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CURITIBA
2021
MURILO SANTOS RUTES
CURITIBA
2021
MURILO SANTOS RUTES
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Prof. Membro da Banca
Curitiba, de de 2021
DEDICATÓRIA
(Peter Drucker)
RESUMO
For a long time, Brazil was stagnant in innovative activities, fulfilling only what was
proposed and without stimulating the market to reform innovations in the country. With
the objective of stimulating the economy and increasing the world alternative, Law nº
11.196 / 2005, known as Lei do Bem, was created, which is currently the biggest
application of stimulus to Brazilian companies that develop innovation. Its content
includes tax incentives for Research, Development and Innovation activities, covering
all sectors of our country's economy. Aiming to clarify the use of the tax benefit, this
work aims to bring the understanding of the Lei do Bem, concepts of the Federal
Revenue of Brazil and specialists in invasion. Also, we bring an analysis of the benefit
in Brazil, allowing companies to achieve tax incentives and have proven competitive
when investing in Research and Development of Technological Innovation. Finally, we
raise the necessary questions regarding the use of the Lei do Bem, simplifying the tax
management of legal entities that practice R&D.
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2. HISTÓRICO DE INOVAÇÃO ................................................................................ 13
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO SOB A LUZ DA
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA .................................................................................... 14
2.1.1 Ótica da Receita Federal do Brasil sobre a Lei do Bem ................................... 17
2.2 ANÁLISE SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA .................................. 20
2.3 BENEFÍCIOS FISCAIS ........................................................................................ 21
3. LEI 11.196/2005 E SEUS INCENTIVOS FISCAIS ................................................ 22
3.1 EMPRESAS QUE LABORAM P&D, LEI DO BEM COMO INCENTIVO FISCAL.28
3.2 INCENTIVOS FISCAIS EM OUTROS PAÍSES ................................................... 32
3.2.1 Lei do Bem no Brasil.. ...................................................................................... 34
4. DÚVIDAS SOBRE A PRÁTICA DA LEI DO BEM ................................................ 38
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 41
12
1. INTRODUÇÃO
trabalho exposto.
Para tanto, esta monografia está dividida em quatro capítulos, além da presente
introdução. No capítulo dois, será abordado a fundamentação teórica. No capítulo três
serão estudados os incentivos fiscais concedidos pela lei do bem. Por fim, o capítulo
quatro, nos mostrará dúvidas sobre a prática da lei do bem.
2. HISTÓRICO DE INOVAÇÃO
2 OSLO, MANUAL DE. Proposta de diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre
inovação. 3. Ed. Paris: OCDE, 2005. p.55. Disponível
em:http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso em: 20.mar.2021.
3 Ibid., p.56
4 SAENZ, Tirso W.; CAPOTE, Emílio Garcia. Ciência, Inovação e Gestão tecnológica. CNI, SENAI,
8OSLO, Manual de. Proposta de diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre inovação.
3.ed. Paris: OCDE,2005. p. 57. Disponível em:http://www.mct.gov.br.upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso
em 20.mar.2021
17
Por isso, manuais internacionais são comumente utilizados para a correta utilização
do benefício fiscal. Dentre esses manuais internacionais possuem, o manual de Oslo
de Diretrizes para Coleta e Interpretação de dados sobre Inovação:
12OSLO, Manual de. Proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação.
3. ed. Paris: OCDE,2005. Disponível em: http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso em
20.mar.2021
20
O Brasil hoje possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, dominando
praticamente 40% do PIB aumentando os custos dos produtos e serviços neles
produzidos. Na atual situação do Brasil, os governos, de uma repercussão geral, têm
estimados certas medidas que elevam a carga tributária. Os impostos são a maneira
mais fácil e necessária para os governos alcançar o objetivo geral público.
13VARSANO, R.; PESSOA, E. P.; SILVA, N. L. C.; AFONSO, J. R. R.; ARAUJO, E. A.; RAMUNDO, J.
C. M. Uma análise da carga tributária do Brasil. Rio de Janeiro: IPEA/BNDES, 1988. Texto para
Discussão n. 583. p.21
21
Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/arrecadacao-de-impostos-cai-691-em-2020-e-tem-o-
pior-resultado-em-10-anos/
A revista Istoé Dinheiro revela que “A alta carga tributária leva brasileiros a
dedicarem quase metade do ano de trabalho só para pagar impostos. São necessários
151 dias de labuta para acertar as contas com o Fisco. É o que mostra estudo
realizado pelo IBPT.”
Segundo o levantamento da entidade, tudo o que os profissionais receberam
de renda até o dia 30 de maio foi só para pagar tributos (impostos, taxas e
contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.
14 ANPEI. Guia prático de apoio à inovação: Onde e como conseguir apoio para promover a inovação
em sua empresa. Brasília: ANPEI, 2017
15 BRASIL, Lei nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e a
perceptibilidade desse tema para que as empresas tenham mais aclaramentos sobre
as leis de incentivo seria um grande avanço de uma economia mais estável e mais
inovadora. A ANPEI engradece que nada mais atrativo do que aplicar a educação
fiscal como essencial via para alcançar a inovação.
Adiante da atenuação supramencionada passível a título do incentivo fiscal
apresentado pela Lei do Bem, a redação acima, incluiu o benefício de atenuação
integral dos gastos com Pesquisa e Desenvolvimento, apontados como despesa
operacional, a pessoa jurídica beneficiária do incentivo fiscal, poderá deduzir até 60%
do valor gasto em pesquisa e desenvolvimento, diante ao art. 19 da Lei nº
11.196/2005:
Art. 19. Sem prejuízo do disposto no art. 17 desta Lei, a partir do ano-
calendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor
correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios
realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela
legislação do IRPJ, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei.18
“§ 1o A exclusão de que trata o caput deste artigo poderá chegar a até 80%
(oitenta por cento) dos dispêndios em função do número de empregados
pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, na forma a ser definida em
regulamento”. 19
Diante disto, a empresa poderá ter um benefício extra de 20%, caso suceda
patente do produto, previsto no parágrafo 3º do art. 19 da Lei nº 11.196/05:
18 BRASIL. Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capitulo III Dos Incentivos à
Inovação Tecnológica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11196.htm>. Acesso em: 01.mar.2021
19 Ibid., Acesso em: 02.mar.2021
20 Ibid., Acesso em: 03.mar.2021
25
Art. 14. A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos de que trata este Decreto
fica obrigada a prestar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em meio
eletrônico, conforme instruções por este estabelecidas, informações sobre
seus programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação
tecnológica, até 31 de julho de cada ano.22
Caso a empresa não cumpra com qualquer obrigação assumida para obtenção
dos incentivos nos termos dos arts. 17 a 22 dessa lei assim como a utilização
inadequada dos incentivos fiscais, comprometem na perda do direito aos incentivos
ainda não utilizados e o recolhimento do valor equivalente aos tributos que não foram
pagos em decurso dos incentivos já utilizados, além de juros e multa de mora ou de
ofício, previstos na legislação tributária, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
O formulário para informações sobre as atividades de pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica nas empresas deve ser realizados pelo site
do MCTI.
Saliento, que para ter um melhor controle das atividades abrangidas,
aconselha-se que os resultados da pesquisa aplicada sejam bem documentadas, de
forma que possam ser prontamente rastreadas para uma mais fácil transição para
atividades de desenvolvimento experimental. Além do mais, o fator interno tem uma
importância nesse controle para um melhor desenvolvimento da lei do bem, nesse
nível técnico e também financeiro, com a finalidade de inteirar com clareza e exatidão
a P&D e a prestação de contas.
23BRASIL. Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005. Dispõe no Capitulo III Dos Incentivos à
Inovação Tecnológica. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11196.htm>. Acesso em: 01.mar.2021
28
3.1 EMPRESAS QUE LABORAM P&D, LEI DO BEM COMO INCENTIVO FISCAL
A Lei nº 11.196 de 2005, renomada como a “Lei do Bem”, foi originada com o
intuito de possibilitar incentivos fiscais a pessoas jurídicas que desempenhavam
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. Tal conduta
foi tomada pelo governo com o objetivo de que as empresas amplificassem os
investimentos nesta área, além de aproximar as empresas das universidades,
otimizando as pesquisase os resultados com P&D.
Regulamentada e sancionada em 21 de novembro de 2005, pelo decreto nº
5.798 de 2006, essa lei iniciou com um desejo de aumentar o nível de concorrência
das indústrias brasileiras, com isso foram regulamentados incentivos fiscais para
pessoas jurídicas que constituem em P&D de inovação tecnológica, para que as
empresaspossam fazer o uso dos incentivos fiscais integrados no capítulo III da lei, e
ainda reinvestir os valores não pagos ao fisco, em P&D de inovação tecnológica.
A lei busca impulsionar o setor tecnológico, para que novas tecnologias sejam
ampliadas em território nacional, tendo uma produção de conhecimento tecnológico,
bem como seu seguimento e enriquecimento, depende significamente do apoio
indireto ou direto do estado, e ainda é fundamental uma política brava de incentivos
fiscais para que as empresas invistam nessa direção. Com o surgimento da lei do
bem, o estado visaaderir iniciativas para mudar uma realidade, em razão de que o
Brasil importa grande parte da tecnologia a aplicada no país, por falta de
investimentos nesse sentido, conforme o MCTI: “as medidas de incentivos à inovação
1. Dedução de 20,4% até 34% no IRPJ e CSLL dos dispêndios com a P&D;
2. Redução de 50% no IPI na compra de máquinas e equpamentos
destinados à P&D;
3. Depreciação e amortização acelerada desses bens.
32
26 ABGI, Brasil. MCTI revela o parnorama da Lei do Bem. Disponível em: < https://brasil.abgi-
group.com/radar-inovacao/noticias/entrevista-pedro-sacramento-mcti/ . Acesso em 11.out.2021
37
Fiat.
No ano de 2007, o Grupo Fiat obteve incentivos fiscais através da lei do bem,
apresentando resultados e avanços ano a ano, em 4 (quatro) anos de trabalho
juntamente com o grupo de projeto de P&D, o valor do seu benefício cresceu 155%
(centro e cinquenta e cinco por cento). Houve um desenvolvimento de um projeto que
abrangesse a realização e a análise dos projetos de inovação da Fiat, tendo cálculos
e controles certos para sua utilização.
A equipe foi capacitada para as finanças quanto aos conceitos de inovação
tecnológica e incentivos fiscais da lei do bem, trazendo uma sensibilidade sobre a
utilização desses benefícios fiscais, em vista de, uma análise de projetos em PD&I.
Obtendo-se uma estruturação de processos internos para a gestão dos usos
dos incentivos, o Grupo Fiat acabou tornando-se o gerenciador de informações dos
projetos de inovação e acentuando a interação entre várias áreas técnicas e
administrativas da sua empresa.
Por fim, deixa-se claro que o Grupo Fiat é um dos maiores grupos da área
industrial do mundo, com diversas operações em mais de 60 países, sendo que no
Brasil ocupa hoje um grande lugar em destaque por meio de sua estratégia global.
Outro exemplo de caso de sucesso pela lei do bem foi a empresa Fibria que
conseguiu recuperar 54% (cinquenta e quatro por cento) dos investimentos em P&D
da lei do bem. Com essa recuperação, deu início ao seu retorno e utilizou os incentivos
fiscais da lei do bem.
Enfrentaram diversas dificuldades pela a empresa por conta de sua
insegurança do uso dos incentivos fiscais, por falta de clareza de conceitos na
legislação e nas regras. Por meio desses incentivos sob a lei do bem, acabou
capacitando os profissionais de sua empresa com a utilização constante dos
incentivos fiscais.
Ressalta-se que o panorama da lei do bem, vem com um intuito de demonstrar
essa usufruição completamente dos incentivos fiscais à inovação tecnológica, sendo
administradas pela a lei do bem por meio de sua legislação, contendo sempre um
desafio para as empresas investirem em P&D, trazendo objetivamente um
desenvolvimento de inovação tecnólogicas.
38
esperado, mesmo assim ele poderá entrar na lei do bem? Sim, a lei busca beneficiar
o projeto ou a pesquisa,isto é, o esforço nas fases de maior risco e incerteza. Porém,
mesmo que o projeto não tenha alcançado resultado mercadológico, ainda poderá se
beneficiar uma vez que houve ganho de conhecimento técnico e científico para a
empresa.
A quinta pergunta é: existe um lugar para consultar os projetos em andamento,
ou concluídos, que usufruíram da lei do bem? Os projetos beneficiados pela a lei do
bem não são publicados. A empresa beneficiária apressenta apenas ao MCTI, e ele
pública um relatório de utilização do benefício fiscal por ano, com alguns dados
macros: setor, região ... mas não apresenta detalhes dos projetos.
Por fim, a sexta pergunta é: posso usar a lei do bem em conjunto com outros
incentivos? A lei do bem pode ser utilizada concomitantemente com outros incentivos
fiscais à inovação tecnológica como por exemplo, a lei de informática e o programa
rota 2030.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANPEI. Guia prático de apoio à inovação: Onde e como conseguir apoio para
promover a inovação em sua empresa. Brasília: ANPEI 2017.
ABGI, Brasil. MCTI revela o parnorama da Lei do Bem. Disponível em: <
https://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/noticias/entrevista-pedro-sacramento-
mcti/ .
SAENZ, Tirso W.; CAPOTE, Emílio Garcia. Ciência, Inovação e Gestão tecnológica.
CNI, SENAI, ABIPTI. 2002.
VARSANO, R.; PESSOA, E. P.; SILVA, N. L. C.; AFONSO, J. R. R.; ARAUJO, E. A.;
RAMUNDO, J. C. M. Uma análise da carga tributária do Brasil. Rio de Janeiro:
IPEA/BNDES, 1988. Texto para Discussão n. 583.