Você está na página 1de 6

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A)

DESEMBAGADOR (A) PRESIDENTE DO EGRÉRIO TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNANBUCO
Autos: N° XXX

Recorrente: EUGENE LALANDE

Recorrido: AUGUSTE DUPIN

EUGENIE LALANDE, já convenientemente qualificado nos autos do processo em sentença, vem


á Vossa Excelência, juntamente com os seus advogados que a esta subscreve interpor pelo
RECURSO ESPECIAL, devidamente no prazo judicial, por meio de seu advogado que a esta
subscreve com fundamentação no art. 105, III, línea “a”, da CF e o art. art. 1.029 e seguintes do
Código de Processo Civil, bem como o fundamento do ART. 62, II, da CF, pelas razões anexadas
e inseparáveis desta mesma petição.

Por fora, devemos reafirmar que a recorrente que não possui condições para arcar com o
custo do processo, bem como os custos e honorários advocatícios, sendo assim, recebe por
Direito a manutenção do beneficio da justiça, já garantido anteriormente.

Com o fundamento do dever de prestação jurisdicional, requer que seja exercido o juízo de
admissibilidade e que seja deferido o devido processo e encaminhado o recurso especial, com
como, encontra-se devidamente legalizado o Direito jurisprudencial uniforme em favor dos
recorrentes para STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Nesses termos,

Pede deferimento

Data

Advogado

OAB

RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL

Autos: N° XXX

Recorrente: EUGENE LALANDE

Recorrido: AUGUSTE DUPIN

Colenda Turma do Superior Tribunal de Justiça,

Ilustres julgadores do devido processo,

EUGENE LALANDO, inconformada com o desprovimento do Recurso do respeitável arcordão:


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Omissão. Contradição. Existência. Acordão Modificativo.
Apelação. Despejo. Purgação da mora. Rescisão contratual. Possibilidade. APELAÇÃO
DESPROVIDA.

Vem respeitosamente á sua excelência, apresentar as seguintes razões e fundamentações do


presente RECURSO ESPECIAL.

1_ DO CABIMENTO

Conforme a fundamentação disciplinada pelo art. 105, III, “a”, da CF, é de competência
exclusiva do STF (Superior Tribunal de Justiça), ajuizar o devido Recurso Especial, em razão de
decisão que foi proferida ou desprovida, em ultima ou uma única instância, quando a mesma
acabar por contrariar a Lei Federal que á ela implica, ou até mesmo se essa negarlhe o devido
ambaro jurisdicional.

Inciso III do Artigo 105 da Constituição Federal de 1988

Constituição Federal de 1988

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para


instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada
na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Vale ressaltar que o Direito de recorrer decorre do principio de duplo grau de jurisdição,
chamado de Devido Processo Legal, que não é previsto constitucionalmente, mas que decorre
logicamente no sistema jurídico, que prevê competência de cada recurso, a cada um dos
órgãos do Poder Judiciário á quem á ele decorre.

2_ DA TEMPESTIVIDADE

Ocorreu a devida intimação da decisão em que foi desprovido, por mio do Diário da Justiça nº
XXX. Publicado na data de XXX, com esse fundamento, mostra-se a devida legalidade
tempestividade a interposição em espécie em conformidade do art. 1003, §5° do código de
ritos.

Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015


Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são
intimados da decisão.

§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para


responder-lhes é de 15 (quinze) dias.

3_ DO PREPARO

A remetente é beneficiária da justiça gratuita, sendo assim, não tem recurso para o pagamento
jurídica, sendo insenta, qualquer pagamento de taxas ou custas advocatícios, cabendo assim, a
insação do pagamento de qualquer taxa ou custa, até mesmo não há necessidade do
pagamento recursal, pois já houve despesas mediante ao pagamento dos débitos atrasados,
demostrados abaixo, juntamente com os anexos referentes á essas despesas:

Aluguel: XXX

Multa: XXX

Juros de Mora: XXX

4_ DO PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA

Vale ressaltar que o sistema constitucional não permite qualquer tipo de controle normativo
abstrato das leis municipais, em se tratando de ser contestada diante da Constituição Federal a
fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos municipais, somente tem a sua
legitimidade, caso ocorra quaisquer métodos difusos, na ressalva de serem questionada
mediante á Carta da Republica, cabendo assim, somente o dispositivo constitucional do
ordenamento brasileiro, pode inexistir a ação direta de inconstitucionalidade em face da lei
municipal.

Constituição Federal: Art. 1025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o


embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.

5_ DOS FATOS

Auguste Dupin ingressou com ação de despejo em face de sua inquilina, a enfermeira Eugenie
Lalande. Eugenie tempestivamente purgou a mora, juntando aos autos comprovação de
depósito dos aluguéis e todas as demais despesas. Após o regular tramite da ação, sobreveio
sentença de procedência do pedido, tendo sido objeto de recuso de apelação que, após o
recebimento, foi julgado improcedente, por meio de acordão eivado de omissão e contradição,
razão pela qual, foram interpostos embargos de declaração, julgados procedentes pela 84ª
Câmara de Direito Privado do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, por meio de acordão
modificativo nos seguintes termos:

ACÓRDÃO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Omissão. Contradição. Existência. Acordão Modificativo.
Apelação. Despejo. Purgação da mora. Rescisão contratual. Possibilidade. APELAÇÃO
DESPROVIDA.

O recurso de apelação foi interposto contra sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, o
qual julgou procedente a ação de despejo, com a finalidade de “DECLARAR RESCINDIDO o
contrato de locação celebrado entre as partes, por inadimplemento contratual da requerida no
que diz respeito aos pagamentos dos aluguéis e acessórios e, em consequência, DECRETO O
DESPEJO da ré”.

Segundo consta da sentença, em que pese tempestiva purga da mora, houve o


descumprimento do pacto contratual, decorrente da falta de pagamento, o que per si, é
motivo ensejador da rescisão.

A recorrente afirma que esta deixou de efetuar os pagamentos por um lapso de sua parte,
porém, tem pleno interesse na manutenção da relação contratual, razão pela qual, promoveu
a purgação da mora.

Houve o julgamento da apelação interposta, desprovendo-a. Foram opostos embargos de


declaração em razão da existência de omissão e contradição no acordão proferido.

É O RELATÓRIO

Assiste razão a embargante. De fato, por equívoco desta corte, houve omissão quanto à
preliminar arguida e erro de digitação que afetou a parte final do julgado, razão pela qual
acolhe-se os embargos. Com relação à preliminar arguida, conheço e nego provimento, posto
que a nulidade de citação alegada foi superada pela manifestação tempestiva da parte
embargante, alçando seu objetivo a citação realizada.

Quanto ao mérito do recurso, conforme apontado pelo juízo a quo, de fato, houve a quebra da
relação de confiança esperada no pacto contratual decorrente da falta de pagamentos dos
alugueres, sendo que a previsão contida no art. 62, II da Lei Federal 8.245 relativa a evitar a
rescisão, não possui efeitos práticos.

Ante o exposto, pelo meu voto, entendo pelo ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, alterando o acordão anteriormente prolatado e, quanto ao mérito da apelação
proposta, voto pelo DESPROVIMENTO DO RECURSO, mantendo-se a sentença atacada por seus
próprios fundamentos.

JULIUS RODMAN RELATOR

6_ DO DIREITO

Conforme exposto anteriormente, foi prolatado um acordão acolhendo o embargo de


declaração opostos e desprovendo o recurso interposto, mantendo assim, a sentença jpa
proferida pelo juízo “quo” pelo fator do seu próprio fundamento, no que tange a disposição do
art.62, II da Lei Federal nº 8.245/91, em que pautaram no argumento:

LINQ - Lei nº 8.245 de 18 de Outubro de 1991


Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.

Art. 9º A locação também poderá ser desfeita:

III - em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos;

Mas, vale lembrar que no próprio dispositivo do art.62, prevê que caso ocorra uma ação de
despejo, poderá evitar a rescisão, ferindo assim, de forma clara e convicta, o dispositivo legal
da Lei Federal. Sendo assim, não houve amparo jurídico diante da ressalva do locador, já para
que haja uma rescisão do contrato, necessita da vontade do locador, diante da sentença.

Art. 9º A locação também poderá ser desfeita:

I - por mútuo acordo;

Vale lembrar que para rescindir um contrato, precisa existir o contrato, sendo que esse não é o
caso, sendo assim, não há um amparo legal para que cria a existência do mesmo, outro fator é
que o próprio locador, confirmou o pagamento total dos débitos, porém, não houve em
momento alguma a opinião do mesmo sobre a continuidade da ação de despejo.

Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e
de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de
fundamento;

Do acordão consta que a disposição prevista no art. 62, II da Lei Federal nº 8.245/91 não
possui efeitos práticos, mantendo, dessa forma, a rescisão contratual pautada no art. 9º, III do
mesmo códex, contrariando, claramente, o dispositivo da lei federal.

Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da
locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos
acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: [...]

II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15


(quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de
cálculo e mediante depósito judicial, incluídos:

a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação;

b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis;

c) os juros de mora;

d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento sobre o


montante devido, se do contrato não constar disposição diversa. (BRASIL, 1991, [s. p.])
Sendo que no acolhimento dos embargos de declaração, que há uma provisão devidamente
legal, em que se trata da fundamentação, já que a requerente, não tinha intenção em
momento algum de atrasar os débitos, ocorrendo assim, o devido pagamento, dentro do prazo
legal do art. 62, II, da Lei Federal 8.245/91, outro fator importante é que foi desconsiderado a
opinião e o testemunho do laçador de continuar a ação de despejo, já que a própria não tem
intenção de deixar o imóvel, já que arcou com as custas em que eram devidas , sendo assim,
possui efeito pratico, já que houve a ressalva dentro do prazo legal e já não é mais devido
nenhum pagamento referente á locação, cabendo assim, a sentença já não é procedente, em
seu argumento insuficiente, diante do exposto, dos fundamentos do artigo.

[...] Quanto ao mérito do recurso, conforme apontado pelo juízo a quo, de fato, houve a
quebra da relação de confiança esperada no pacto contratual decorrente da falta de
pagamentos dos alugueres, sendo que a previsão contida no art. 62, II da Lei Federal
8.245/91, relativa a evitar a rescisão, não possui efeitos práticos. Ante o exposto, pelo meu
voto, entendo pelo ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, alterando o acordão
anteriormente prolatado e, quanto ao mérito da apelação proposta, voto pelo
DESPROVIMENTO DO RECURSO, mantendo-se a sentença atacada por seus próprios
fundamentos.

7_ DOS PEDIDOS
a) Que seja recebido, processado e admitido o presente Recurso Esoecial
b) Que o recorrido seja devidamente intimado para a sua declaração, no devido prazo
legal em razão do pedido de despejo.
c) Que seja devidamente ajuntados as custas judiciais e honorários advocatícios, as
custas do aluguel que foi pago por meio judicial, além das certidões que comprovam o
devido pagamento feito pela recorrente dentro do prazo legal, para comprovar a
divergência jurisdicional como fundamentado o art. 1029, paragrafo 1° do CPC das
exposições e fatos do Direito.
d) Que seja defitamente qualificado o provimento do presente Recurso Especial,
determinando, afim, a sua nulidade do arcordão, por insuficiência em sua
fundamentação, não fixando todos os argumentos e causando erro no
reconhecimento das provas que foram argumentadas.
e) Que a sentença seja definitivamente acordada e proferida na jurisdição de 1° grau.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local, data.

_________________________

Nome e assinatura do advogado.

Nº da OAB.

Você também pode gostar