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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) FEDERAL DO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ${informacao_generica} REGIÃO

${cliente_nomecompleto}, já cadastrado eletronicamente, vem,


respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio dos seus procuradores,
interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO
com fundamento no artigo 1.015, I, do Código de Processo Civil, em face da
decisão interlocutória proferida pelo MM. Juiz Federal da Vara Federal de $
{processo_cidade}, que declinou a competência da ação para a Justiça
Federal. Nessa conformidade, REQUER o recebimento e processamento do
presente recurso, para que, ao final, seja dado provimento ao agravo.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

${processo_cidade}, ${processo_hoje}.

${advogado_assinatura}  

AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROCESSO               : ${processo_numero_1o_grau}

AGRAVANTE            : ${cliente_nomecompleto}

AGRAVADO              : Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

JUÍZO DE ORIGEM  : Vara Federal da Subseção de ${processo_cidade}

Egrégio tribunal,

Colenda turma,

Eméritos Julgadores.

  DO CABIMENTO
O Agravante interpõe o presente recurso em face da decisão interlocutória de
primeira instância que declinou a competência de ação para concessão de
aposentadoria por idade da Justiça Estadual para a Justiça Federal.

A esse respeito, em que pese o artigo 1.015 do CPC não preveja


expressamente em seu rol a decisão interlocutória que acolhe ou rejeita a
alegação de incompetência, o STJ já decidiu que "a decisão interlocutória
relacionada à definição de
competência continua desafiando recurso de agravo de instrumento, por uma
interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art.
1.015 do CPC/2015". Nesse sentido:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO


IMEDIATA DAS NORMAS PROCESSUAIS. TEMPUS REGIT
ACTUM. RECURSO CABÍVEL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO
N. 1 DO STJ. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA COM
FUNDAMENTO NO CPC/1973. DECISÃO SOB A ÉGIDE DO
CPC/2015. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO
PELA CORTE DE ORIGEM. DIREITO PROCESSUAL
ADQUIRIDO. RECURSO CABÍVEL. NORMA PROCESSUAL DE
REGÊNCIA. MARCO DE DEFINIÇÃO. PUBLICAÇÃO DA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. RECURSO CABÍVEL. AGRAVO
DE INSTRUMENTO. INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA OU
EXTENSIVA DO INCISO III DO ART. 1.015 DO CPC/2015.

1. É pacífico nesta Corte Superior o entendimento de que as normas de caráter


processual têm aplicação imediata aos processos em curso, não podendo ser
aplicadas retroativamente (tempus regit actum), tendo o princípio sido
positivado no art. 14 do novo CPC, devendo-se respeitar, não obstante, o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
2. No que toca ao recurso cabível e à forma de sua interposição, o STJ
consolidou o entendimento de que, em regra, a lei regente é aquela vigente à
data da publicação da decisão impugnada, ocasião em que o sucumbente tem
a ciência da exata compreensão dos fundamentos do provimento jurisdicional
que pretende combater. Enunciado Administrativo n. 1 do STJ.
3. No presente caso, os recorrentes opuseram exceção de incompetência com
fundamento no Código revogado, tendo o incidente sido resolvido, de forma
contrária à pretensão dos autores, já sob a égide do novo Código de Processo
Civil, em seguida interposto agravo de instrumento não conhecido pelo Tribunal
a quo.
4. A publicação da decisão interlocutória que dirimir a exceptio será o marco de
definição da norma processual de regência do recurso a ser interposto,
evitando-se, assim, qualquer tipo de tumulto processual.
5. Apesar de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do
CPC/2015, a decisão interlocutória relacionada à definição de
competência continua desafiando recurso de agravo de instrumento, por
uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III
do art. 1.015 do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio -, qual
seja, afastar o juízo incompetente para a causa, permitindo que o juízo
natural e adequado julgue a demanda.
6. Recurso Especial provido.
(REsp 1679909/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 14/11/2017, DJe 01/02/2018)

Portanto, é cabível o presente recurso, que deve ser recebido e processado na


forma legal.

DA TEMPESTIVIDADE
Conforme se infere da certidão anexa, o Agravante tomou ciência da decisão
combatida no dia ${data_generica}. Neste sentido, o artigo 1.003, § 5º do CPC,
dispõe que o prazo para a interposição de recursos é de 15 (quinze dias),
contados, no caso dos autos, a partir do dia útil seguinte à consulta ao teor da
intimação eletrônica, conforme artigo 231, V do CPC.

Desta forma, considerando que a interposição do presente ocorreu dentro do


prazo de 15 dias definido pela lei processual, o agravo de instrumento é
tempestivo.

DO NOME E ENDEREÇO DOS ADVOGADOS


Em cumprimento ao disposto no artigo 1.016, inciso IV do CPC, o Agravante
informa a Vossas Excelências os nomes e endereços dos advogados que
atuam no feito:

Advogado do Agravante:

 ${advogado_nomecompleto} – ${advogado_oab}

Endereço profissional ${informacao_generica}

Advogados do Agravado:

 ${informacao_generica}  

Endereço profissional ${informacao_generica}  

DOS DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM O RECURSO


Considerando que o presente feito tramita em autos eletrônicos, não se faz
necessária a juntada dos documentos estribados no artigo 1.017, I do CPC,
conforme § 5º do referido artigo.

BREVE SÍNTESE DA DEMANDA


O Agravante, nascido em ${cliente_nascimento}, contando atualmente com $
{cliente_idade} anos de idade, requereu o benefício de aposentadoria por idade
em ${data_generica}, conforme se depreende do processo administrativo, uma
vez que preencheu os requisitos para tanto.

A tabela abaixo demonstra, de forma objetiva, o tempo de contribuição já


alcançado pelo segurado:

${calculo_vinculos_resultado}
O INSS, porém, indeferiu o benefício, sob a alegação de falta de carência, em
razão de não ter reconhecido o período de ${informacao_generica}, em que a
parte Autora laborou como professor da rede estadual. Todavia, conforme fls. $
{informacao_generica} do processo administrativo, o Sr. $
{cliente_nome} solicitou a dilação do prazo para apresentação da Certidão de
Tempo de Contribuição, uma vez que a Secretaria do Estado estava
demorando para entregar o documento.

A Agravada, porém, não concedeu a dilação do prazo e indeferiu o benefício,


deixando o Demandante totalmente desamparado, o que motivou o
ajuizamento da presente demanda.

Todavia, o N. Magistrado declinou da competência da ação para a Justiça


Federal, alegando que, em razão da Lei 13.876/2019, a comarca de origem
não teria mais competência delegada para julgar ações previdenciárias.

Tal decisão indevida motiva o presente recurso.

DAS RAZÕES RECURSAIS


Conforme narrado anteriormente, o Magistrado declinou da competência da
ação para a Justiça Federal, com base no Incidente de Assunção de
Competência nº 6, do STJ. De acordo com a decisão, tendo em vista o
disposto no referido IAC, que versa sobre a competência delegada, nos termos
da Lei 13.876/2019, os processos em trâmite na Justiça Estadual, por
competência delegada, deveriam ser remetidos para a Justiça Federal.

É equivocada a decisão combatida, data vênia.

Inicialmente, cumpre referir que a presente demanda foi ajuizada na comarca


de ${processo_cidade}, em razão do disposto na Lei 13.876/2019, que alterou
o art. 15, da Lei nº 5.010/1966, sobre o instituto da competência delegada.
Veja-se:

Art. 15. Quando a Comarca não for sede de Vara Federal, poderão ser
processadas e julgadas na Justiça Estadual:       (Redação dada pela Lei nº
13.876, de 2019)

(...) III - as causas em que forem parte instituição de previdência social e


segurado e que se referirem a benefícios de natureza pecuniária, quando a
Comarca de domicílio do segurado estiver localizada a mais de 70 km (setenta
quilômetros) de Município sede de Vara Federal;                (Redação dada pela
Lei nº 13.876, de 2019)

Todavia, o N. Magistrado entendeu que, em razão da nova disposição, a


Comarca de ${informacao_generica} não teria mais competência delegada
para julgar ações previdenciárias.

Ocorre que o Tribunal Regional Federal da ${informacao_generica} Região


elaborou a Portaria nº ${informacao_generica}, listando as Comarcas que
mantiveram a competência delegada, em razão da alteração da Lei
13.876/2019. Veja-se:
${informacao_generica} 

Com efeito, verifica-se que a Comarca de ${informacao_generica} manteve a


sua competência delegada, confirmada pelo Tribunal Regional Federal da $
{informacao_generica} Região, em razão de estar a mais de 70km de Município
sede da Justiça Federal.

Diante do exposto, deve ser reformada a decisão atacada, para fins de que
seja mantida a competência do juízo de origem, tendo em vista o disposto na
Portaria nº ${informacao_generica}, do Tribunal Regional Federal da $
{informacao_generica} Região.

 DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


EM FACE DO EXPOSTO, REQUER a Vossas Excelências:

1. O recebimento do presente Agravo de Instrumento;


2. A intimação do Agravado para que apresente contrarrazões ao recurso,
querendo;
3. Ao final, o conhecimento e o provimento do presente recurso, para
o efeito de reforma da decisão combatida, a fim de determinar a
manutenção da competência do juízo de origem, nos termos da
fundamentação, com o regular prosseguimento do feito e a
consequente concessão do benefício postulado.

Nesses Termos;

Pede Deferimento.

  ${processo_cidade}, ${processo_hoje} 

${advogado_assinatura}

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