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HISTÓRIA DO DIREITO. Aula 2.

PROFESSORA Jerusa de Arruda


INTRODUÇÃO

História nada mais é que a essência da evolução


do ser humano ao longo dos anos. Quando
falamos em História, logo lembramos algo
referente ao passado. Por isso, veremos como o
Direito passou a evoluir desde os tempos
primitivos. Como vivia a humanidade naquela
época e como as suas regras eram aplicada
apesar da inexistência da escrita.
“Povos sem escrita ou ágrafos (a = negação + grafos = escrita) não
têm um tempo determinado. Podem ser os homens da caverna de 3.000
a.C. ou os índios brasileiros até a chegada de Cabral, ou até mesmo as
tribos da floresta Amazônica que ainda hoje não entraram em contato
com o homem branco” (Flavia de Lima Castro).
Antes da escrita, as regras acompanhavam as lendas e tradições orais.
Cada comunidade detinha seus proprios costumes e seu Direito, todo ele impregnado
de religiosidade. Religião e Direito nos povos primitivos comunicavam-
se e confundiam-se, mas não ha como se conhecer essas estruturas em
maior profundidade.

Note-se que a escrita não surge na mesma época para todos os povos,
lembrando-se que ate hoje ha povos primitivos que não conhecem a escrita.
Os direitos desses povos são numerosos, diversificados e sempre impregnados
de religiosidade. Nessas sociedades primitivas não ha uma distinção clara entre
o religioso e o jurídico, o que acontece em todo berço de civilização. A
fonte do direito dos povos sem escrita e quase exclusivamente o costume,
embora existissem outras manifestações, como os precedentes, o ato de autoridade
do chefe e os provérbios e lendas.
▪ O Direito nas sociedades primitivas, também conhecido por direito
arcaico, não era legislado da forma como conhecemos nos dias de
hoje. As regras eram mantidas e conservadas pela tradição da
população.
A sociedade pré-histórica fundamenta-se no princípio do parentesco, assim, considera-
se que a base geradora do jurídico encontra-se nos laços de consangüinidade, no
convívio social, unidos por crenças e tradições.

Início: nascem nos antigos princípios que constituíram a família, derivando de crenças
religiosas admitidas na Idade Primitiva destes povos, exercendo domínio sobre as
inteligências e as vontades (Fustel de Coulanges).

Por se tratar de sociedades sem escrita, predomina a oralidade. O caráter religioso do


direito arcaico, imbuído de sanções rigorosas e repressoras, permitia que os
sacerdotes-legisladores acabassem por serem intérpretes e executores da lei. À
manifestação mais antiga do direito, as sanções legais, estão associadas as sanções
rituais.
Concluindo.

UBI SOCIETAS, IBI JUS, OU SEJA "ONDE HÁ SOCIEDADE, HÁ DIREITO".

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