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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTAOD DE SÃO PAULO

Editora Cruzeiro, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ..., endereço eletrônico,
com endereço comercial na rua ..., através de seu advogado (procuração em anexo), vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no inciso I do art. 1015 do
Código de Processo Civil, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO
SUSPENSIVO em face da decisão proferida no processo nº..., motivado por Jaqueline,
profissão, estado civil, portadora do RG nº... e inscrita no CPF nº..., endereço eletrônico...,
residente e domiciliada na rua..., pelos fatos e fundamentos doravante expostos.
DOS FATOS
A Agravada ajuizou Ação de Indenização por Danos Morais cumulada com Obrigação de
Fazer com pedido de Tutela Antecipada em face da agravante, sendo a editora quepublicou
e promoveu a venda de biografia não autorizada a seu respeito, conformecópias anexas.O
juízo da 1º Vara Cível da comarca da capital do Estado de São Paulo deferiu o pedidode
tutela antecipada poucos dias após o início da venda dos livros, bem como algunsdias antes
de um evento nacional organizado para sua divulgação, determinando aparalisação da
venda de exemplares da biografia, e também o recolhimento de todosaqueles que
previamente foram remetidos a pontos de venda e ainda não foramcomprados, no
prazo de 72h, sob pena de multa diária.
DOS FUNDAMENTOS
Cabimento
Primordialmente, vale salientar que proferiu-se injusta decisão pelo juízo de primeira
instancia, sobre tutela provisória, devendo ser reformulada, nos acordes do inciso I, do art.:
1015, do CPC, sendo cabível então o Agravo deInstrumento.
Tempestividade e do preparo
Visto que, se o presente Agravo de Instrumento se encontra tempestivo, dentro do prazo de
15 dias úteis, conforme § 5 do art. 1003 e inciso II do art. 231, ambos do CPC. As guias de
preparo encontram-se devidamente recolhidas, cumprindo-se os requisitosprocessuais.
Do Mérito
A Agravada em primeira instância não comprova presença de requisitos da tutela provisória,
como fumaça do bom direito e perigo na demora, e extrapola o direito de liberdade de
expressão da agravante, tornando-se inviável a concessão da mesma prolatado pelo juízo a
quo. Igualmente, a respeito da interpretação dos conteúdos dos arts. 20 e 21 do Código
Civil, deve considerar o direito fundamental de liberdade de expressão, direito fundamental
inserido e protegido pela Constituição Federal.
Além disso, a história de vida da agravada é pública e notória, sendo verídico qualquer
conteúdo veiculado sobre a mesma. Dessa forma, o conteúdo censurado não tem
respaldo jurídico legal, configurando-se censura prévia, ao qual é vedado pela Carta
Magna.
Efeito suspensivo
De acordo com inciso I do art.: 1019 do CPC, requer-se o efeito suspensivo ao presente
recurso, com o fulcro de evitar prejuízos à agravante.
DOS PEDIDOS
Em razão do exposto, requer:
a) A concessão de efeito suspensivo da decisão agravada, para que a agravante continue
com sua vendas e o cumprimento do evento agendado;
b) O conhecimento e provimento do presente Agravo de Instrumento com a devida reforma
da decisão;
c) A intimação da parte adversa para apresentar eventual contrarrazão;
d) Condenar a agravada ao pagamento de honorários advocatícios recursais, nos termos do
art. 85, 1º do CPC.
Nesses termos,
pede deferimento.
São Paulo, data
Advogado
OAB/

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