Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS - CESA


CURSO DE DIREITO
HISTÓRIA DO DIREITO

DISSERTAÇÃO DIREITO MESOPOTÂMICO, EGÍPCIO E HEBREU

CRATO/CE
2021
DANIEL OLIVEIRA ALMEIDA
Desde a antiguidade se observou a necessidade de regular a vida em
sociedade, preocupações recorrentes do Oriente eclodiram em códigos essenciais
para as questões jurídicas que se apresentavam, sejam essas questões assassinatos
ou divórcios e até mesmo contratos comerciais. As civilizações egípcia, mesopotâmica
e Hebraica foram de importância basilar para a ciência jurídica, com contribuições
específicas advindas de cada uma delas.

Indiscutivelmente uma das civilizações mais lembradas quando se trata de


legado jurídico seja a mesopotâmica – Mesmo que haja um consenso entre os
cientistas de que o código mesopotâmico não foi o primeiro ordenamento – O código
de Hamurabi (código mesopotâmico) tenha ficado mais famoso devido a seu princípio,
comumente lembrado; “olho por olho, dente por dente”, que consistir em causar o
mesmo dano que foi sofrido pela vítima ao agressor.

Apesar deste ordenamento e dos outros subsequentes serem intrinsecamente


ligados região. O código de Hamurabi não se destaca apenas por isso, se destaca
pela substituição da tradição oral, as leis até aquele período eram passadas
oralmente, não havendo preocupações com injustiças causadas pelo seu conteúdo
que poderia ser falacioso. As preocupações Mesopotâmicas garantiram que acordos
fossem feitos sob um olhar normativo, que atitudes tomadas tivessem consequências
iguais.

Na civilização egípcia não se observa grandes diferenças em nível hierárquico


em relação à mesopotâmia, observa-se no entanto, certa igualdade no que se refere
há um “mesmo enviado divino, guardião das leis”. Há além disso, um fator dificulto
nos estudos acerca da civilização egípcia que é a precariedade de fontes seguras,
afinal o código de Hamurabi foi talhado em um bloco de pedra negra e os documentos
egípcios foram escritos em sensíveis papiros desgastados pelo tempo.

A civilização egípcia se destaque nas questões além-túmulo, é estranho falar


sobre, porém, o povo egípcio acreditava em vida após a morte, essa crença
reverberou também nas questões jurídicas. Se por Ventura houvesse um contrato em
que uma das partes falecesse, o contrato ainda valeria essa ideia é usada até hoje,
haviam cópias desses contratos que ficavam com as 2 partes e original guardado além
disso havia uma preocupação egípcia em relação à propriedade também sendo
ocasionada pela crença em vida após a morte.

É conhecida a natureza violenta de todas as civilizações em suas punições, a


lei Hebraica não era diferente, bastante arraigada por preceitos religiosos e talvez a
mais notável entre todas, visto que o próprio direito hebreu foi concedido por Deus
através de Moisés.

A justiça Hebraica se divide em 5 livros que eram imutáveis, pregando também


a isonomia todos eram iguais perante a lei e isso valia para juízes e cidadãos normais.
Essa imutabilidade da norma se assemelha muito a cláusulas pétreas da nossa
Constituição, mas na época com motivo religioso. A Direito Hebreu também se
destaca, e reverbera no Direito Romano e no atual devido a sua preocupação com a
família e o casamento, visto que segundo alguns historiadores o direito Romano em
relação ao casamento estava muito “perdido” e não podia incorporar o direito helênico,
porquê também haviam lacunas nesses pontos.

As contribuições hebraicas egípcias e mesopotâmicas não se limitam a esses


pontos citados durante o texto, em verdade vão muito mais além, desde a sua escrita
e apesar de sua natureza violenta, havia uma preocupação em regrar a vida em
sociedade para que não houvesse excessos, como já citado na Introdução. O direito
evoluiu mas as preocupações com a vida em sociedade continuaram as mesmas,
abordadas de diferentes ângulos, mas as mesmas.

Você também pode gostar