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A deflação é um fenômeno econômico no qual o custo dos produtos vai diminuindo
pouco a pouco, ocorrendo uma valorização do dinheiro.
A primeira impressão que ocorre com a deflação é de que isso tornaria possível
investir mais dinheiro em ações, mas é preciso entender em detalhes a consequência
desse processo.
O que é Deflação?
Economicamente, deflação significa o aumento no valor do dinheiro, causado
principalmente por uma demanda agregada menor do que a oferta potencial. Dessa
forma, os produtos tendem a custar menos do que anteriormente.
Num primeiro momento, pode parecer ótimo que os preços das prateleiras do mercado
estejam mais baixos a cada compra.
No entanto, isso não é tão bom na prática. Se persistir por mais do que alguns meses, a
deflação pode levar à recessão econômica, e as consequências podem ser piores para a
economia do que a própria inflação.
Portanto, como o dinheiro passa a valer mais mês após mês, a tendência é que os
investimentos se reduzam, já que ele não precisa ser empregado para trazer retorno aos
investidores.
Sendo assim, om menos investimentos, a demanda também diminui e, por
consequência, ocorre uma queda nos preços.
3. Desinflação
Por fim, a desinflação ocorre quando a inflação consegue ser abaixada, mas continua
ainda acima de 0%.
Como acabar com a Deflação?
A resposta parece simples em um primeiro momento: gerar inflação. Na prática, no
entanto, não é tão fácil assim.
De fato, tudo depende da estrutura econômica do país. O primeiro passo, na maioria dos
casos, seria aumentar a liquidez da moeda e uma das medidas seria imprimir mais
dinheiro.
Quantitative Easing: um instrumento monetário para estimular a economia
No entanto, nem sempre inundar o mercado com nova moeda acaba com o problema.
Muitas vezes, a inflação gerada dura apenas alguns meses, o que exige outras medidas.
Um dos principais exemplos de deflação é o do Japão, que enfrenta um problema
crônico de deflação. Com intenção de estimular o consumo, o Banco Central do Japão
(BoJ) estabeleceu uma taxa de juros negativa de 0,1%.
Ou seja, as pessoas perdiam dinheiro ao deixá-lo parado. Títulos da dívida pública de
longo prazo – 10 anos – são remunerados (ou não são) a 0%.
Por outro lado, o governo japonês compra de mais de 700 bilhões de dólares – 80
trilhões de ienes – por ano.
Tudo para aumentar a circulação da moeda. Sem dúvida, todos os esforços são feitos
para atingir uma meta de inflação de 2% ao ano.
A maioria dos economistas diz que um cenário de hiperinflação é mais fácil de enfrentar
do que um processo deflacionário.
Em resumo, isso porque existem mecanismos econômicos que funcionam melhor contra
a esse primeiro cenário, como a correção monetária.
Sendo assim, o Brasil fez uso desse processo até 1994, período em que os produtos
ficavam cada dia mais caros nas prateleiras.
Quando houve deflação no Brasil?
Ao longo da história econômica do Brasil, houve poucos períodos de deflação. Um dos
mais recentes ocorreu entre 2015 e 2017, quando o país enfrentou uma crise econômica
que resultou em uma queda na demanda por bens e serviços e em uma redução dos
preços.
Entre os fatores que contribuíram para a deflação nesse período estão a crise política, a
queda no preço das commodities (produtos básicos como petróleo e minério de ferro) e
a recessão econômica. Além disso, o governo adotou medidas para controlar a inflação,
como a elevação da taxa básica de juros e o ajuste fiscal, o que acabou reduzindo ainda
mais a demanda.
Outro período em que ocorreu deflação no Brasil foi durante a década de 1930, em
decorrência da Grande Depressão, que atingiu diversos países ao redor do mundo. Nesse
período, a deflação foi provocada pela queda na produção e na demanda, o que gerou
um excesso de oferta de bens e serviços e uma redução dos preços.
Em geral, a deflação é considerada um fenômeno raro na economia brasileira, uma vez
que o país enfrenta historicamente um quadro de inflação elevada. No entanto, é
importante estar atento aos fatores que podem gerar a deflação e buscar medidas para
evitar que ela se torne um problema econômico de maior proporção.
Exemplos de deflação na história
A deflação é um fenômeno econômico que ocorre com menor frequência do que a
inflação, mas que já teve diversos exemplos ao longo da história. Alguns dos mais
conhecidos são:
1. Grande Depressão: na década de 1930, diversos países ao redor do mundo
enfrentaram uma grave crise econômica que resultou em uma deflação
generalizada. Na época, a queda na produção e na demanda gerou um excesso de
oferta de bens e serviços, o que acabou reduzindo os preços.
2. Japão: durante a década de 1990, o Japão enfrentou um período de deflação que
durou mais de uma década. Esse período foi marcado pela queda nos preços dos
imóveis e pela falta de investimentos, o que gerou uma redução na atividade
econômica.
3. Crise financeira de 2008: após a crise financeira de 2008, diversos países
enfrentaram uma queda na demanda por bens e serviços e uma redução dos
preços. Isso ocorreu porque a crise gerou uma instabilidade financeira e uma
redução nos investimentos e na produção.
4. Brasil: entre 2015 e 2017, o Brasil enfrentou um período de deflação em
decorrência da crise econômica que o país enfrentou. Nesse período, a queda na
demanda por bens e serviços e a redução dos preços foram acentuadas.
É importante lembrar que a deflação pode ter efeitos negativos na economia, pois pode
desestimular o consumo e os investimentos, gerando uma redução na atividade
econômica. Por isso, é importante adotar medidas para evitar que a deflação se torne um
problema de maior proporção.
Ainda restou alguma dúvida a respeito do processo de deflação? Faça um comentário
abaixo!
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE DEFLAÇÃOQual é o pior, deflação ou
inflação?
Qual é a diferença entre deflação e inflação?
ACESSO RÁPIDO
TAGS
Mercado
Tiago Reis
Tiago Reis é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV). Dedicou-se a vida toda a estudar sobre investimentos, mercado financeiro e
especialmente análise de ações. Foi sócio fundador da Set Investimentos e hoje atua
como Presidente do Conselho do Grupo Suno.
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