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UNIVERSIDADE PAULISTA

HUGO CÉSAR EVANGELISTA

INCOTERMS
Legislação aduaneira e sua evolução

SANTOS
2022
Hugo César Evangelista

INCOTERMS
Legislação aduaneira e sua evolução

Trabalho de conclusão de curso para obtenção


do título de graduação em Direito
apresentando a Universidade Paulista - UNIP

Orientador (a): Prof° Me. Ana Paula Martin Martins

SANTOS
2022
INCOTERMS

Legislação aduaneira e sua evolução

Trabalho de conclusão de Curso para


obtenção do título de graduação em Direito
apresentando a Universidade Paulista -
UNIP

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

Profª Ana Paula Martin Martins


Universidade Paulista - UNIP

Profª Convidado
Universidade Paulista – UNIP
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por permitir e me conceder essa


conquista.
Em segundo, meus parentes e em especial a minha mãe, meu pai e a família que
construí, amigos e entes queridos que partiram ao longo do percurso desta minha
graduação, por acreditarem e terem interesse em minhas escolhas, apoiando-me
e esforçando-se junto a mim, para que eu suprisse todas elas de forma louvável.
A professora mestre Ana Paula Martin Martins cito meu reconhecido pela
dedicação em suas orientações prestadas na elaboração deste trabalho, me
incentivando e colaborando no desenvolvimento de minhas ideias.
E de uma forma especial para minha pessoa, por ter me esforçado
vigorosamente pelo sonho árduo na graduação em Direito, por ter me dedicado com
entusiasmo e pertinência sem hesitar em desistir, com muita honra entrego-lhe este
trabalho com a sensatez de que, ao longo do curso obtive conhecimentos que
levarei ao extenso caminho da vida e deixo registrado em apenas algumas linhas,
minha satisfação.
A importação de ouro e prata não é o
principal, muito menos o único benefício
que uma nação obtém de seu comércio
exterior.
Adam Smith.
RESUMO

O mercado internacional vem crescendo constantemente e trazendo mudanças


continuas. E com isso, surgiu diversos parâmetros para a concretização de normas
regidas pelo Decreto 6.759/2009 entre outras instruções normatizadas como a
ascendência do Operador Econômico Autorizado (OEA) perante a instrução RFB
nº598/2015. Neste âmbito, será abordado sobre a Legislação Aduaneira e sua
respectiva tratativa, como as classes que faz parte dos Incoterms e o circunspecto em
geral, também será disserto, os regulamentos que fazem parte do trajeto alfandegário,
todo o percurso de uma mercadoria desde a saída na localidade até o despache no
local supramencionado no contrato. E nesse intuito para facilitar e agir com eficácia
todo o tramite envolvido, as novas modernidades surgiram, trazendo novas
tecnologias e parametrizações, como o Siscomex. Mas, ainda não contente com os
resultados que poderiam ser mais ágeis, o Duimp começou a ser tratado com uma
grande importância na comercialização internacional.

Palavras-chaves: Incoterms; Legislação Aduaneira; Siscomex; Duimp


ABSTRACT

The international market has been growing constantly and bringing continuous
changes. And with that, several parameters emerged for the implementation of norms
governed by Decree 6,759/2009, among other normatized instructions such as the
ascendancy of the Authorized Economic Operator (OAS) before the RFB instruction nº
598/2015. In this context, it will be discussed about the Customs Legislation and its
respective treatment, such as the classes that are part of the Incoterms and the
circumspect in general, the regulations that are part of the customs route, the entire
route of a goods from the exit in the locality until dispatch at the place mentioned above
in the contract. And in order to facilitate and act effectively all the process involved,
new modernities emerged, bringing new technologies and parameterizations, such as
Siscomex. But, still not satisfied with the results that could be more agile, the Duimp
started to be treated with great importance in the international commercialization.

Keywords: Incoterms; Customs Legislation; Siscomex; Duimp


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
1. INCONTERMS E APLICABILIDADE ................................................................. 10
1.1 Tratativa geral do comercio .............................................................................. 10
1.2 Parametrização dos grupos ............................................................................. 11
1.3. Circunspecto internacional .............................................................................. 13
2. DESPACHANTE ADUANEIRO .......................................................................... 14
2.1. Pratica aduaneira ............................................................................................ 14
2.2 Regulamento Alfandegário ........................................................................... 20
2.3 SISCOMEX .................................................................................................. 23
3. DUIMP ................................................................................................................... 26
3.1 Operador Econômico Autorizado (OEA) .......................................................... 26
3.2 Declaração Simplificada de Importação (DSI) ................................................. 26
3.3 Funcionalidade DUIMP .................................................................................... 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 26
INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, a compra e venda de produtos vem se tornando com anseio
um pilar para a economia de cada país, pois os lucros são vantajosos, principalmente com
o insumo de matéria-prima, assim, gerando um equilíbrio financeiro para a ganância
particular de cada circunspecto presente na troca de mercadorias. E para que, essa troca
de produto seja ainda mais benéfica e consiga respeitar as diretrizes e a integridade das
relações, o Incoterms se torna primordialmente necessário para fazer jus as
responsabilidades e direitos de cada parte presente.
É de suma importância, frisar que nos dias de hoje o Incoterms é o principal
meio de negociação internacional de um produto excedente de outro país, dizendo-se então
que, cada território tem sua soberania - uma opção econômica – e vocação em sua
determinada produção.
Mediante o exposto, segundo o livro publicado pelo Embrapa, considera-se o
Brasil um país tropical e, sua propensão é o cultivo do café, soja e carne bovina. E a
tecnologia para a China e Estados Unidos, que tem a vocação na produção de meios
eletrônicos como os celulares e computadores, desta maneira, cada país tem seu meio
produtor e o que não for conveniente em confeccionar, será realizada a importação de
produtos de uma parte para outra.
Com isso, a legislação aduaneira é de extrema magnitude, pois a importação
e a exportação deve ser acompanhada com rigidez até que entre ou saia de um país,
colocando em prática normas e regulamentos na fiscalização de mercadorias e, para
aperfeiçoar a complexidade das relações comerciais, foi criado também os grupos, que será
abordado no primeiro conteúdo deste documento, que garante ao comprador e vendedor,
segurança. Nesse sentido, a simplificação e à disposição insigne nos contratos
internacionais provém dos termos que rege o Incoterms, consolidando os costumes
alfandegários.
Com o aumento gradativo dessa comercialização internacional, seja ela
marítimo, aéreo ou terrestre, a proporção de novas modalidades e tecnologia no ramo de
consumo e extração também vem crescendo com uma margem progressiva de
embasamento teóricos e práticos e que já está sendo usados, como o Siscomex e os que
ainda irão ser parametrizados, tal como o Duimp, estes termos serão abordados durante o
comprovativo vigente, deixando mais evidente as implementações que o Incoterms está
trazendo, beneficiando e deixando exposto as obrigações e responsabilidades.
Em função disto, também é hegemônico a participação de algumas
organizações políticas e declarações que comprovem a venda e compra, para que cada
território que contribui para esta transação de bens seja legitima de sua autoria ou melhor
averbando, seja aceita financeiramente, desta forma, também será abordado nos
dispositivos esgrimido nos trechos hodiernos presente.

1. INCONTERMS E APLICABILIDADE

1.1 Tratativa geral do comercio

Termos Internacionais de Comércio é a tradução de um linguajar de origem


inglesa International Commercial Terms, no qual são regras que regimentam o comércio
internacional de mercadorias, gerando um contrato de compra e venda designando
consecutivamente condutas a serem segmentadas entre o importador e o exportador como,
quem será o responsável em pagar o frete e seguro do produto, todos os riscos que podem
ser causados até a entrega no local determinado, definindo também a logística e o
gerenciamento do transporte, desde o disparate da mercadoria a recepção pelo país
importador.
Nesse sentido, os incoterms é a junção de diretrizes estandardizadas
globalmente, que por ventura faz parte do cotidiano despachante aduaneiro. Transcrevendo
de uma web site (FazComex, 2022), o primeiro incoterms a ser criado foi a FOB (Free On
Board) apesar de que, sua matriz sofreu alterações a mais de dois séculos, mas nos anos
de 1936, a Câmara Internacional do Comercio (CCCI) efetivou a criação desse conjunto de
obrigações e deveres, que desde então, sofre follow up contratuais com as evoluções dos
anos 1990, 2000 até a mais recente e utilizada de 2020.
Segundo o sitio eletrônico chamado Allog Group, os regulamentos devem ser
operados toda vez que houver transporte de carga entre os países, e, ainda citado pela
página, consegue vincular aproximadamente 120 países e com flexibilidade de 31 idiomas.
Após o contrato entre as partes, dispõe os níveis de responsabilidade do importador e
exportador, acarretando então, quem será o fiador de cada etapa ligada ao destino do
produto, porém, a regra de inconterms não é válida para outros agentes de comércio
exterior, como intermediários e transportadores.
Inconterms tem uma grande importância para que a comercialização seja feita
de uma maneira organizada, justamente proporcionando a facilidade do processo, em razão
de ser acordado por todos os países, para que não ocorra nenhuma divergência durante o
trajeto.
Paralelamente as condições são necessárias, já que as responsabilidades
das partes envolvem um cursor financeiro e diante dessa situação, se faz presente este
alinhamento na negociação dos itens.
Saliente-se ainda que, o incoterms propícia o entendimento do contrato por
códigos, no qual, cada um caracteriza um tipo de acordo diferente, sem carecer a tipificação
de cláusulas do contrato.

1.2 Parametrização dos grupos

Para ser dito sobre o entendimento dos códigos ou melhor afirmando, as


categorias que são conhecidas pela distinção das letras E, F, C e D, necessita ter a supra
compreensão dos termos - importadores e exportadores.
A exportação por sua vez, é a venda, envio ou distribuição de produtos,
recapitulando com exatidão, é os serviços de um país para outro. Em síntese, a saída de
uma mercadoria que será enviada a outra pátria. Geralmente quando uma empresa tem o
anseio de expandir seu negócio com finalidade de ampliar as vendas, opta por começar a
exportar seus itens, sendo assim, um meio negociável de crescimento econômico por
intermédio da diversificação da metrópole.
Em concordância com o Ministério das Relações Exteriores se classifica a
exportação com dois fatores.
Direta – O lucro é de quem produz, sendo assim, é faturado pelo próprio
fabricador com vínculo ao importador. Os procedimentos da exportação são de total
discernimento da empresa, tendo a plena ciência da documentação dos produtos, involucro
e operações bancárias.
Indireta – A venda não é feita pelo próprio produtor, desta forma, o comércio
externo ocorre por meio de terceiros, com isso, não tem nenhum envolvimento com os
cuidados do despacho para o país que receberá a encomenda.
Em contraposição, a importação é o ato de efetuar a compra ou receber os
produtos / serviços de outro país, no caso é a admissão de mercadorias e encargos ádvena
em território nacional. Comumente o país que importa geralmente tem uma pequena
produção de produtos e optam pela compra da matéria prima de terceiros, que normalmente
equilibra a situação financeira. No processo de importação é gerenciado por três fases.
Administrativa – Uma etapa muito importante, na qual sustenta a tese que,
precisa de uma licença para realizar a importação. Nesse sentido, é a anuência no processo
de adquirir certa mercadoria de um determinado país.

Cambial – Nessa etapa se realiza o pagamento ao exportador.


Fiscal – Liberação do produto pela alfândega, conhecido também como
despacho aduaneiro. Em que provém o recolhimento de tributos e a remoção da mercadoria
aduana.
Dessa maneira foi substancializada a finalidade de importação e exportação
e com isso a descodificação ou a exemplificação dos termos de parametrização dos grupos
será mais acessível a assimilação dos termos presentes.
Consequentemente então, os códigos são descritos com letras que
diferenciam cada tipo de acordo, ressaltando que a proposta deste meio é melhorar a
comunicação entre vendedor e comprador.
Então, pensando desta forma, a obra escrita pela empresa Allog (Allog, 2022,
V. 15, p. 2) transcreve todas as categorias do Incoterms, que por ventura são elas:
Categoria E (EX) – O EX Works conhecido também como EXM, remete-se a
partida, ou seja, a saída e a obrigação do importador com o produto, que será
responsabilizado pelo importe e riscos do translado, em outros termos, o comprador
contrata e remunera o transporte, o seguro e arca com os riscos de extravio. Este tipo de
categoria é usado com frequência no comercio nacional.
Categoria F (FREE) – O exportador tem seu dever de assegurar e arcar com
o frete e seguro internacional, no qual contrata os demais serviços. Nesta categoria os mais
usados são: FAS, FOB, FCA.
Na primeira divisão, origina-se do inglês Free Alongside Ship (FAS) na
tradução “Livre Ao Lado Do Navio” na qual, o pracista é submetido a conceder a carga
quando for posicionada ao lado da embarcação que é definida pelo comprador, seja no
cais, numa embarcação e até no porto de embarque designado. Já na segunda, Free on
Board (FOB) é mais frequente o uso deste acordo, pois a responsabilidade do exportador
encerra a partir do momento em que a mercadoria é colocada no navio a fim de ser
despachada. Outrossim, o Free Carrier (FCA) é tipificado quando o vendedor providência
o produto de seu núcleo ou transporte do mesmo até a região indicada pelo importador e
também é responsabilizado por fazer o despacho aduaneiro.
Categoria C – Fica de responsabilidade do exportador o pagamento do frete
e seguro internacional, melhor engajando, a sensatez de contratar serviços que resguarda
a qualidade e melhor experiência para a chegada é de quem faz a venda. Também existem
nesta destreza os CRF, CIF CPT e CIP.
O Cost and freight (CFR) na translação significa “custo e frete”, decreta que a
partir do momento em que o produto cruze o navio, a responsabilidade passa a ser
integralmente do comprador. Ainda além, o Cost Insurance And Freight (CIF) que
convertendo sua origem para português ficará entendido como “Custo Seguro e Frete”, é
aplicada quando o procedimento é um contrato fluvial em que o comerciante arca com os
custos de transporte e seguro, até que se firme no porto, seu destinatário. No Carriage
Paid To (CPT) na tradução faz jus do emprego “Transporte pago até o local designado” que
já subentende o termo, servindo para as modalidades aéreas, terrestres e marítimas.
Categoria D – Com a chegada do lote, a responsabilidade passa a ser do
exportador, a letra D faz jus a palavra delivery que transmudando para português se diz
entrega. Fazendo parte desta modalidade os incoterms: DAP, DAT, DDP.
O Delivery at Place (DAP) tem de deixar retido ao exportador a tarefa de
descarregar a mercadoria, bem como, desembaraçar todo o trajeto até o local de destino,
pagando todo o custo do transporte. Em controverso, no Delivery at Terminal (DAT) o
vendedor deve arcar com o manuseio no produto até a exportação, porém apenas dentro
do seu país. E por fim, o Delivery Duty Paid (DDP) a responsabilidade de custear com os
riscos de deslocamento, desde o início até o fim, que no caso é o destino estipulado do
comprador, é do vendedor.
Portando, o Incoterms é de suma importância para a gestão financeira de cada
país e também trazer variedades para os habitantes, assim como, oportunamente ter a
precaução e cautela para conceder a documentação, tendo em vista que é de extrema
importância ser feita por um despachante aduaneiro qualificado, para não ter possíveis
prejuízos tanto para o exportador quanto ao importador, referente a contratempos ilegais
ou até mesmo monetário.

1.3. Circunspecto internacional

Com a globalização, o comercio internacional ganhou seu espaço em grandes


países e fronteiras e além disso, alcançando sua devida importância para a gestão
financeira. Com o passar dos anos, o Direito Comercial deu seguimento aos parâmetros de
compra e venda, analisando antecipadamente e procurando ações preventivas para sanar
problemas futuros aos clientes, pertencendo a este grupo todo e qualquer tipo de
comercialização como, direito de câmbio, investimentos, parte financeira, o portuário,
aduaneiro, fiscal, transferência de inteligência artificial e quaisquer dever e obrigação das
partes envolvidas.
A priori o mercadejo cosmopolita é uma evolução histórica, mais conhecida
pelo marco do papel moeda em meados da Idade Média, na China. Funcionava como uma
troca negociável, aquele que possuía um determinado valor em dinheiro teria em troca, o
papel moeda com uma respectiva quantia estipulada e mais tardar poderiam permutar por
alguma mercadoria que de princípio era apenas na sua região e ao passar dos anos
integrou no país e assim, se tornou o percussor das relações bancárias dos tempos de hoje.
E nos lapsos atuais, conhecemos este vínculo entre homem e moeda, como
relações financeiras. Nos anos de 1936 a CCI (Câmara do Comercio Internacional)
elaborou regras para administrar inconformidade oriundas entre exportador e importador,
as despesas, transações e responsabilidade de perda e danos.
Em suma, o comércio internacional é notável para a desenvoltura do país e
para agregar novos parâmetros de equilíbrio financeiro. Com essa partidária, o território
tem ampla variedade e ainda poderá gerar futuros vínculos entre as partes, podendo ser
realizadas mais vezes. Geralmente um importador escolhe seu exportador de confiança
para longos anos e com o auxílio do despachante aduaneiro qualificado, essa negociação
passa a ser segura com todos as cláusulas necessárias e ainda além, a mercadoria pode
chegar antes do prazo previsto e ainda com qualidade.

2. DESPACHANTE ADUANEIRO

2.1. Pratica aduaneira


Segundo a cartilha feita pelo Coordenador Augusto Fauvel de Moraes,
Presidente da Comissão de Direito Aduaneiro da OAB/SP em 2014 e o Felippe Alexandre
Ramos Breda, expõe no seu documento que a prática do Direito Aduaneiro é um conjunto
de diretrizes que regulamenta a política aduaneira e ainda mais, a mesma é fundamental
para as relações do mercantil entre nações e do comércio entre povos.
Vale ressaltar o conceito básico dessa atividade - o território. No qual,
compreende-se toda extensão nacional, que de acordo com o Regulamento Aduaneiro,
Decreto nº 6.759/2009.
1 Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o
território aduaneiro e abrange:
I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas
pela autoridade aduaneira local:
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos
alfandegados;
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira
alfandegados; e
II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território
aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo

Enfatizando-se então que a zona primaria é concebida pelas áreas demarcadas


pelas autoridades aduaneiras locais e já a zona secundária, compreende todo o resto do
território, fazendo parte os espaços aéreos e aguas territoriais.

Sosa (1995, p.109) caracteriza a entrada aduana como: o “ingresso de veículo,


mercadorias ou pessoas num dado território sob jurisdição da alfândega, sendo condição
implícita de que estas procedam do exterior”
Pertencente ao Direito Público, a prática despachante se caracteriza pela
manutenção e cuidados de entrada e saída de bens. Com o intuito de fortalecer o vínculo
de política interna e externa ativa, bem como, o Estado atua na regulamentação,
fiscalização e tributação das extremidades de comércio exterior.

Conforme uma pesquisa levantada pelo Ministério da Economia, divulgada em


umas das edições do IEA São Paulo 2.

FONTE: IEA.GOV.BR / MINISTERIO DA ECONOMIA. BRASILIA. 2022

1
JUSBRASIL.COM.BR
2
IEA.SP.GOV.BR
Demostrado no gráfico anterior, o aumento do uso de exportação e importação
está crescendo gradativamente, em janeiro de 2022 chegou ao marco de 18,9% para
as saídas de produtos e 26,8% para extração dos mesmos, se fazendo presente o
trabalho extremamente importante do direito aduano que tem a função de zelar por
este vínculo entre territórios.
O despachante aduaneiro tem a função de preparar e validar os documentos
para o despacho aduano, fazendo uma análise de tarifas da mercadoria e
possibilitando o pagamento de impostos, e, auxilio caso tenha algum incidente durante
a importação e não só isso, mas, custeando o frete, depósitos e capatazias e
demurrage – é um valor pago pelo importador pelo descumprimento de cláusula no
transporte marítimo ou a devolução de contêiner após free time.
Os corretores alfandegários têm responsabilidades ou constituem compromissos
de tramitação dos despachos, bem como tem autonomia para intimações, notificações
e autos de infrações.
Vale ressaltar que, a vistoria da mercadoria, dentro da conferência aduana, será
confiscada pelo Autor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – ou pela sua supervisão –
através de um Analista-Tributário, tendo a permanência do viajante e o importador ou
do mandatário. Ainda em vista que, o Analista não tem arbítrio para conferir o produto
quando estiver sem a presença do Auditor Fiscal.
E para facilitar a fiscalização de produtos é empregado alguns tipos de cores que
são chamados de canais de seleção, visando auxilio no controle a ser manejado.
Verde – a mercadoria deverá ser entregue imediatamente, sem precisão de
análise de documentos e fiscal;
Laranja – Somente a análise fiscal é obrigatória, e se caso não constar nenhuma
irregularidade no processo, sendo assim a mercadoria poderá seguir caminho ao
destinatário. De outra maneira, a mesma ficará impelida esperando a sondagem do
fiscal.
Vermelho – a mercadoria só será realizada caso obrigatoriamente estiver
aprovada a análise de documentos e da verificação fiscal.
Segundo o Regulamento Aduaneiro (Decreto Nº 6.759. 5 de fevereiro de 2009)
no Artigo 3 (Decreto-Lei no 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput) a seleção
de canais deverá ser realizada dentro das zonas primárias ou secundárias e ainda se,
for executada na zona secundária, poderá ser feita: em recinto alfandegário; no
espaço do importador – no momento da fiscalização ou um complemento já iniciado
na zona primária – caso seja feita em locais distintos, autoridade aduaneira deve dar
seu consentimento.
Complementando este processo de fiscalização dentro do território, Carlucci
(2001, p. 216 – 218) diz que o setor precisa conter estrutura física cabível e recursos
humanos qualificados para atuar nos serviços aduaneiros:
a) Serviço de vigilância e repressão nas fronteiras terrestres, portos,
aeroportos e armazéns alfandegados de zona primária e secundária e
veículos transportadores.
b) Serviço de verificação de mercadorias e análise da documentação
relativa a essas mercadorias, tanto na importação quanto na
exportação
e no trânsito.
c) Serviço de revisão do despacho aduaneiro.
d) Serviço de auditoria fiscal aduaneira.
e) Serviço de logística aduaneira.
f) Serviço de vistoria de bagagem de passageiros e tripulantes.
g) Serviço de análise laboratorial de produtos químicos e/ou produtos
naturais.
h) Serviço de inteligência aduaneira. (Calucci, 2021)
Analogicamente, a conferência aduaneira deve seguir critérios de seleção e
amostragem, pois hipoteticamente se caso precisasse conferir cada produto
importado, precisaria de uma grande quantidade de prestadores de serviços.
Então com esta metodologia, o funcionário selecionará aleatoriamente o
volume e a embalagem da amostra a ser inspecionada e conforme a Instrução
Normativa fará sua função.

FONTE: ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR. Ricardo, Leandro. 2020

Ainda com este sistema de controlar a quantidade de produtos que serão


importados, podem coincidir de fraudes ou infração aduaneira. O território brasileiro
considera dois tipos de inflação: fiscal tributaria e administrativa.
O mesmo Decreto citado de Nº 6.759/2009 é relatado o conceito básico de
Infração Aduaneira.
Art. 673. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou
involuntária, que importe inobservância, por parte de pessoa física ou
jurídica, de norma estabelecida ou disciplinada neste decreto ou em
ato administrativo de caráter normativo destinado a completá-lo.
(Decreto Lei n◦ 37, de 1966, art. 94, caput) (BRASIL, 2012)

Ainda no mesmo dispositivo, o art. 674 determina quem responderá pelo ato
errôneo.
Art. 674. Respondem pela infração (Decreto-Lei n◦ 37, de 1966, art.
95): I - conjunta ou isoladamente, quem quer que, de qualquer forma,
concorra para sua prática ou dela se beneficie;
II - conjunta ou isoladamente, o proprietário e o consignatário do
veículo, quanto a que decorra do exercício de atividade própria do
veículo, ou de ação ou omissão de seus tripulantes;
III - o comandante ou o condutor de veículo, nos casos do inciso II,
quando o veículo proceder do exterior sem estar consignada a pessoa
física ou jurídica estabelecida no ponto de destino;
IV - a pessoa física ou jurídica, em razão do despacho que promova,
de qualquer mercadoria;
V - conjunta ou isoladamente, o importador e o adquirente de
mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação
realizada por conta e ordem deste, por intermédio de pessoa jurídica
importadora (Decreto-Lei n◦ 37, de 1966, art. 95, inciso V, com a
redação dada pela Medida Provisória n◦ 2.158-35, de 2001, art. 78); e
VI - conjunta ou isoladamente, o importador e o encomendante
predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de
pessoa jurídica importadora (Decreto-lei n◦ 37, de 1966, art. 95, inciso
VI, com a redação dada pela Lei n◦ 11.281, de 2006, art. 12).
Parágrafo único. Para fins de aplicação do disposto no inciso V,
presume-se por conta e ordem de terceiro a operação de comércio
exterior realizada mediante utilização de recursos deste, ou em
desacordo com os requisitos e condições estabelecidos na forma da
alínea “b” do inciso I do § 1◦do art. 106 (Lei n◦ 10.637, de 2002, art. 27;
e Lei n◦ 11.281, de 2006, art. 11, § 2◦).

Nesse ínterim, uma norma prescrita dentro do conjunto de diretrizes que rege
o Direito Aduaneiro que permite dar benefícios ao exportador e importador, que são
prorrogativos fiscais, isenção ou cessação total ou parcial dos tributos.
Incitando o antagonismo das empresas que fazem parte do comércio
internacional e auxiliando na adversidade de pequenos empreendedores na
transação externa. Com a redução de taxas a ser espedida, o empresário irá ter
rendimentos maiores, refletindo no financeiro da corporação e ainda, subordinando
no preço competitivo aos clientes.
Ainda neste ciclo, existem os tipos de regime aduaneiro especial:
Admissão Temporária: A entrada do produto tem um período pré-
determinado, tendo um limite a ser retornada. Oferecendo a suspensão parcial ou
total dos tributos aduaneiros;
Depósito Afiançado (DAF): Não é cobrado o COFINS3, IPI4, Imposto de
Importação e PIS/PASEP5 na introdução de bens e materiais para inteiração de
aeroplanos e confecção de suplementos para provisão de bordo;
Depósito Alfandegado (DAC): Todo produto que fizer parte da exportação tem
o direito de permanecer em território nacional que faz parte das áreas alfandegárias,
sem qualquer tipo de custo;
Depósito Especial (DE): O Ministério da Fazenda que decidirá quem pagará
os tributos de depósitos, reserva ou monitoramento de materiais para veículos, tanto
nacionais quanto estrangeiro;
Drawback: Os insumos utilizados na fabricação de um determinado produto
que será exportado, é isento ou retido de impostos;
Entreposto Aduaneiro: É vetado qualquer tipo de imposto para a importação.
Seja COFINS, PIS//PASEP, IPI e ICMS6;
Loja Franca: Todo e qualquer tipo de comércio nas proximidades aéreas ou
parte da zona alfandegária, são livres de impostos;
Exportação Temporária: A cotar do momento em que o produto chega em
determinado local, será contabilizado um prazo para ser despachado, assim, ficando
isento de pagar impostos de exportação;
Despacho Aduaneiro Expresso: Chamado também de linha azul, é todo
trâmite que será analisado pela Receita Federal.
Declaração de Trânsito Aduaneiro: Importadores e exportadores, podem se
locomover dentro da zona alfandegária percorrendo com a mercadoria com
benefícios fiscais.
Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital (RECAP): Isento de PIS e
COFINS na compra de aparelhos e máquinas que faz presente dentro do decreto;
PADIS: Dispensado em pagar impostos para empresas que fazem transporte
de tecnologias e semicondutores que desenvolve em pesquisas e desenvolvimento
de novos meios eletrônicos, também chamados de Tecnológico de Indústria de
Semicondutores e Displays.

3
COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
4
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
5
PIS/PASEP - Programa de Integração Social / Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
6
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Regimento Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado
(RECOF): As mercadorias que serão exportadas ou adquiridas em território nacional
que serão importadas para o mercado interno, será isenta de cobranças.
Recof Sped: Utilizando o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)
como base, para descomplicar o processo e fornecer custos reduzidos.
Repetro: Como nome já conduz, é a exportação, importação e filiação por um
determinado tempo de bens afim de pesquisas, lavra, petróleo, gás natural e jazidas.
Com esse conjunto, ficará isento de impostos – PIS, COFINS, IPI e Taxa AFRMM7.
Repex: A importação de petróleo e seus combustíveis naturais tem acesso
livre sem cobrança de PISPASEP, COFINS e todos os encargos federais, desde
que, logo depois seja exportado com rapidez.
Reporto: Toda parte portuária, desde a manutenção de serviços até aos
equipamentos e peças, suspendendo a cobrança de impostos (PIS/PASEP e
COFINS).
Em suma, o Regulamento Aduaneiro é o norte de todos os procedimentos
internacionais que rodeia a importação e exportação de bens lucrativos.

2.2 Regulamento Alfandegário

Iniciada na Era Moderna, quando a monarquia tinha controle estatal sobre o


comércio e teve a necessidade de compactuar em algum decreto seus vínculos
econômicos com países vizinhos. O Decreto nº 91.030/1985 foi o primeiro
surgimento que acompanhava em seu dispositivo 567 artigos e com o tempo, foi
consolidando e em 2002 passou a ser o Decreto 4.543, que obtinha 732 artigos e foi
substituto atualmente pelo dispositivo de 2009, o Decreto 6.759.

O regulamento aduaneiro tem o intuito de acompanhar a trajetória de um


determinado produto na importação e exportação que ordenha todos os serviços
alfandegários e tributos federais, como PIS (Importação) e Cofins (Importação),
normas especiais aduana, despacho, punições e multas. Rosaldo Trevisan relata
que o Direito Aduaneiro é “o conjunto de proposições jurídico-normativas que

7
AFRMM - Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante
disciplinam as relações entre a Aduana e os intervenientes nas operações de
comércio exterior. ”8

O órgão responsável por este evento é a Administração Pública, que verifica a


saída e entrada de todo comércio entre dois ou mais territórios.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,


essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão
exercidos pelo Ministério da Fazenda.

O Ministério da Fazenda tem como sua responsabilidade controlar este


trafego junto a Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Destarte que o território aduaneiro é o território onde o regulamento é


proficiente e por sua vez recebe o codinome chamado ACI (Áreas de Controle
Integrado).

Ainda assim, o Regulamento Aduaneiro não supri total necessidade de um


código aduano, mas, mesmo com esta ausência existem outras normas que podem
ser consideradas, que conforme os anos foram editadas como:

Decreto-lei nº 288/67 – Caracteriza a Zona Franca de Manaus;

Decreto-lei nº 1.455/76 – Refere-se sobre entrepostos aduaneiros, aplicação


de penas, bagagem, isenções e irregularidades;

Decreto-lei nº 1.578/77 – Impostos de exportação e tributos.

Estes decretos por sua vez, foram sendo incrementados. O Mercosul por
exemplo, criado após o Tratado de Assunção em 1991, que nidifica Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai, com sua perspectiva de integrar os quatro Estados, através de
ações, como circulação de bens e serviços sem precisar dos Direitos Alfandegários,
restrições tarifárias e compromissos entre os Estados, harmonizando sua legislação
constituída.

Similarmente, progredindo ás épocas com o intuito de ainda unificar mais


ainda a integração das regiões com apoio do Regulamento de 2009, o Conselho do

8
TREVISAN, Rosaldo. O imposto de importação e o direito aduaneiro internacional. São Paulo: Lex Editora,
2017
Mercado Comum, por intermédio de Decisão nº 27, em San Diego / Argentina, o
CAM (Código Aduaneiro Mercosul).

Segundo o Professor Mestre Rodrigo Mineiro, autor de um dos livros postados


pela Editora Intelecto9, o código Mercosul é a uniformização de todas as entidades
que participam e contribuem nos teores aduaneiros no Mercosul, arquitetada para
normas locais e regionais, diretrizes dos Estados Partes, equiparado também com o
Codigo Aduaneiro Europeu e a Convenção de Quioto Revisada.

Após sua chegada, o CAM sofreu diversas modificações necessárias, no dia


05 de setembro de 2018, o Plenário do Senado Federal aprovou os textos que
fazem parte do Mercosul, que logo depois, originou-se o Decreto Legislativo nº
149/2018.

Publicação: Câmera dos Deputados/2018


Site: www.camara.leg.br/
Como exposto anteriormente, as atividades aduaneiras são regimentadas pelo
Ministro de Estado da Fazenda, aprovada também pelo Regimento Interno da
Secretaria da Receita Federal do Brasil a Portaria Me nº248 / 2020.

Em esfera nacional, a administração aduana atua em linha com a Subsecretaria


de Administração Aduaneira (SUANA) e suas subsequentes:

CORAD: Coordenação Especial De Gestão De Riscos Aduaneiros

COANA: Coordenação-Geral De Administração Aduaneira

COREP: Coordenação-Geral De Combate Ao Contrabando E Descaminho

9
FERNANDES, Rodrigo Mineiro. Introdução ao Direito Aduaneiro. São Paulo: Intelecto Editora,
2020. 547 p.
Outrora, em nível regional dispõe as Divisões de Administração Aduaneira
(DIANA) para cada território fiscal junto as suas assessoras:
DRF: Delegacias da Receita Federal do Brasil
DELEX: Delegacia Especial Da Receita Federal Do Brasil De Fiscalização De
Comércio Exterior
DECEX: Delegacia Especial Da Receita Federal Do Brasil De Comércio
Exterior
ALF: Alfândegas Da Receita Federal Do Brasil
IRF: Inspetorias Da Receita Federal Do Brasil
Desse modo, o Regulamento Aduaneiro traz consigo inúmeros dispositivos que
tratam a administração aduaneiro e faz jus ás palavras: “o exercício da administração
aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,
essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território
aduaneiro (Constituição, art. 237).”.

Destaca-se ainda, a fiscalização aduaneira, que por sua vez, a Receita Federal
que deve tratar e fiscalizar de forma ríspida.

A RFB10 têm seus macros processos finalísticos, na qual, acolhe o


funcionamento e os objetivos de determinada corporação, também denominado como
Controle Aduaneiro, com a tensão na eficiência no manuseio do comércio exterior e a
guarnição para a sociedade. Esses processos finalísticos podem ser englobados em:
controle de processos de importação e exportação, auditorias de conformidade
aduaneira e fiscal, controle de processos aduaneiros diferentes, controlar regimes
aduaneiros e autorizar intervenientes (habilitar pessoas jurídicas e físicas, para atuar
no comércio exterior).

Porém, para controlar e manusear todos esses instrumentos citados, ficaria


difícil sem o auxílio de alguma tecnologia da informação e, para com isso, foi
implementado o SISCOMEX.

2.3 SISCOMEX
O Sistema Integrado de Comércio Exterior foi atribuído pelo Decreto nº
660/1992, como uma via eletrônica que permite a inclusão do controle aduaneiro
com a ligação tecnológica entre os exportadores e os órgãos atuantes nesse ramo.

10
RFB: Receita Federal do Brasil
Na narração entre linhas no Decreto citado, é um sistema instrutivo
(instrumento administrativo), que é responsável por agregar nas atribuições de
registros, supervisão nas operações do comércio exterior, com a automação de criar
um fluxo único de informações, no qual, é feita o controle aduaneiro. Além disso,
permite a interatividade dos órgãos gestores das negociações internacionais,
otimizando assim todos os processos de integração.
A Receita Federal emprega o uso do SISCOMEX para equiparar a saída e
entrada de um determinado volume no país, porquanto, as corporações
governamentais têm a liberdade de acesso em alguns casos, como interferir e
inspecionar os processamentos de operações, para criar um melhor vínculo na gestão
de processos.
Administrado pelos órgãos gestores:
SECEX: Secretária de Comércio Exterior;
RFB: Receita Federal do Brasil;
BACEN: Banco Central do Brasil;
Toda administração é validada online e seus usuários devem seguir regras
específicas para melhor atendê-los, seus utilizadores são:
Os importadores e exportadores, detentores e portadores, por intermédio dos
comitês legais;
A RFB, SECEX e entidades anuentes, Secretária da Fazenda, Finanças do
Estado e Distrito Federal, por intervenção dos servidores;
A Secretária de Comércio Exterior deve autorizar instituições financeiras para
licenciar a importação, através dos empregados;
E o Banco Central do Brasil deve autorizar instituições para operar em câmbio,
atendendo a demanda de dados para o Sistema de Informações de Banco Central –
SISBACEN – através dos servidores e empregados.
Para mais, existe outra classificação que atua no SISCOMEX:
Aduana: Analistas Tributários, Auditores Fiscais;
Secex e anuentes: controle administrativo;
Bacen: Controle total no mercado de câmbio pelo arbítrio monetário;
Importador: registro e subsídio na importação;
Exportador: registro e subsídio na exportação;
Depositário: Através do Recinto Alfandegado, responsável pelas cargas
aduanas;
Transportador: Responsável pelo carreto da mercadoria de um lugar para outro.
Ainda no processo progressivo e com a necessidade de controle maior, foi
criado novos módulos, para diversificar e amodernar os comandos:
SISCOMEX Mantra: cargas aéreas;
SISCOMEX Carga: Movimentação de cargas no território brasileiro;
SISCOMEX Trânsito: controle de regime aduaneiro, principalmente no trânsito
aduano;
SISCOMEX Internação ZFM: Zona Franca de Manaus é a partida para todo o
território nacional;
SISCOMEX Drawback Web: regimes especiais de drawback 11;
SISCOMEX Importação Web: controle administrativo e aduano na importação
em ambiente web;
SISCOMEX Exportação Web – Módulo Comercial: O Registro de Exportação
(REs) controla administrativamente a exportação.
Ainda além, é importante ter a Declaração DTA (Declaração de Trânsito
Aduaneiro) para obter vantagens as empresas participantes na habilitação
SISCOMEX, não basta apenas essa para integrar ao sistema, mas também:
Licença de Importação (LI): Documento licenciado pelo Sistema Integrado de
Comércio Exterior, antes de acontecer a importação de um produto. Com o
cumprimento de 90 dias de validade após a expedição de aprovação do envio ou na
recepção de uma mercadoria.
Mas não obrigatória, já que muitos casos são realizados automaticamente. Este
tipo de acordo é feito quando necessita da permissão de órgãos como IBAMA 12 ou
ANVISA13.
Declaração de Importação (DI): Regulamentação do andamento de importação. É o
pagamento de impostos se, caso for concedido, será cobrado. Os campos necessários são
preenchidos automaticamente e, neste caso, é realizada após a mercadoria ser entregue.
E depois de ter sido regularizado os valores, gera instantaneamente os dados de
pagamento dos tributos e taxas a serem pedidas, que podem ser efetivadas via débito
automático.

11
DRAWBACK – Decreto Lei nº37/1966, suspensão/eliminação de tributos incidentes na aquisição de insumos
utilizados na exportação.
12
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
13
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Em síntese, o SISCOMEX é de grande magnitude para o controle aduaneiro entre
duas partes, facilitando as operações vide meios eletrônicos, porém, embora já se passou
pouco mais de 22 anos deste recurso, pensando no futuro computacional, pode ainda haver
implementações que alimente em união essa era tecnológica, criando-se assim o DUIMP
que será abordado nos hífens a eito.

3. DUIMP
3.1 Operador Econômico Autorizado (OEA)
3.2 Declaração Simplificada de Importação (DSI)
3.3 Funcionalidade DUIMP

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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