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ANA PAULA, menor impúbere, neste ato representada por sua representante
legal, RITA, estado civil ..., profissão ..., inscrita no CPF nº ..., endereço eletrônico ...,
com endereço na Rua ..., inconformada com a decisão que denegou tutela antecipada,
nos autos da AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM, proposta em face de PAULO,
estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF nº ..., endereço eletrônico ..., com endereço
na Rua ..., em trâmite perante a ... Vara Cível de Boa Vista, autos nº.: ..., vem
tempestivamente, por seu advogado, interpor
Trata-se de Ação de Alimentos proposta por Ana Paula, ora agravante, em face de
Paulo, ora agravado. O nome do agravado não consta na Certidão de Nascimento da
Agravante, porém, foi realizado em 2018, exame de DNA, de forma voluntária e
extrajudicial, o qual resultou na existência da paternidade de Paulo em relação a Ana
Paula.
Conforme consta na inicial, a agravante informou ao juízo que sua genitora se
encontrava desempregada e, quanto a seu pai, não exercia emprego formal, mas vivia de
“bicos” e serviços prestados de forma autônoma e informal, razão pela qual pediu a
fixação dos alimentos no valor de 30% do salário-mínimo, ocasião em que o juízo de 1º
grau indeferiu o pedido de tutela antecipada, rejeitando o pedido de fixação dos
alimentos provisórios.
Dentre os fundamentos da decisão do referido juízo, está o de inexistência de
verossimilhança da paternidade, vez que o nome de Paulo não consta na Certidão de
Nascimento, sendo o exame de DNA prova extrajudicial colhida sem o devido processo
legal; bem como a inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tem condições
de arcar com os alimentos pelo fato de não exercer emprego formal.
Isto posto, temos que a referida decisão se mostra manifestamente equivocada,
necessitando de reforma, motivo pelo qual se interpõe o presente recurso de Agravo de
Instrumento.
II. DO CABIMENTO
O caso exige a concessão de uma tutela de urgência no recurso para evitar danos
grave à parte.
O art. 1.019, I, do Código de Processo Civil autoriza o relator a conceder o efeito
suspensivo ou a tutela antecipada recursal. Por sua vez, o art. 995, parágrafo único,
afirma que o efeito poderá ser concedido quando houver perigo de dano e probabilidade
de provimento do recurso.
Como ficou demonstrado anteriormente, a Agravante, menor impúbere, tem
direito aos alimentos devidos pelo Agravado, sendo muito provável que o recurso seja
provido.
Por outro lado, caso não seja concedida a liminar, a Agravante sofrerá dano
grave, visto ser verba de caráter alimentar, bem como a situação de desemprego de sua
genitora, situação na qual não dispõe tempo hábil para aguardar o julgamento do mérito
recursal.
Portanto, presentes os requisitos que autorizam a concessão da tutela antecipada
recursal para o fim de deferir de imediato a tutela antecipada denegada na instância
inferior.