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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

DGPED2102BTTA2I

Christian Guglielmetti Henrique – R.A 8150199

Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua


Portuguesa e Matemática

Atividade referente à disciplina Fundamentos e


Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e
Matemática sob orientação do professor/ Tutor
a distância: Alessandra Correa Farago.

BATATAIS

2021
INTRODUÇÃO
No presente relatório será apresentado uma sondagem diagnóstica realizada com uma criança de 7 anos e 6
meses no qual tenho por objetivo identificar a hipótese de escrita que ela se encontra.
APRESENTAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: QUAIS OS AUTORES QUE FORAM
ESTUDADOS NOS CICLOS 1, 2 E 3.
Para tal trabalho foi necessário o estudo de textos, vídeos que foram oferecidos nos Ciclos 1, 2 e 3 de
Aprendizagem que trata sobre a formação continuada que considera os contextos escolares como espaço de
aprendizagem docente, desenvolvimento profissional, saberes da docência, situações de formação do
professor, profissionalização docente, professor reflexivo e aprendizagem da docência : (SCHÖN, 1987,
1995; ZEICHNER, 1993, 1996, 2003; CONTRERAS, 2002; NÓVOA, 1992; 1995; BARROSO, 1997;
PÉREZ GÓMEZ, 1992; ALARCÃO, 1996; MIZUKAMI, 2002; TARDIF, 1991, 2000, 2002).Cabe também
citar os autores: FERRARI, M.2008;FERREIRO, Emília; PIAGET, Jean W.F.1896; ARAGUAIA,
2021;TEBEROSKY, Ana; COUTINHO, 2006;MORAIS, Artur Gomes – através dos quais foi possível, em
síntese, abordar as concepções da Psicogênese, Consciência Fonológica, Ciclos e Métodos de Alfabetização
e a construção de Instrumentos de Diagnóstico e ABREU, A. R. O que propor na sala de aula. IN: ABREU,
A. R. Alfabetização: livro do professor Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000, p. 59-118.

OBJETIVOS
Realizar uma sondagem diagnóstica com uma criança em idade de alfabetização
Desenvolver uma postura crítica, analítica, investigativa e reflexiva da prática alfabetizadora
Elaborar uma sequência didática

DESENVOLVIMENTO
Para nossos estudos, nos foram disponibilizados, além do referencial teórico, 6 vídeos, que nos mostraram as
fases do processo de Psicogênese com exemplos práticos observados e vivenciados por alunos do Ensino
Fundamental I e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), os quais estavam em processo de alfabetização.
Podemos observar que as crianças passam por fases bem definidas no processo de aprendizagem, porém
nem todas passam por todas as fases de maneira uniforme. O processo é dinâmico e ocorrem diversos saltos,
uns mais rápidos que outros.
As fases estudadas foram: Icônica e Garatujas; Pré-silábico; Silábico (sem e com valor sonoro); Silábico-
alfabético e Alfabético.
Na fase Icônica – para a criança, escrever é desenhar e ainda não sabe que o que se representa são os sons
das palavras e não as coisas sobre as quais falamos (aquilo que a palavra se refere).Quando é pedido para
que ela escreva algo ela desenha “o algo”, representa a escrita por um desenho, ícone.
Garatuja – escrever é imitar como as pessoas escrevem, com “linhas”, é uma fase um pouco mais avançada.
Como se a criança descobrisse que o que escrevemos não são desenhos, por isso “imitam” letras com riscos.
Aqui ela ainda não percebe que a palavra é som.
O grande salto na alfabetização é quando a criança descobre que a palavra é som e não objeto. Para que esse
salto ocorra são necessárias atividades que levem a criança a prestar atenção no som das palavras. Trabalhar
com a consciência fonológica é fundamental para que ela desenvolva a consciência silábica e passe das fases
Icônicas – Garatuja para as letras – Pré-Silábica.
No momento que a criança percebe que as pessoas escrevem com letras, elas escrevem quaisquer letras para
quaisquer palavras. Qualquer letra que ela coloque serve para se escrever o que deseja. A intervenção do
professor para ajudar a criança a perceber que as letras representam os sons das palavras é fundamental.
Quando a criança percebe que as palavras podem ser escritas em pedacinhos(sílabas), que se usam letras
para escrevê-las e de que forma as letras se relacionam com os sons, quando ela escreve uma letra para cada
sílaba , independentemente da letra que escreve , a criança se encontra na fase Silábica sem valor sonoro.
O processo de alfabetização é um processo dinâmico, as crianças dão saltos, o que exige do educador muita
atenção e sensibilidade para perceber dois momentos críticos desse processo:
O primeiro momento é fazer a criança perceber que escrevemos o som e o segundo é quando ela escreve o
som e que a cadeia sonora pode ser segmentada (percebe os pedacinhos das palavras, as sílabas). Quando ela
começa a perceber essa segmentação ela já usa tantas letras quantas as sílabas que a palavra tem (uma letra
para cada sílaba) mas não fonetizado, sem relação ao som da palavra.
O objetivo nessa fase é ajudar a criança a identificar uma letra que represente um dos sons da sílaba –
auxiliar a criança a avançar para a fase silábica com valor sonoro que é quando a criança começa aperceber
que tem mais sons nas sílabas do que ela estava pensando. Para que ela possa representar a letra ela precisa
saber a forma que ela tem e o som que a representa.
É fundamental que a criança se escute falando o som das sílabas. Ter a consciência do som precede a sua
representação de escrita.
A mudança das fases com valor sonoro para a silábico-alfabética e alfabética é muito rápida. Ainda que a
criança se confunda com algumas letras pois ela ainda não é ortográfica, faltam-lhe apenas algumas questões
de nossa ortografia para que o processo se finalize, não se pode deixar de lado a importância de incentivar o
hábito de ler o que se escreve – consciência sonora – fundamental para que ocorra o aprendizado efetivo.

SONDAGEM
Sondagem diagnóstica realizada com aluna Poliana, a aluna apresenta escrita silábico-alfabética, ou seja,
neste nível, a aluna já tem suas hipóteses muito próximas da escrita alfabética, uma vez que eles já
conseguem fazer a relação entre grafemas e fonemas na maioria das palavras que escrevem, embora ainda
oscilem entre grafar as unidades menores que a sílaba.

PLANO DE AULA
1. Título da aula: Identificando antônimos
2. Tempo necessário 4 aulas
3. Etapa de ensino e Ano: Ensino Fundamental (anos iniciais (  ) 1º ano (X ) ou 2º ano
4. Objetivos da aula: Identificar antônimos de palavras em um texto lido; espera-se que os estudantes
coletivamente percebam, na leitura e na análise de um texto, palavras em relação de antonímia,
classificando-as conforme o sentido expresso no texto.
5. Competências e Habilidades a serem desenvolvidas: (EF02LP10) Identificar sinônimos de palavras de
texto lido, determinando a diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras
encontradas em texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in-/im-.
6. Práticas de Linguagem/ Objetos do Conhecimento (Conteúdos):
Construção do sistema alfabético/ correspondência sinônimo/ antônimos.
7. Estratégia de Ensino: A estratégia de colocar os alunos no centro do processo de aprendizagem,
participando ativamente da construção do conhecimento, uma Metodologia Ativa
8. Detalhamento da Aula:
Previsão para aplicação: 4 aulas (50 minutos/aula)
1ª Etapa: Organizando um ambiente alfabetizador
Para iniciar as atividades, comece anotando na lousa a data, o dia da semana, o local, bem como dados
acerca da rotina do dia, tais como conteúdo que serão trabalhados, se haverá atividade em algum outro local
além da sala de aula. Lembre-se de organizar a aula como espaço alfabetizador, o que significa utilizar a
linguagem a partir das diversas funções a que ela serve e como é utilizada nas práticas sociais.
2) Confeccionar a folha com texto anexo A e a ficha de atividades anexo B uma para cada aluno.
3) Iniciar a aula mapeando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o que eles entendem por antônimos.
4) Apresentar o texto do anexo A e a ficha de atividades anexo B.
5) Leitura pontuada do texto, isto é, sigo a palavra com o dedo enquanto a pronuncio.
6) Em seguida eu circulo uma palavra do texto (Exemplo: Fininha) e peço que os alunos circulem com lápis
de cor a mesma palavra no texto de sua folha.
7) verifico se todos executaram corretamente a tarefa.
8) Peço para que eles procurem no texto uma palavra que é contrária a esta que foi circulada. Exemplo:
Gordinha.
9) Verifico se todos conseguiram achar e peço que circulem com lápis de cor.
10) Explico para os alunos que as palavras contrárias às outras são chamadas de “Antônimos”.
11) Peço que copiem na primeira coluna a primeira palavra circulada e logo em seguida procurem no texto a
palavra que tem o sentido contrário (antônimo) e a copiem ao lado.
13) Verifico se todos compreenderam e se fizeram a atividade corretamente.
14) Leio com eles as palavras anotadas na ficha de atividade anexo B.
15) Repito o procedimento para cada palavra escolhida.
16) Reforço o conceito para os alunos: “as palavras contrárias às outras são chamadas de Antônimos”.
Pergunto se todos entenderam e peço que repitam.
17) Escrevo no quadro o conceito de Antônimo e peço para que copiem no caderno para pesquisas futuras:
Segunda Atividade: Jogo “Mico de Antônimos”
1) Previamente confecciono as cartas do jogo do mico anexo C e D um conjunto para cada 2 alunos.
2) Início a aula relembrando o conteúdo anterior. Converso com os alunos explicando que uma frase
muda de sentido quando colocamos os antônimos das palavras.
3) Para fixa~
4) Ao da atividade proponho um jogo: Mico de antônimos.
5) Explico como será o jogo para os alunos. (aproveito para trabalhar com o texto instrucional, gênero
textual muito presente em nosso dia a dia, tanto na escola como em casa, por isso sua relevância para
o letramento do aluno).
6) Escrevo no quadro: Instruções do jogo: - Organizar a turma em pares de jogadores; - Distribuir as
cartas entre os jogadores; - Cada jogador forma o par utilizando duas cartas. Exemplo: Alegre/ triste
para antônimo; -Depois dos pares formados, as cartas restantes ficam na mão dos jogadores, estes
tem direito de comprar um do outro, na tentativa de formarem novos pares; - O mico é a única carta
que não terá par; - O jogo acaba quando todos os pares forem formados; - Vence o jogo quem formar
a maior quantidade de pares e não permanecer com o Mico.
7) Para iniciar o jogo a turma será dívida em pares.
8) Distribuição das cartas um conjunto para cada dois alunos.
9) Acompanho a atividade, verificando se estão fazendo corretamente, corrigindo procedimentos e
mantendo o foco nos objetivos pedagógicos.
10) Após os alunos jogarem. Passo como “Atividade de casa”: Procurar em revistas e jornais palavras e
seus antônimos, recortar e trazer para próxima aula para confeccionarmos um cartaz de antônimos.
9. Recursos/materiais: Texto anexo A; ficha de atividades anexo B; cartas do jogo do mico anexo C e D;
quadro; lápis de cor; cartolina; computador.
10. Avaliação
Avaliação: Formativa que me permitirá constatar se os objetivos propostos foram alcançados e me fornecerá
dados para aperfeiçoar o processo de aprendizagem. Instrumento Avaliativo: Ficha de atividade e
participação no jogo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse trabalho pude perceber com maior proximidade a complexidade do processo de alfabetização e o
quão é importante o estudo para que o professor, tendo uma boa base teórico-prática possa alfabetizar com
maior propriedade.
As crianças passam por fases bem definidas no processo de aprendizagem, porém nem todas passam por
todas as fases de maneira uniforme. É um processo dinâmico onde ocorrem saltos e as crianças estando
sempre em transição de fases exigem um profissional atento e sensível para perceber os momentos críticos
que ela passa, seja quando ela percebe que escrevemos o som ou ainda quando ela percebe a cadeia sonora e
percebe os pedaços da palavra, suas sílabas. O professor é que ajuda a criança a organizar seu pensamento
incentivando, sempre o hábito de ler , e ler o que ela escreve para que tenha consciência dos sons e assim
possa se apropriar do processo de leitura e se alfabetizar de maneira prazerosa e consciente.
Muita paciência, resiliência, atenção e sensibilidade, são características essenciais exigidas do profissional
que se dedica a alfabetizar.
ANEXOS
LINK VÍDEO REGÊNCIA: https://youtu.be/RT3_6MmMLPY

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- VAL, Maria da Graça Costa. O que é ser alfabetizado e letrado? In: CARVALHO, Maria Angélica Freire
de e MENDONÇA, Rosa Helena (orgs.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação,
2006. p-18-23. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf Acesso em: 10 OUT. 2021.
- ABREU, A. R. O que propor na sala de aula. IN: ABREU, A. R. Alfabetização: livro do professor Brasília:
FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000, páginas 59-118. https://docplayer.com.br/1827236-Livro-do-professor-
ministerio-da-educacao-fundescola-projeto-nordeste-secretaria-de-ensino-fundamental-brasilia-2000.html A
cesso em: 10 OUT. 2021.
- BRASIL, Língua Portuguesa. IN: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em:
06 de OUT. 2020, páginas 67-87.
- BRASIL, Língua Portuguesa. IN: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em:
06 de OUT. 2020, páginas 89-93.
BRASIL, Escrever para aprender. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA). MEC:
SEB, 2001, parte 1. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=v0rmYMNjUlA. Acesso em: 10
outubro. 2021.
BRASIL, Escrever para aprender. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA). MEC:
SEB, 2001, parte 2. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=1hdJJCZMD0g. Acesso em: 10
outubro. 2021.
Material Didático (MDO) da SAV : Ciclos 1 ,2 e 3

BRASIL, Escrever para aprender. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA). MEC:


SEB, 2001, parte 1. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=v0rmYMNjUlA. Acesso em: 10
outubro. 2021.
BRASIL, Escrever para aprender. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA). MEC:
SEB, 2001, parte 2. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=1hdJJCZMD0g. Acesso em: 10

outubro. 2021.

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