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MARIA DAS DORES, já qualificada nos autos em epígrafe; por intermédio de seu
Advogado, Vitor Thiago Camargo, casado, OAB 0301 RO, CPF 69950563291 RG 786242 SSP/RO,
e-mail vitorthiagocamargo@gmail.com, telefone (Whatsapp / Telegran (69) 992710099, Rua
Rio Candeias, 396, Curitiba/PR, CEP: 86.560-30 onde recebe intimações de estilo,
I a) TEMPESTIVIDADE
A tempestividade é requisito de admissibilidade pois, definida por lei, estabelece prazo
para a interposição do recurso em tela, cujo é lapso temporal para interposição deste é de 15
(quize) dias úteis.
Conforme posto a sentença fora publicada em 29/09/2021 (quinta feira), iniciando sua
contagem no dia subsequente e findando a contagem no último dia conforme artigos 219 e 224
CPC/15, tendo por início 30/09/2021 e por data final dia 20/10/2021.
Sendo assim, o presente recurso é tempestivo por preencher o requisito estabelecido
no artigo 1003 §5º do CPC/15.
I b) DO PREPARO
A recorrente informa que recolheu o pagamento das custas, conforme artigo 1007
CPC/15, cuja guia de recolhimento encontra-se devidamente juntada nos autos.
I c) – DOS EFEITOS
Nesta ocasião a recorrente requer que o presente recurso seja recebido em ambos os
efeitos suspensivo e devolutivo, com fulcro nos artigos 1012 e 1013 CPC/15.
II – DAS CONTRARRAZÕES
Requer seja a parte contrária intimada, para querendo, no prazo de 15 (quinze) dias,
contrarrazoar a presente apelação, com base no artigo 1010 §1º do CPC/15.
III – DA REMESSA
Cumpridas as formalidades legais, requer sejam os autos, remetidos, conforme artigo 1010 §3º
CPC/15, à instância superior.
ÍNCLITOS JULGADORES
A reforma da sentença é medida que se impõe, não só pela absoluta falta de rigor
científico das razões de dicidir, como também porque este, leva em consideração os e
argumentos apresentados pela parte recorrida, esquecendo-se por sua vez de aplicar com
exatidão o todo legal.
I – SÍNTESE DA SENTENÇA
O Exc. Juiz da 39ª Vara Cívil da Comarca de Curtibiba/PR, proferiu sentença no processo
em epígrafe, referente a danos causados por ataque do animal da recorrente, ao recorrido,
condendando a recorrente ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor de R$ 5
mil reais, sob o argumento de que proprietária do animal, falhara em seu dever de guarda e por
considerar razoável a quantia que o recorrido alegara ter gasto com medicamentos, condenou
ainda ao pagamento de danos morais, decorrentes dos incômodos em razão do fato, no valor
de R$ 6 mil reais, não pleiteados na exordial.
Sendo assim, tal decisão não merece prosperar, devendo ser anulada ou, caso assim
não seja o entedimento, reformada conforme se restará demonstrado a seguir.
/erro im procedendo
II – DAS PRELIMINARES
Conforme artigo 141 CPC/15, este define que: “o magistrado decidirá o mérito nos
limites propostos pelas partes, sendo proibido conhecer de questões que não foram suscitadas
e cujo respeito à lei exige iniciativa da parte”, além do mais, o artigo 492 corrobora com esse
entendimento, disciplinando que é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa do que
foi pedido.
Sendo assim, requer seja decretada a nulidade da sentença PARA RETORNO PARA A
VARA DE ORIGEM E PROLATADA UMA NOVA SENTENÇA, em face da indenização por danos
morais, visto que o Exc. Juiz proferiu decisão à recorrente ao pagamento de objeto diverso do
que foi pleiteado na inicial.
\\
III – DO MÉRITO
O artigo 936 do Código Civil, dispõe que: “o dono ou detentor, do animal ressarcirá o
dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”, sendo assim, restou-se
comprovado por meio de testemunhas durante a audiência de instrução e julgamento, de que,
o recorrido, arremessou pedras, injustificadamente, contra o animal, desta forma provocando a
sua fúria, fazendo-o reagir por puro extinto. Este também é o entendimento em acórdão
proferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em face de apelação (Número: 63422425001
Juiz de Fora/MG), no trecho em que diz que: “Quando a conduta da vítima é o fator
preponderante para a ocorrência do evento danoso, afasta-se o nexo de causalidade e,
consequentemente, o dever de reparação”.
Portanto, requer seja reformada a decisão impugnada, tendo por argumentação o fato
de que o recorrido teve culpa exclusiva pelo ataque sofrido. (artigo 936 CC)
Conforme disposto no artigo 373, inciso I do CPC/15, que disciplina que ao autor lhe
incumbe, comprovar quanto ao fato consitutivo de seu direito, ocorre que, o recorrido, não
juntou aos autos respectivos comprovantes e notas fiscais que justifiquem o pleito na exordial
de gastos com medicamentos.
IV – DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido, conhecido e, quando
de seu julgamento seja totalmente provido para:
a) Nulidade da sentença e retorno dos autos extra petita com fulcro no artigo 1013,
inciso II CPC/15; se esse não for o entedimento;
b) Que seja devolvida ao juízo “a quó”, para que ocorra sua reforma, quanto ao nexo
de causalidade, reconhecendo a culpa exlusiva da vítima (artigo 936 CC), julgando
improcedente todos os pedidos arguidos na exordial, Artigo 487, inciso I; se esse
não for o entendimento;
c) Requer seja, reformada a sentença, excluindo da condenação o valor de gastos
com medicamentos (R$ 2 mil reais), não comprovados nos autos (artigo 373, inciso
I CPC/15);
d) Exlusão da obrigação de dano moral.
e)
f) Requer a inversão do ônus de sucumbência, em pagamento de custas e honorários
advocatícios, com fulcro nos artigos 82 e 85 CPC/15.