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EXCELENTÍSSIMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA

DE CANTO DISTANTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCESSO Nº X

LUIZ, já devidamente qualificado nos autos, através de seu advogado, mandato


incluso, nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO movida por RICARDO, também já
devidamente qualificado, inconformado com a sentença de primeira instância, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor:
 
RECURSO DE APELAÇÃO
 
Com base no artigo 1.009, do CPC/2015, conforme fatos e fundamentos a seguir.

Do mesmo modo, requer a intimação do recorrido para, caso queira, apresente contrarrazões
e, em seguida, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao EGRÉGIO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, para processamento e julgamento
deste recurso.

O recorrente informa que está sob o pálio da justiça gratuita, razão pela qual deixa de juntar o
comprovante de pagamento das custas recursais.

Nestes termos, pede deferimento.


Advogado, OAB
RAZÕES RECURSAIS

APELANTE: LUIZ
APELADO: RICARDO

PROCESSO DE ORIGEM: X

EGRÉGIO TRBUNAL
COLENDA CÂMARA

1 RESUMO DOS FATOS

Ricardo, ora apelado, contratou Luiz, ora apelante, para realizar viagem desta
Comarca para a capital do Estado, para que o apelante participasse de uma seleção musical.

Todavia, no dia da viagem o apelante decidiu não fazê-la e devolver o dinheiro para o
apelado, porque seu veículo não estava com manutenção em dia. Ricardo aceitou
espontaneamente o dinheiro e o contrato foi resolvido.

Passados alguns dias, Luiz foi surpreendido com a citação para apresentação de defesa
no processo de indenização movido pelo apelante.

Apesar de contestada validamente, a ação foi julgada procedente, razão pela qual
interpõe-se este recurso com intuito de reformar integralmente a sentença.

2 RAZÕES DA REFORMA

Apesar do artigo 475, do Código Civil dispor que, quando houver inadimplemento
contratual pode a parte prejudicada pedir a resolução do contrato e cobrar perdas e danos, essa
indenização requer que o prejuízo sofrido pelo credor seja efetivamente comprovado, não
basta apenas que haja a resolução do contrato. Ricardo, ora apelado, não comprovou
efetivamente seus prejuízos, sem contar que o contrato foi resolvido e o dinheiro foi
devolvido, não havendo que se falar em danos.

Outrossim, o apelado não fez nada para diminuir as consequências da resolução do


contrato, não procurou outro meio de locomoção para realizar sua viagem, ficando inerte.
Considerando que o dinheiro foi devolvido, Ricardo poderia ter pago outro meio de
locomoção, o que significa que contribuiu de forma culposa para o dano alegado, conforme
disposição do artigo 495, do CC/2002, o que deve ser considerado no quantum indenizatório,
devendo diminuir proporcionalmente o valor, caso seja reconhecido que o apelante deva
indenizar algum dano.

Ademais, para configuração do dano chamado de “perda de uma chance” é necessário


que haja alguma probabilidade real e convicta da conquista do benefício, no entanto isso não
acontece no caso em questão, uma vez que não se tem mínima certeza de que o apelado
conseguiria participar do concurso, pois haviam inúmeros candidatos, várias fases
eliminatórias, e não há nada que assegure que Ricardo passaria em todas.

3 PEDIDO

Ante o exposto, requer que o presente recurso seja CONHECIDO, e, quando julgado,
seja TOTALMENTE PROVIDO para reformar integralmente a sentença e julgar
improcedentes os pedidos inferidos na inicial.

Nestes termos, pede deferimento.

Canto Distante, Data

Advogado /OAB

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