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CURITIBA
2022
JOAQUIM DE ALMEIDA BRASILEIRO
CURITIBA
2022
JOAQUIM DE ALMEIDA BRASILEIRO
_______________________________________________
Profª orientadora Ana Luiza Chalusnhak
Centro Universitário Curitiba
______________________________________________
Prof (ª) Membro da banca
AGRADECIMENTOS
The present study on screen has the central objective of demonstrating the
importance of the provision of public services by the State, with regard to concession
and permission, based on the validity of Laws no. 8,987/95 and 9,074/95, which
created these institutes of law, related to the Federal Public Administration, in
particular the Federal Revenue Service of Brazil (SRFB), the body responsible for the
control and inspection of Brazilian customs throughout the national territory, in
monitoring , monitoring of customs activities in foreign trade in Brazil, as well as the
collection of the respective taxes generated in this area.
Operational activities in export and import (foreign trade) had a great boost
from the 90's in the Collor government, when Brazil, carried out its commercial
opening, and consequently a great advance in the volumes of exports and imports,
commercialized by the Brazil with other countries in the world, it should be noted that
the phenomenon of globalization at the time also had its great expansionist
movement of world trade, which made possible for Brazil its accentuated insertion in
the globalized world.
In the midst of the expansionist opening, verified in Brazil in its foreign trade
and in addition to the globalization process underway at the time, new economic
demands, specifically in Brazilian exports and imports with a focus on the provision of
operational services in foreign trade, in order to relieve the increasing volumes
concentrated, in ports, airports and border posts, in the activities of: storage,
handling, road transport and customs clearance for export and import. In this
"treadmill" arises the great need to create new customs, that is, the internalization of
customs in the national territory, with the purpose of decentralizing and streamlining
operational activities in a single place, with all these services integrated, which
culminated in with the creation of the Inland Customs Stations, that is, the Dry Ports.
Therefore, the participation of the State with the delegation of services to the
private sector (private) with the observance of the entire bidding process, based on
the laws in force, mentioned above, comes to meet this demand, in the relentless
pursuit of efficiency, quality and reduction of the costs of services provided to
citizens.
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................3
2. A EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO COMO
POLÍTICA PÚBLICA DE ESTADO………………………………………………………..6
3. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS ………………………………………………………………………..………..16
3.1 CONCEITOS PRELIMINARES.....................................................................16
4. A EFICIÊNCIA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA
CONCESSÃO E PERMISSÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE
PORTOS SECOS A EMPRESAS PRIVADAS...........................................................38
5. CONCESSÃO E PERMISSÃO DE EXTENSÕES ADUANEIRAS E DE
TERMINAIS OPERACIONAIS ALFANDEGADOS E SUAS ATRIBUIÇÕES............45
6. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DO DESPACHO ADUANEIRO DE
EXPORTAÇÃO.........................................................................................................57
7. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DO DESPACHO ADUANEIRO DE
IMPORTAÇÃO...........................................................................................................61
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................64
9. REFERÊNCIAS.............................................................................................69
10. ANEXOS
3
1. INTRODUÇÃO
1
DIAS, Reinaldo, RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. São Paulo: Atlas,
2009, p.221.
7
2
RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio., 11ª. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2006, p. 220.
3
ROCHA, Paulo Cesar Alves. Regulamento Aduaneiro. São Paulo: Aduaneiras, 2005, p.89.
8
4
BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito Administrativo e o novo Código Civil. Belo Horizonte:
Fórum, 2007, p.97.
5
BACELLAR FILHO. 2007. p.97.
9
6
KEEDi, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga Prática e Exercícios.
São Paulo: Aduaneiras, 2005, p. 72.
7
RATTI. 2006. p. 365.
10
8
BACELLAR FILHO. 2007. p.31.
9
ROCHA. 2005, p. 261.
11
10
ROCHA, Paulo Cesar Alves. Regulamento Aduaneiro.,9ª. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005, p.
338.
12
11
BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito Administrativo e o novo Código Civil. Belo Horizonte:
Fórum, 2007, p.50. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigos 37, caput e
parágrafo 3º.
13
12
RATTI. 2006, p. 216.
13
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigo 37, caput e parágrafos 1º.
15
e 3º. e artigo 175, parágrafo único, incisos I, II, III e IV. Regida pela Lei no. 5025 de 10 de junho de
1966.
16
14
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 34ª. ed. São Paulo:
Malheiros, 2019, p. 425.
18
17
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo.32ª ed. Rio de Janeiro, Forense, 2019, p.
349.
20
18
DI PIETRO. 2019, p. 349.
19
OLIVEIRA, Ruth Helena Pimentel de. Entidades Prestadoras de Serviços Públicos e
Responsabilidade Extracontratual. São Paulo, 2003, p. 47.
21
comum, de que os serviços, devem ser de boa qualidade e a eficiência, que os bens
envolvidos na prestação dos serviços devem estar em condições de uso e os seus
respectivos agentes devem desempenhar com presteza e eficiência as suas
funções.
Já, o princípio da modicidade, possui uma lógica em sua subjetividade, de
forma implícita, de que, os serviços quando onerosos para a sociedade, devem ser
oferecidos a preços módicos, ou seja, preços compatíveis e ajustados às condições
financeiras dos destinatários (usuários) desses serviços.
Conforme Maria Sylvia Zanella Di Pietro20 “A existência de alguns princípios
inerentes ao regime jurídico dos serviços públicos: o da continuidade, o da
mutabilidade do regime jurídico e o da igualdade dos usuários”, são os princípios
defendidos por esta doutrinadora.
Há que ser observado na mesma medida e importância na aplicabilidade
dos princípios mencionados anteriormente, que o Estado possui o dever de zelar
pela boa prestação dos serviços prestados, exigindo a aplicação desses princípios
também na prestação de serviços públicos por parte de terceiros.
Também existem aspectos econômicos mundiais que possuem reflexos
diretos no Estado, tais como o aumento significativo nas atividades de comércio
exterior brasileiro, na esteira da globalização mundial, com um conjunto de
aproximadamente 200 (duzentos) países que comercializam os seus produtos e
serviços por meio, das exportações e importações. O Brasil vem aumentando a sua
pauta de exportações e importações na forma da lei, em especial, com fulcro na Lei
nr. 5025 de 10 de junho de 1966, com a criação do Conselho de Comércio Exterior
(CONCEX), com o estabelecimento de sua política pública de comércio exterior. São
mais de 50 (cinquenta) anos de política pública em seu comércio exterior, desde o
seu início, com a comercialização de seus produtos primários nas exportações e de
matérias primas e insumos em suas importações. Hoje, o Brasil está entre os
maiores exportadores e importadores do mundo, com a uma política pública de
comércio exterior que se tornou modelo no mundo globalizado, para além das
competências das sociedades empresariais e respectivamente dos seus atores
particulares, como também de empresas públicas e e de economia mista, envolvidas
nas atividades do comércio exterior brasileiro, há que se destacar, o importante
papel desempenhado pelo Estado, por meio da sua Administração Pública, em
20
DI PIETRO. 2019. p. 361.
22
23
JUSTEN FILHO, Marçal.Teoria Geral das Concessões de Serviço Público.São Paulo, 2003, p.
25.
24
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 34ª. ed. São Paulo:
Malheiros, 2019, p. 439.
25
25
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo.32ª ed. Rio de Janeiro, Forense, 2019, p.
378.
26
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 1988. Artigo 175.
26
27
JUSTEN FILHO. 2003. p. 25.
27
28
JUSTEN FILHO. 2003. p. 25.
29
DI PIETRO. 2019, p. 378.
28
serviço significa que a prestação do serviço público deixa de ser custeada pela
sociedade em seu conjunto e passa a ser custeada por parte dos usuários, conforme
sua respectiva fruição.
A concessão do serviço público está centrada no relacionamento entre o
Estado e a iniciativa privada e tem por objetivo, o desenvolvimento de atividades
essenciais ao interesse coletivo. Na concessão de serviços, o poder público delega
a execução desses serviços aos órgãos da Administração Pública, que os executam
por sua conta e risco, com remuneração paga, em regra, pelos usuários, na forma
da lei.
A busca de satisfação e o atendimento às necessidades do cidadão-usuário
do serviço público induzem ao Poder Público a conferir a um terceiro, por meio das
modalidades de licitação pública, como: a concessão e a permissão, a realização do
serviço público, sem que com isso o poder concedente transfere a propriedade ao
concessionário o permissionário.
A contextualização da concessão e permissão no direito público
contemporâneo está em certa medida relacionada com a necessidade das diversas
demandas em que o Estado acaba sendo acionado, em especial, pelas atividades
desenvolvidas pelas sociedades empresárias (empresários) em mundo cada vez
mais globalizado, com um crescimento exponencial no comércio internacional, onde
o Estado possui uma política pública do seu comércio exterior (exportações e
importações), esta política pública de Estado, que é explicitada e desenvolvida pelo
Poder Executivo, que possui uma forte "âncora" no direito aduaneiro, e o seu
ordenamento jurídico próprio e específico, focalizados no comércio exterior
brasileiro, com fulcro em decretos-lei, portarias e instruções normativas,
disciplinadas no Regulamento Aduaneiro (RA), cabe ressaltar que o direito
aduaneiro que possui sua origem e aplicabilidade no direito público, mas a sua
aplicabilidade ocorre junto a todos os operadores do comércio exterior brasileiro, que
em via de regra são, empresas e particulares autônomos, como por exemplo o
despachante aduaneiro, que é um profissional autônomo (particular), mas necessita
de uma autorização prévia do Órgão da Administração Pública. 30
30
ROCHA, Paulo Cesar Alves. Regulamento Aduaneiro.,9ª. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005, p.
338.
29
31
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo. 21 Ed. Belo Horizonte: Fórum Conhecimento Jurídico.
2018.
31
33
WALD, Arnold et al. O Direito da Parceria e a Nova Lei de Concessões. São Paulo. 1996. p. 57.
34
JUSTEN FILHO. 2003, p. 25.
33
36
LEI no. 8.987 de 13 de fevereiro de 1995.
37
LEI no. 9.074 de 07 de julho de 1995.
35
38
ROCHA, Paulo Cesar Alves. Regulamento Aduaneiro.,9ª. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005, p.
338.
39
Decreto nº 4.543 de 26 de Dezembro de 2002.
36
40
LEI no 8.078 de 11 de setembro de 1990. Lei de Defesa do Consumidor.
41
MEDAUAR. 2018.
37
municipal.
38
42
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, 2003, p. 319.
43
MEIRELLES. 2003, p. 319.
39
44
JUSTEN FILHO. 2003, p. 135.
45
STUBER, Walter Douglas.O Financiamento de Projetos no Brasil e a Lei de Concessões.São
Paulo, 1996, p. 42-43.
40
46
MEIRELLES. 2003. p. 319.
41
47
MEIRELLES. 2003. p. 319.
48
MOOR, Fernanda Stracke. O Regime de delegação da prestação de serviços públicos. Porto
Alegre, 2002, p. 82.
42
49
STUBER. 1996. p. 42-43.
43
50
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Artigo 22.
51
JUSTEN FILHO. 2003, p. 135.
52
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Contratos Administrativos: Gestão,Teoria e Prática. São
Paulo: Atlas, 2002.
44
que a tarifa do serviço deve ser fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação
e preservada pelas regras de revisão com fulcro na Lei de Concessões.
Ainda acerca da política tarifária, Marçal Justen Filho pontua:
Então, a tarifa a ser exigida para a fruição do serviço por parte dos usuários
deverá ser suficiente para a manutenção do serviço (e para a obtenção do
lucro do delegatário). Isso produz a diferenciação entre dois conjuntos de
pessoas: a comunidade e os usuários. Os recursos da comunidade não
mais serão aplicados para a implantação e manutenção do serviço. Caberá
aos próprios usuários arcar com as despesas necessárias. Dito de outro
modo, a concessão acarreta a redução dos encargos dos não-usuários,
cujos recursos deixam de ser exigidos para a manutenção do serviço
público. E, de modo concomitante, gera o agravamento da situação
econômica dos usuários do serviço, que terão de arcar com o ônus
econômico correspondente.53
Também há outra característica contratual que deve ser verificada, que diz
respeito à intangibilidade da equação econômico-financeira da concessão. Na
ocorrência de evento superveniente e extraordinário, assegura-se ao concessionário
a recomposição da relação original entre os encargos e vantagens.
53
JUSTEN FILHO. 2003, p. 135.
45
a) Porto Seco.
contrato, não podendo exceder a 30 (trinta) dias corridos. Também devem ser
propostas tarifas (em algarismos e por extenso), que compreendam o custo,
incluindo seguros, remuneração da concessionária e amortização do investimento
(custos envolvidos no capital investido, no caso dos equipamentos móveis), a serem
cobradas dos usuários pela armazenagem das mercadorias que estejam sob
controle aduaneiro.
A concessão ou a permissão de porto seco é formalizada por termo de
contrato, celebrado entre a União, representada pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil (SRFB), como o Órgão da Administração Pública Federal, responsável
(denominada concedente para fins de contrato), e licitante vencedora (denominada
concessionária para fins de contrato), observando-se os termos da Lei no. 8987, de
1995, do respectivo edital e demais normas pertinentes.
O prazo para celebração do contrato é de 5 (cinco) dias, contados a partir da
data da convocação, cuja validade e eficiência só se consumam depois de aprovado
pelo Secretário da Receita Federal do Brasil, e publicado seu extrato no Diário
Oficial da União .
Os contratos de concessão e de permissão de estações aduaneiras de
interior, devem fixar o objeto; a área e o prazo de concessão; o preço do serviço; os
critérios para revisão das tarifas; os direitos e deveres dos usuários; penalidades
contratuais e administrativas; os encargos do concessionário, e outras condições
contratuais que se fizerem necessárias.
Com relação à execução do contrato, a concessionária poderá auferir
receitas acessórias na unidade concedida, decorrentes de prestação de serviços
conexos com aqueles da concessão, prestados facultativamente aos usuários,
relativos a limpeza e desinfecção de veículos e unidades de carga, movimentação e
armazenagem de mercadorias, favorecendo assim a modicidade das tarifas.
A remuneração dos serviços pela concessionária deve ser realizada pelo
usuário (característica comum às concessões e permissões em geral), sendo
aqueles relativos à estadia e pesagem de veículos e unidades de carga,
movimentação e armazenagem de mercadorias, aplicados conforme tarifas
constantes da proposta vencedora.
As tarifas cobradas pela concessionária poderão ser revistas, a fim de se
preservar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato; no entanto, sempre que
forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido o equilíbrio
54
econômico-financeiro.
Importante ressaltar, que diante desta característica, que os interesses do
concessionário são resguardadas nos casos em que não exista confronto com o
interesse público; existem, prerrogativas da Administração Pública Federal, com
relação a contratos firmados com particulares, que devem ser aplicadas em caso de
conflito de interesses públicos e privados, como pro exemplo, dessas prerrogativas,
podem ser citadas: a aplicação do princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado; a indefinição da relação contratual e possibilidade de encampação
ou retomada do serviço (sempre quando observado o interesse público).
Outra característica, também importante, refere-se ao exercício da
fiscalização por parte da concedente, que não exclui nem reduz a responsabilidade
da concessionária ou de seu agente ou preposto, inclusive perante terceiros, por
qualquer irregularidade, danos resultantes de imperfeição técnica, vícios redibitórios,
e a ocorrência destes não implica co-responsabilidade da concedente, no exercício
da fiscalização, a concedente terá acesso aos dados relativos à administração,
contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária. Tal
característica exclui a co-responsabilidade estatal perante prestação irregular dos
serviços concedidos em porto seco.
Quanto às penalidades, a concessionária ficará sujeita à sanção quando
infringir a legislação aduaneira, ou quando descumprir execução total ou parcial do
contrato. Tais penalidades podem ser tanto de advertência, quanto de multa, no
processo de aplicação das penalidades, no entanto, é assegurado o direito dos
princípios do contraditório e da ampla defesa.
Quando não houver o pagamento da multa, cobra-se esse valor
administrativamente, podendo, ainda, o valor ser inscrito como Dívida Ativa da União
e cobrado judicialmente. O atraso no recolhimento do valor das multas aplicadas,
quando superior a 30 (trinta) dias, resultará na caducidade da concessão.
A inexecução total ou parcial do contrato também pode acarretar, de acordo
com o concedente, a declaração de caducidade da concessão ou aplicação das
sanções contratuais, respeitando-se as disposições do art. 27 da Lei no. 8987/95 e
das demais cláusulas contratuais, no que que couber.
A extinção da concessão e permissão de portos secos pode ocorrer como
em qualquer outro tipo de concessão de serviço público; extingue-se uma concessão
por:
55
54
ROCHA, Paulo de Cesar Alves.
57
a) Proforma invoice;
b) Commercial invoice;
c) Packing list;
d) Bill of lading ou Air Waybill.
a) Nome do exportador;
b) Nome do importador;
c) Endereço do exportador;
d) Endereço do importador;
e) Descrição técnica das mercadorias;
f) Tipo de Incoterm (regra de negociação);
g) Modal de transporte internacional (tipo);
h) Porto ou Aeroporto de origem;
i) Porto ou Aeroporto de destino;
j) Modalidade de pagamento;
k) Tipo de moeda.
55
ROCHA, Paulo de Cesar Alves.
61
56
ROCHA, Paulo de Cesar Alves.
64
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
processo de interiorização aduaneiro pelo Brasil, que atendia uma política pública de
criação de recintos alfandegados, que visava atender uma descentralização das
atividades operacionais e aduaneiras concentradas nos portos, aeroportos e postos
de fronteiras, que constituem as zonas primárias, com abrangência para os
procedimentos administrativos de despacho aduaneiro na exportação e importação.
Registrou-se nesse período a implantação das estações aduaneiras de interior no
território nacional, implementadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(SRFB), enquanto Órgão da Administração Federal, que possui as atribuições
aduaneiras no comércio exterior brasileiro, no acompanhamento e controle
aduaneiro, como também, a cobrança dos tributos devidos nas operações de
comércio exterior. A implantação e implementação das estações aduaneiras em
território nacional teve como base as Leis no. 8.987/95 e 9.074/95, que tratam dos
institutos de concessão e permissão de serviços públicos.
Neste contexto, como fio condutor deste estudo, as características gerais da
concessão e permissão de serviços públicos são aplicadas à concessão e à
permissão de funcionamento de portos secos, tendo em vista que trata-se da
delegação a terceiros de serviços públicos de movimentação, armazenagem e
transporte rodoviário, em sede de Zonas Secundárias, ou seja, áreas restritas aos
portos secos. As características comuns, são: a ausência de exclusividade na
outorga da concessão ou permissão; a necessidade de licitação prévia na
modalidade de concorrência pública; a formalização do contrato mediante fixação do
objeto; área e prazo de concessão; preço dos serviços; direitos e deveres das partes
envolvidas; penalidades contratuais e administrativas decorrentes do
descumprimento do contrato pelas partes, entre outras condições.
O presente estudo em tela, teve como fio condutor, a busca de respostas ao
problema formulado, bem como as respostas aos objetivos específicos propostos no
estudo, neste sentido, retoma-se os mesmos abaixo, com as suas respectivas
respostas:
Qual é a implicação da concessão e permissão dos portos secos no
despacho aduaneiro de exportação e importação?
O problema foi respondido ao longo do estudo com base nas Leis no.
8.987/95 e 9.074/95, que tratam dos institutos de concessão e permissão de
serviços públicos, também há que se observar a Lei no. 5.025/66, que criou o
Conselho Nacional do Comércio Exterior e Dispõe sobre o Intercâmbio Comercial
67
com o Exterior, cabe ressaltar que esta lei vigente, instituiu a Política Pública de
Comércio Exterior do Brasil, adicionalmente, a abertura comercial do Brasil nos anos
90, com a redução de suas barreiras alfandegárias em suas importações (alíquotas
do imposto de importação), como também o aumento significativo das exportações
do Brasil para os demais países do mundo, foram fundamentais para o aumento da
“interiorização das áreas aduaneiras”, para além do porto, aeroporto e postos de
fronteiras, o que fez, emergir a necessidade de criação dos portos secos pelo Brasil
para desafogar o grande volume de mercadorias nas importações e exportações, e
consequentemente a necessidade uma maior participação na prestação de serviços
pelo Estado, com a terceirização das atividades operacionais de comércio exterior
ao setor privado (empresas), serviços de armazenagem, movimentação, transporte
rodoviário de mercadorias, em especial as atividades do despachante aduaneiro,
potencializando o despacho aduaneiro de exportação e importação nas
dependências do porto seco, integrando todas as atividades operacionais e
proporcionando a eficiência, qualidade e redução dos serviços aos cidadãos.
Os objetivos específicos também foram respondidos ao longo do estudo,
conforme abaixo:
9. REFERÊNCIAS
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 32ª. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2019.
GRAU, Eros Roberto. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. 19a. ed. São
Paulo:Malheiros, 2018.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 34a. ed. São
Paulo: Malheiros, 2019.
RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 11ª ed. São Paulo: Aduaneiras,
2006.
ROCHA, Paulo Cesar Alves. Regulamento Aduaneiro Anotado com textos legais
transcritos. 9ª.ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005.
Processo: 10905.720019/2021-79
AUDIÊNCIA PÚBLICA
CONCORRÊNCIA RFB/SRRF09
OUTORGA DE PERMISSÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE PORTO SECO NO MUNICÍPIO
DE CURITIBA/PR OU NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR
PREÂMBULO
Aos 31 dias do mês de AGOSTO de 2021, às 9 horas (horário de Brasília/DF), a Comissão
Especial de Licitação (CEL) instituída para a execução de certames licitatórios, na modalidade
concorrência, para seleção de interessados na operação de portos secos, designada pela Portaria
SRRF09 nº 23, de 22 de fevereiro de 2021, publicada Diário Oficial da União (DOU) de 23/02/2021,
na Seção 2, fls 12 e 13, alterada pela Portaria SRRF09 nº 106, de 9 de abril de 2021, publicada DOU
de 13/04/2021, na Seção 2, fl. 16, reuniu-se em AUDIÊNCIA PÚBLICA EXCLUSIVAMENTE
VIRTUAL destinada a possibilitar à sociedade o direito de manifestação sobre a documentação
objeto da concorrência, que é a outorga de permissão para prestação dos serviços públicos de
movimentação e armazenagem de mercadorias em porto seco a ser instalado no Município de Curitiba
ou no Município de São José dos Pinhais, no Estado de Paraná, conforme Aviso de Audiência Pública
publicada no DOU e em Jornal de Grande Circulação, nas condições nele contidas e nas normas
estabelecidas pela Lei nº 8.666/93 e demais legislações pertinentes.
1. OBJETO DA CONCORRÊNCIA
O objeto da concorrência é a outorga de permissão para prestação dos serviços públicos de
movimentação e armazenagem de mercadorias, para carga geral e outras, pelo prazo de vinte e cinco
anos, em porto seco a ser instalado no Município de Curitiba/PR ou no Município de São José dos
Pinhais/PR.
2. PUBLICAÇÃO OFICIAL
O chamamento para a Audiência Pública foi publicado, conforme Aviso de Audiência Pública
publicado no DOU nº 153, de 13/08/2021, Seção 3, fls. 37 e 38, e no Jornal Tribuna do Paraná,
publicado em 12/08/2021, fl. 10, nos quais foi informado que a Minuta do Edital licitatório e seus
anexos, bem como as informações para ingresso em ambiente virtual da audiência pública
estariam disponíveis na internet, endereço eletrônico: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-
a-informacao/licitacoes-e-contratos/licitacoes-br/2019/unidades-federativas-
uf/pr/srrf09/2021/concorrencia-porto-seco-curitiba-sao-jose-dos-pinhais. Lá se informa ainda que
serão aceitas manifestações enviadas para o endereço eletrônico conc-
portoseco.pr.curitiba@rfb.gov.br até a data da dita Audiência.
Seguem as publicações citadas:
Documento de 11 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço
https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP06.0921.14215.M0F0. Consulte a página de
autenticação no final deste documento.
Documento nato-digital
PR CURITIBA SRRF09 Fl. 824
A permissionária poderá auferir receitas acessórias, em Prazo máximo para o início de funcionamento do Porto Seco,
decorrência da prestação de serviços conexos com aqueles contado a partir da data da publicação do resumo do contrato
objeto da permissão, desde que tenha feito a opção na proposta no Diário Oficial da União, a que se refere o subitem 6.4, não
apresentada, conforme subitem 3.2.2, inciso VI, deste edital. podendo tal prazo exceder o limite de 18 (dezoito) meses
DEMANDA PASSADO
DEMANDA FUTURA
DIMENSIONAMENTO DO PS ORÇAMENTO DO PS
Área (m 2) ITEM Inicial 6° ano (acréscimo) 11° ano (acréscimo) 16° ano
INVESTIMENTO PARA O PS
R$9.918.440,31 (inicial)
= R$10.789.234,33.
Decreto
6.759/2009:
Metodologia de Classificação da Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso
público nos quais são executadas operações de
Concorrência movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de
mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.
Obrigado!
Link para acesso à planilha de cálculo
Pergunta 1
Veículo: Chat
Remetente: Luiz Manoel Mascarenhas
Data: 31/08/2021
Como a Receita Federal vai proceder quanto as tarifas irrisórias praticadas pelo porto seco
anterior?
Todos são sabedores que era mantido esse porto seco pela permissionária apenas para não haver
concorrência tendo mais cargas de exportação do que de importação, ou seja, as cargas eram
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Documento nato-digital
PR CURITIBA SRRF09 Fl. 831
direcionadas para o CLIA que tem tarifa livre....
Não iremos cair de novo no mesmo problema? O atual CLIA ganhar esse certame com tarifa irrisória
para ninguém entrar no mercado? O que isso seria vantajoso para os usuários?
Uma sugestão para se coibir isso em minha opinião, seria também analisar os valores dos serviços
conexos.
Trabalho nessa área desde 1976 e isso inviabilizou diversos recintos aqui na oitava região.
A Receita Federal em Brasília é sensível ao problema relatado.
Muito grato.
Luiz Manoel Mascarenhas
Consultor em logística e comercio exterior
Presidente executivo da ABCLIA
A essa pergunta, o Auditor-Fiscal Gustavo Horn respondeu inicialmente que a ideia foi trazer
os serviços conexos, por terem grande representatividade, para o cálculo das tarifas a serem
consideradas no certame, que tal ponderação foi explicada na apresentação do Auditor-Fiscal Marcelo
Mossi Vendramini e é considerada justa e adequada pela RFB, mas que a CEL estaria aberta ao
recebimento de sugestões para aprimoramento do edital. Reforçou também que tal metodologia já
fora aplicada no Edital da Concorrência do Porto Seco de Dionísio Cerqueira/SC.
O Auditor-Fiscal Marcelo Mossi Vendramini respondeu, complementando o chefe da DIPOL,
que esse questionamento seria respondido oficialmente na Ata desta Audiência Pública e que, se o
interessado tivesse alguma sugestão concreta para o aperfeiçoamento do processo, ele poderia
apresentar tais contribuições via e-mail para que a CEL viesse a analisar.
Luiz Manoel Mascarenhas informa via chat que o fato alertado por ele é ruim para o mercado
sendo necessário um marco regulatório. Em resposta o Auditor-Fiscal Gustavo Horn esclarece que a
Receita Federal não pode esperar, que tal mora causa situações indesejadas.
Retomando a palavra, o Auditor-Fiscal Gustavo Horn, anunciou que no dia 14/09/2021
ocorrerá a Audiência Pública para o porto seco no Município de Foz do Iguaçu/PR, também na
modalidade permissão. E que no dia 07/10/2021 será realizada outra Audiência Pública para o porto
seco no Município de Cascavel/PR.
Na sequência, Gustavo Horn registra a participação do Delegado da Alfândega da Receita
Federal em Curitiba, o Auditor-Fiscal Rafael Dolzan, do chefe da Divisão de Controle Aduaneiro
(DIANA), o Auditor-Fiscal José Carlos de Araújo e de toda a Comissão Especial de Licitação.
Via chat, Luiz Manoel Mascarenhas informa que há 17 portos secos que operam por liminar
no Brasil, 8 deles na oitava região fiscal. O Auditor-Fiscal Gustavo Horn esclarece que a Receita
Federal fará tudo ao seu alcance para que essas situações - concessões operando via liminar - não se
repitam, aumentando a segurança jurídica aos permissionários.
Pergunta 2
Veículo: Chat
Remetente: Henrique Debiazi
Data: 31/08/2021
Por favor, nos foi apresentado a Área total mínima de armazém e pátio. Gostaria de saber se há
limitação máxima.
O Auditor-Fiscal Marcelo Mossi Vendramini responde de plano que não há limite máximo
para a área de armazém e pátio, tanto o EVTE quanto o Edital preveem requisitos mínimos que a
empresa interessada na permissão deva atender ficando a critério da futura permissionária o tamanho
real do novo empreendimento.
Os presentes foram informados que questionamentos realizados após a presente Audiência
Pública constarão de sua Ata que será divulgada até 17/09/2021, no sítio eletrônico da Receita
Federal, https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-
contratos/licitacoes-br/2019/unidades-federativas-uf/pr/srrf09/2021/concorrencia-porto-seco-
curitiba-sao-jose-dos-pinhais), assim como, do envio por cópia aos correios eletrônicos informados
pelos participantes.
Com a palavra, o Chefe da Divisão agradeceu mais uma vez a participação de todos e, por não
haver mais o que constar, encerrou a Audiência Pública.
5. RESPOSTAS PÓS-AUDIÊNCIA
A Comissão agora, em sede de Ata, formaliza respostas às perguntas que entendeu não
respondidas ou respondidas apenas parcialmente no decorrer da Audiência Pública.
a) Resumo do questionamento via chat enviado pelo Sr. Luiz Manoel Mascarenhas, Presidente
executivo da ABCLIA e respectivas respostas da CEL:
Questiona o Sr. Luiz qual seria o tratamento dado pela Receita Federal no caso de eventuais
propostas apresentadas com tarifas irrisórias e quais seria a repercussão ao usuário. Ademais, sugere
que sejam levadas em consideração na análise das propostas os valores dos serviços conexos.
Resposta da CEL:
Em resposta aos questionamentos acima a Comissão Especial de Licitação informa que a
minuta do edital em seu item 5.2.2 veda propostas apresentadas com tarifas zero, bem como as que
não comprovarem a exequibilidade e a viabilidade econômica do empreendimento. Assim, as tarifas
propostas de armazenagem e movimentação deverão, em conjunto, ser suficientes para cobrir todos
os custos do licitante, incluindo seguros, a remuneração da permissionária e amortização do
investimento (custos envolvidos no capital investido), bem como aqueles necessários ao exercício da
fiscalização aduaneira.
Acerca das receitas acessórias cobradas por serviços conexos e complementares, a empresa
licitante tem a opção de cobrá-las. Caso opte por auferir tais receitas, as tarifas de armazenagem e
movimentação deverão ser reduzidas no mesmo percentual calculado no item 12 do Anexo IV.
Ademais, os valores praticados nas tarifas de serviços conexos e complementares não poderão ser
superiores aos preços máximos constantes no Anexo VIII dessa minuta de edital.
Esse mecanismo do edital objetiva trazer uma limitação à cobrança dos preços dos serviços
conexos, trazendo mais segurança ao usuário dos serviços.
Ministério da Fazenda
PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO
Documento assinado digitalmente por: MARCELO MOSSI VENDRAMINI em 06/09/2021, ADALBERTO DALL OGLIO JUNIOR em
03/09/2021, RAFAEL GUAZZI em 03/09/2021, FILIPE REZENDE RUIZ em 03/09/2021, FERNANDO RIBEIRO CORREA em
03/09/2021, RENATO MOROISHI em 02/09/2021 e ANTONIO CARLOS DA COSTA CAVALCANTI FILHO em 02/09/2021.
1) Acesse o endereço:
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EP06.0921.14215.M0F0
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