Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A inflação pode ser conceituada como um aumento contínuo e persistente de forma generalizada no nível
geral de preços.
Contínuo: Ou seja, os movimentos inflacionários são dinâmicos e não podem ser confundidos com altas
esporádicas de preços.
Persistência: a dimensão do período de tempo que satisfaz a condição fundamental da expansão geral de
preços (continuada, prolongada).
Generalizada: deve ser abrangente envolvendo praticamente os preços de todos factores e produtos
Tipos de Inflação
Inflação Rastejante:
É caracterizada por uma leve e quase impercetível expansão geral de preços.
Inflação Galopante:
Surto inflacionário em que os preços sobem rapidamente. A inflação se mantém alta e se torna crônica,
tendendo a se realimentar.
Hiperinflação:
Caso especial de inflação galopante, em que os preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter
dinheiro, mesmo por poucos dias, em razão da rapidez com que cai o seu poder de compra.
Cai assim a confiança dos agentes económicos na estabilidade da moeda e eles procurarão gastar o dinheiro o
mais rápido possível aumentando assim a velocidade de circulação da moeda e acelera mais ainda o aumento
de preços
Distorções provocadas por Altas Taxas de Inflação
Uma inflação onde os mecanismos de indexação tenderiam a propagar a inflação passada para o futuro.
Isso provocava uma série de conseqüências, dentre elas, as oscilações do salário real.
Mudanças na regra de indexação afetariam apenas a taxa de inflação, não alterando o nível do salário real.
Um choque de oferta causaria apenas uma constante elevação da taxa de inflação e constante queda no
salário real, o que chamamos de conflito distributivo de rendas.
Política de Combate à Inflação Inercial
São duas as principais estratégias adotadas de políticas monetárias, que objectivam manter a inflação sob
controle:
O estabelecimento de Metas de Inflação, ou
O acompanhamento do chamado núcleo da inflação.
Sistema de Metas de Inflação:
Trata-se uma política monetária criada na Nova Zelândia e empregada na Inglaterra, no Chile e em outros países,
em que se estabelece uma “âncora” nominal para orientar expectativas de mercado.
São “bandas” fixadas para a inflação futura, controlada através da política monetária, principalmente taxa de juros.
Fixada a meta, o Banco Central, através do Comitê de Política Monetária do Banco Central controla a taxa de juros
básica, de acordo com as expectativas de mercado, e anuncia a tendência (“viés”) da taxa de juros até a próxima
reunião, que pode ser de alta (“viés de alta”), de baixa (“viés de baixa”) ou sem viés (ou “viés neutro”), significando
que o Banco Central pode alterar a taxa de juros a qualquer momento, antes da realização da próxima reunião.
POLÍTICA MONETÁRIA E INFLAÇÃO
Núcleo de Inflação
É um índice de preços em que são expurgadas (corrigidas), do índice geral, as variações transitórias,
sazonais ou acidentais, que não provocam pressões persistentes sobre os preços.
As variações transitórias ou sazonais estão normalmente associadas aos choques de oferta, tais como
escassez de energia, elevação de preços do petróleo, geadas etc., que, como vimos, redundam em aumentos
de custos de produção (inflação de custos).
Medidas de Núcleo de Inflação usadas por Bancos
Centrais (Fonte: Bryan, M & Cecchetti S. (1999), The monthly measurement of core inflation in Japan)
Uma das principais conseqüências de elevadas taxas de inflação recai sobre a classe de menor renda, que
não tem condições de defender-se dos aumentos de preços. Sobre ela recai o imposto inflacionário.
O imposto inflacionário representa uma transferência de recursos da sociedade para o governo, que é o
emissor de moeda.
Como as classes sociais mais baixas praticamente não têm aplicações financeiras, não têm defesas para essa
taxação implícita, ou seja, os mais pobres pagam proporcionalmente mais imposto inflacionário que os mais
ricos.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o imposto inflacionário é um imposto regressivo.
Inflação e desemprego: a Curva de Phillips
A Curva de Phillips mostra uma relação inversa (um trade-off) entre inflação e desemprego.
Considerando que o nível de produto está diretamente relacionado ao nível de emprego, ou inversamente ao
de desemprego, e sabendo que a inflação corresponde a um aumento no nível geral de preços, a Curva de
Phillips fornece-nos um guia sobre o que devemos buscar em termos de modelo de oferta agregada.
Se quisermos ganhar mais produto (ou, nos termos da Curva de Phillips, reduzir o desemprego), poderemos
obtê-lo, mas em troca teremos também preços mais elevados (mais inflação).
Medida de Inflação
Variações de preços no período que envolve a escolha:
Do período no qual os preços devem ser coletados;
De quais produtos devem constar da amostra;
Da região abrangida
Importância Relativo Peso) de cada bem, que depende:
Da época de pesquisa do padrão de consumo
Das classes de renda a serem consideradas
Fórmula de cálculo, que também envolve a escolha:
De uma média aritmética, harmónica ou geométrica ponderada;
Do peso dos bens: na época base ou na época actual
IPC – Índice de Preço ao Consumido
Carne 10 30
Arroz 10 60
Fósforo 100 10
PESO TOTAL 100
Fórmulas de Cálculo
Índice de Laspeyres - Lp = ∑ x
= preço do bem ou serviço “i “ na época “t”
= preço do bem ou serviço “ i “ na época “0” (base)
= =