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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Centro de Ciências Sociais Aplicadas


Departamento de Ciência da Informação

Curso de Biblioteconomia e Documentação

CINFO0152 – Documentação e Informação Jurídica


Semestre 2023.2

As primeiras leis da
humanidade
história da informação jurídica

Edilberto Santiago

2023
Para Le Coadic (2004, p. 4),
A informação é um conhecimento inscrito
(registrado) em forma escrita (impressa ou
digital), oral ou audiovisual, em um suporte.
A existência de leis como consequência do convívio
social humano remonta a tempos ancestrais. Ao
longo da história as normas jurídicas já foram
registradas na sua forma escrita nos mais diversos
suportes físicos.
No princípio, elas eram impostas por um estrato
social dominante, o que, por muito tempo, pareceu
algo “natural”.
A mais grandiosa invenção dessa gente da Mesopotânia
foi passar para uma superfície símbolos que
expressavam ideias; a isso chamamos de escrita. O
tipo de escrita que inventaram foi a cuneiforme.

Não se pode estranhar, portanto, que tenham sido


estas pessoas as primeiras a terem leis escritas.

Tem-se notícia de um chefe da cidade de Lagas de


nome Urukagina, no terceiro milênio antes de Cristo,
ser apresentado pelos textos de época como um
grande legislador e reformador.
Bouzon (1998, p. 22) informa, contudo, que

as inscrições de Urukagina não transmitem


leis ou normas legais, mas medidas sociais
adotadas para coibir abusos e corrigir injustiças
vigentes.

O corpo de leis mais antigo que se conhece é o de Ur-


Nammu (fundador da terceira dinastia de Ur, 2111-
2094 a.C.) do qual chegou até nós somente dois
fragmentos de um tablete de argila.

Em 1948 outras leis foram identificada também na


mesma região; são as leis de Eshunna.
De acordo com Bouzon (2002, p. 6)

em inscrições reais, listas de datas, cartas e


documentos jurídicos do período babilônico
antigo encontram-se mencionados atos reais,
cuja finalidade era, sem dúvida, restaurar a
ordem e a justiça na sociedade babilônica.

Tais atos descrevem, sempre, uma intervenção do


rei na sociedade e na economia do reino e significam
uma suspensão temporária do direito vigente e de
direitos adquiridos.
Estes tipos de decretos reais representaram,
pois, para a sociedade babilônica verdadeiros
atos de anistia, que anularam determinados
contratos de compra e venda e perdoaram
dívidas contraídas com o estado e com o setor
privado (Bouzon, 2002, p. 6).

Mas estes decretos atingiam, apenas, dívidas


provenientes de impostos ou de hipotecas, jamais
dívidas contraídas para fins especulativos.

Observa-se que no fim do período páleo-babilônico


esses decretos tornaram-se mais abrangentes e
deram origem aos editos reais.

Hélio Félix (2023) apresenta uma “lista” dos códigos


mais antigos que pode ser considerada bem razoável.
O Direito das pessoas ágrafas
Direito nas sociedades primitivas

O Direito nas sociedades primitivas também conhecidas por


direito arcaico não era legislada da forma como conhecemos
nos dias de hoje.
Basicamente cada grupo social possuía um direito único, um
direito próprio, vivendo com autonomia e tendo pouco contato
com outros povos, a não ser quando em condições de guerra.
Desde os primórdios das primeiras civilizações o direito situa-se
na formação das primeiras cidades, visto que, as épocas
remotas, muito antes da escrita, os povos aldeados possuíam
seus códigos de relações.

Fonte: Alves ([ca. 2019]); Picanço ([ca. 2020])


Direito nas sociedades primitivas

John Gilissen (2001) chama atenção para o fato de que os


direitos primitivos são “direitos em nascimento”, ou seja,
ainda não ocorre uma diferenciação efetiva entre o que é
jurídico do que não é jurídico.
Niklas Luhmann (2002) estratifica as manifestações do direito
ao longo da história em três grandes grupos de :
1. o direito arcaico, característico dos povos sem escrita;
2. o direito antigo, que surge com as primeiras civilizações
urbanas; e
3. o direito moderno, próprio das sociedades posteriores às
Revoluções Francesa e Americana.
Em resumo, as três fases do direito – primitivo, antigo
e moderno – representam uma evolução constante da
sociedade e das suas relações jurídicas. Cada uma
dessas fases teve um papel importante na construção
do direito como conhecemos hoje em dia (Casagrande,
2023a, p. 3).
Os Povos sem Escrita, os Povos Ágrafos

Não têm um tempo


determinado. Podem ser
os homens da caverna de
3.000 a.C.

Podem ser os índios brasileiros até a chegada de Cabral, ou


até mesmo as tribos da floresta Amazônica que ainda hoje
não entraram em contato com o homem branco.
Característica gerais dos direitos dos
Povos Ágrafos

Segundo Farias (2017) os direitos dos povos ágrafos têm as


seguintes características: são abstratos, são numerosos, são
relativamente diversificados, são impregnados de
religiosidade, e são direitos em nascimento.
São abstratos:
como são direitos não escritos, a possibilidade de abstração
fica ilimitada. As regras devem ser decoradas e passadas de
pessoa para pessoas da forma mais clara possível.
São numerosos:
cada comunidade tem seu próprio costume e vive
isoladamente no espaço e, muitas vezes, no tempo. Os raros
contatos entre grupos vizinhos (que porventura vivem no
mesmo tempo e dividem o mesmo espaço) tem como
objetivo a guerra.
Característica gerais dos direitos dos
Povos Ágrafos

São relativamente diversificados:


essa distância (no tempo e espaço) faz com que cada
comunidade produza mais dissemelhanças do que
semelhanças em seus direitos.
São impregnados de religiosidade:
como a maior parte dos fenômenos são explicados, por
esses povos, através da religião, e regra jurídica não foge a
esse contexto. Na maior parte das vezes, a distinção entre
regra religiosa e regra jurídica torna-se impossível.
São direitos em nascimento:
a diferença entre o que é jurídico e o que não é muito difícil.
Essa distinção só se torna possível quando o direito passa do
comportamento inconsciente (derivado do puro reflexo) ao
comportamento consciente, fruto de reflexão.
Característica gerais dos direitos dos
Povos Ágrafos

Para Farias (2017) entende-se como “fontes de direito” tudo


aquilo que é utilizado como base ou “inspiração” para a
feitura de regras ou códigos.
Esse Direito arcaico sofreu grande influência da prática
religiosa, estando totalmente subordinado à imposição
de crenças dos antepassados, ao ritualismo simbólico e
à força das divindades (Alves, [2019]).
Segundo Farias (2017) os Povos Ágrafos basicamente
utilizam os costumes como fonte de suas normas, ou
seja, o que é tradicional, o viver e conviver de sua
comunidade torna-se regra a ser seguida.
Os Costumes dos Povos Ágrafos

Para Picanço ([ca. 2020]) os povos ágrafos basicamente


utilizavam os costumes como fontes de suas normas, ou
seja, o que é tradicional no viver e conviver de sua
comunidade tornava-se regra a ser seguida.
Havendo tantos grupos sociais, tantas comunidades,
havia também uma diversidade de direitos não escritos
partindo, em especial, dos costumes; costumes que
seguem até os dias de hoje como fontes do Direito,
por ser expressão direta da comunidade/da população
(Alves, [2019]).
Os precedentes como fonte de Direito

Para Farias (2017) o precedente também é utilizado como


fonte. As pessoas que julgam (chefes ou anciãos) tendem a,
voluntária ou involuntariamente, aplicar soluções já
utilizadas anteriormente.
[...] como fonte criadora de normas jurídicas, certas
decisões reiteradas utilizadas pelos chefes das
comunidades começavam a criar força entre seus
membros para resolver conflitos do mesmo tipo, como
se fossem as jurisprudências tais como conhecemos
(Alves, [2019]).
Os Detentores de Poder

O costume e os precedentes não foram as únicas fontes


do direito dos povos ágrafos.
Nos grupos sociais onde se pode distinguir pessoas
que detêm algum tipo de poder, estes impõem
regras de comportamento, dando ordens que acabam
tendo caráter geral e permanente (Farias, 2017).
Transmissão de Regras dos direitos dos
Povos Ágrafos
Segundo Pianço, ([ca. 2020]) e Farias (2017) muitos grupos
utilizam o procedimento de, em intervalos regulares de
tempo, terem suas regras enunciadas a todos pelo chefe (ou
chefes) ou pelos anciões.

Outras formas foram os Provérbios e os Adágios que


desempenham papel decisivo na tarefa de fazer conhecer as
normas da comunidade

Como a maior parte dos fenômenos são explicados,


por esses povos, através da religião, a regra jurídica
não foge a esse contexto. Na maior parte das vezes, a
distinção entre regra religiosa e regra jurídica torna-se
impossível (Farias, 2017).
Direito Primitivo no Brasil

Segundo Casagrande (2023b) um exemplo de direito


primitivo no Brasil é o que se desenvolveu entre as tribos
indígenas do Brasil antes da chegada dos europeus. Essas
tribos possuíam sua própria forma de organização social e
jurídica, onde as normas de conduta e justiça eram
estabelecidas por meio de tradições e costumes transmitidos
oralmente.
Direito Primitivo no Brasil

As punições em caso de transgressão dessas normas


variavam de acordo com a tribo e a natureza da infração,
podendo ser desde a expulsão do grupo até a realização de
rituais de purificação ou de compensação da vítima.
Outro exemplo de direito primitivo é o que se desenvolveu
entre as tribos germânicas na Europa, antes da conquista
romana.
Essas tribos possuíam um sistema de leis baseado em
tradições e costumes, conhecido como direito
germânico. Esse sistema de leis influenciou o
desenvolvimento do direito medieval europeu, que
posteriormente evoluiu para o direito moderno
(Casagrande, 2023).
3000 a.C. – EGITO
FARAÓ NARMER
3000 a.C. – EGITO
FARAÓ NARMER

A arqueologia recentemente descobriu que é possível


encontrar documentos jurídicos do Egito muito
antigos, mais especificamente a 3.000 a.C, a partir
da unificação do Alto e Baixo Egito sob imposição do
faraó Narmer.

Nenhum código ou documento propriamente legal


foram encontrados e o conhecimento sobre o direito
da época é baseado em excertos de contratos,
decisões judiciais, testamentos e atos administrativos,
além de referências à lei em textos sagrados e na
literatura.

Fonte: Fachini (2023).


3000 a.C. – EGITO
FARAÓ NARMER

O Egito emergia de forma complexa, recebendo povos


com interesses conflitantes. Os discernimentos
jurídico e social então passaram a ser guiados por
Maat, a deusa egípcia da verdade e justiça, mas que
neste caso excepcionalmente era utilizado como um
princípio filosófico da ordem e harmonia cósmica do
povo.

Embora não houvesse uma espécie de instituição


jurídica na época, Maat era o conjunto de valores
para a aplicação do direito. A partir de 2500 a.C o
vizir, segundo homem mais poderoso do reino e
responsável pelos julgamentos, era inclusive chamado
de ‘sacerdote de Maat’. Fonte: Fachini (2023).
3000 a.C. – EGITO
FARAÓ NARMER

A partir de 2500 a.C o vizir, segundo homem mais


poderoso do reino e responsável pelos julgamentos,
era inclusive chamado de ‘sacerdote de Maat’.

Algumas características do
direito egípcio surpreendem
por parecerem tão evoluídas
e individualistas com o direito
romano clássico, que viria
dois mil anos mais tarde.

Fonte: Fachini (2023).


3000 a.C. – EGITO
FARAÓ NARMER

Todos os bens, imóveis e móveis eram alienáveis e


entravam na dinâmica da grande mobilidade de bens
da época.

O Egito Antigo também tinha seus tribunais. A partir


do Império Novo (período entre 1550 a.C e 1070 a.C),
os egípcios contavam com o Kenbet, um conselho de
anciãos responsável por decidir pequenas causas.

Para crimes mais graves, envolvendo assassinato e


roubos de túmulos, os acusados eram direcionados
ao Kenbet att, outro conselho presidido pelo faraó e
pelo vizir.

Fonte: Fachini (2023).


2853 a.C. – CHINA
IMPERADOR FU XI
2853 a.C. – CHINA
IMPERADOR FU XI

É um personagem da mitologia
chinesa e é tido como um
imperador que reinou durante os
meados do século 29.

Segundo inscrições em bronze da


época, havia um código de leis
vigente durante o reinado do
legendário Imperador Fu Xi (2853-
2738 a.C.).

Essa foi a primeira menção na


história humana a tal tipo de
instrumento legal.
2351-2342 a.C. – MESOPOTÂMIA (LAGASH)
CÓDIGO DE URUKAGINA
2351-2342 a.C. – MESOPOTÂMIA (LAGASH)
URUKAGINA

Urukagina foi governante de Lagash (Lagaš), onde


hoje fica parte do Iraque, na antiga Mesopotâmia
(“entre rios”).
Segundo Pacheco ([2023]) Urukagina é conhecido
como o primeiro governante reformador de leis da
humanidade.
Ele queria acabar com as injustiças e com a opressão
dos governos anteriores; tinha como meta liberdade,
igualdade em equilíbrio balanceado (Félix, 2023).
2351-2342 a.C. – MESOPOTÂMIA (LAGASH)
CÓDIGO DE URUKAGINA

Do Código de Urukagina restaram pequenos trechos


e vários documentos que o citam como uma espécie
de consolidação de normas.
Tais achados podem sustentar concretamente a
hipótese de que este tenha sido o primeiro conjunto
de leis da humanidade.
Segundo Pacheco ([2023]) Urukagina, em seu
código ele processou uma série de reformas bastante
importantes, a saber:
2351-2342 a.C. – MESOPOTÂMIA (LAGASH)
CÓDIGO DE URUKAGINA

Tratou de reduzir as diferenças entre as classes


sociais, diminuir os impostos, tratou de anular
prerrogativas que tinham atribuídos a si
mesmos o monarca e sua família, reduziu os
abusos por parte dos funcionários, proibiu a
exploração das classes sociais inferiores,
perdoou dívidas, combateu a corrupção e
promoveu o primeiro código legal registrado
pela história (Pacheco, [2023], p. 3).
2351-2342 a.C. – MESOPOTÂMIA (LAGASH)
CÓDIGO DE URUKAGINA

Fragmento do Código
Urukagina – Museu do Louvre
Cone de Argila - Museu do
Louvre
2050 a.C. - MESOPOTÂMIA (UR)
CÓDIGO DE UR-NAMMU
2050 a.C. - MESOPOTÂMIA (UR)
CÓDIGO DE UR-NAMMU

Ur-Nammu foi um governante sumério de grande


habilidade militar e administrativa. Seu código foi
encontrado, já na década de 1950, pelo famoso
historiador e assiriólogo da Universidade da
Pensilvânia, o ucraniano Samuel Noah Kramer.
Por ter sido o primeiro código do qual se encontrou
uma cópia, é considerado por alguns como o mais
antigo código legal escrito da humanidade.
Infelizmente, seu estado de conservação não era tão
bom e somente cinco artigos estavam inteiramente
legíveis.
2050 a.C. - MESOPOTÂMIA (UR)
CÓDIGO DE UR-NAMMU

Fragmentos do Código de
Ur-Nammu – Museu do
Louvre
2050 a.C. - MESOPOTÂMIA (UR)
CÓDIGO DE UR-NAMMU

O Código de Ur-Nammu criou um


entendimento universal por parte do
povo, de que a lei descende dos deuses
e o rei era simplesmente o
administrador dessas leis.
Sanções severas eram consideradas
desnecessárias para a maioria dos
crimes, já que as leis estavam bem
estabelecidas, e acreditava-se que uma
multa seria um lembrete suficiente para
as pessoas se comportarem.
Tabletes com as leis de Ur-Nammu
- Museu Arqueológico de Istambul.
2050 a.C. - MESOPOTÂMIA (UR)
CÓDIGO DE UR-NAMMU

Ur-Nammu reinou de 2047 a 2030 a.C. e foi o


fundador da Terceira Dinastia de Ur, na Suméria, que
iniciou o chamado Período Ur III (2047-1750 a.C),
também conhecido como Renascimento Sumério.
Ele é mais conhecido como o rei que compôs o
primeiro código completo de leis do mundo, o Código
de Ur-Nammu.
O Código de Urukagina, do século 24 a.C, é conhecido
apenas através de referências parciais a ele e, assim,
como o texto em si nunca foi encontrado, o código de
Ur-Nammu é considerado o mais antigo existente.
1930 a.C. - MESOPOTÂMIA (ESNUNA)
O CÓDIGO DE ESNUNA
1930 a.C. - MESOPOTÂMIA (ESNUNA)
O CÓDIGO DE ESNUNA

As "Leis de Esnuna" são duas tábuas encontradas no


Iraque. Foram escritas durante o reinado de
Dadusha.
Consistem em 60 artigos, escritos em língua acádica,
sendo uma mistura entre direito penal e civil, que
futuramente seria a base do "Código de Hamurabi“.
A maior parte das penas é pecuniária, isto é, evita-se
a pena de morte na maioria dos casos.

Brandet (2023)
1930 a.C. - MESOPOTÂMIA (ESNUNA)
O CÓDIGO DE ESNUNA

É interessante notar que as leis do Esnuna ou


Eshnunna (cidade situada a margem do rio Diala,
afluente do Tigre) contém elementos que se
encontram tanto no direito sumeriano (Códigos do Ur-
Namu e do Lipit-Istar) como no direito babilônico
(Código de Hamurabi) e direito assírio.

O Código de Esnuna, introduzido no reinado de


Dadusha e elaborado no mais remoto dos tempos da
civilização humana, trazia em seu conteúdo o princípio
da Reparabilidade, que atualmente entendemos por
Danos Morais.

Brandet (2023)
ca. 2112–2046 a.C. - MESOPOTÂMIA (ISIM)
CÓDIGO DE LIPITE-ISTAR
ca. 2112–2046 a.C. - MESOPOTÂMIA (ISIM)
CÓDIGO DE LIPITE-ISTAR

Considerado o segundo
código mais antigo já
encontrado, precede mais ou
menos 200 anos o código de
Hammurabi.

Foram encontradas
tabuinhas dispondo de
práticas administrativas,
jurídicas e econômicas.
ca. 2112–2046 a.C. - MESOPOTÂMIA (ISIM)
CÓDIGO DE LIPITE-ISTAR

O Código de Lipite-Isthar é um código legal compilado nos


tempos do rei sumério de Isim, Lipit-Ishtar (ca. 2112 –
2046 a. C.).

Foi promulgado quando Isim ainda era a potência


hegemónica da Baixa Mesopotâmia, e está escrito em
sumério.

Consta de uns 50 artigos que tratam sobre propriedade,


aluguer, tratos com escravos, relações familiares, herança,
difamação, cuidado e trabalho das terras agrícolas e danos
causados por animais.
ca. 2112–2046 a.C. - MESOPOTÂMIA (ISIM)
CÓDIGO DE LIPITE-ISTAR

No prólogo, o rei diz cumprir a vontade dos deuses ao


redigir o código; é a primeira vez que isto sucede num
código, generalizando-se a partir do presente.

No epílogo o rei diz ter sabido cumprir com o encargo divino


de aplicar a justiça e o bem-estar em todo o país.

No dito epílogo exorta-se a futuros legisladores a manterem


vigente o código, augurando parabéns se assim fosse, e
maldições se não.

Um epílogo similar pode encontrar-se no código de


Hammurabi.
ca. 2112–2046 a.C. - MESOPOTÂMIA (ISIM)
CÓDIGO DE LIPITE-ISTAR

Como pagamento por alguns


crimes impõe-se uma sanção
econômica, tal como registrado
no código de Ur-Nammu, e
coisa que não acontece no
código de Hammurabi.

Outros estão castigados com


outro tipo de penas, e inclusive
a morte.
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI

Usada por cerca de 3.000 anos, o mesmo tempo que


nosso alfabeto é conhecido, a escrita mesopotâmica
foi usada para registar contratos jurídicos, inscrições
dirigidas aos deuses e narrativas.
Um dos primeiros grandes códigos jurídico foi escrito
com caracteres cuneiformes: o Código de Hamurabi.
É um código de leis criado aproximadamente em
1.700 a.C.
Código de leis criado para padronizar as ações
do rei Hamurabi, estipulando direitos e deveres
para a população e facilitando sua administração
(PRAVALER, 2020, [p. 1]).
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI

De acordo com Lima, Sant’Ana e Machado (2014) o


Código de Hamurabi é um monumento em forma de
cone, talhado em rocha de diorito, uma pedra negra de
2,25 m de altura, 1,60 m de circunferência na parte
superior e 1,90 m de base.

A superfície está coberta por um denso texto que se


dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acadiana.

No alto do monumento, a escultura representa Hamurabi


recebendo de Shamash (deus dos oráculos) as leis da
igualdade da justiça (PRAVALER, 2020).

O monólito foi encontrado no ano 1901 pela expedição


de Jacques de Morgan, na região de Susa, atual Irã.
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI

O princípio jurídico estabelecido por Hamurabi se


constituiu em um dos legados culturais que os
mesopotâmicos deixaram para a humanidade.

Mesmo com o fim do Império Babilônico, percebe-se


diversas civilizações se inspiraram nesse importante
legado jurídico para organizar seu próprio conjunto de
leis.

Este código sobreviveu até os dias de hoje em cópias


parcialmente preservadas.
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI

Segundo a equipe do Pravaler (2020, [p. 1])

para conseguir estabelecer o código, o rei


babilônico providenciou diversas cópias e
as enviou para todo império e influenciou
diversas sociedades na antiguidade e em
outras épocas.

O objetivo deste código era homogeneizar o reino


juridicamente e garantir uma cultura comum.
1700 a.C. - MESOPOTÂMIA
CÓDIGO DE HAMURABI
1027-221 a.C. - CHINA (DINASTIA ZHOU)
CÓDIGO KANG GAO
1027-221 a.C. - CHINA (DINASTIA ZHOU)
CÓDIGO KANG GAO

De volta à China, a Dinastia Zhou foi a mais longeva da


história daquele país. Tratava-se do início do período feudal
chinês, caracterizado pelo sistema “Fengjian”, com várias
cidades-estados tornando-se subordinadas ao poder
central.

O modelo perdurou, no entender de alguns, até o início do


século XX, com o fim da Dinastia Qing.

A famosa, preparada e eficiente estrutura burocrática do


Estado, caracterizada pelo mandarinato, começou a se
formar nesse período, tendo atingido seu auge durante a
posterior Dinastia Ming.
1027-221 a.C. - CHINA (DINASTIA ZHOU)
CÓDIGO KANG GAO

Havia uma forte carga de meritocracia e seleções


consideradas dificílimas e de alto padrão para o acesso aos
cargos do serviço público.

Na Dinastia Zhou, durante a qual viveram os pensadores


Confúcio (551-479 a.C.) e Lao Tse (604-531 a.C.), foi
elaborado o mais antigo documento legal chinês que
sobreviveu à passagem do tempo: o código Kang Gao
(séc. XI a.C.).

A noção de graus de culpabilidade aparece claramente na


lei, com a previsão de que mesmo os crimes mais simples
mereciam punição se fossem realizados intencionalmente e
de que mesmo os crimes mais graves mereciam punição
mais leve, caso praticados involuntariamente.
1027-221 a.C. - CHINA (DINASTIA ZHOU)
CÓDIGO KANG GAO

O sentimento do agente durante o ato tinha grande


importância e os juízes deveriam decidir isso no caso
concreto.

A regra da analogia, também, poderia ser utilizada para


preencher os vazios da lei diante dos fatos.

A importância da publicidade das leis foi registrada, assim


como previsões de como operacionalizar essa propaganda
legal.
1027-221 a.C. - CHINA (DINASTIA ZHOU)
CÓDIGO KANG GAO

Registre-se que, no transcorrer desse longo período,


aconteceram debates acalorados acerca da melhor maneira
de se aplicar as leis, segundo critérios jurisprudenciais e
consuetudinários (common law, lei comum) ou segundo
critérios mais estritamente legalistas (written law, lei
escrita).

Houve, assim, um grau considerável de sofisticação jurídica


no transcorrer desse período.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Segundo Salgado (2012) a história do Direito grego antigo


deve levar em consideração a variedade da Grécia, com
suas diferentes polis e também um tempo histórico bem
grande, que vai do século XX a.C. ao IV a.C.

Os historiadores do direito grego costumam adotar uma


divisão temporal visando classificar o tipo de direito a que
eles se referem e para isso adotam marcos históricos.

Assim, são possíveis diferentes classificações temporais da


história grega, que servem também para delimitar o tipo de
direito produzido.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Para Salgado (2012) é possível encontrar uma divisão do


direito utilizando as seguintes classificações segundo
períodos:

a) pré-homérico/micênico (XX-XIII a.c.), homérico (XII-IX a.c.),


arcaico (VIII-VII a.c.), clássico (VI-IV a.c.);

b) jônico-dórico, ático, alexandrino e romano-cristão;

c) arcaico, clássico, helenístico e romano.

Devido a esses fatores, alguns historiadores do direito


chegam a colocar em dúvida a possibilidade de se criar uma
história do direito grego antigo, uma vez que se discute
a unidade desse direito.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Ao se elaborar uma história do direito grego antigo é


preciso que o historiador atente para cada época da
sociedade à qual se refere, uma vez que o direito de cada
uma delas é muito diferente.
Quanto à variedade das cidades gregas também existe uma
imensa diferença e isso acarreta em uma diferença no
direito. Gilissen (2001) é um dos historiadores que
destacam essa diferença.
Não há propriamente que falar de direito grego, mas
de uma multidão de direitos gregos, porque, com
exceção do curto período de Alexandre o Grande,
não houve nunca unidade política e jurídica na Grécia
Antiga. Cada cidade tinha o seu próprio direito, tanto
público como privado, e tendo caracteres específicos e
evolução própria [...] (Gilissen, 2001, p. 75).
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Gilissen continua ressaltando que:


[...] Nunca houve leis aplicáveis a todos os gregos; no
máximo, alguns costumes em comuns. Na realidade,
conhece-se mal a evolução do direito da maior
parte das cidades; apenas Atenas deixou traços
suficientes para permitir conhecer os estágios
sucessivos da evolução do seu direito (Gilissen, 2001,
p. 75).
Para Salgado (0000) são inúmeros os tipos de fontes que
podem ser utilizados para a construção de uma história do
direito grego antigo e essas fontes vão além de materiais
que tem ligação direta com o direito, como as legislações e
discursos judiciários.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Os historiadores do direito passaram a negar o direito grego


porque não acharam as fontes escritas.
O sistema jurídico na Grécia antiga é uma das
principais fontes históricas dos direitos da Europa
Ocidental. Os gregos não foram, no entanto, grandes
juristas; não souberam construir uma ciência do
direito, nem sequer descrever de uma maneira
sistemática as instituições de direito privado; neste
domínio, continuaram sobretudo as tradições dos
direitos cuneiformes e transmitiram-nas aos romanos
(Gilissen, 2001, p. 73).
O direito grego privado deixou poucos traços no nosso
direito moderno, e estes por intermédio dos romanos.
Os gregos mal souberam exprimir as regras jurídicas
em fórmulas abstratas, há poucas leis, poucas obras
jurídicas (Gilissen, 2001, p. 78).
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Quanto ao Lex Rhodia...


A ilha de Rhodes, ao sul da atual Grécia, era um
Estado independente e dona de um robusto sistema
de transporte e de comércio marítimos.
Seu povo desenvolveu um conjunto de leis para
disciplinar as disputas ligadas a essa atividade, sendo
considerado o primeiro Código Marítimo da
humanidade.
Não foi encontrada uma cópia escrita da lei, mas
sabe-se que foi utilizada até a época do apogeu do
Império Romano, sendo referenciada e citada em
inúmeros documentos legais desse período.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA

Algumas previsões do Direito Marítimo atual são


baseadas em disposições da Lex Rhodia, como a
compensação parcial do dono da carga marítima, na
hipótese desta ser descartada no mar para salvar a
embarcação e seus ocupantes, em caso de
adversidades.
800 A.C. - GRÉCIA (RHODES)
LEX RHODIA
Considerações gerais
Uib Societas Ibi Jus

O termo ”uib societas ibi jus” significa “onde há sociedade,


há direito”, e é uma expressão que destaca a relação
intrínseca entre a organização social e a criação de normas
jurídicas.
A pré-história do direito e o direito primitivo ou arcaico são
importantes para entender essa relação, pois eles representam
as primeiras formas de organização social e jurídica que
surgiram na história da humanidade.
Nesses períodos, as normas jurídicas eram criadas de acordo
com as necessidades e costumes das sociedades, servindo
como um mecanismo de proteção e garantia da ordem social.
Embora o direito primitivo ou arcaico possua características
diferentes do direito moderno, ele foi fundamental para o
desenvolvimento do direito como um todo, pois estabeleceu as
primeiras formas de organização social e jurídica que serviram
de base para o desenvolvimento dos sistemas jurídicos que
conhecemos hoje em dia. Fonte: Casagrande (2023b, p. 2)
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