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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CIDADES INTELIGENTES


GOVERNANÇA EM CIDADES INTELIGENTES

WEILA DOS SANTOS VIEIRA

CIDADES INTELIGENTES - SEMINÁRIOS V: MARCO LEGAL DE INOVAÇÃO


PARA MUNICÍPIOS

SÃO MATEUS/ES
2023
WEILA DOS SANTOS VIEIRA

CIDADES INTELIGENTES - SEMINÁRIOS V: MARCO LEGAL DE INOVAÇÃO


PARA MUNICÍPIOS

Atividade 5 apresentada na disciplina Seminário 5:


Marco Legal de Inovação para Municípios. Ministrada
pelo Prof. Matheus, no dia 26 outubro de 2023.

SÃO MATEUS/ES
2023
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INTRODUÇÃO
O seminário Marco Legal de Inovação para Municípios trouxe a
abordagem da importância da lei 13.243/2026 para aproximação das
universidades públicas e privadas no País para desenvolvimento da economia
local dos Municípios. E nesse aspecto é importante ressaltar que a inovação
tecnológica traz para a economia local mais empregos, mais oportunidades
com o investimento de pequenos negócios para que tire o melhor proveito do
Marco Legal.
Assim, o presente relatório traz uma reflexão dos principais pontos
apresentados no seminário sobre Marco Legal.

2. O QUE É MARCO LEGAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA?


O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, segundo a Lei
13.243/2016 em seu primeiro artigo é defino como:

Esta Lei estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa


científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à
capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao
desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional do País
(BRASIL, 2016)
Nessa abordagem é importante destacar que o Marco Legal também é
regulamentado pelo Decreto n 9.283/2018 favorece o desenvolvimento do
ambiente de inovação, pois:

O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, instituído pela Lei


nº 13.243/2016 e regulamentado pelo Decreto nº 9.283/2018,
favorece o desenvolvimento do ambiente de inovação no Brasil. Por
isso, conhecer seus princípios permite que pequenos negócios tirem
melhor proveito das grandes oportunidades trazidas por ele para o
mercado e para o sistema de inovação como um todo. (SEBRAE
INOVAÇÃO, 2022).

O Prof. Matheus destaca em sua palestra, que a Marco Legal


possibilitou a aproximação da Academia com a população geral pelo fato que
são nas universidades onde são desenvolvidos os melhores profissionais que
possibilitarão o desenvolvimento local. Assim:

O Marco Legal visa criar um ambiente mais favorável à pesquisa, ao


desenvolvimento e à inovação nas universidades, nos institutos
públicos e nas empresas, através da alteração de nove leis: (1). Lei
de Inovação; (20). Lei das Fundações de Apoio; (3). Lei de Licitações;
(4). Regime Diferenciado de Contratações Públicas; (5). Lei do
Magistério Federal; (6). Lei do Estrangeiro; (7). Lei de Importações de
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Bens para Pesquisa; (8). Lei de Isenções de Importações e (9). Lei


das Contratações Temporárias. (SEBRAE INOVAÇÃO, 2022).

Nessa perspectiva, pode ser destacado os Princípios do Marco Legal:

(I). Promoção das atividades científicas e tecnológicas como


estratégia para os desenvolvimentos econômico e social. (II).
Promoção da cooperação e da interação entre os entes públicos,
entre os setores público e privado e entre empresas. (III). Estímulo à
atividade de inovação nas empresas e nas instituições de ciência e
tecnologia (ICTs). (IV). Simplificação de procedimentos para gestão
de projetos de ciência, tecnologia e inovação e adoção de controle
por resultados em sua avaliação. (SEBRAE INOVAÇÃO, 2022).

Na figura 1 apresenta que são as empresas beneficiadas com o Marco


Legal:

Figura 1. Os tipos de entidades beneficiadas pelo Marco Legal

Fonte: Sebrae Inovação (2022)

Portanto, o Marco Legal é uma ferramenta legal utilizada para geração


de novos empregos, valorização dos pequenos negócios locais e
desenvolvimento local nos municípios, trazendo inovação tecnológica,
desenvolvimento de projetos socioeconômicos relevantes para a economia
local.
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3. MARCO LEGAL DE INOVAÇÃO PARA MUNICÍPIOS


A Lei Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021, em seu 3º artigo
aborda sobre o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador em
relação a gestão municipal:

Art. 3º. Esta Lei Complementar é pautada pelos seguintes princípios


e diretrizes: (I). Reconhecimento do empreendedorismo inovador
como vetor de desenvolvimento econômico, social e ambiental; (II).
Incentivo à constituição de ambientes favoráveis ao
empreendedorismo inovador, com valorização da segurança jurídica
e da liberdade contratual como premissas para a promoção do
investimento e do aumento da oferta de capital direcionado a
iniciativas inovadoras; (III). Importância das empresas como agentes
centrais do impulso inovador em contexto de livre mercado; (IV).
Modernização do ambiente de negócios brasileiro, à luz dos modelos
de negócios emergentes; (V). Fomento ao empreendedorismo
inovador como meio de promoção da produtividade e da
competitividade da economia brasileira e de geração de postos de
trabalho qualificados; (VI). Aperfeiçoamento das políticas públicas e
dos instrumentos de fomento ao empreendedorismo inovador; (VII)
Promoção da cooperação e da interação entre os entes públicos,
entre os setores público e privado e entre empresas, como relações
fundamentais para a conformação de ecossistema de
empreendedorismo inovador efetivo; (VIII). Incentivo à contratação,
pela administração pública, de soluções inovadoras elaboradas ou
desenvolvidas por startups, reconhecidos o papel do Estado no
fomento à inovação e os potenciais oportunidades de economicidade,
de benefício e de solução de problemas públicos com soluções
inovadoras; e (IX). Promoção da competitividade das empresas
brasileiras e da internacionalização e da atração de investimentos
estrangeiros. (BRASIL, 2021)

Diante do arcabouço teórico apresentado por Leite (2022, p.02), define


Startup como:

Sinônimo de inovação e tecnologia, e nesse sentido o Marco Legal


traz o conceito de organização empresarial ou societária, com o
intuito de investimento, seja produto ou serviço, que apresente algo
inovador e que esteja em estágio inicial ou embrionário [...]. As
startups envolvem organizações empresariais ou societárias,
nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela
inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos ou serviços
ofertados (LEITE, 2022, p.02)

Outra lei importante de mencionar é a Lei n.10.973/2004, que apresenta


em seu primeiro artigo a importância do incentivo e na inovação tecnológica
para a economia local:

Art. 1º Esta Lei estabelece medidas de incentivo à inovação e à


pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à
capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao
desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional do País,
nos termos dos arts. 23, 24, 167, 200, 213, 218, 219 e 219-A da
Constituição Federal. Parágrafo único. As medidas às quais se refere
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o caput deverão observar os seguintes princípios: (I). Promoção das


atividades científicas e tecnológicas como estratégicas para o
desenvolvimento econômico e social; (II). Promoção e continuidade
dos processos de desenvolvimento científico, tecnológico e de
inovação, assegurados os recursos humanos, econômicos e
financeiros para tal finalidade; (III). Redução das desigualdades
regionais; (IV). Descentralização das atividades de ciência, tecnologia
e inovação em cada esfera de governo, com desconcentração em
cada ente federado; (V). Promoção da cooperação e interação entre
os entes públicos, entre os setores público e privado e entre
empresas; (IVI). Estímulo à atividade de inovação nas Instituições
Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs) e nas empresas,
inclusive para a atração, a constituição e a instalação de centros de
pesquisa, desenvolvimento e inovação e de parques e polos
tecnológicos no País; (IVII). Promoção da competitividade
empresarial nos mercados nacional e internacional; (VIII). Incentivo à
constituição de ambientes favoráveis à inovação e às atividades de
transferência de tecnologia; (IX). Promoção e continuidade dos
processos de formação e capacitação científica e tecnológica; (X).
Fortalecimento das capacidades operacional, científica, tecnológica e
administrativa das ICTs; (XI). Atratividade dos instrumentos de
fomento e de crédito, bem como sua permanente atualização e
aperfeiçoamento; (XII). Simplificação de procedimentos para gestão
de projetos de ciência, tecnologia e inovação e adoção de controle
por resultados em sua avaliação; (IXIII). Utilização do poder de
compra do Estado para fomento à inovação; (XIV). Apoio, incentivo e
integração dos inventores independentes às atividades das ICTs e ao
sistema produtivo. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016) (BRASIL,
2004)

Em síntese, a Lei 10.973/2004, em suas diretrizes aborda os seguintes


temas:

(1). Promoção das atividades científicas e tecnológicas como estratégia para o


desenvolvimento socioeconômico;

(2). Promoção da cooperação e interação entre os entes públicos, entre setores


públicos e privados e entre empresas;

(3). Incentivo a constituição de ambiente favoráveis à inovação e às atividades


de transferência de tecnologia;

(4). Incentivo à atividade de inovação e nas empresas e nas ICT;

(5). Simplificação de procedimentos para gestão de projetos de ciência,


tecnologia e inovação e adoção de controle por resultado em sua avaliação.

Nesse cenário, a lei 10.973/2004 elenca os seguintes benefícios:

(A). Estímulo à economia local;

(B). Atração de investimentos;

(C.). Soluções inovadoras para problemas locais;


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(D). formação e retenção de talentos;

(E). Desenvolvimento sustentável.

CONCLUSÕES
Portanto, o Marco Legal de inovação Tecnológica apresenta várias
possibilidades para que o município possa desenvolver-se
socioeconomicamente, e apresentar aos jovens talentos que saem dos cursos
técnicos, cursos tecnólogos e universidades a possibilidade de desenvolver seu
talento técnico e acadêmico na cidade que nasceu. E atrair novos talentos de
outras localidades para que a economia local possa “girar” em prol da
população e das empresas locais.
E por fim., a geração de empregos e a possibilidade de novos negócios
com o advento da inovação local pode auxiliar na criação de políticas públicas
que beneficiem a educação, a saúde e a urbanização dos municípios,
principalmente aqueles de pequeno porte que tanto sofrem pela ausência de
incentivos fiscais para alavancar seu desenvolvimento local.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Novo
Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação: Ementa Constitucional
n.85, de 26 de fevereiro de 2015; Lei n.13243, de 11 de janeiro de 2016 e
Decreto n.9.283 de 7 de fevereiro de 2018. Brasília, DF: MCTIC, 2018.
Disponível em:
https://antigo.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/arquivos/ASCOM_PU
BLICACOES/marco_legal_de_cti.pdf. Acesso em: 10 nov 2023.
BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar nº 182, de 1º de
junho de 2021: institui o marco legal das startups e do empreendedorismo
inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, DF: Congresso
Nacional, 2021. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp182.htm. Acesso em: 10 nov
2023.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de
2004: Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica
no ambiente produtivo e dá outras providências. Brasília, DF: Congresso
Nacional, 2021. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 10 nov 2023.
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ESCOBAR, Herton. Marco Legal de Ciência e Tecnologia completa 5 anos sem


reduzir burocracia: objetivo principal da lei, que era facilitar procedimentos e
parcerias para atividades de pesquisa, não foi atingido, segundo especialistas.
Para muitos, o problema só piorou. Jornal da USP, São Paulo, 12 jan 2021.
Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/marco-legal-de-ciencia-e-
tecnologia-completa-5-anos-sem-reduzir-burocracia/. Acesso em: 10 nov 2023.
LEITE, Celio. Marco Legal das Startups: aspectos importantes e desafios.
LinkedIn, 11 maio 2022. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/lei-
complementar-n%C2%BA-1822021-marco-legal-das-startups-aspectos-
leite/?originalSubdomain=pt Acesso em: 10 nov 2023.
MALHEIROS, Nathaly. O Marco Legal das Startups: A modernização do
ambiente de negócios brasileiros. Jusbrasil, 03 ago 2022. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-marco-legal-das-startups-a-
modernizacao-do-ambiente-de-negocios-brasileiros/1696028182. Acesso em:
10 nov 2023.
O MARCO Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação: conheça os princípios do
Marco Legal, que traz um leque de oportunidades para as empresas no Brasil.,
13 out 2022. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-
novo-marco-legal-de-ciencia-tecnologia-e-
inovacao,8603f03e7f484610VgnVCM1000004c00210aRCRD#. Acesso em: 10
nov 2023.
RAUEN, Cristiane Vianna. O Novo marco legal da inovação no Brasil: o que
muda na relação ICT-Empresa? Radar, São Paulo, n.43, p.21-35, fev; 2026.
Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6051/1/Radar_n43_novo.pdf.
Acesso em: 10 nov 2023.

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