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SANDOVAL VATRI – RA 8174449

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA


PORTUGUESA E MATEMÁTIVA

Orientadora: Profa. Me. Alessandra Corrêa Farago

ANÁPOLIS-GOIÁS
2022
1) Introdução:
Neste ciclo, conheceremos os elementos necessários para a organização e
planejamento do trabalho pedagógico de alfabetização, tais como: o mapeamento e
o acompanhamento dos alunos no processo de apropriação do SEA; a formação dos
agrupamentos produtivos de alunos na sala de aula de alfabetização; o
planejamento da rotina de alfabetização e letramento.

E, por fim, discutiremos o conceito de consciência fonológica, assim como os


princípios básicos linguísticos relacionados aos mecanismos de consciência
fonológica na etapa de apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA).
Trabalharemos, também, com a compreensão das habilidades fonológicas,
essenciais para a criança avançar em suas hipóteses sobre o sistema alfabético e a
relevância da reflexão metalinguística para potencializar esse processo.

A fim de discutir o processo de apropriação do Sistema de Escrita Alfabética


(SEA), seria interessante você assistir, a seguir, aos vídeos do CEELUFPE - Centro
de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) da Universidade Federal

de Pernambuco (UFPE):

Alfabetização - apropriação do sistema alfabético - Parte 1

Alfabetização - apropriação do sistema alfabético - Parte 2

Alfabetização - apropriação do sistema alfabético - Parte 3

A presente pesquisa terá como fundamentação teórica a literatura estudada no


1º e 2º ciclo que trata sobre a formação continuada que considera os contextos
escolares como espaço de aprendizagem docente, desenvolvimento profissional,
saberes da docência, situações de formação do professor, profissionalização
docente, professor reflexivo e aprendizagem da docência.

Precisamos compreender que o processo de apropriação do sistema de escrita,


se constitui por meio de dois mecanismos: um voltado para o uso social e a outro
voltado para o desenvolvimento das habilidades linguísticas necessárias para
aprender a ler e a escrever.

Dessa forma, na obra Consciência fonológica na Educação Infantil e no ciclo de


alfabetização de Artur Gomes de Morais, nos faz analisar o desenvolvimento das
habilidades e dos níveis de consciência fonológica das crianças que estão em etapa
de alfabetização.
2) Objetivos:
 Compreender como a fundamentação teórica dos estudos realizados podem
sustentar o trabalho pedagógico da prática alfabetizadora;
 Analisar amostras de escritas infantis com base na Psicogênese da Língua escrita;
 Descrever e caracterizar as hipóteses de escritas das amostras apresentadas na
atividade;
 Compreender como a criança constrói seu percurso de interpretação da escrita,
por meio dos níveis conceituais linguísticos, propostos pelo referencial teórico da
Psicogênese da Língua Escrita de Ferreiro e Teberosky.

3) Apresentação dos itens e discriminação do que será tratado em cada um:

O presente relatório foi estruturado em duas seções, a saber:


1ª ETAPA: Você deverá assistir aos vídeos indicados a seguir e elaborar um texto a
respeito das principais observações e análises apresentadas em cada um deles e de
acordo com os estudos realizados até aqui:

Alfaletrar- Fases icônica, garatuja e pré-silábica


https://www.youtube.com/watch?v=a6vh8gxjY8E&list=PLfarCWFbZ2YbEypoe3g4NT
yy8zfIghulw&index=5
Alfaletrar- Fase silábica sem/com valor sonoro
https://www.youtube.com/watch?v=fjRIi0U13Bg&list=PLfarCWFbZ2YbEypoe3g4NTy
y8zfIghulw&index=6
Alfaletrar- Fases silábico-alfabética e alfabética
https://www.youtube.com/watch?v=3I37X9PhqSo&list=PLfarCWFbZ2YbEypoe3g4N
Tyy8zfIghulw&index=7

2ª ETAPA: Você deverá analisar as 10 amostras de escritas infantis apresentadas a


seguir, CLASSIFICAR E CARACTERIZAR tais amostras em:
• Icônica e Garatujas; ou
• Pré-silábico; ou
• Silábico (sem e com valor sonoro); ou
• Silábico-alfabético; ou
• Alfabético.
Lembrando que a análise destas escritas parte do referencial teórico: “Psicogênese
da Língua Escrita”. Esse referencial foi apresentado nas leituras de estudos,
sugeridas nos ciclos 1 e 2, especialmente, o texto:
- COUTINHO, Marília de Lucena. Psicogênese da língua escrita: O que é? Como
intervir em cada uma das hipóteses? Uma conversa entre professores. IN: MORAIS,
Artur Gomes de, ALBU-QUERQUE, Eliana Borges Correia de e LEAL, Telma Ferraz
(orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005, p. 47-69.
Escrita 1 – Antônio

Escrita 2 – Odirley

Escrita 3 – Fernando

Escrita 4 – Pedro

Escrita 5 – Daiana

Escrita 6 – Talita

Escrita 7 – Cleonilda

Escrita 8 – Taís

Escrita 9 – Ricardo

Escrita 10 – Fábio

DESENVOLVIMENTO

1ª etapa da prática pedagógica

A Psicogênese da Língua Escrita não é um método e sim um estudo (teoria)


sobre a origem e o desenvolvimento dos processos mentais ou psicológicos. Mesmo
antes de entrar para a escola, a criança já inicia o aprendizado da escrita quando
participa de contextos sociais onde o código se apresenta. De acordo com isso tive a
certeza que a maior constatação de Emília Ferreiro de que o sujeito está em
constante movimento de aprendizado e é capaz de organizar e reorganizar seus
esquemas assimiladores é verdadeira. A construção da escrita acontece em uma
ordem sistematizada e posteriormente, codificação da língua materna. Avaliar como
a criança pensa sobre a escrita e suas hipóteses é o ponto de partida para o
trabalho de um alfabetizador.

Para compreendermos melhor podemos contar com a Teoria da Psicogênese da


Língua Escrita, de Magda Soares com o seu projeto Alfaletrar que nos deixa claro
que:
 Alfabetização e Letramento - Explica a importância de desenvolver a
consciência para o som das sílabas e da correspondência entre som e letra e
como fazer isso com as crianças? Podemos ver que existem métodos que
citarei alguns logo abaixo.

 Psicogenético, conhecimento das letras e consciência fonológica que explica


como as crianças compreendem o que a escrita representa ao mesmo tempo
em que descobrem as letras e o que elas representam e adquirem a
consciência fonológica. Também revela como são preciosas as intervenções
dos professores para ajudar a turma avançar.

 Psicogênese da Língua Escrita - Explica o percurso das crianças no que diz


respeito à escrita, avançando no conhecimento das letras até conquistar o
jeito convencional de escrever e as intervenções que contribuem com o
processo.

 Desenvolvimento Psicogenético - fases silábico alfabética e alfabética -


Explica como os alunos progridem no processo de escrita, compreendendo
que falar os sons das sílabas ajuda a descobrir quais letras usar para
escrever.

 Consciência Fonológica - Fase pré-fonológica - Os alunos na fase


préfonológica (que inclui as fases icônica, garatuja e pré-silábica) trabalham
com rimas para notar os sons das palavras e quantas sílabas elas têm,
adquirindo a consciência silábica.

 Consciência Fonológica - Fase fonológica - Explica como os alunos adquirem


a consciência fonológica e superam a confusão entre P e B, e V e F, dentre
outras letras, porque ganham, com o decorrer das intervenções docentes, a
consciência fonêmica.

“Para que os alunos avancem em suas hipóteses, é necessário que o professor


compreenda o processo e como agir e atuar a partir disso. A Psicogênese trouxe
uma enorme colaboração, esclarecendo como as crianças vão construindo o
conceito da Língua Escrita através de etapas/fases”

“É preciso associar a Psicogênese à Psicologia Sócio-Cultural de Vygotsky, que


traz sobre tudo, o conceito de trabalhar na Zona de Desenvolvimento Proximal. Não
podemos deixar as crianças enfrentarem esse processo sem a nossa ajuda.
Precisamos entender a etapa em que ela se encontra e como podemos auxiliá-la a
passar para a próxima.”
2ª etapa da prática pedagógica

Após os estudos das leituras indicadas, analise (classificando e descrevendo as


características das hipóteses de escrita das crianças apresentadas a seguir):

1- Antônio- O nível silábico - alfabético, onde podemos analisar uma certa


preocupação em relação a fonemas e grafemas. Ele ainda se confunde no
som de determinadas letras, as vezes escreve atribuindo a cada sílaba uma
letra, representando as unidades sonoras menores e os fonemas.

2- Odirley- A amostra se refere ao nível pré-silábico tem traços típicos, como


linhas e formas semelhantes em letra cursiva, ele não faz correspondência
entre escrita e somente o aluno pode dizer o que escreveu.

3- Fernando- O aluno usa letras que correspondem a sons contidos nas


sílabas orais, entrando na fase silábica de hipótese qualitativa.

4- Pedro- O aluno já é capaz de fazer todas as relações entre grafemas e


fonemas, embora possua problemas de transcrição de fala, cometa erros
ortográficos e com a tendência de escrever exatamente como se pronuncia.
Sendo classificado como nível alfabético.

5- Daiana- Se refere a hipótese pré-sílabica. Não faz correspondência entre


escrita, pauta sonora e nem na quantidade. Pois o número de letras não
equivale ao número de sílabas e nem de fonemas, nem na qualidade,
sendo que as letras não correspondem aos fonemas que precisam ser
representados.

6- Talita- A aluna está na hipótese silábica e podemos ver a escrita dela tem
caráter quantitativo, onde cada letra conta com uma sílaba falada, mas o
que escreve não corresponde com o som da sílaba.

7- Cleonilda- Faz referência a hipótese silábica onde cada letra representa


uma emissão sonora. A vogal O representa o TO em gato, LO para cavalo
O e TA representa borboleta BO representa boi.

8- Taís- Escreve de forma quantitativa sem valor sonoro onde o que está
escrito não corresponde com o som da sílaba. Notamos que ela sabe
quantas sílabas tem a palavra, mas a sua escrita não corresponde com o
som da sílaba que ela escreveu.

9- Ricardo- Escreve de forma silábica quantitativa com valor sonoro, cada letra
corresponde a uma sílaba falada e o que escreve tem valor sonoro da
sílaba correspondente e faz combinações de vogais.
10- Fábio- Não estabelece vínculo entre escrita e a fala, usa letras do seu nome
de forma aleatória para escrever as outras palavras. Esta hipótese faz
referência a hipótese pré-silábica.

CONSIDERAÇÕES

Nestes ciclos, discutimos a respeito da organização e planejamento do


trabalho pedagógico de alfabetização, conhecendo diferentes instrumentos e
ferramentas necessárias para garantir a eficiência no processo de apropriação do
sistema de escrita alfabética, pelas crianças e adultos (não alfabetizados). Espero
que os conteúdos trabalhados ao longo destes dois temas, tenham contribuído na
reflexão da prática e do saber docente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPOVILLA, Alexandra Gotuzo; CAPOVILLA, Fernando César. Problemas de leitura e escrita:


como identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica. São Paulo: Memnon Edições
Científicas, 2000.

SOARES, Magda. As muitas facetas da alfabetização. Caderno de Pesquisa. São Paulo: 1985 11

_______._______. A reinvenção da alfabetização. Revista Presença Pedagógica, 2003.

_______._______. Letramento e alfabetização: muitas facetas. Trabalho apresentado no GT


Alfabetização, Leitura e Escrita, durante a 26.ª Reunião Anual da ANPED, 2003.

NOVA ESCOLA. Emília Ferreiro outubro de 2006. 16 nov. 2009. Disponível em:
<https://goo.gl/6xhp1n>. Acesso em: 16 out. 2022. PICOLLI, L.; CAMINI, P. Práticas pedagógicas em
alfabetização: espaço, tempo e corporeidade. Porto Alegre: Edelbra, 2013. PLATAFORMA
LETRAMENTO. Cenpec. Disponível em: <https://goo.gl/zmf83r>. Acesso em: 16 out. 2022. ROCHA,
R.; ROTH, O. O homem e a comunicação: o livro da escrita. 6. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1992.
SOARES, M. Glossário Ceale. Alfabetização. Disponível em: <https://goo.gl/2cs3vp>. Acesso em: 16
out. 2022. Íntegra da entrevista com Magda Soares. Alfabetização e Letramento. 27 jul. 2016.
Disponível em: <https://goo.gl/jha6kk>. Acesso em: 16 out. 2022. TEBEROSKY, A.; OLIVÉ, C. M. El
Nombre de las Letras. Lectura y Vida, Barcelona, n. 3, p. 6-14, 2003.

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