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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EMÉRITO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO...

– Qualificação completa das partes. Elas serão chamadas de Agravante x Agravado;

– Não se esqueça do endereço profissional do advogado.

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL, com base no art. 1015, I,
do CPC, por exemplo.

Destacar, desde logo:

– Tempestividade / preparo ou pedido de gratuidade;

– Da formação do Instrumento ou / Peças essenciais ao presente Agravo (listar as peças) – Art. 1017, CPC;

– obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada,
da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;

– com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I do art. 1017, feita pelo
advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;

– facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.

– Contrarrazões pelo agravado;

Requer a intimação do agravo para, querendo, oferecer contrarrazões no prazo de 15 dias.

– Pedir o Conhecimento do agravo e Remessa ao órgão competente;

Roga o conhecimento do presente agravo, bem como sua remessa ao órgão competente.

– Na sequência, solicitar o encerramento, conforme modelo abaixo:

Nestes termos

Pede deferimento.

Advogado...

OAB...

ÍNCLITOS JULGADORES!

Egrégio Tribunal

Colenda Câmara

AGRAVANTE:...

AGRAVADO:...

PROCESSO ORIGINÁRIO:...

Se você já tiver destacado a tempestividade e o preparo na folha de apresentação, recomendamos que nas razões
você reforce o cabimento, legitimidade e interesse recursal.

* Da obediência ao art. 1018, CPC (destaque-se que uma cópia do presente agravo protocolado, indicando que as
peças juntadas serão protocoladas, no juízo de 1o grau.). Com o CPC/15, tal juntada será essencial nos processos
físicos. Em se tratando de processo eletrônico a juntada passa a ser faculdade, consoante destaque do art. 1018,
parágrafos 2o e 3o.

– Da concessão do efeito suspensivo ou da tutela antecipada recursal. – art. 1019, I, do CPC.

Fica patente o perigo de dano e da probabilidade do direito, diante da ..., pois o MM. Juízo “a quo” ...

A demora na prestação jurisdicional é fator indiscutível, já que O PROSSEGUIMENTO DO FEITO violará, inclusive, os
princípios da dignidade da pessoa humana, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.

A concessão da providência só ao final da demanda poderá ser inócua, e as consequências desastrosas para o
agravante.
Assim, com fundamento nos artigos 1019, I e 932, II do Código de Processo Civil, requer-se á à Vossa Excelência a
concessão da antecipação dos efeitos da tutela recursal, a fim de que seja deferido ... .

Trata-se de decisão interlocutória proferida nos autos de Ação de... movida contra o agravante pelo agravado.

O inconformismo do agravante refere-se ao fato de que o MM. Juízo “a quo”... ficando evidente o prejuízo do
agravante.

Atacar a decisão com fundamento na legislação pertinente. Deve ser demonstrado o equívoco cometido pelo órgão
julgador. Busque a fundamentação na lei e em possíveis súmulas aplicáveis ao caso.

– Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento do agravo a fim de...

– Requerer por fim, a condenação do agravado em custas e honorários advocatícios sucumbenciais.

Termos em que pede deferimento.

Local, data,

Advogado...

OAB...

Ao Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do


Estado do Rio de Janeiro-RJ. competente por distribuição

Segredo de justiça

Procedimento especial

Ação de Alimentos c/c Regulamentação de Guarda e Visitas com Pedido Liminar

Processo nº *****941-**.2021.8.19.0078/RJ

(nome completo), brasileiro, solteiro, microempreendedor autônomo, portador do RG nº


****14**9-0, DETRAN/RJ, inscrito no CPF/MF sob nº 0**.***.**9-9*, endereço eletrônico ( e-
mail), telefone: (22) 9 ****-**01, residente e domiciliado na (rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf),
inconformado com a respeitável decisão do juízo “a quo”, no processo supra, ora intermediado
por sua mandatária que esta subscreve, com endereço profissional e eletrônico descritos no
rodapé desta, a qual, em obediência à diretriz fixada no art. 77, inciso V, do CPC/15, indica-o
para as intimações que se fizerem necessárias, vem com o devido acato e respeito à presença
do Douto Juízo, nos termos do art. 1.015, inciso I da Lei nº 13.105/15, interpor o presente

RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO


com Pedido de Antecipação de Tutela Recursal

com efeito de obter a reforma da decisão interlocutória que concedeu medida liminar
provisória, junto a ação supracitada que tramita na 1ª Vara de Família da Comarca de Armação
dos Búzios-RJ, que fixou alimentos provisórios em 300% (trezentos por cento) sobre o salário-
mínimo nacional vigente, em desfavor do agravante. Pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos pelas razões expostas, requer seja o mesmo recebido em seus efeitos legais, e ao
final, ganhe provimento.

Termos em que pede deferimento.

Armação dos Búzios-RJ, em, 09 de junho de 2022.

Advogado (a)

OAB/RJ ***.***

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Ação: Agravo de Instrumento c/c Tutela Antecipada

Agravante: (nome completo)

Advogada: (nome completo) – OAB/RJ ***.***

Agravado: (nome completo)

Agravado: (nome completo)

Representante Legal: (nome completo)


Advogado: (nome completo) – OAB/RJ ***.***

Advogado: (nome completo) – OAB/RJ ***.***

Veemência: Ministério Público (Art. 178, II do CPC)

Origem: 1ª Vara de Família da Comarca de Armação dos Búzios

Processo: *****941-**.2021.8.19.0078/RJ

Egrégio Colégio Recursal,

Ínclitos Julgadores,

I. Da urgência de análise recursal

Conforme denota-se da decisão recorrida, (fls. 48 dos autos supra), o juiz “a quo” fixou
alimentos provisórios a serem pagos até o dia 5 (cinco) de cada mês, na importância de 3 (três)
salários-mínimos, nacional vigente. Porém, tendo em vista que o agravante se deu por
intimado no dia 25.05.2022 no processo, a 1ª prestação a ser paga seria dia 05.06.2022.

Sendo assim, protocolizou-se contestação com reconvenção e documentos probatórios, (fls.


69/144 dos autos supra), requerendo-se que os alimentos provisórios fossem reduzidos, frente
a falta de condições financeiras do agravante. A contestação restou protocolada no dia
09.06.2022. Porém, conforme denota-se da movimentação processual, até o presente
momento não teve movimento, de forma que o juiz “a quo” não conseguirá analisar o pedido
de minoração dos alimentos provisórios até a data do efetivo 2º pagamento fixado em juízo.

Ante o exposto, evidente a urgência de análise desse recurso, tendo em vista que o agravante
não possui condições de adimplir com os alimentos provisórios fixados, requerendo-se, desde
já, a suspensão da decisão ora agravada, até decisão do presente recurso.

II. Da admissibilidade e tempestividade


Sopesando as considerações que trata a admissibilidade do presente recurso de agravo de
instrumento, nos termos dos art. 1.016, inciso IV e art. 1.017, § 5º, ambos do CPC/15, apontam
no preâmbulo deste recurso, os advogados representantes das partes e seus respectivos
endereços, indicados apara as intimações que se fizerem necessárias dos atos processuais. O
presente recurso deve ser considerado como tempestivo, considerando que os procuradores
foram intimados eletronicamente da decisão guerreada, (fls. 58 dos autos supra), sendo este
interposto tempestivamente. Na sequência, consoante o § 5º do art. 1.017 da lei
processualista, dispensa-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, estando-as
disponíveis, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a
compreensão da controvérsia.

Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a


uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça, nos termos do art. 1.016, caput,
para que seja, inicialmente, e com urgência, submetido para análise do pedido de reforma da
tutela antecipada recursal, consoante art. 1.019, inc. I do Código de Processo Civil Pátrio.

III. Do preparo

Em contestação e reconvenção, (fls. 69/144 dos autos supra), o agravante requereu a


concessão da AJG, tendo em vista sua condição financeiro-econômica. Porém o pedido ainda
não foi analisado pelo magistrado ”a quo”. Assim sendo, requer na presente via recursal a
concessão do benefício mencionado. Em que pese o valor de sua remuneração como
microempreendedor autônomo, se vê momentaneamente impossibilitado de arcar com as
custas processuais e honorários advocatício, sem que isso provoque prejuízo de seu sustento e
de sua família, pelo que requer a V. Exa. se digne a deferir a concessão dos benefícios da
Justiça Gratuita, insculpido pela CRFB/88, art. 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 NCPC, art. 98 e
seguintes, posto que na presente ocasião, é pessoa juridicamente hipossuficiente. Por ora,
junta cópia do contrato social e a situação das declarações do IRPF dos 3 (três) últimos anos,
que evidenciam que o requerente não auferiu renda suficiente para elaborar as declarações
dos anos de 2020, 2021 e 2022. (fls. 94/105 dos autos supra).

Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 1º, do CPC/15, o pedido de
gratuidade da justiça pode ser formulado por petição simples e durante o curso do processo,
tendo em vista a possibilidade de se requerer em qualquer tempo e grau de jurisdição os
benefícios da justiça gratuita, ante a alteração do status econômico. Assim, sendo, resta
evidente que a concessão do benefício é medida necessária e amparada pela Lei e
Jurisprudência.

IV. Do cabimento do agravo de instrumento


Na forma da lei processual, poderá ser interposto consoante as alterações feitas pelo CPC/15,
o cabimento do manejo do agravo de instrumento no caso de decisões interlocutórias que
versarem sobre tutelas provisórias, na forma do artigo 1.015, I do Código de Processo Civil
Pátrio.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

V. Da decisão recorrida – objeto de reforma

No caso em apreço, o juízo “a quo” concedeu liminarmente os alimentos provisórios no


patamar de 300% (trezentos por cento) sobre o salário-mínimo nacional vigente, buscando o
agravante sua reforma pelas razões abaixo:

Decisão (fls. 48 dos autos supra)

(...)

2) Fixo os alimentos provisórios em favor dos requerentes em quantia equivalente a 03 (três)


salários mínimos nacionais vigentes, que deverão ser pagos mensalmente, em todo dia 05
(cinco), diretamente à RL dos autores, mediante recibo, ou depositados na conta corrente a
ser aberta.

(...).

VI. Do efeito suspensivo

A atribuição do efeito suspensivo ao presente recurso é corolário do que foi exposto, pois de
nada adiantará o seu recebimento na modalidade pretendida, se não lhe for atribuído este
efeito.

É de suma importância que a r. decisão guerreada seja suspensa, evitando, destarte, lesão
grave de difícil reparação ao agravante.
O pronunciamento judicial, que deferiu a tutela provisória antecipada, desconsiderou questões
importantes que versam sobre princípio chamado binômio alimentar (ou trinômio, para
alguns) que tem como referência as necessidades do beneficiário e as possibilidades do
obrigado.

Diante dessa situação de perigo de dano é que se faz mister a reforma da decisão
interlocutória (fls. 48 dos autos supra) além do devido efeito suspensivo ao presente recurso
de agravo de instrumento.

VII. síntese processual

Trata-se de Ação de Alimentos c/c Regulamentação de Guarda e Visitas com Pedido Liminar
aforada pelos agravados na pessoa de sua representante legal, Sra. (nome completo), ora
genitora, que narra em sua inicial (fls. 3/14 dos autos supra), que manteve relacionamento
duradouro com o agravante até pouco tempo antes.

Aduz que, no rompimento da união, o agravante comprometeu-se auxiliar na subsistência dos


agravados, contudo sem mencionar valores, no entanto, vem contribuindo mensalmente com
valor de R$ 1.000,00 (mil reais), o que não satisfaz o sustento e desenvolvimento dos filhos.

Buscando na presente demanda, aferição de valor coerente com a subsistência dos filhos, bem
como, uma data-referência para créditos mensais das parcelas à título de alimentos em favor
dos agravados.

Na esteira, busca a guarda provisória de forma unilateral, bem como, a regulamentação de


visitas.

Por fim, a procedência total dos pedidos, com a fixação dos alimentos no patamar de R$
4.000,00 (quatro mil reais), e a condenação aos ônus sucumbenciais.

VII.1. Da realidade dos fatos

título de introito
Sem muita delonga, sabemos que a presente lide trata exclusivamente de buscar e resguardar
a dignidade e subsistência dos agravados, bem como, assegurar o melhor interesse das
crianças e seu bem-estar, protegidos pela Lei nº 8.069/90, porém, faz-se necessário aclarar aos
Nobres Desembargadores, informações sobre a veracidade dos fatos, ressaltando que seu
conteúdo há relatos moralmente legítimos, hábeis para provar as verdades dos fatos, que
contribuem para a justa prestação jurisdicional necessários para o julgamento do presente
recurso.

VII.2. Da convivência estabelecida e constituição familiar

O agravante reconhece a considerada relação que manteve de forma duradoura, contínua e


com convivência pública com a representante legal, iniciada em 2016 e findada em abril/2021,
pouco mais de 5 (cinco) anos, por tanto, optaram na época, por não formalizarem a vivenciada
união estável. Dessa união adveio o nascimento dos filhos (nome completo), nascido em
21.01.2019 e (nome completo), nascido em 14.09.2021, hoje portanto, o primogênito com
pouco mais de 3 (três) anos de idade e o caçula com menos de 1 (um) ano de vida. (fls. 19/21
dos autos supra)

Os ex-companheiros estão separados de fato desde abril/2021, mostrando-se impossível a


reconstituição da vida em comum. No entanto, resta o reconhecimento da união estável
vivenciada c/c sua dissolução, buscada em ação própria com partilha de bens, em momento
oportuno.

VII.3. Do bem móvel e empresas do ex-casal

Durante a constância da união as partes adquiriram os seguintes bens:

Automóvel Toyota Etios XTR 16 FLEX, 20**/20**, Azul, placa K**3***, Chassi nº
*******AYA****4561, RENAVAN nº ********352**, (fls. 115 dos autos supra) , avaliado em
R$ 26.186,00 (vinte e seis mil cento e oitenta e seis reais). Cujo a parte que compete ao
requerido é 50% (cinquenta por cento), equivalente a R$ 13.093,00 (treze mil e noventa e três
reais); sob domínio da Sra. (nome completo);

(empresa), Empresa Digital, CONSOLIDADA, com domicílio fiscal na Av. Santa Fé, 728, Piso: 1,
Dpto: N, Acassuso, 1641 - Buenos Aires, Argentina-AR, Razão Social: (razão social), sob CUIT:
**-291***85-*, endereço eletrônico: ( e-mail), telefone: +54 ** 3***-55*1, loja virtual com
estoque físico no Brasil, que contempla vendas de roupas moda íntima pela internet. Capital
social investido de $ 15.000,00 (nove mil dólares). Cujo a parte que compete ao requerido é
50% (cinquenta por cento), equivalente a $ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos dólares). Cabe
ressaltar, que o estoque é feito no Brasil em nome do requerido, conforme DANFE nº
000.007.0**, SÉRIE 003 FOLHA 1/1, no valor de R$ 6.823,53 (seis mil oitocentos e vinte e três
reais e cinquenta e três centavos), (DANFE anexo), para vendas pela internet através da loja
virtual. Site: ***** , sob administração da Sra. (nome completo). (fls. 116/123 dos autos
supra);

(nome da empresa Ltda ME), pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº
40.***.***/0001-**, localizada na (rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf), endereço eletrônico: ( e-
mail), telefone: (22) 9 *****-61**, contrato social devidamente registrado na JUCERJA sob o
nº (ignorado pelo requerido). Matriz CONSOLIDADA, valor patrimonial investido R$ 130.000,00
(cento e trinta mil reais), acrescidos do capital social que perfaz o total de R$ 20.000,00 (vinte
mil reais). Cujo a parte que compete ao requerido é 50% (cinquenta por cento), equivalente a
R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), sob administração da Sra. (nome completo). (anexa-se
no presente ato, comp. Insc. e contrato de locação do imóvel);

(nome da empresa Ltda ME), pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº
43.***.***/0001-**, localizada na (rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf), endereço eletrônico: ( e-
mail), telefone: (22) 9 ****-61**, contrato social devidamente registrado na JUCERJA sob o nº
******15**46**, (contrato social anexo). Matriz NÃO Consolidada, valor patrimonial investido
R$ 70.000,00 (setenta mil reais), acrescidos do capital social que perfaz o total de R$ 20.000,00
(vinte mil reais). Porém, conforme estipulado no referido contrato, compete ao ex-casal 66%
(sessenta e seis por cento) da sociedade empresária, que corresponde à R$ 59.400,00
(cinquenta e nove mil e quatrocentos reais). Cujo a parte que compete ao requerido é 50%
(cinquenta por cento), equivalente a R$ 29.700,00 (vinte e nove mil e setecentos reais), esta,
sob administração do Sr. (nome completo), ora requerido. (fls. 106/114 dos autos supra)

VII.4. Do mérito processual

VII.4.1. Da prestação alimentar

No ato da separação, ficou entabulado entre os ex-companheiros, que o agravante prestaria


assistência e auxiliaria na subsistência e educação dos agravados dentro das suas
possibilidades, desde então, de maio a novembro/2021, veio contribuindo com o valor de R$
1.000,00 (mil reais), a título de pensão alimentícia para manutenção do filho primogênito,
(nome completo), além de colaborar com gastos escolares. (fls. 124/126 dos autos supra)

Insta salientar, que quando do rompimento da união a Sra. (nome completo), encontrava-se
grávida de (nome completo), filho caçula, em setembro/2021, o agravante sem medir esforços,
além da pensão informal em curso, contribuiu com as despesas do parto do filho, no valor de
pouco mais de R$ 7.000,00 (sete mil reais), e a partir de então, dezembro/2021, janeiro e
fevereiro/2022, foram pagos à título de alimentos o correspondente à R$ 1.800,00 (mil e
oitocentos reais), mensais, além de despesas escolares em fevereiro/2022, referente ao filho
primogênito, no valor de 1.700,00 (mil e setecentos reais). (fls. 124/126 dos autos supra)

Ocorre Meritíssimo, que devido as oscilações em seu pró-labore, oriundo da sociedade micro
empresarial autônoma, o agravante vem contribuindo também de forma variável, percebendo
a genitora entre os meses de março a maio/2022, valores entre R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais) e R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). (fls. 124/126 dos autos supra)
VII.5. Do mérito reconvencional

VII.5.1. Da oferta de alimentos

Assim, o art. 24 da Lei 5.478/68 permite a proposição da referida ação para oferecimento de
alimentos, in verbis:

Art. 24. A parte responsável pelo sustento da família, e que deixar a residência comum por
motivo, que não necessitará declarar, poderá tomar a iniciativa de comunicar ao juízo os
rendimentos de que dispõe e de pedir a citação do credor, para comparecer à audiência de
conciliação e julgamento destinada à fixação dos alimentos a que está obrigado.

Ademais, a fixação dos alimentos deverá sempre observar o que se convencionou chamar de
binômio: possibilidade-necessidade. Isso porque os alimentos não devem proporcionar o
enriquecimento sem causa de quem os recebe, e tampouco o empobrecimento de quem os
presta.

E tendo em vista que os genitores têm responsabilidades equivalentes e concorreram em


iguais proporções no ato da concepção, deve a obrigação pelo sustento dos filhos ser dividida
também, pois não há nenhuma justificativa plausível que justifique a impossibilidade da
genitora em contribuir com a manutenção das crianças.

Mister se faz observar, que o dever de sustento dos filhos é obrigação a ser desempenhada
pelos pais, ou seja, tal atribuição também compete à genitora de forma igualitária.

A respeito desta temática posicionam-se os tribunais no seguinte sentido:

TJ-MG - Apelação Cível AC XXXXX20082007001 MG (TJ-MG) Data de publicação: 16/06/2014


Ementa: AÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MENOR. FIXAÇÃO DO MONTANTE.
PROPORCIONALIDADE. CAPACIDADE DO ALIMENTANTE E NECESSIDADE DO ALIMENTADO. São
devidos alimentos, nos moldes do art. 1695 do Código Civil , quando quem os pretende não
tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. Para a
fixação de alimentos, o Magistrado deve avaliar os requisitos estabelecidos pela lei,
considerando-se a proporcionalidade entre a necessidade do alimentando e a possibilidade de
pagamento pelo requerido a fim de estabilizar as microrelações sociais. (Grifos nossos).
(Processo: AC XXXXX20082007001 MG. Órgão Julgador. Câmaras Cíveis / 5ª CÂMARA CÍVEL.
Publicação: 16/06/2014. Julgamento: 5 de Junho de 2014. Relator: Fernando Caldeira Brant).

PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. FIXAÇÃO DOS


ALIMENTOS.POSSIBILIDADE DE SUTIL READEQUAÇÃO DO VALOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA.
ALIMENTANTE QUE DEMONSTROU REDUÇÃO DE SUAS POSSIBILIDADES, DIANTE DO
NASCIMENTO DE NOVO FILHO. REDUÇÃO OPERADA EM SENTENÇA QUE SE MOSTRA
EXCESSIVA FRENTE AOS ELEMENTOS LANÇADOS NOS AUTOS.RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.1. A fixação da obrigação alimentar deve ser realizada com
observância de seu trinômio formador: necessidade, possibilidade e proporcionalidade.2. O
princípio da proporcionalidade, norteador da obrigação alimentar, consubstancia-se em idéias
de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, guardando relação com a capacidade
econômica do alimentante e necessidade do alimentando.3. Tendo o autor da demanda de
origem demonstrado alteração em sua capacidade econômica diante do nascimento de novo
filho, deve-se proceder a revisão da pensão alimentícia, nos termos do art. 1699 do Código
Civil."(TJPR - 12ª C.Cível - AC - 1004278-5 - Foro Central da Comarca da Região Metropolitana
de Curitiba - Rel.: Ivanise Maria Tratz Martins - Unânime - - J. 07.05.2014)

No entanto, demostrado sua capacidade financeira, propõe o agravado dentro de sua


possibilidade e condição econômico-financeiro, atualmente inferior em comparação ao valor
patrimonial sob domínio da genitora como explicitado. A fim de ajustar a regulamentação da
prestação, bem como, sua obrigação alimentar, oferta à título de pensão alimentícia em favor
dos agravados, as seguintes condições:

Alta temporada Jan / Fev / Mar R$ 2.000,00

Baixa temporada Abr / Mai / Jun / Jul / Ago R$ 1.400,00

Média temporada Set / Out / Nov / Dez R$ 1.700,00

13º Salário-mínimo Dez R$ 1.700,00

Valores estes, a serem creditados mensalmente, todo dia 15, no Banco Itaú S.A, agência nº
***5, conta corrente nº 41***0, de titularidade da Sra. (nome completo), CPF sob nº
0**.***.857-**, representante legal, ora genitora.
Na hipótese de desemprego, o reconvinte pagará em favor dos filhos à título de alimentos o
equivalente a 80% (oitenta por cento) do salário-mínimo vigente, incidindo sobre 13º salário,
atualizado na mesma data e com o mesmo índice de reajuste anual do salário-mínimo
estabelecido por lei em vigor no país, pagos até o dia 10 de cada mês.

VII.6. Da empresa administrada pelo agravante

(nome da empresa), pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº


43.***.***/0001-06, localizada na (rua, nº, bairro, CEP, cidade-uf), contrato social
devidamente registrado na JUCERJA sob o nº 33*****460, (fls. 97/105 dos autos supra), Matriz
NÃO CONSOLIDADA.

Conforme estipulado no referido contrato, compete ao agravante 66% (sessenta e seis por
cento) da sociedade empresária, que corresponde à R$ 59.400,00 (cinquenta e nove mil e
quatrocentos reais), sendo esse empreendimento autônomo, sua única fonte de subsistência
para si e sua família.

Ao contrário do que alega a Sra. (nome completo), que são proprietários administradores cada
um de uma pousada, as quais possuem vínculo, cabe ressaltar, que o Sr. (nome completo), ora
agravante, é parte prejudicada nessa partilha de bens alegada na exordial, ocultando a
requerente na sua declaração pretensiosa a veracidade de que detém 80% (oitenta por cento)
do valor total patrimonial do ex-casal, que atualmente correspondente a R$ 278.570,00
(duzentos e setenta e oito mil quinhentos e setenta reais), administrando o agravante, o
empreendimento de 66% (sessenta e seis por cento) da sociedade empresária, pertencente ao
ex-casal, que perfaz o valor patrimonial de R$ 59.400,00 (cinquenta e nove mil e quatrocentos
reais). Cujo a parte que compete ao agravante é 50% (cinquenta por cento), equivalente a R$
29.700,00 (vinte e nove mil e setecentos reais).

VII.7. Da atual condição do agravante

Na teoria, o agravante é realmente detentor de um modesto valor patrimonial alcançado na


vigência da união vivenciada com a Sra. (nome completo), porém, na prática, a realidade é
bem diferente do que apresentado na exordial.

Após o término do relacionamento marital, a Sra. (nome completo), apoderou-se de quase


todos os bens adquiridos na constância da união, incluindo o único bem móvel, que se
encontra sob seu domínio, além de 2 (duas) Empresas, conforme descritos nas letras “a”, “b” e
“c” acima explicitado, que solidificam 78,67% (setenta e oito vírgula sessenta e sete por cento),
do valor total patrimonial, que corresponde à R$ 219.151,00 (duzentos e dezenove mil cento e
cinquenta e um reais).
Atualmente, o Sr. (nome completo), ora agravante, administra 66% (sessenta e seis por cento),
da sociedade empresária (nome da empresa), letra “d”, que consolida 21,33% (vinte um
vírgula trinta e três por cento), do valor patrimonial, que corresponde à R$ 59.419,00
(cinquenta e nove mil quatrocentos e dezenove reais).

Com efeito, o empreendimento autônomo capitaneado pelo agravante possui despesas fixas, e
ganhos instáveis, o que proporciona a instabilidade de lucro para suprir as despesas mensais,
bem como, sua retirada na condição de sócio, a título pró-labore para suportar as principais
despesas previstas no texto constitucional, no seu art. 7º, inciso IV, e definidas como
“necessidades vitais básicas” aquelas destinadas a atender despesas com “sua família, com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social”, que, somadas, comprometem mais de cem por cento dos seus rendimentos.

Contudo, o agravante reconhece a obrigação de prestar alimentos aos agravados, mas não tem
condições de suportar o valor fixado provisoriamente mediante liminar, no percentual de
300% (trezentos por cento) do salário-mínimo.

VIII. Razões do agravo

Nobre Julgador,

Nos termos das provas do caderno processual, demonstra-se que o agravante sempre auxiliou
na subsistência dos menores dentro das suas condições financeiras, mesmo estando ele
momentaneamente com sua capacidade financeira PREJUDICADA em relação à Sra. (nome
completo), ex-companheira, genitora dos agravados.

Conforme explicitado acima, no mérito da questão, a obrigação alimentar prestada pelo Sr.
(nome completo), aos alimentandos, na realidade é superior ao informado pela representante
legal na sua inicial, (fls. 3/14 dos autos supra), como Vossa Excelência pode analisar nos
comprovantes anexos, (fls. 124/126 dos autos supra), evidenciam que o agravante auxiliou na
subsistência e educação do filho primogênito, (nome completo), de maio a novembro/2021, de
acordo com as transferências entre contas para Sra. (nome completo), somam valor
controverso ao reclamado.

Insta salientar, que o agravante já vinha pagando antecipadamente o parto do filho caçula
(nome completo), nascido em setembro/2021, e que até os dias atuais vem realizando
transferência entre contas para a obstetra Sra. (nome completo), para findar o pagamento
pouco mais de R$ 7.000,00 (sete mil reais), conforme os comprovantes ora anexados. (fls.
124/126 dos autos supra)
Em dezembro/2021, janeiro e fevereiro/2022, o agravante realizou transferência entre contras
para a representante legal a título de pensão alimentícia, o valor de R$ 1.800,00 (mil e
oitocentos reais), mensais, além de despesas escolares no valor de 1.700,00 (mil e setecentos
reais), em fevereiro/2022, em relação ao filho (nome completo). (fls. 124/126 dos autos supra)

As dificuldades enfrentadas devido a pandemia do COVID-19, que assolou consideradamente o


setor hoteleiro, que aos poucos vem se recuperando, o requerido vem cooperando também de
forma gradual, transferindo para a conta da representante legal dos agravados, nos meses de
março a maio/2022, valores entre R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) e R$ 1.200,00 (mil e
duzentos reais). (fls. 124/126 dos autos supra)

Salienta-se que além dos gastos acima mencionados, o agravante na condição de


microempreendedor autônomo, se vê com dificuldades de suportar além de suas
“necessidades vitais básicas” e de sua família, as seguintes despesas mensais da empresa, de
acordo com documentos anexos, (fls. 107/144 dos autos supra) (contrato de aluguel, iptu, luz,
água, telefone, gás, tv por assinatura, internet, manutenção, combustível, lavanderia, cartão
de crédito, supermercado, insumos, jardinagem, etc...) informações esmiuçadas na planilha de
receitas e gastos de abril/2021 a maio/2022, (anexa-se no presente ato planilha de receitas e
gastos ABR21 a MAI22).

Cabe ainda relatar aos Nobres Julgadores, que a microempresa ora administrada pelo Sr.
(nome completo), ora agravante, é uma empresa de pequeno porte, cujo sua modesta
capacidade pousadeiro, comporta 20 (vinte) hospedes, número inferior ao empreendimento
sob administração exclusiva da Sra. (nome completo), e que devido as dificuldades
enfrentadas pela pandemia, o empreendimento do agravante não vem alcançando a
capacidade máxima de hospedagem, o que gera mais gastos do que receita.

Fato que, a empresa ora administrada pelo agravante, (nome da empresa), Manguinhos, não
tem alcançado receita suficientes para sua própria manutenção, de modo com que os sócios-
empresários, vêm contraindo empréstimos e até mesmo parcelando débitos junto as
repartições de serviço público como água e luz para manter os serviços essenciais, como pode
analisar contas de parcelamentos anexos. (fls. 143/144 dos autos supra)

Além do mais, já foi época que a empresa autônoma, ora apontada pela representante legal
dos agravados em sua exordial, que possuía tal rentabilidade, hoje em dia perante a situação
fática em que enfrentamos, está muito longe de ter seus ganhos nos moldes ora narrados na
inicial. Ressalta-se ainda, por ser o empreendimento de pequeno porte, e não possuir
rentabilidade suficiente para as despesas necessárias do micro empreendimento, NÃO possui
terceirização de serviços contábeis, ou seja, CONTADOR.
Contudo, conforme o contrato societário (nome da empresa), cujo a parte que cabe ao Sr.
(nome completo), é de 66% (sessenta e seis por cento), não proporciona pró-labore ao sócio
empreendedor renda suficientes para Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF,
conforme demostrado anexo. (fls. 94/96 dos autos supra)

Na realidade, a Sra. (nome completo), possui atualmente condições majoritária em relação ao


agravante, por administrar exclusivamente claramente 80% (oitenta por cento), dos
empreendimentos consolidados ora contraídos na sociedade marital, tomando posse do único
bem móvel, (fls. 115 dos autos supra), e rentabilizando praticamente 100% (cem por cento) de
todo lucros advindos dos empreendimentos sob sua posse.

VIII.1. Do binômio necessidade-possibilidade

Cumpre-nos ressaltar, que a REPRESENTANTE LEGAL DOS AGRAVADOS NÃO JUNTOU


QUALQUER INÍCIO DE PROVA HÁBIL A RATIFICAR A SITUAÇÃO FINANCEIRA POR ELA
DESENHADA NA EXORDIAL, tratando-se, assim, de meras presunções unilaterais.

Na realidade, o valor até então pago pelo agravante, embora pareça modesto, é efetivamente
o que corresponde à sua situação financeira, sendo demasiado o pleito almejado pela
representante legal dos agravados, em vista das possibilidades daquele.

Como consabido, o chamado binômio alimentar (ou trinômio, para alguns) tem como
referência as necessidades do beneficiário e as possibilidades do obrigado. E esse balizamento
deve ser levado em conta no momento de sua fixação nos pilares do art. 1.694, § 1º do Código
Civil Brasileiro, ou em caso de revisão, quando sobrevier mudança na situação financeira de
quem supre ou de quem recebe os alimentos, conforme estipula o art. 1.699 do mesmo codex.

Na mesma linha de orientação, professa Maria Berenice Dias que:

“Tradicionalmente, invoca-se o binômio necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as


necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante para estabelecer o valor da
pensão. No entanto, essa mensuração é feita para que se respeite a diretriz da
proporcionalidade. Por isso, se começa a falar, com mais propriedade, em trinômio:
proporcionalidade-possibilidade-necessidade. O critério mais seguro e equilibrado para
definição do encargo é o da vinculação aos rendimentos do alimentante. Dessa maneira, fica
garantido o reajuste dos alimentos no percentual dos ganhos do devedor, afastando-se
discussões acerca da defasagem dos valores da pensão. Dita modalidade, além de guardar
relação com a capacidade econômica do alimentante, assegura o proporcional e automático
reajuste do encargo. “(In, Manual de Direito das Famílias. 6ª Ed. São Paulo: RT, 2010. Pág. 544).
Nesse estrito tocante, vejamos a nota jurisprudencial pertinente:

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE REVISÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.


ALTERAÇÃO DO PERCENTUAL. COMPROVAÇÃO DA MODIFICAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE
E POSSIBILIDADE. ART. 333, II DO CPC. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO CONHECIDA E
IMPROVIDA. UNANIMIDADE.

Modificação na capacidade financeira do alimentante desde o momento em que os alimentos


foram fixados em decorrência da crescente necessidade de seus dois filhos do atual
casamento, o que impede o recorrido de honrar com o adimplemento dos alimentos outrora
fixados. 2. De outro lado, ainda presentes a necessidade do credor recorrente, contudo
havendo alteração nas condições econômicas do devedor de alimentos imperiosa a revisão. 3.
Ademais, o acervo probatório demonstra que o recorrido fez juntada de sua declaração de
imposto de renda, onde se confirma sua atual real renda, em torno de quatro mil reais bruto,
bem como figurarem como dependentes, além de sua esposa mais dois filhos, além da
alimentada, de forma que o pagamento da pensão alimentícia no valor originário constitui
óbice para que o recorrido possa manter sua atual família e prole, circunstância muito bem
sopesada pelo juízo a quo, agora ratificada neste órgão colegiado. 4. De mais a mais, a
apelante não se desincumbiu de demonstrar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
direito do autor, nos moldes do art. 333, inciso II do CPC. 5. Sentença mantida. 6. Apelação
conhecida e improvida. Unanimidade. (TJMA; Rec XXXXX-47.2013.8.10.0051; Ac. XXXXX/2015;
Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Raimundo José Barros de Sousa; Julg. 13/03/2015; DJEMA
18/03/2015).

VIII.2. Da redução dos alimentos provisórios arbitrados

Inicialmente mostra-se imperioso o PEDIDO DE REDUÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS


ARBITRADOS. Certo é que à data da concessão parcial do pedido tutelar restava presumível a
necessidade dos agravados e o dever alimentar do agravante, além de desconhecida sua
possibilidade, entretanto encontra-se o agravante em delicada desvantagem financeira em
relação a representante legal, ora genitora dos agravados, logo demostrado acima.

Neste sentido, conforme dispõe o art. 1.695 do Código Civil, os alimentos devem ser prestados
"quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à
própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do
necessário ao seu sustento".

E assim já compreende o r. Tribunal de Justiça do Distrito Federal:


TJ-DF - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI XXXXX DF XXXXX-67.2013.8.07.0000 (TJ-DF) data de
publicação: 25/04/2014. 2. Na hipótese vertente, considerando as possibilidades financeiras
do alimentante/agravante, demonstradas neste juízo de cognição sumária, afigura-se razoável
reduzir o valor dos alimentos provisórios, ao menos até o julgamento da ação originária,
oportunidade em que será apreciada de forma mais detalhada as reais possibilidades do
alimentante.

No presente caso a representante legal, ora genitora dos agravados, trouxe aos autos apenas
alegações de valores que seriam auferidos pelo genitor, não apresentando qualquer
comprovação de suas alegações.

O sustento dos filhos é responsabilidade de ambos os genitores, deste modo não pode o
agravante deixar de prestar auxílio a qualquer de seus descendentes ou priorizar um em
detrimento dos demais, além de os alimentos provisórios deverem ser fixados em quantidade
que o pai suporte.

IX. Dos pedidos

Por todo o exposto, REQUER a esta Colenda Câmara que digne em acolher as razões acima
explanadas, CONHECENDO e PROVENDO o presente recurso de agravo de instrumento, para o
justo fim de ser reformada a r. decisão agravada, no sentido de minorar os Alimentos
Provisórios arbitrados liminarmente, fixando-se o valor de 125% (cento e vinte e cinco por
cento) do salário-mínimo vigente, o correspondente à R$ 1.515,00 (mil quinhentos e quinze
reais), o equivalente a pouco mais do proposto para baixa temporada, com base na
hipossuficiência momentânea comprovada, nos termos do art. 13, § 1º da Lei de Alimentos,
pelas razões acima expostas.

Requer antecipadamente a suspensão da decisão do juiz “a quo” (fls. 48 dos autos supra) que
fixou 3 (três) salários mínimos como pensão provisória, até que seja julgado o presente
recurso, ou, alternativamente, caso não seja este o entendimento de Vossas Excelências, que
seja concedida tutela de urgência para que os alimentos provisórios sejam minorados para
125% (cento e vinte e cinco por cento) do salário-mínimo vigente, o correspondente à R$
1.515,00 (mil quinhentos e quinze reais), tendo em vista o prazo para pagamento da segunda
parcela vencer dia 05.07.2022 e não ter o agravante condições de arcar com R$ 3.636,00
(300% trezentos por cento) do salário mínimo, correndo o risco de, em não cumprindo com os
alimentos, ser executado sob pena de prisão civil pelos agravos.

É o que confia poder esperar deste Proficiente Colegiado, em mais uma lição de DIREITO e
realização da JUSTIÇA!
Termos em que pede deferimento.

Armação dos Búzios-RJ, em, 10 de junho de 2022.

Advogado (a)

OAB/RJ ***.***

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