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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE TERESINA/PI

Número do processo Nº XXXXX

ISABELLA , já qualificada nos autos em epígrafe, vêm, respeitosamente, apresentar por meio de sua
advogada sua CONTRARRAZÕES à Apelação interposta, nos termos da peça anexa.

Termos em que,

pede deferimento.

TERESINA/PIAUI 28 DE MARÇO DE 2023.

AMANDA

ADVOGADA

OAB XXX

CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO

APELADA: MUNICIPIO DE TERESINA/PI

RECORRENTE: ISABELLA

EGRÉGIO MINISTROS DO SUPREMO TRIBINAL DE JUSTIÇA

NOBRES JULGADORES

I. PRELIMINARMENTE

A sentença proferida pelo juízo a quo deve ser mantida, pois a materia foi examinada em sintonia
com as provas constantes dos autos e fundamentada com as normas legais aplicadas
Torna- se visível que o recurso interposto pela recorrida não passa de mera tentativa em protelar o
cumprimento da sentença da condenada imposta. Não havendo amparo legal às pretensões.
Portanto, não há o que se reformar.

II. DA TEMPESTIVIDADE

A decisão que determinou a apresentação das contrarrazões à apelação foi publicada em xx/xx/xxxx,
baseado no Código de Processo Civil que diz:

Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

§1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.

Assim sendo, tendo em vista que o prazo inicial para apresentação da presente peça processual se
deu em xx/xx/xxxx, temos certo de que o último dia do prazo para apresentação das presentes
contrarrazões à apelação será em xx/xx/xxxx. Portanto a apresentação da presente peça é
tempestiva.

III. DOS FATOS

A Autora é proprietária de grande imóvel urbano que herdou de seus pais, em janeiro de 2021 o
prefeito de Teresina sancionou uma lei municipal que aumentou a alíquota do Imposto de
Propriedade Territorial Urbana (IPTU) de 3% para 15% do valor venal do imóvel, surpreendida pela
despesa, a autora não conseguiu efetivar os pagamentos, tendo assim os impostos inscritos na
Dívida Ativa do município a qual foi citada para cobrança dos atrasados com multas e honorários
advocatícios.

IV. DO MÉRITO

Pois bem, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 150,27, §1º, após a Emenda Constitucional
n° 42/2004, estabeleceu uma exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal quanto à
majoração da base de cálculo do IPTU dando a certos impostos a não necessidade do cumprimento
deste princípio.

Dito isso, o Poder Público municipal poderá fixar um novo valor venal de um imóvel no final do ano e
já ser aplicado no dia 1º de janeiro do ano seguinte sem decorrer vício de anterioridade.

Para chegar ao valor venal do imóvel, devem ser analisadas as edificações realizadas no terreno, a
localização do imóvel (cidade, bairro e rua), características como idade, posicionamento do imóvel
na área, verifica-se também se a rua é asfaltada, se a utilização dele é residencial ou comercial e por
último o valor do metro quadrado da área.

Conforme a decisão já conhecida do nobre Juiz, o aumento acarreta perda integral do patrimônio
em pouco tempo, configurando assim natureza confiscatória, vedada na Carta Magna, que dispõe:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
(Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

Desta forma, não há o que se questionar perante este tribunal, é cabivel após tudo o que foi
mencionado e fundamentado em lei que deve ser mantida a decisão do julgados em favor do
apelante.

V. DO PEDIDO

Ante todo o exposto, pleiteia pelo não conhecimento ou provido recurso.

Que seja mantida a decisão da sentença

Termos em que,

pede deferimento

TERESINA/PIAUI, 28 DE MARÇO DE 2023

AMANDA

ADVOGADA

OAB XXX

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