz à equiparação do Sr Pedro Ribas.
5 – DO FGTS
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Dos pedidos
Local, e Data
OAB 0301-RO