Você está na página 1de 42

CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA

FACULDADE DE DIREITO DE CURITIBA


MURILO SANTOS RUTES

LEI 11.196/2005: A CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS A EMPRESAS QUE


DESENVOLVEM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NO BRASIL

CURITIBA
2021
MURILO SANTOS RUTES

LEI 11.196/2005: A CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS A EMPRESAS QUE


DESENVOLVEM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NO BRASIL

Monografia apresentada como requisito


parcial à obtenção do grau de Bacharel
em Direito do Centro Universitário Curitiba.

Orientador: Prof. Sérgio Itamar

CURITIBA
2021
MURILO SANTOS RUTES

LEI 11.196/2005: A CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS A EMPRESAS QUE


DESENVOLVEM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NO BRASIL

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em


Direito no Centro Universitário Curitiba, pela Banca Examinadora formadas pelos
professores:

Orientador: Prof. Sérgio Itamar

___________________________
Prof. Membro da Banca

Curitiba, de de 2021
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus,


que proveu todas as condições necessárias
para que eu pudesse ingressar em uma
faculdade e agora concluí-la. Dedico também
a todas as pessoas que me apoiaram e
acreditaram que eu poderia chegar até aqui.
“A inovação sempre significa um risco.
Qualquer atividade econômica é de alto risco
e não inovar é muito mais arriscado do que
construir o futuro.”

(Peter Drucker)
RESUMO

Por muito tempo, o Brasil ficou estagnado em atividades inovativas, cumprindo


somente com o que era proposto e sem nenhum estímulo ao mercado para que
inovações fossem criadas no país. Com o objetivo de estimular a economia e
aumentar a competitividade mundial, foi criada a Lei nº 11.196/2005, conhecida como
Lei do Bem, que é atualmente a maior aplicação de estímulo às empresas brasileiras
que desenvolvem inovação. Em seu conteúdo, é previsto incentivos fiscais a
atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, abarcando todos os setores da
economia de nosso país. Visando esclarecer a utilização do benefício fiscal, este
Trabalho tem como objetivo levar o entendimento da Lei do Bem, apresentando
conceitos da Receita Federal do Brasil e doutrinadores especialistas em inovação.
Ainda, trazemos uma análise do benefício empregado no Brasil, permitindo que as
empresas possam alcançar incentivos fiscais e tenham proveitos competitivos ao
investir em Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica. Por fim, trazemos
dúvidas pertinentes a utilização da Lei do Bem, visando facilitar a gestão tributária de
pessoas jurídicas que praticam P&D.

Palavras-chave: Pesquisa e desenvolvimento. Tecnologia. Inovação. Administração


pública. Incentivos fiscais. Lei do bem. Investimento. Lei nº 11.196/2005.
ABSTRACT

For a long time, Brazil was stagnant in innovative activities, fulfilling only what was
proposed and without stimulating the market to reform innovations in the country. With
the objective of stimulating the economy and increasing the world alternative, Law nº
11.196 / 2005, known as Lei do Bem, was created, which is currently the biggest
application of stimulus to Brazilian companies that develop innovation. Its content
includes tax incentives for Research, Development and Innovation activities, covering
all sectors of our country's economy. Aiming to clarify the use of the tax benefit, this
work aims to bring the understanding of the Lei do Bem, concepts of the Federal
Revenue of Brazil and specialists in invasion. Also, we bring an analysis of the benefit
in Brazil, allowing companies to achieve tax incentives and have proven competitive
when investing in Research and Development of Technological Innovation. Finally, we
raise the necessary questions regarding the use of the Lei do Bem, simplifying the tax
management of legal entities that practice R&D.

Keywords: Research and development. Technology. Innovation. Public


Administration. Fiscal Incentives. Law of good. Investment. Law 11.196/2005.
LISTA DE ABREVIAÇÕES

ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresa


Inovadoras
CF - Constitução Federal
CND - Certidão Negativa de Débitos
CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
DIPJ - Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica
IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
ICT - Instituições Científicas e Tecnológicas
IN - Instrução Normativa
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica
MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia
MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
P&D - Pesquisa e Desenvolvimento
PD&I - Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação
PIB - Produto Interno Bruto
RFB - Receita Federal Brasileira
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Decreto nº 5.798/06 ................................................................................31


Quadro 2 – Decreto nº 5.798/06 .................................................................................31
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Carga tributária com o decorrer dos anos ...............................................21


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2. HISTÓRICO DE INOVAÇÃO ................................................................................ 13
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO SOB A LUZ DA
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA .................................................................................... 14
2.1.1 Ótica da Receita Federal do Brasil sobre a Lei do Bem ................................... 17
2.2 ANÁLISE SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA .................................. 20
2.3 BENEFÍCIOS FISCAIS ........................................................................................ 21
3. LEI 11.196/2005 E SEUS INCENTIVOS FISCAIS ................................................ 22
3.1 EMPRESAS QUE LABORAM P&D, LEI DO BEM COMO INCENTIVO FISCAL.28
3.2 INCENTIVOS FISCAIS EM OUTROS PAÍSES ................................................... 32
3.2.1 Lei do Bem no Brasil.. ...................................................................................... 34
4. DÚVIDAS SOBRE A PRÁTICA DA LEI DO BEM ................................................ 38
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 41
12

1. INTRODUÇÃO

Com a necessidade de fomentar as inovações tecnológicas no Brasil, foi criada


a Lei nº 11.196/2005, denominada Lei do Bem. Neste trabalho, será exposto conceitos
básicos sobre o que é Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, dispondo sobre a
gestão dos processos, objetivos, requisitos para bonificar-se e princípios basilares
conceituados por doutrinadores.
Dessa forma, o tema do presente trabalho, é a Lei nº 11.196/2005: A lei de
incentivos fiscais a empresas inovadoras e os desafios para a inovação tecnológica,
um panorama da utilização no Brasil. A problemática a ser apresentada envolve,
sobretudo, se o benefício criado pelos legisladores está de fato diminuindo a carga
tributária das empresas e, com isso, trazendo benefícios. Afinal, as empresas realizam
uma gestão tributária consciente e conhecem a Lei do Bem como incentivo por
desempenharem inovações?
O objetivo geral desta monografia é apresentar a Lei nº 11.196/2005, conhecida
como a Lei do Bem. Sendo sub-rogados pelo objetivo específico que é definir a
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação tecnológica, ainda, apresentar a lei nº
11.196/05 explicitando quais os incentivos fiscais concedidos por ela, a razão de sua
criação, apresentar um panorama geral da utilização no Brasil e, por fim, elencar
dúvidas pertinentes para a utilização da lei do bem pelas pessoas jurídicas.
A justificação desta monografia está por meio de um estudo de extrema
relevância, pois mediante os dados do próprio Ministério da Ciência e Tecnologia, são
poucas as empresas em todo o território nacional que usufurem desta lei, por fim o
estudo acaba buscando mostrar que ao se utilizar da Lei a empresa acaba
desencadeando uma série de vantagens de maneira sistêmica com relação as demais
empresas, quando se utliza da Lei a empresa tem a possibilidade de reinvestir os
valores deduzidos dos tributos em inovação, gerando com isso uma melhoria contínua
em seus produtos, serviços e também em seu processo, alavancando assim maior
competividade, se diferenciando das demais empresas do mercado e alcançando o
seu crescimento.
Esta análise terá como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica,
com o seu conteúdo amparado em análise doutrinárias digitais e físicas, artigos
científicos, legislação abordando a lei do bem e outras mencionadas durante o
13

trabalho exposto.
Para tanto, esta monografia está dividida em quatro capítulos, além da presente
introdução. No capítulo dois, será abordado a fundamentação teórica. No capítulo três
serão estudados os incentivos fiscais concedidos pela lei do bem. Por fim, o capítulo
quatro, nos mostrará dúvidas sobre a prática da lei do bem.

2. HISTÓRICO DE INOVAÇÃO

Neste capítulo o trabalho terá como objetivo exibir as definições de P&D,


trazendo desde o início a necessidade de criação da Lei nº 11.196/2005 (Lei do Bem),
bem como, discorrer sobre os principais conceitos na legislação à luz de
doutrinadores. Ainda, será apresentado os benefícios que a mesma pode trazer as
empresas que dela se habilitam.
Não é de hoje que o mercado vê a necessidade de inovar. Estando cada vez
mais competitivo, voltamos a segunda metade do século XVII, onde a Inglaterra viu a
necessidade de revolucionar a indústria, causando grandes transformações. A
Revolução Industrial, proporcionou a mudança no estilo de vida e enormes avanços a
economia mundial, vez que, inovações foram responsáveis por grandes
transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho.
Desde a revolução industrial, as indústrias se aqueceram cada vez mais e
diariamente vemos uma enxurrada de coisas novas sendo produzidas e ofertadas a
população. Milhares de empresas formadas com o único objetivo de se encaixar no
mercado e inovar à sua maneira, diante disso o Brasil se viu em uma defasagem
tecnológica e desaquecimento em seus mercados, trazendo a necessidade de
fomentar a indústria e proporcionar uma experiência tecnológica mais factível.
Desarte, em uma análise com 18 países, o Brasil é o penúltimo colocado no
ranking geral, entre 18 economias selecionadas, à frente apenas da Argentina. Com
isso, foi criada a Lei nº 11.196/2005, sendo uma alternativa muito válida e pouco
utilizada pelas empresas para investir na melhoria contínua no processo produtivo,
realizar investimentos em novas tecnologias, e proporcionar um diferencial, não só de
mercado, mas também de cultura organizacional.
14

2.1 CARACTERIZAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO SOB A LUZ DA


INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Neste tópico, será apresentada as divisões existentes dentro de P&D, bem


como, definir cada uma delas. Vale ressaltar que a P&D adentra o trabalho inovador
ao empregado de forma organizada, com a finalidade de ampliar o volume de
discernimentos, trazendo o conhecimento do homem, da sociedade e da cultura. Com
isto, vamos as definições de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação tecnológica.
O conceito P&D amplia três atribuições: a pesquisa básica, pesquisa aplicada
e o desenvolvimento experimental. A primeira conhecida como pesquisa básica
corresponde em trabalhos téoricos desenvolvidos ou trabalhos experimentais
basicamente abordando a finalidade de manusear novos discernimentos sobre os
fundamentos de acontecimentos e fatos observáveis, sem conceituar uma aplicação
ou uso reservado.
A segunda conhecida como pesquisa aplicada afirmando-se em atividades
verdadeiras com o intuito de alcançar novos conhecimentos e principalmente trazendo
uma maneira mais prática e definida. Por fim a última atribuição conhecida como o
desenvolvimento experimental que trata-se de atividades organizadas que são obtidas
através de pesquisa ou experimento prático, para lançar por meio de fabricação os
novos produtos, serviços ou materiais em busca de ampliar a existência do P&D.

Tratatando-se de inovação tecnológica, Frascati em seu manual, define:

Inovação tecnológica pode ser considerado a concepção de um novo produto,


ou de um processo de fabricação, ou ainda otimização e melhoria de um
produto, ou processo produtivo, que gerem melhorias e proporcionem um
ganho de qualidade e produtividade, que resultem em maior competitividade
no mercado.1

De igual modo, o manual de Olso define:

Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou


significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de

1FRASCATI, MANUAL DE. Metodologia proposta para definição da pesquisa e desenvolvimeneto


experimental. Ed. F-iniciativas,2011.
15

marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na


organização do local de trabalho ou nas relações externas.2

O manual de Olso continua expressando que:

Uma inovação pode ser mais estreitamente categorizada em virtude da


implementação de um ou mais tipos de inovação, por exemplo, inovações de
produto e de processo. O requisito mínimo para se definir uma inovação é que
o produto, o processo, o método de marketing ou organizacional sejam novos
(ou significativamente melhorados) para a empresa. Isso inclui produtos,
processos e métodos que as empresas são as pioneiras a desenvolver e
aqueles que foram adotados de outras empresas ou organizações.3

Ainda, conforme Saenz e Capote4 inovação tecnológica “é o processo pelo qual


as empresas dominam e implementam o desenho e a produção de bens e serviços
que são novos para elas, independentemente de serem novos para seus
competidores, nacionais ou estrangeiros”.

Ante o exposto, no Art. 17, §1º, da Lei nº 11.196/2005, conceitua-se


InovaçãoTecnológica como:

§ 1o a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a


agregação de novas funcionalidades ou características ao produto
ouprocessoque implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade
ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado.5

Em concordância, Possoli afirma “(...) inovar está relacionado a inventar algo


diferente, (...) também significa aprimorar o que já existe, obviamente, com mudanças
e consequências significativas”.6
Segundo Saenz e Capote7, a inovação é representada por uma combinação

2 OSLO, MANUAL DE. Proposta de diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre
inovação. 3. Ed. Paris: OCDE, 2005. p.55. Disponível
em:http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso em: 20.mar.2021.
3 Ibid., p.56
4 SAENZ, Tirso W.; CAPOTE, Emílio Garcia. Ciência, Inovação e Gestão tecnológica. CNI, SENAI,

ABIPTI. 2002. p.70.


5 BRASIL, Lei nº 11,196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capítulo III Dos Incentivos à

Inovação Tecnológica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-


2006/2005/lei/I11196.htm. Acesso em: 01.mar.2021
6 POSSOLI, Gabriela Eyng. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: Ed. Ibpex, 2011. p.15
7 SAENZ, Tirso W.; CAPOTE, Emílio Garcia. Ciência, Inovação e Gestão Tecnológica. CNI, SENAI,

ABIPTI, 2002. p.15


16

das necessidades sociais, e da demanda do mercado, as atividades científicas,


tecnológicas, produtivas, financeiras, e comerciais que são criadas para atender as
necessidades do mercado.
O manual de Olso classifica os tipos de inovação, que pode tratar-se de
inovação de produto, inovação de processos, inovação de marketing, e a inovação
organizacional. Veja-se:

Inovação de produto: é a introdução de um bem ou serviço novo ou


significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos
previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em
especificaçõestécnicas, componentes e materiais, softwares incorporados,
facilidade de uso ou outras características funcionais; Inovação de processo: é
a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou
significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em
técnicas, equipamentos e/ou softwares; Inovação de marketing: é a
implementação de um novo método de marketing com mudanças
significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no
posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços;
Inovação organizacional: é a implementação de um novo método
organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu
local de trabalho ou em suas relações externas.8

Superados os conceitos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação


Tecnológica, a seguir será apresentado os critérios que permitem a distinção P&D de
outras atividades correlatas:

QUADRO 1 – Critérios que permitam a distinção do P&D de outras atividades correlatas.

Quais são os objetivos do projeto?


Existe um elemento novo ou inovador neste projeto?
Ele se baseia nos fenômenos, em estruturas ou em relações desconhecidas até
agora?
Consiste na aplicação de uma maneira nova de conhecimento ou de técnicas já
conhecidas?
Existe uma forte possibilidade de que o projeto resulte em uma nova compreensão
(mais ampla e aprofundada) dos fenômenos, das relações ou dos princípios de
tratamento suscetíveis de interessar a mais de uma
organização?

8OSLO, Manual de. Proposta de diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre inovação.
3.ed. Paris: OCDE,2005. p. 57. Disponível em:http://www.mct.gov.br.upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso
em 20.mar.2021
17

Acredita-se que os resultados serão patenteados?


Que pessoal trabalha no projeto?
Quais são os métodos utilizados?
Que programa financia o projeto?
De que maneira as conclusões ou os resultados deste projeto terão um caráter geral?
Será mais natural classificar o projeto em outra categoria de atividade científica,
tecnológica ou industrial?
Fonte: OCDE

O principal critério que oportuniza a distinção entre P&D e as atividades


correlatas é que há um elemento de novidade, com significância e a incerteza
tecnológica e científica, ou seja, quando há um problema mais a solução não óbvia
para alguém que se encontra devidamente ciente de todo o conhecimento e técnicas
básicas utilizadas em um determinado setor.
Segundo esses critérios, um projeto específico corresponderá como um P&D
se for determinado objetivamente, caso não seja realizado desta maneira, não será
P&D. Os exemplos que determimam a aplicação desses critérios: Uma autópsia de
rotina que estuda a causa da morte de alguém é uma prática comum na área de
medicina, mas não é comum em P&D. Porém, nota-se a utilização do P&D através de
autópsia tendo a finalidade de constatar os efeitos colaterais de um tratamento contra
o câncer. Também podemos verificar que alguns controles comuns prescritos por
médicos como um exame sanguíneo ou bacteriológicos, não são de P&D, mas sim
um programa de introdução de um novo produto farmacêutico. A maioria das
atividades que são realizadas em P&D são feitas na área de estudos e projetos.

2.1.1 Ótica da Receita Federal do Brasil sobre a Lei do Bem

Neste capítulo, será apresentada as definições de Pesquisa, Desenvolvimento


e Inovação tecnológica, como óbice a Receita Federal do Brasil, ao criar a Lei
11.196/2005.

O Conceito de Inovação Tecnológica pela visão do Andreassi e Tidd; Bessant:

O conceito de desenvolvimento pode ser dividido numa dimensão normativa


e numa dimensão estrutural. A palavra inovação parece estar na moda no
Brasil atualmente, pois nunca se falou tanto quanto nos dias de hoje. Até aos
18

anos 60, reconhecia o desenvolvimento no aumento do bem estar material,


sofrendo uma evolução nos anos seguintes, para a equidade, satisfação das
necessidades básicas, igualdade entre géneros e, mais recentemente, para
a proteção e melhoria do ambiente.9

A inovação tecnológica permite às empresas uma vantagem de competir e


agregar valores aos seus produtos, inovando ou obtendo redução de custos
dos mesmos, por meio de avanços técnicos produtivos favorecendo a
diferenciação de seus produtos com os demais produtores do mesmo ramo.
Afirmam também, que a inovação pode ser responsável pela competitividade
epelo sucesso ou fracasso do andamento de uma organização, além de que
no ponto de vista da sociedade a inovação gerada pelos empreendedores é
responsável por parte considerável do avanço tecnológico e de um avanço
econômico consistente.10

A atividade desenvolvida e coordenada, mostra preocupação as


consequências negativas para o meio ambiente, o que necessariamente faz com que
a qualidade de vida piore, pois a proporção estrutural foca-se na utilização de novas
tecnologias, melhoria de recursos humanos, que geralmente são investigados a partir
de um duplo ponto de vista. Em razão disso, o desenvolvimento tecnológico permite
obter ganhos de produtividade com o fator positivo do aumento do rendimento per
capita, portanto, as novas tecnologias precisam ser bem estudadas e preparadas,
para que não hajam prejuízos com a mencionada Inovação tecnológica.

O conceito de inovação tecnológica e pesquisa tecnológica e desenvolvimento


de inovação tecnológica é apresentado na Instrução Normativa n° 1.187. Sendo
assim, nos termos do inciso I, artigo 2° da IN n° 1.187:

I - Inovação tecnológica: a concepção de novo produto ou processo de


fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou
características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais
e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior
competitividadeno mercado.11

Entretando os conceitos supramencionados, utilizados pela Receita Federal do


Brasil, ainda transporta insegurança quanto a sua utilização por parte das empresas.

9 ANDREASSI, Tales. Gestão da Inovação tecnológica. São Paulo: Thomson Learning,2007.


10 TIDD, Joe; BESSANTE, John. Gestão da Inovação: Tradução (Félix Nonnenmacher) 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2015.
11 BRASIL, Receita Federal. Instrução Normativa 1.187, de 29 de agosto de 2011. Disponível em:

http://www.receita.fazenda.gov.br/legislação/ins/2011/in11872011.htm. Acesso em: 21.mar.2021


19

Por isso, manuais internacionais são comumente utilizados para a correta utilização
do benefício fiscal. Dentre esses manuais internacionais possuem, o manual de Oslo
de Diretrizes para Coleta e Interpretação de dados sobre Inovação:

Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou


significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de
marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na
organização do local de trabalho ou nas relações externas.12

A englobante definição de uma inovação compreende um amplo conjunto de


inovações possíveis. Uma inovação pode ser mais intrinsecamente eminente em
virtude da implementação de um ou mais espécies de inovação, por exemplo
inovações de produto e de processo.
Nessa definição acerca de inovações de produto e de processo pode ser
relacionada à definição de inovação de produtos e de processos já iniciados na
empresa, mas que precisam ser melhorados ou adaptados.
O Manual de Oslo define quatro espécies de inovações que limitam um amplo
conjunto de mudanças nas atividades das empresas, sendo elas inovações de
produto, inovações de processo, inovações organizacionais e inovações de marketing.
Os autores Bernardes e Andreassi, salientam que o Brasil, nos últimos anos
está se consolidando no campo científico, grande parte desse avanço se deve ao
estimulo pela implementação de pesquisas econômicas e sociais, preocupadas com
a função estratégica que ocupa a inovação tecnológica no desenvolvimento e
competitividade da economia nacional e das empresas.
Portanto, conforme os autores mencionados, a formação de economia de
serviços e produtos fortes, ligadamente com a essência na produção de conhecimento
nas trajetórias bem sucedidas de inovação tecnológica e de mudança social têm sido
reconhecidamente cruciais para o avanço das empresas brasileiras, não apenas no
aspecto, mas também no aprendizado que as novas atividades ensejam.
Para a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI), o conceito de inovação tecnológica para a fruição da lei do bem
não pressupõe a introdução efetiva de um novo produto ou processo no mercado,
através de sua produção e comercialização, contemplando as inovações que ocorram

12OSLO, Manual de. Proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação.
3. ed. Paris: OCDE,2005. Disponível em: http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso em
20.mar.2021
20

no ambiente interno das empresas e que não necessariamente são lançadas ao


mercado.
Justificando que as organizações administrem e aumentem os seus recursos,
sempre de maneira coesa e lícita, estimulando o crescimento.

2.2 ANÁLISE SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA

O Brasil hoje possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, dominando
praticamente 40% do PIB aumentando os custos dos produtos e serviços neles
produzidos. Na atual situação do Brasil, os governos, de uma repercussão geral, têm
estimados certas medidas que elevam a carga tributária. Os impostos são a maneira
mais fácil e necessária para os governos alcançar o objetivo geral público.

De acordo com Varsano:

“O nível da carga tributária não é, contudo, um conceito absoluto: uma mesma


carga tributária, medida pela relação percentual entre a arrecadação e o PIB,
pode ser baixa para uma sociedade e excessiva para outra, dependendo das
respectivas capacidades contributivas e provisões públicas de bens.”13

Na CF, em seu art. 6º menciona os direitos sociais e define a educação, a


saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância e por fim a assistência aos desamparados constituindo os direitos sociais
de cidadãos. Entretanto, é um dever do Estado, e a sociedade espera que promovam
este bem-estar sem preconceitos de origem, sexo, raça, cor, idade ou quaqlquer outra
maneira de discriminação, atendendo essencialmente suas necessidades básicas
como saúde, educação, trabalho e segurança. Os impostos são os custos de
manuntenção que se paga para garantir uma sociedade civilizada. Por trás das
arrecadações dos impostos , os governos podem exercer suas atividades para quais
foram constituídos.
A carga fiscal bruta acaba englobando todos os tributos arrecados anualmente
pelos os gvernos sendo eles federal, estadual ou municipal.

13VARSANO, R.; PESSOA, E. P.; SILVA, N. L. C.; AFONSO, J. R. R.; ARAUJO, E. A.; RAMUNDO, J.
C. M. Uma análise da carga tributária do Brasil. Rio de Janeiro: IPEA/BNDES, 1988. Texto para
Discussão n. 583. p.21
21

Conforme dados apresentados pelo Tesouro Nacional em 2021, a carga


tributária Brasileira no ano de 2020, é estimada em 31,64% do PIB. O dado é 0,87
ponto percentual menor que o observado em 2019, quando ficou com 32,51% do PIB.

Gráfico 1 – Carga tributária com o decorrer dos anos.

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/arrecadacao-de-impostos-cai-691-em-2020-e-tem-o-
pior-resultado-em-10-anos/

A revista Istoé Dinheiro revela que “A alta carga tributária leva brasileiros a
dedicarem quase metade do ano de trabalho só para pagar impostos. São necessários
151 dias de labuta para acertar as contas com o Fisco. É o que mostra estudo
realizado pelo IBPT.”
Segundo o levantamento da entidade, tudo o que os profissionais receberam
de renda até o dia 30 de maio foi só para pagar tributos (impostos, taxas e
contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.

2.3 BENEFÍCIOS FISCAIS

Os benefícios fiscais baseiam-se em munificências que os Municípios, Estados


ou União permitem às empresas em relação às suas receitas tributárias. Entretanto,
a Administração Pública denega a arrecadação de receitas e cobranças em relação a
certas empresas.
Os benefícios fiscais tem espécies que são: benefícios, anistias, concessões,
22

redução de base de cálculo, subvenções e isenção na alíquota.


As empresas acabam adotando esses benefícios tendo em vista dois objetivos
principais:
 Impulsionar o desenvolvimento e a criação de empresas nos locais onde
eles são ofertados. Como um efeito, há um elevado aumento na renda e acaba
gerando empregos naquela localização;
 Diminuir as desigualdades sociais por meio da exoneração de produtos
considerados primordiais para a população em geral, por exemplo: a cesta básica. Os
efeitos são mais vastos, pois determinam beneficiar a sociedade mais do ue estimular
empresas a se instalarem na determinada localidade ou região.
As categorias mais básicas de concessão de benefícios fiscais para empresas
licitadas pela administração pública são: isenção, redução de base de cálculo, crédito
presumido, anistia ou redução de débitos e subvenção. O funcionamento de alguns
tipos mencionados: O primeiro caso é da isenção, crédito presumido ou redução da
base de cálculo onde há uma renegação curta do Estado daquela receita tributária
antes do nascimento da obrigação tributária, seja pelo meio da redução da alíquota,
da concessão de crédito ou da base de cálculo a ser descontado na apuração do
tributo devido, e no segundo caso sobre a anistia ou redução de débitos acaba
ocorrendo que o contribuinte já tem débitos tributários abertos, ou seja, já existe uma
incidência de tributos sobre as suas rendas, e o governo oferece viabilidades de
pagamento com menos juros ou multas.
Na realidade não há diferença entre benefícios fiscais e incentivos fiscais. Pois
o benefício fiscal é mais abrangente, já os incentivos fiscais é espécie do gênero
benefício fiscal. Os dois estão relacionados a redução de tributos ou a eliminação.
Porém, pode-se afirmar que todo incentivo fiscal é um benefício fiscal, mas nem todo
benefício fiscal é um incentivo fiscal.

3. LEI 11.196/2005 E SEUS INCENTIVOS FISCAIS

Neste capítulo, trataremos sobre os Incentivos fiscais presentes na Lei do


Bem, atribuídas pela Lei nº 11.196/2005, mencionada pela ANPEI:

“Incentivos fiscais da lei do bem, oriunda da lei nº 11.196/2005, atualmente é


o principal instrumento de estímulo às atividades de pesquisa,
23

desenvolvimento e inovação nas empresas brasileiras, abarcando todos os


setores da economia sendo estes instrumentos adotados em muitos países
para estimular as atividades mencionadas. Estes incentivos favorecem a
competitividade interna e externa das empresas, a geração de empregos
especializados e de alto nível, e a redução do risco tecnológico inerente às
estratégias de inovação, sendo fundamental para sustentar o
desenvolvimento da capacidade técnica e produtiva, além de aumentos do
valor agregado da produção de bens e serviços” 14

Em sua redação original a lei de inovações conduziu, incentivos a inovação, a


pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. De acordo com o material
exposto pela ANPEI em 2017, a mencionada lei tem como objetivo a sinergia entre
empresas nacionais, ICT e organizações de direito privado sem fins lucrativos com o
objetivo de aprimorar um produto ou processo inovador para a empresa, previsto no
art. 28, da Lei nº 10.973 de 2004: “A União fomentará a inovação na empresa mediante
a concessão de incentivos fiscais com vistas na consecução dos objetivos
estabelecidos nesta Lei. ”15
Com base no artigo supramencionado, foi constituída a Lei nº 11.196 em
novembro de 2005. A própria foi sancionada pelo Presidente da República na época
Luiz Inácio Lula da Silva. A Lei do Bem foi regida pelo decreto nº 5.798 de 2006:
“concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de
novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique
melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando
maior competitividade no mercado. ”16, sendo seguidamente regrada pela IN nº 1.187
de 2011, de acordo com o relatório exposto pelo MCTIC17.
As limitações da Lei do Bem conforme a ANPEI, são a falta de percepção sobre
as leis de incentivo, o regimento tributário e o lucro tributável sendo entraves para o
incremento de empresas na atuação do benefício mencionado. Estender a

14 ANPEI. Guia prático de apoio à inovação: Onde e como conseguir apoio para promover a inovação
em sua empresa. Brasília: ANPEI, 2017
15 BRASIL, Lei nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e a

à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 01.mar.2021
16 BRASIL, DECRETO Nº 5.798, de 07 de junho de 2006. Regulamenta os incentivos fiscais às

atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os arts.


17 a 26 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário Oficial (da República Federativa do
Brasil, Brasília, 08.jun.2006
17 BRASIL. Instrução Normativa 1.187, de 29 de agosto de 2011. Disciplina os incentivos fiscais às

atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica de que tratam os arts.


17 a 26 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário Oficial (da República Federativa do
Brasil), Brasília, 30 de Agosto de 2011
24

perceptibilidade desse tema para que as empresas tenham mais aclaramentos sobre
as leis de incentivo seria um grande avanço de uma economia mais estável e mais
inovadora. A ANPEI engradece que nada mais atrativo do que aplicar a educação
fiscal como essencial via para alcançar a inovação.
Adiante da atenuação supramencionada passível a título do incentivo fiscal
apresentado pela Lei do Bem, a redação acima, incluiu o benefício de atenuação
integral dos gastos com Pesquisa e Desenvolvimento, apontados como despesa
operacional, a pessoa jurídica beneficiária do incentivo fiscal, poderá deduzir até 60%
do valor gasto em pesquisa e desenvolvimento, diante ao art. 19 da Lei nº
11.196/2005:

Art. 19. Sem prejuízo do disposto no art. 17 desta Lei, a partir do ano-
calendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor
correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios
realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela
legislação do IRPJ, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei.18

A atenuação mencionada, poderá chegar até 80%, segundo o parágrafo 1º, do


art. 19 da Lei nº 11.196/05:

“§ 1o A exclusão de que trata o caput deste artigo poderá chegar a até 80%
(oitenta por cento) dos dispêndios em função do número de empregados
pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, na forma a ser definida em
regulamento”. 19

Diante disto, a empresa poderá ter um benefício extra de 20%, caso suceda
patente do produto, previsto no parágrafo 3º do art. 19 da Lei nº 11.196/05:

§ 3º Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, a pessoa


jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da
base de cálculoda CSLL, o valor correspondente a até 20% (vinte por cento)
da soma dosdispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica objeto de patente concedida ou
cultivar registrado.20

18 BRASIL. Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capitulo III Dos Incentivos à
Inovação Tecnológica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11196.htm>. Acesso em: 01.mar.2021
19 Ibid., Acesso em: 02.mar.2021
20 Ibid., Acesso em: 03.mar.2021
25

Entende-se que os percentuais utilizados aditivamente sobre os valores gastos


em Pesquisa e Desenvolvimento, são tirantes do lucro líquido para determinação da
base de cálculo do lucro real, para dedução do valor a pagar de IRPJ e CSLL.

O MCTI apresenta através dos incentivos concedidos pelo governo, no capítulo


III da Lei do bem:

a) Exclusão do lucro líquido e da base de cálculo da Contribuição Social


sobre o Lucro Líquido - CSLL, o valor correspondente de até 60% da soma
dos dispêndios, classificados como despesas operacionais pela legislação do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ, realizados com P&D no
Ano Base considerado; b) Adição de até 20%, no caso de incremento do
número de pesquisadores dedicados exclusivamente à pesquisa e
desenvolvimento contratados no ano de referência; c) Adição de até 20%, na
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica objeto de patente concedida ou
cultivar registrado. Os incentivos supramencionados poderão chegar à
dedução de 200% por ocasião do cálculo do lucro líquido, na determinação
do lucro real e da base decálculo da CSLL, ou seja,100% das despesas com
P&D da empresa + até60% pelo incentivo concedido porparte do Governo
Federal pelo fato da empresa realizar P&D + 20% pelo aumento de
contratação do número de pesquisadores exclusivos + 20% pela concessão
de patente ou registro de cultivar) desde que todos os projetos de P&D
relatados tenham, de fato, gerado patentes ou cultivares registrados. Tal
possibilidade corresponde a uma renúncia fiscal de até 34% dos dispêndios
de P&D, no país, próprios e/ou contratados (de forma complementar) junto à
Micro e Pequena Empresa – MPE (Lei Complementar nº 123/2006),
Consultores Independentes, Universidades e Instituições Científicas e
Tecnológicas – ICT, desde que mantida a responsabilidade, o risco
empresarial, a gestão e o controle da utilização dos resultados pela empresa
beneficiária. d) redução de 50% do IPI na compra de máquinas,
equipamentos, aparelhos e instrumentos (nacionais ou importados)
destinados ao uso exclusivo de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica; e) Redução à zero da alíquota do IR incidente sobre as
remessas ao exterior destinadas aos pagamentos de registro de manutenção
de marcas, patentes e cultivares; f) Depreciação Acelerada Integral, sem
prejuízo da depreciação normal dos equipamentos, máquinas, aparelhos e
instrumentos no próprio período de aquisição, destinados à P&D para fins de
IRPJ e CSLL; g) Dedução do saldo não depreciado dos equipamentos,
máquinas, aparelhos e instrumentos destinados à P&D, no ano em que for
concluída a sua utilização; h) Amortização Acelerada (dedução) dos
dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis destinados à P&D, no
Ano Base; i) Dedução do saldo não amortizado dos dispêndios relativos à
aquisição de bens intangíveis destinados à P&D, no ano em que for concluída
a sua utilização; j) Exclusão, para efeito de apuração do IRPJ e da CSLL, de
50% a 250% dos dispêndios efetivados em projetos de pesquisa científica e
tecnológica executada por ICT (Inc. I do §1°) do Art. 19-A da Lei nº
11.196/05), cuja operacionalização é executada sob a gestão da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES/MEC.21

21 MINISTERIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Lei do Bem – Capitulo III.Disponível em:


http://www.mct.gov.br/indez.php/content/view/8586/Lei_do_Bem_Capítulo_III.html. Acesso em
15.mar.2021
26

A Lei do bem conteve, em sua redação, incentivos fiscais no qual as


empresas, que investem em Pesquisa e Desenvolvimento, possam aplicar. No
entanto, esses incentivos não são amparados por todas as empresas. Ademais, o
incentivo fiscal da lei do bem submeteu as empresas a possuírem maior organização
nas contas contábeis para uma futura amortização de contas frente ao MCTI.
Empresas que anseiam os incentivos fiscais da lei do bem, devem
absolutamente mencionar cinco requisitos exigidos na redação da lei do bem: O 1º
requisito mencionada pela redação da lei do bem é a CND, segundo o art. 23 da Lei
nº 11.196:”O gozo dos benefícios fiscais e da subvenção de que tratam os artigos 17
a 21 desta lei fica condicionado à comprovação da regularidade fiscal da pessoa
jurídica”.
De acordo com ANPEI, apenas empresas que calculam os tributos do imposto
de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, baseado no lucro no real e que
possuam lucro tributável que conseguirão aplicar o incentivo fiscal.
Os outros requisitos mencionados pela lei do bem, encontra-se na redação nos
incisos I e II do art. 3º da IN nº 1.187 a pessoa jurídica terá que delinear o projeto de
pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, com manejo
analítico dos custos e despesas integrantes para cada projeto incentivado. Tendo a
alocação exatos de custos ao projeto de pesquisa, a pessoa jurídica deverá aplicar
critérios uniformes e persistentes ao longo do tempo, especificando de forma
detalhada e individualizada os dispêndios, até mesmo o controle das horas aplicadas,
trabalhos desenvolvidos e os custos respectivos de cada pesquisador e funcionários
que deram assistência ao projeto incentivado.
Em compensação, a lei do bem consiste num aproveitamento do incentivo fiscal
a comprovação do valor em face do MCTI, previsto o art. 14 do decreto nº 5.798/06:

Art. 14. A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos de que trata este Decreto
fica obrigada a prestar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em meio
eletrônico, conforme instruções por este estabelecidas, informações sobre
seus programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação
tecnológica, até 31 de julho de cada ano.22

Essa confirmação do valor aplicado, se dar por meio do formulário

22DECRETO N° 5.798, de 7 de Junho de 2006. Regulamenta os incentivos fiscais às atividades de


pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei
no 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, 08
de Jun. de 2006. Acesso em: 01.mar.2021
27

para informações sobre as atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de


inovação tecnológica, que deverá ser entregue em meados de julho do ano seguinte
ao aproveitamento do incentivo fiscal.
Empresas que aplicam a lei do bem devem demonstrar os gastos efetivados a
título do incentivo e se as mesmas não conseguirem demonstrar esses gastos
poderão ser objeto de retaliações por parte do governo. O texto original do art. 24 da
Lei nº 11.196 acarretou o que irá acontecer com a empresa caso descumpra as regras:

Art. 24. O descumprimento de qualquer obrigação assumida para obtenção


dos incentivos de que tratam os arts. 17 a 22 desta Lei bem como a utilização
indevidados incentivos fiscais neles referidos implicam perda do direito aos
incentivos ainda não utilizados e o recolhimento do valor correspondente aos
tributos não pagos em decorrência dos incentivos já utilizados, acrescidos de
juros e multa, de mora ou de ofício, previstos na legislação tributária, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.23

Caso a empresa não cumpra com qualquer obrigação assumida para obtenção
dos incentivos nos termos dos arts. 17 a 22 dessa lei assim como a utilização
inadequada dos incentivos fiscais, comprometem na perda do direito aos incentivos
ainda não utilizados e o recolhimento do valor equivalente aos tributos que não foram
pagos em decurso dos incentivos já utilizados, além de juros e multa de mora ou de
ofício, previstos na legislação tributária, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
O formulário para informações sobre as atividades de pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica nas empresas deve ser realizados pelo site
do MCTI.
Saliento, que para ter um melhor controle das atividades abrangidas,
aconselha-se que os resultados da pesquisa aplicada sejam bem documentadas, de
forma que possam ser prontamente rastreadas para uma mais fácil transição para
atividades de desenvolvimento experimental. Além do mais, o fator interno tem uma
importância nesse controle para um melhor desenvolvimento da lei do bem, nesse
nível técnico e também financeiro, com a finalidade de inteirar com clareza e exatidão
a P&D e a prestação de contas.

23BRASIL. Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capitulo III Dos Incentivos à
Inovação Tecnológica. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11196.htm>. Acesso em: 01.mar.2021
28

3.1 EMPRESAS QUE LABORAM P&D, LEI DO BEM COMO INCENTIVO FISCAL

A Lei nº 11.196 de 2005, renomada como a “Lei do Bem”, foi originada com o
intuito de possibilitar incentivos fiscais a pessoas jurídicas que desempenhavam
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. Tal conduta
foi tomada pelo governo com o objetivo de que as empresas amplificassem os
investimentos nesta área, além de aproximar as empresas das universidades,
otimizando as pesquisase os resultados com P&D.
Regulamentada e sancionada em 21 de novembro de 2005, pelo decreto nº
5.798 de 2006, essa lei iniciou com um desejo de aumentar o nível de concorrência
das indústrias brasileiras, com isso foram regulamentados incentivos fiscais para
pessoas jurídicas que constituem em P&D de inovação tecnológica, para que as
empresaspossam fazer o uso dos incentivos fiscais integrados no capítulo III da lei, e
ainda reinvestir os valores não pagos ao fisco, em P&D de inovação tecnológica.

Conforme o MCTI, o objetivo da lei é de:

“Contribuir para a construção de um ambiente favorável, à dinamização das


atividades relacionadas ao processo de inovação no segmento empresarial,
mediante a aplicação da inserção de pesquisadores no setor produtivo, do
estímulo à cooperação entre empresas, da difusão da cultura de absorção do
conhecimento técnico e cientifico, e da formação de recursos humanos para
a inovação e do apoio à implementação de centros de P&D, visando a
expansão do emprego, da renda e do valor agregado nas diversas etapas de
produção”.24

A lei busca impulsionar o setor tecnológico, para que novas tecnologias sejam
ampliadas em território nacional, tendo uma produção de conhecimento tecnológico,
bem como seu seguimento e enriquecimento, depende significamente do apoio
indireto ou direto do estado, e ainda é fundamental uma política brava de incentivos
fiscais para que as empresas invistam nessa direção. Com o surgimento da lei do
bem, o estado visaaderir iniciativas para mudar uma realidade, em razão de que o
Brasil importa grande parte da tecnologia a aplicada no país, por falta de
investimentos nesse sentido, conforme o MCTI: “as medidas de incentivos à inovação

24 MINISTERIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Lei do Bem – Capitulo III.Disponível em:


http://www.mct.gov.br/index.php/conten/view/8586/Lei_do_Bem_Capítulo_III.html. Acesso:
23.mar.2021
29

e a pesquisa cientifica e tecnológica no ambiente produtivo, objetiva a capacitação e


a autonomia tecnológica, assim como o desenvolvimento do país”. Entretanto se
reconhece a tecnologia como elemento primordial para o desenvolvimento de uma
nação.
A lei aplica-se a todas as empresas que façam investimentos em P&D,
direcionadas a inovação tecnológica de produtos ou melhoria de processos, mesmo
que não se relacionem com a atividade fim de empresa.
Além do mais, a inovação tecnológica relaciona-se à introdução de novos
produtos e processos empresariais, e não inevitavelmente ao ineditismo dessa
inovação no mercado ou no setor de atividade.
Com o intuito de usufruir desse benefício a empresa terá que realizar
investimentos em P&D voltados à inovação tecnológica, precisando atender ainda
mais três condições necessárias pelo MCT que são:
 Ser tributada pelo regime de tributação com base no lucro real;
 Comprovar regularidade quanto a quitação de tributos federais e demais
créditos inscritos em dívida ativa da união;
 Ter lucro fiscal no ano base.
Recepcionando essas três condições ela estará apta a requerer os incentivos
fiscais oferecidos pela Lei do Bem.
Essas três condições geram uma enorme crítica a cerca da lei, pois ela não
abrange as microempresas e as empresas de pequeno porte, que estão inclusas no
regime de tributação do simples nacional,e no regime com base no lucro presumido,
sendo assim as pequenas empresas não estão aptas a requerer esses incentivos e
acabam perdendo a chance de reinvestir os valores que não são pagos ao fisco em
inovações e melhorias, tendo mais dificuldade na competição com as grandes
empresas.
De acordo com o MCTI, as empresas que se encaixam nos critérios
mencionados acima, realizam o P&D de inovação tecnológica, podendo utilizar os
incentivos fiscais, não sendo primordial pedir à aprovação de seus projetos de P&D
pelo MCTI, sendo assim a tarefa fica a encargo das próprias empresas, devendo
elas identificar a definição de inovação e se atende todas as condições que são
determinadas pela legislação.
Contudo, as empresas fazem o uso dos incentivos fiscais de forma adiantada,
e concomitante ao cadastro de seus projetos de P&D de inovação tecnológica no
30

MCTI, depois de verificar os projetos, o MCTI analisa-se os projetos estão realmente


tratando de P&D de inovação tecnológica,conforme as condições já apresentadas e
repassa essas informações ao RFB.
Entretanto, caso haja algum defeito de enquadramento do P&D de inovação
tecnológica, por segmento das empresas, a RFB fará a cobrança dos tributos não
pagos pelo uso indevido dos incentivos fiscais.
Contudo, a atividades de P&D passíveis de benefício são apontadas pelo
decreto nº 5.798/06, sendo cinco que encontra passíveis de benefício:
A primeira atividade é a pesquisa básica dirigida os trabalhos executados
com o objetivo de adquirir conhecimentos quanto à compreensão de novos
fenômenos, com vistas ao desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas
inovadores, a segunda atividade é a pesquisa aplicada são os trabalhos executados
com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou
aprimoramento de produtos, processos e sistemas, a terceira atividade é o
desenvolvimento experimental são os trabalhos sistemáticos delineados a partir de
conhecimentos pré-existentes, visando a comprovação ou demonstração da
viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços
ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento dos jáproduzidos ou estabelecidos, a quarta
atividade é a atividades de tecnologia industrial básica tais como aferição e calibração
de máquinas e equipamentos, o projeto e a confecção de instrumentos de medida
específicos, a certificação de conformidade. Inclusive os instrumentos nacionais que
conceituam as atividades de P&D restringem tal atividade à inovação tecnológica, seja
nos manuais, seja nas legislações pertinentes à matéria, e por fim, a quinta e última
atividade é o serviços de apoio técnico são aqueles indispensáveis à implantação
e à manutenção das instalações ou dos equipamentos destinados exclusivamente à
execução dos projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação tecnológica, bem
como à capacitação dos recursos humanos a eles dedicados. Vejamos de forma
lúdica, o quadro abaixo:
31

Quadro 1 – Decreto nº 5.798/06

Quadro 2 – Decreto nº 5.798/06

Fonte: Decreto nº 5.798/06

Conforme quadro acima, os benefícios da Lei do bem, acarretam e m :

1. Dedução de 20,4% até 34% no IRPJ e CSLL dos dispêndios com a P&D;
2. Redução de 50% no IPI na compra de máquinas e equpamentos
destinados à P&D;
3. Depreciação e amortização acelerada desses bens.
32

Portanto, as principais vantagens em se aproveitar dos incentivos fiscais da Lei


do bem, são:
1. Possibilidade de reinvestir os valores deduzidos na àrea de
Pesquisa e Desenvolvimento;
2. Maior concorrência no mercado;
3. Geração de inovação alavanca o crescimento das organizações;
4. Ser considerada uma empresa inovadora pelo MCTI.

3.2 INCENTIVOS FISCAIS EM OUTROS PAÍSES

Os inventimentos em Pesquisa e Desenvolvimento concebe um processo


tecnológico de inovação que estabelecem fatores relevantes do crescimento
econômico gerando uma melhoria dependendo dos padrões de vida de cada país. Os
incentivos fiscais para o P&D são ferramentas eficazes adotadas por muitos dos
governos em volta do mundo para viabilizar Pesquisa e Desenvolvimento e, por fim,
a Inovação. Os incentivos fiscais para o P&D instigam as empresas a realizarem
pesquisa e desenvolvimento, concedendo um crédito fiscal ou uma grande atenuação
de impostos das despesas de pesquisas elegíveis.
Em razão dos benefícios explícitos decorrentes do trabalho de P&D, cada vez
mais governos de todo o mundo pretendem atrair e reter a pesquisa que está sendo
efetuada em seu país. Para estimular as empresas a investir em P&D, países e
estados concedem um número acrescido de subsídios e incentivos fiscais para as
empresas. As multinacionais encontraram vantagens importantes quando levam-se
em consideração esses programas do governo em sua tomada de decisão, podendo
decidir onde alocar seus investimentos em P&D e como irão estruturar seu plano de
investimento.
Apesar de cada país possuir o seu programa particular de incentivo fiscal de
P&D estabelecido a partir de uma lei fiscal nacional, todos os países dividem uma
explicação amplamente aceita do que é considerado P&D, explicação esta que pode
ser encontrada no Manual Frascati, executado pela Organização para a
Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). Essa explicação não se limita
somente as atividades de pesquisas efetuadas por cientistas, mas também engloba
grandes componentes de um novo produto e processo de desenvolvimento, evolução
e melhoria contínua.
33

Portanto, a ABGI Group é uma empresa de consultoria internacional


especializada em incentivos fiscais para o P&D. Os envolvimentos internacionais
assumidos pela empresa fornecem um alto nível de qualidade, confiabilidade e
eficiência, correspondente a metologia padrão de entrega e, também, à nossa
abrangente base operacional forte já implantada em países como Brasil, Canadá,
Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Irlanda. As equipes desse grupo são
constituídas por profissionais multidisciplinares, experientes em ciência, contabilidade
e engenharia, contendo todos os anos de experiência corporativa ou no tratamento
com órgãos da administração fiscal.
Contudo, encontra-se uma visão mais clara das possibilidades atuais, a ABGI
Brasil acaba sempre apresentando25 os diferentes programas de incentivos fiscais
para P&D de cada país que o grupo opera, baseando-os em cinco tipos que são: os
aspectos legais, incentivo fiscal, despesas elegíveis, aspectos contábeis e assistência
eletiva.
Primeiramente os aspectos legais se inicia como uma base através da Lei do
Bem, em que cada país se direciona de formas diferentes trazendo uma comparação
grande com o Brasil. Quando retratamos sobre o incentivo fiscal é um tradicional
mecanismo de apoio à inovação adotado em diversos países, a OCDE, estima-se que
tal incentivo corresponde aproximadamente à 6,9% (seis vírgula nove porcento) dos
investimentos privados em atividades de P&D. Atualmente nota-se que são 18 países
da OCDE concedem algum tipo de benefício fiscal a estas atividades, enquanto em
1996 eram apenas 12. Os incentivos acabam incluindo a dedução imediata dos gastos
correntes com P&D, crédito fiscal ou até dedução de lucros tributáveis. Certos
incentivos beneficiam os aumentos incrementais nos investimentos em P&D, outros
se baseiam no nível de investimentos no ano seguinte. Países em desenvolvimento,
como China e Índia, adotam o instrumento para estimular o desenvolvimento
tecnológico do setor privado.
Já as despesas elegíveis em P&D estamos diretamente relacionando com o
projeto em conformidade com as regras claras comunitárias juntamente com o
princípio da eficácia da econômica e da relação de custo- eficácia. O aspecto contábil,
são as possíveis consequências dos gastos com P&D para o mercado de ações e sua
relação entre varáveis que são observadas pelos investidores como o retorno, o lucro

25GROUP, ABGI. Incentivos Fiscais em outros países. Disponível em: https://brasil.abgi-


group.com/radar-inovacao/artigos-estudos/incentivos-fiscais-internacionais/. Acesso em: 15.abr.2021
34

contábil, o preço das ações, os acrruals e o desempenho futuro. Portanto, acarreta


métodos, flexibilizando a decisão de lançamento ao gestor tanto no ativo como no
resultado, como foi mencionado ao longo da pesquisa sobre os benefícios que o P&D
dá a determinadas empresas.
Por fim, a assistência efetiva trata-se de assegurar que todas as etapas entre
os profissionais envolvidos, estejam pacientes com a validação do P&D, pois a lei do
bem trás uns benefícios as empresas envolvidas e a segurança na mesma.

3.2.1 Lei do Bem no Brasil

Após a vigência da Lei nº 11.196/2005, houve um número extenso de empresas


crescendo anualmente, diante disso, acarretou um processo de amadurecimento dos
orgãos envolvidos.
Em 2011 o MCTI observou os pontos mais relevantes e não somente os dados
quantitativos, mas sim, qualitativos pelo um olhar mais crítico de ciência produzida no
Brasil, a pesquisa acaba sempre se afirmando mais no setor público, do que no
privado. Os alvos normalmente desse campo público são os institutos de pesquisa em
universidades públicas.
Entretanto, em 2010 as empresas que se beneficiaram acarretou
aproxidamente 5 milhões de reais em incentivo fiscal concebidos pela lei do bem.
Vale ressaltar que o MCTI sempre recebe informações através de formulários
eletrônicos até 31 de julho de cada ano e faz uma breve análise qualitativa dos
projetos, a qual acaba gerando duas listas eventuais para as empresas: a primeira
lista é uma que preencha os quesitos de PD&I e a segunda lista é qual os gastos estão
proprícios com os projetos expostos e com a legislação que, supostamente, está em
conflito, estando em linhas manifestadas de PD&I ou nos dispêndidos com P&D.
Porém, a RFB acaba fiscalizando e apontando impropridades de um prazo
prescricional de 5 anos (cinco anos). Prontamente, devemos considerar o uso dos
incentivos fiscais e não levar em conta os valores das listas eventuais, mais sim o
valor total que deixou de ser retraídos dos cofres da União.
Em 2010 o uso dos incentivos fiscais apresentou um valor de 2 bilhões de reais
de benefício para o setor privado, acerca de 875 empresas enviaram e preencheram
o fomulário eletrônico para o MCTI, passando analisar as empresas que obtiveram um
35

valor eloquente em incentivo fiscal.


Isto é, a lei é recente e não há como elaborar uma legislação que atenda de
forma igual todo o setor privado e os outros setores nele abrangidos. Sendo assim,
gerou uma legislação mais ampla, que propõem o crescimento do país com suporte
na inovação tecnológica, diante disso, as empresas obtêm o incentivo fiscal, quando
contribuem com os programas de incentivos no Brasil.
Digamos que se houvessem 64 empresas, e sendo elas 39 internacionais, os
outros 19 são brasileiras e 6 delas se dividem em capital brasileiro e estrangeiro.
Automaticamente 45 empresas dirige no todo ou em parte o capital estrangeiro, que
representa 70% (setenta por cento) do setor privado que investe em inovação no país.
Salienta-se que é evidente a necessidade de pensarmos se a lei do bem é uma
forma de inovação para o Brasil.
Diante disso, o grupo ABGI trouxe numa edição chamada radar inovação a
entrevista com o advogado Pedro Sacramento que atua como analista da
Coordenação de Incentivos Fiscais do MCTI, nessa entrevista o mesmo revela qual a
atual panorama da lei do bem, abaixo a entrevista:

Em julho de 2012, foram entregues as Prestações de Contas dos


Incentivos Fiscais à Inovação Tecnológica referentes ao ano base 2011.
O MCTI já contabilizou o número de formulários entregues para aquele
ano base?
Para o ano base 2011, foram entregues 962 formulários, o que representa
um crescimento de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior,
quando 875 empresas fizeram o envio.
De que forma o Ministério avalia o número de empresas que buscaram
os incentivos fiscais à inovação por meio da Lei do Bem no ano base
2011?
Não tivemos um crescimento significativo em relação ao ano passado, mas
acreditamos que já atingimos um patamar, próximo de mil, que
provavelmente não será superado nos próximos anos. Hoje temos, no Brasil,
cerca de seis mil empresas, no regime de lucro real, que atuam com pesquisa
e desenvolvimento. No entanto, a falta de gestão interna de PD&I ou
desconhecimento da lei, boa parte dessas empresas não está fazendo uso
dos benefícios fiscais.
Existe expectativa de aumento ou diminuição na utilização dos
incentivos em relação a algum setor específico?
Ainda não fizemos a análise dos formulários 2011, mas já foi possível
observar que o valor total de renúncia fiscal ficou bem próximo ao do ano de
2010. Em números absolutos por setor, com certeza o de informática terá um
incremento maior que os demais. Por outro lado, historicamente, sempre
tivemos dificuldades com empresas de serviços. Neste setor é muito tênue a
linha que distingue o que é um processo corriqueiro e o que é inovação, o
que dificulta a análise e o enquadramento dos projetos para fins dos
incentivos fiscais. Por outro lado, a publicação da Instrução Normativa 1.187
em agosto de 2011, desencadeou um importante processo de
amadurecimento das empresas, das consultorias e do próprio Ministério. Com
36

esse avanço em cadeia, a expectativa é que os formulários deste ano estejam


mais consistentes.
O Ministério pretende entrar em contato com as empresas que
submeteram os formulários?
Em caso de pequenas dúvidas em informações prestadas, sim, mas desde
que não haja problemas quanto ao enquadramento dos projetos nos
conceitos de inovação tecnológica. Nossa expectativa é encerrar as análises
dos formulários até 15 de novembro.
Como já mencionado, em agosto de 2011 a Receita Federal publicou a
Instrução Normativa 1.187 a fim de disciplinar os usos dos incentivos.
Existem planos para divulgação de uma segunda Instrução Normativa?
Não, o governo não trabalha com essa perspectiva no momento.
E quais têm sido os esforços do MCTI para divulgar e difundir os
incentivos fiscais à inovação?
O Ministério tem buscado participar de eventos relacionados à área de
inovação – por exemplo, aqueles realizados pela ABIPTI e ANPEI – como
forma de divulgar os incentivos fiscais e seus resultados. Além disso, há o
programa Pro Inova (Programa Nacional de Sensibilização e Mobilização
para a Inovação), que também vem ajudando bastante na difusão dos
mecanismos de apoio à Inovação Tecnológica.
E qual feedback o MCTI tem recebido das empresas? Quais são os
principais questionamentos em relação à utilização dos benefícios?
Tenho feito visitas a empresas e universidades e, de forma geral, elas não
apresentam nenhuma dificuldade. O que percebemos é que, antes da
Instrução Normativa 1.187/2011, havia uma insegurança jurídica por parte
das empresas. Porém, hoje sinto que após a publicação da referida IN isso
não acontece mais, as poucas dúvidas que sobravam foram esclarecidas,
assim não há mais suspeitas sobre como utilizar o incentivo fiscal. Acredito
que, atualmente, ou há o desconhecimento da Lei do Bem ou o empresário
afirma que tem um laboratório, investe em PD&I, mas não possui um
profissional habilitado para efetuar a gestão dos projetos e dos custos
relacionados.
O que fazer, então, para que cresça o número de empresas que investem
em PD&I e, consequentemente, se beneficiem da Lei do Bem?
A grande preocupação hoje, dentro do Ministério, é fazer com que as
universidades e as empresas dialoguem mais. Existe um caminho muito
longo que deve ser encurtado para aproximar o pesquisador e o empresário.
As empresas não estão contratando as universidades e estas, em
contrapartida, não estão buscando as empresas para expor seus trabalhos.
A iniciativa privada precisa buscar o pesquisador, e o pesquisador precisa
buscar um caráter mais mercadológico para sua pesquisa. Esse é o grande
questionamento do momento: Como estreitar esse laço? O governo tem feito
um grande esforço, por meio do fortalecimento dos NITs, por exemplo, ou do
programa Ciência sem Fronteiras, do CNPq.
E na sua empresa, como funciona?
Desde o início da utilização dos benefícios, a Inventta/ABGI realmente
percebe o amadurecimento de todos os agentes envolvidos neste processo
e o avanço das empresas na utilização dos mecanismos disponíveis, porém,
mesmo com a publicação da Instrução Normativa, 1.187 no ano de 2011,
sentimos que ainda restam algumas dúvidas por parte das empresas quanto
aos conceitos e a operacionalização dos benefícios.26

Contudo, existem casos de sucessos que se benefíciaram da lei do bem em


questão de inovação, um desses casos foi sobre a renomada empresa automotiva,

26 ABGI, Brasil. MCTI revela o parnorama da Lei do Bem. Disponível em: < https://brasil.abgi-
group.com/radar-inovacao/noticias/entrevista-pedro-sacramento-mcti/ . Acesso em 11.out.2021
37

Fiat.
No ano de 2007, o Grupo Fiat obteve incentivos fiscais através da lei do bem,
apresentando resultados e avanços ano a ano, em 4 (quatro) anos de trabalho
juntamente com o grupo de projeto de P&D, o valor do seu benefício cresceu 155%
(centro e cinquenta e cinco por cento). Houve um desenvolvimento de um projeto que
abrangesse a realização e a análise dos projetos de inovação da Fiat, tendo cálculos
e controles certos para sua utilização.
A equipe foi capacitada para as finanças quanto aos conceitos de inovação
tecnológica e incentivos fiscais da lei do bem, trazendo uma sensibilidade sobre a
utilização desses benefícios fiscais, em vista de, uma análise de projetos em PD&I.
Obtendo-se uma estruturação de processos internos para a gestão dos usos
dos incentivos, o Grupo Fiat acabou tornando-se o gerenciador de informações dos
projetos de inovação e acentuando a interação entre várias áreas técnicas e
administrativas da sua empresa.
Por fim, deixa-se claro que o Grupo Fiat é um dos maiores grupos da área
industrial do mundo, com diversas operações em mais de 60 países, sendo que no
Brasil ocupa hoje um grande lugar em destaque por meio de sua estratégia global.
Outro exemplo de caso de sucesso pela lei do bem foi a empresa Fibria que
conseguiu recuperar 54% (cinquenta e quatro por cento) dos investimentos em P&D
da lei do bem. Com essa recuperação, deu início ao seu retorno e utilizou os incentivos
fiscais da lei do bem.
Enfrentaram diversas dificuldades pela a empresa por conta de sua
insegurança do uso dos incentivos fiscais, por falta de clareza de conceitos na
legislação e nas regras. Por meio desses incentivos sob a lei do bem, acabou
capacitando os profissionais de sua empresa com a utilização constante dos
incentivos fiscais.
Ressalta-se que o panorama da lei do bem, vem com um intuito de demonstrar
essa usufruição completamente dos incentivos fiscais à inovação tecnológica, sendo
administradas pela a lei do bem por meio de sua legislação, contendo sempre um
desafio para as empresas investirem em P&D, trazendo objetivamente um
desenvolvimento de inovação tecnólogicas.
38

4. DÚVIDAS SOBRE A PRÁTICA DA LEI DO BEM

Neste capítulo, serão mencionadas algumas dúvidas mais frequentes sobre a


prática da lei do bem27.
A primeira pergunta é: quais os requisitos para a utilização da lei do bem? Para
se utilizar os benefícios fiscais as empresas precisam cumprir tais requisitos como
tributar pelo regime de lucro real para utilizar os benefícios de exclusão adicional e
depreciação integral, controle contábil dos dispêndios em contas específicas, controle
das máquinas e equipamentos excluisvos para P&D, regularidade comprovada
através das certidões negativas de débito, controle analítico dos custos e despesas
de cada projeto em coletor de custo específico, controle de horas das equipes
dedicadas aos projetos de P&D e projeto de P&D formalmente elaborado.
A segunda pergunta é: quais os benefícios para a empresa que utiliza a lei do
bem? Entretanto há benefícios diretos e indretos como a redução do custo de PD&I,
incentivo no desenvolvimento e melhoria dos produtos,serviços e processos,
diminuição da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
líquido das empresas, apoio no aumento da produtividade devido a necessidade de
utilizar controles de projetos e controles financeiros, maior interação entre as áreas da
empresa e a melhoria da competitividade no mercado a partir do desenvolvimento e
melhoria dos produtos,serviços e processos.
A terceira pergunta é: o que é o elemento tecnologicamente inovador? Existe
uma grande variedades de possibilidades como uma nova metodologia científica de
análises e testes, uma nova tecnologia em matéria-prima, embalagem com design
funcional inovador, formulação, estruturas nano, entre outros, que irão compor um
produto já existente ou um novo produto, resultando em uma melhoria de
desempenho, redução de impacto ambiental, ampliação de uso e outros fatores que
irão trazer diferenciação e maior competitividade para a empresa, novos processos e
novas rotas tecnológicas, desenvolvimento de um novo software, novos serviços e
novos modelos geológicos e sendo assim, o elemento tecnologicamente novo deve
representar um progresso científico ou tecnológico.
A quarta pergunta é: caso um projeto de inovação não alcance o resultado

27 ABGI, Brasil. Perguntas frenquentes da Lei do Bem. Disponível em: https://brasil.abgi-


group.com/radar-inovacao/recursos-para-inovacao/perguntas-frequentes-da-lei-do-bem/ . Acesso em:
10.out.2021
39

esperado, mesmo assim ele poderá entrar na lei do bem? Sim, a lei busca beneficiar
o projeto ou a pesquisa,isto é, o esforço nas fases de maior risco e incerteza. Porém,
mesmo que o projeto não tenha alcançado resultado mercadológico, ainda poderá se
beneficiar uma vez que houve ganho de conhecimento técnico e científico para a
empresa.
A quinta pergunta é: existe um lugar para consultar os projetos em andamento,
ou concluídos, que usufruíram da lei do bem? Os projetos beneficiados pela a lei do
bem não são publicados. A empresa beneficiária apressenta apenas ao MCTI, e ele
pública um relatório de utilização do benefício fiscal por ano, com alguns dados
macros: setor, região ... mas não apresenta detalhes dos projetos.
Por fim, a sexta pergunta é: posso usar a lei do bem em conjunto com outros
incentivos? A lei do bem pode ser utilizada concomitantemente com outros incentivos
fiscais à inovação tecnológica como por exemplo, a lei de informática e o programa
rota 2030.

5. CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo apresentar os conceitos de Pesquisa e


Desenvolvimento utilizando-se do conceito de inovação tecnológica presente na lei de
incentivos fiscais nº 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem, um incentivo pouco
conhecido pela maioria das empresas no Brasil. Entretanto, para que uma ferramenta
seja usada em todo o seu potencial, precisa atender as necessidades dos usuários,
além de ser acessível, simples e segura.
Ao realizar as pesquisas para este trabalho, foi possível notar que há poucas
publicações e poucos relatos de empresas que se beneficiam da referida lei, bem
como, poucas empresas de consultoria capazes de auxiliar as empresas na
mensuração deste benefício.
Porém, foi possível notar que o benefício criado de fato diminui a carga tributária
das empresas. Após uma devida gestão tributária e mensuração das despesas
elegíveis para serem incentivadas é possível que haja uma redução de 20,4% até 34%
no IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido), dessa forma, traz inúmeros benefícios para a empresa, além de
diminuir a carga tributária, aumenta a competitividade em face a inovações
tecnológicas desenvolvidas. Ou seja, a Lei nº 11.196/2205 vem cumprindo
40

devidamente com o seu papel.


Diante disso, foi possível concluir que por mais que as empresas
desempenhem uma gestão tributária consciente, desconhecem da Lei do Bem como
um incentivo importantíssimo para redução da carga tributária. Conclui-se que as
empresas ao se formarem e serem pertentencentes ao Lucro Real, deveriam ser
informadas sobre a possibilidade de se habilitarem a Lei do Bem, bem como, realizar
uma análise das empresas existentes que não utilizam tal benefício. Por fim, teríamos
um país com a economia mais aquecida e com produtos mais tecnológicos,
extinguindo a ideia de que em outros países a tecnologia é mais avançada.
41

REFERÊNCIAS

ANPEI. Guia prático de apoio à inovação: Onde e como conseguir apoio para
promover a inovação em sua empresa. Brasília: ANPEI 2017.

ANDREASSI, Tales. Gestão da Inovação tecnológica. São Paulo: Thomson


Learning,2007.

ABGI, Brasil. MCTI revela o parnorama da Lei do Bem. Disponível em: <
https://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/noticias/entrevista-pedro-sacramento-
mcti/ .

ABGI, Brasil. Perguntas frenquentes da Lei do Bem. Disponível em:


https://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/recursos-para-inovacao/perguntas-
frequentes-da-lei-do-bem/ .

BRASIL, Lei nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à


inovação e
à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/lei/l10.973.htm.

BRASIL, Lei nº 11,196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capítulo III Dos


Incentivos à Inovação Tecnológica. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/I11196.htm.

BRASIL, Receita Federal. Instrução Normativa 1.187, de 29 de agosto de 2011.


Disponível em:
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislação/ins/2011/in11872011.htm.

DECRETO N° 5.798, de 7 de Junho de 2006. Regulamenta os incentivos fiscais às


atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de
que tratam os arts. 17 a 26 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário
42

Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, 08 de Jun. de 2006.

FRASCATI, MANUAL DE. Metodologia proposta para definição da pesquisa e


desenvolvimeneto experimental. Ed. F-iniciativas,2011.

GROUP, ABGI. Incentivos Fiscais em outros países. Disponível em:


https://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/artigos-estudos/incentivos-fiscais-
internacionais/.

MINISTERIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Lei do Bem – Capitulo


III.Disponível em:
http://www.mct.gov.br/indez.php/content/view/8586/Lei_do_Bem_Capítulo_III.html

OSLO, MANUAL DE. Proposta de diretrizes para a coleta e interpretação de


dados sobre inovação. 3. Ed. Paris: OCDE, 2005. p.55. Disponível
em:http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf.

POSSOLI, Gabriela Eyng. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: Ed.


Ibpex, 2011

SAENZ, Tirso W.; CAPOTE, Emílio Garcia. Ciência, Inovação e Gestão tecnológica.
CNI, SENAI, ABIPTI. 2002.

SAYD, P. Renúncia fiscal e equidade na distribuição de recursos para saúde.


Dissertação (Mestrado), ENSP, Rio de Janeiro,2003.

TIDD, Joe; BESSANTE, John. Gestão da Inovação: Tradução (Félix Nonnenmacher)


5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

VARSANO, R.; PESSOA, E. P.; SILVA, N. L. C.; AFONSO, J. R. R.; ARAUJO, E. A.;
RAMUNDO, J. C. M. Uma análise da carga tributária do Brasil. Rio de Janeiro:
IPEA/BNDES, 1988. Texto para Discussão n. 583.

Você também pode gostar