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APELAÇÃO – PEÇA 01 AO JUÍZO “ A QUÓ” – Interposição

AO DOUTO JUÍZO DA 39ª VARA CÍVEL DA CAMARCA DE CURITIBA/PR

Autos nº: 362.535.0001/22

MARIA DAS DORES, já qualificada nos autos em epígrafe; por intermédio de seu
Advogado, Vitor Thiago Camargo, casado, OAB 0301 RO, CPF 69950563291 RG 786242 SSP/RO,
e-mail vitorthiagocamargo@gmail.com, telefone (Whatsapp / Telegran (69) 992710099, Rua
Rio Candeias, 396, Curitiba/PR, CEP: 86.560-30 onde recebe intimações de estilo,

Na AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, que lhe move:

JOÃO DA SILVA, também já qualidficados nos autos, Vem a presença de V. Excelência,


com fulcro no artigo 1009 CPC/15 , interpor
APELAÇÃO inconformada com respeitável Sentença.

I – DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS

I a) TEMPESTIVIDADE
A tempestividade é requisito de admissibilidade pois, definida por lei, estabelece prazo
para a interposição do recurso em tela, cujo é lapso temporal para interposição deste é de 15
(quize) dias úteis.
Conforme posto a sentença fora publicada em 29/09/2021 (quinta feira), iniciando sua
contagem no dia subsequente e findando a contagem no último dia conforme artigos 219 e 224
CPC/15, tendo por início 30/09/2021 e por data final dia 20/10/2021.
Sendo assim, o presente recurso é tempestivo por preencher o requisito estabelecido
no artigo 1003 §5º do CPC/15.

I b) DO PREPARO
A recorrente informa que recolheu o pagamento das custas, conforme artigo 1007
CPC/15, cuja guia de recolhimento encontra-se devidamente juntada nos autos.
I c) – DOS EFEITOS
Nesta ocasião a recorrente requer que o presente recurso seja recebido em ambos os
efeitos suspensivo e devolutivo, com fulcro nos artigos 1012 e 1013 CPC/15.

II – DAS CONTRARRAZÕES
Requer seja a parte contrária intimada, para querendo, no prazo de 15 (quinze) dias,
contrarrazoar a presente apelação, com base no artigo 1010 §1º do CPC/15.

III – DA REMESSA
Cumpridas as formalidades legais, requer sejam os autos, remetidos, conforme artigo 1010 §3º
CPC/15, à instância superior.

Nestes termos, pede e espera deferimento:

Curitiba-PR, 20 de Outubro de 2021

Vitor Thiago Camargo


OAB/RO: 0301
APELAÇÃO – PEÇA 02 AO JUÍZO “ AD QUEM” – RAZÕES RECURSAS

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

Autos nº: 362.535.0001/22

Recorrente: MARIA DAS DORES

Recorrido: JOÃO DA SILVA

Processo Originário da 39ª Vara Cívil da Cormarca de Curitiba/PR

ÍNCLITOS JULGADORES

A reforma da sentença é medida que se impõe, não só pela absoluta falta de rigor
científico das razões de dicidir, como também porque este, leva em consideração os e
argumentos apresentados pela parte recorrida, esquecendo-se por sua vez de aplicar com
exatidão o todo legal.

I – SÍNTESE DA SENTENÇA

O Exc. Juiz da 39ª Vara Cívil da Comarca de Curtibiba/PR, proferiu sentença no processo
em epígrafe, referente a danos causados por ataque do animal da recorrente, ao recorrido,
condendando a recorrente ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor de R$ 5
mil reais, sob o argumento de que proprietária do animal, falhara em seu dever de guarda e por
considerar razoável a quantia que o recorrido alegara ter gasto com medicamentos, condenou
ainda ao pagamento de danos morais, decorrentes dos incômodos em razão do fato, no valor
de R$ 6 mil reais, não pleiteados na exordial.

Sendo assim, tal decisão não merece prosperar, devendo ser anulada ou, caso assim
não seja o entedimento, reformada conforme se restará demonstrado a seguir.

/erro im procedendo

II – DAS PRELIMINARES

II a) DECISÃO EXTRA PETITA – DA NULIDADE

O magistrado, ao proferir a sentença, condenou a recorrente ao pagamento de


indenização por danos materiais no valor de R$ 5 mil reais e, danos morais no valor de R$ 6 mil
reais, porém, não fora pleiteado pela parte recorrida na exordial o pedido de indenização por
danos morais.

Conforme artigo 141 CPC/15, este define que: “o magistrado decidirá o mérito nos
limites propostos pelas partes, sendo proibido conhecer de questões que não foram suscitadas
e cujo respeito à lei exige iniciativa da parte”, além do mais, o artigo 492 corrobora com esse
entendimento, disciplinando que é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa do que
foi pedido.

Sendo assim, requer seja decretada a nulidade da sentença PARA RETORNO PARA A
VARA DE ORIGEM E PROLATADA UMA NOVA SENTENÇA, em face da indenização por danos
morais, visto que o Exc. Juiz proferiu decisão à recorrente ao pagamento de objeto diverso do
que foi pleiteado na inicial.

\\
III – DO MÉRITO

III a) DA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA – DO NÃO DEVER DE IDENIZAR

Conforme disposto factual, o recorrido sofreu lesão na face em virtude de ataque


sofrido pelo animal sob a guarda do recorrente.

O artigo 936 do Código Civil, dispõe que: “o dono ou detentor, do animal ressarcirá o
dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”, sendo assim, restou-se
comprovado por meio de testemunhas durante a audiência de instrução e julgamento, de que,
o recorrido, arremessou pedras, injustificadamente, contra o animal, desta forma provocando a
sua fúria, fazendo-o reagir por puro extinto. Este também é o entendimento em acórdão
proferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em face de apelação (Número: 63422425001
Juiz de Fora/MG), no trecho em que diz que: “Quando a conduta da vítima é o fator
preponderante para a ocorrência do evento danoso, afasta-se o nexo de causalidade e,
consequentemente, o dever de reparação”.

Portanto, requer seja reformada a decisão impugnada, tendo por argumentação o fato
de que o recorrido teve culpa exclusiva pelo ataque sofrido. (artigo 936 CC)

\\EXCLUIR A CONDENAÇÃO ........

Se esse não for o entendimento:

\\TODA AÇÃO QUE ENVOLVA IDENIZAÇÃO – ERRO INJUDICANDO / PRIMEIRO JÁ ABRIR


TÓPICO PEDIDO O NÃO DEVER DE IDENZIAR .....

III b) DO ÔNUS DA PROVA

Consta na sentença que a recorrente fora condenada à indenização por danos


materiais no valor de R$ 5 mil reais a título de despesas hospitalares (comprovadas nos autos) e
supostos gastos com medicamentos não juntados ao processo.

Conforme disposto no artigo 373, inciso I do CPC/15, que disciplina que ao autor lhe
incumbe, comprovar quanto ao fato consitutivo de seu direito, ocorre que, o recorrido, não
juntou aos autos respectivos comprovantes e notas fiscais que justifiquem o pleito na exordial
de gastos com medicamentos.

Portanto, requer seja a decisão reformada quanto ao quantum indenizatório,


retirando da somatória o valor de gastos com medicamentos não comprovados, sendo assim,
diminuindo o valor da condenação para R$ 3 mil reais.
- DO DANO MORAL

FOI CONDENADO A PAGAR 6K,

FUNDAMENETAÇÃO – PRA NÃO PAGAR 186, x cf 88

- O QUE EU QUERO ? – que seja reformada a obrigação de pagar.

IV – DOS REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido, conhecido e, quando
de seu julgamento seja totalmente provido para:

a) Nulidade da sentença e retorno dos autos extra petita com fulcro no artigo 1013,
inciso II CPC/15; se esse não for o entedimento;
b) Que seja devolvida ao juízo “a quó”, para que ocorra sua reforma, quanto ao nexo
de causalidade, reconhecendo a culpa exlusiva da vítima (artigo 936 CC), julgando
improcedente todos os pedidos arguidos na exordial, Artigo 487, inciso I; se esse
não for o entendimento;
c) Requer seja, reformada a sentença, excluindo da condenação o valor de gastos
com medicamentos (R$ 2 mil reais), não comprovados nos autos (artigo 373, inciso
I CPC/15);
d) Exlusão da obrigação de dano moral.
e)
f) Requer a inversão do ônus de sucumbência, em pagamento de custas e honorários
advocatícios, com fulcro nos artigos 82 e 85 CPC/15.

Termos em que pede e espera deferimento

Curitiba/PR – 21 de Outubro de 2021

Vitor Thiago Camargo


OAB/RO: 0301

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