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INFLAÇÃO

A inflação, chamada também de taxa de inflação, é um indicador econômico


que expressa o aumento dos preços dos bens e dos serviços em um período
de tempo determinado.
Inflação é um indicador econômico que mede o aumento dos preços de bens e
serviços em um período de tempo. As variações na inflação são ocasionadas
pelo descompasso entre a demanda e a oferta, pelo aumento na emissão de
papel-moeda em um determinado país, pela elevação dos custos de produção
e até mesmo pelas incertezas da conjuntura econômica que causam uma
expectativa no aumento da taxa inflacionária.
Aumentos na inflação podem ocasionar a desvalorização da moeda nacional e
a diminuição do poder de compra da população, o que se dá de forma ainda
mais acentuada quando não há reajustes nos salários.
Resumo sobre inflação
Inflação é o aumento de preços de bens e serviços em um determinado
período.
A inflação é causada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, pelo aumento
dos custos de produção, pela maior emissão de papel-moeda, pela expectativa
sobre a flutuação na taxa inflacionária ou pela inércia.
Os principais tipos de inflação são: de demanda, estrutural e de oferta (ou de
custo).
A inflação ocasiona o encarecimento de produtos, redução do poder de compra
da população, desvalorização da moeda nacional e queda nos investimentos
estrangeiros.
O aumento das taxas de juros, a ampliação da estrutura produtiva e a redução
dos gastos públicos são algumas das medidas utilizadas para conter a inflação.
A inflação brasileira é calculada com base no IPCA e no INPC, que são dois
índices de preço que levam em conta a relação entre a renda das famílias e o
consumo.
As décadas de 1980 e 1990 no Brasil foram marcadas pela hiperinflação,
quando os preços aumentavam quase diariamente nos mercados. A
estabilização da economia veio com a implantação do Plano Real, que data de
1994.
No mundo, períodos de alta na inflação coincidem com grandes crises e
instabilidade política, sanitária ou econômica, como as guerras mundiais, as
crises do petróleo, pandemias etc.
O que é inflação?
A inflação, chamada também de taxa de inflação, é uma variável econômica
que corresponde ao aumento dos preços dos bens e serviços de um país em
um período de tempo determinado. Quando os salários não são ajustados em
conformidade com a inflação, a flutuação no valor final das mercadorias e dos
serviços condiciona uma diminuição do poder de compra da população, que
experimenta um aumento no custo de vida.
Quais são as causas da inflação?
Diversas causas estão associadas ao aumento dos preços de bens e serviços,
que tem origem nas ações e políticas governamentais, no processo produtivo,
na demanda e até mesmo nas especulações que são feitas a respeito do
comportamento futuro da própria inflação. Veja abaixo quais são essas causas
e uma breve explicação sobre cada uma delas.
Desequilíbrio entre a oferta e a demanda: os preços podem se elevar quando a
demanda por um determinado produto ou serviço é muito alta, mas não é
atendida adequadamente pela produção. Assim, a menor disponibilidade
desses itens no mercado gera a tendência de aumento nos preços. Classifica-
se essa causa como uma causa real da inflação.
Maior taxa de emissão de papel-moeda: o papel-moeda nada mais é do que o
dinheiro de um país impresso no formato de cédulas por um órgão oficial, como
a Casa da Moeda do Brasil. Quando a impressão do dinheiro supera a
quantidade de mercadorias e produtos em circulação, há uma elevação geral
dos preços e um aumento na inflação. Isso acontece também quando os
gastos governamentais superam a arrecadação e surge a necessidade de
emitir mais papel-moeda.
Custos de produção elevados: quando os custos para fabricar um determinado
produto são maiores, eles acabam sendo repassados ao consumidor final na
forma de aumento dos preços. O mesmo pode ser percebido no caso do
encarecimento na oferta de serviços em geral.
Preocupação sobre futuros aumentos de preços e custos: a expectativa que se
tem sobre a possibilidade de crescimento da inflação pode condicionar um
aumento dos preços e custos de serviço como forma de antecipar o que vem
no futuro, puxando a taxa de inflação para cima. Essa expectativa é decorrente
de motivos muito variados, como crises políticas, guerras, conflitos
internacionais, dentre outros.
Indexação de preços ou inércia: acontece quando o valor de serviços, como
aluguéis de imóveis, e os preços são aumentados com base na inflação de um
período precedente (indexação), o que eleva ainda mais o patamar de cálculo
da inflação atual.
Quais são os tipos de inflação?
A inflação pode ser classificada em diferentes tipos de acordo com os fatores
que a ocasionaram. A seguir descrevemos quatro tipos de inflação que são os
mais recorrentes.
Inflação de demanda: o aumento dos preços é decorrente da procura
crescente por um determinado bem ou serviço, mas essa procura não é
atendida pela produção. Ou seja, a demanda é maior do que a oferta. Em
função disso, há uma elevação dos preços.
Inflação estrutural: derivada de problemas ou gargalos na infraestrutura de
produção ou na infraestrutura espacial, como nas redes de transporte, por
exemplo. A ineficácia da infraestrutura acarreta prejuízos para a produção, o
que resulta no aumento no preço de bens e serviços.
Inflação de custo (ou de oferta): causada pelo crescimento dos custos de
produção, como aumento do preço de matérias-primas, instrumentos de
trabalho e energia, por exemplo, gerando uma elevação no preço dos produtos
finais e serviços ofertados.
Inflação inercial: gerada por um aumento nos preços de produtos e serviços
com base em taxas de inflação de períodos precedentes. Esse aumento acaba
sendo incorporado no cálculo da inflação futura, criando assim uma variação
elevada.
Consequências da inflação
A inflação é percebida pelos consumidores no dia a dia, como no aumento do
preço dos alimentos.
A inflação, conforme descreve o Banco Central do Brasil, é responsável por
criar um cenário de incertezas na economia de um país.
Com a inflação acima da média, ou quando não há reajustes de salários, há um
aumento no preço relativo de mercadorias, bens e serviços que afetam
diretamente a população, em especial a parcela mais pobre, que tem o seu
poder de compra reduzido. Notamos os efeitos da inflação principalmente por
meio do encarecimento dos produtos no mercado, nos postos de combustível e
também na elevação do valor dos serviços utilizados cotidianamente.
Outra consequência da inflação é a desvalorização da moeda nacional. Com
isso, os produtos importados se tornam mais caros, o que pode onerar até
mesmo a produção local, elevando os custos produtivos. Em uma conjuntura
como essa, os investimentos internacionais tendem a desacelerar, uma vez
que o cenário instável se torna pouco atrativo.
Algumas possíveis medidas para reduzir a inflação
Existem algumas medidas que podem ser tomadas tanto pelos governos
nacionais quanto pelos agentes privados para reduzir a inflação. É preciso
pontuar, entretanto, que muitas dessas medidas terão efeito a médio ou longo
prazo, e algumas delas geram impactos nem sempre positivos para a
população.
Abaixo, listamos as duas principais medidas que são apontadas como
possíveis soluções para a inflação:
Aumento das taxas de juros: no Brasil, seria o equivalente ao reajuste da
taxa Selic, que corresponde à taxa básica de juros.
Ampliação a médio e a longo prazo da estrutura produtiva: o que ampliaria
a oferta por produtos e serviços.
Inflação brasileira
O cálculo da inflação no Brasil é realizado por meio de dois índices de preço,
os quais estão descritos brevemente abaixo.
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): o IPCA é um índice oficial de
preços calculado pelo IBGE e utilizado no sistema de metas da inflação, de
acordo com as informações do Banco Central do Brasil. Esse índice faz o
levantamento dos itens e serviços que compõem a cesta de consumo de
famílias cuja renda acumulada seja de um a 40 salários-mínimos. A média de
preços dessa cesta de consumo é equivalente ao IPCA.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): assim como o IPCA, o INPC
investiga o custo médio de vida das famílias brasileiras, levando em conta a
cesta de consumo. No entanto, o INCP é calculado por meio do levantamento
feito com famílias cuja renda some de um a cinco salários-mínimos. Conforme
explica o IBGE, essa faixa de renda corresponde à parcela da população mais
sensível às oscilações na taxa inflacionária.
Desde o final da década de 1990, a política monetária brasileira conta com um
regime de metas de inflação, que é definido todos os anos pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN). Esse indicador tem como principal objetivo nortear
o planejamento econômico nacional, evitando um possível descontrole do
regime de inflação. Nem sempre, no entanto, a meta estabelecida é atingida.
A inflação brasileira tem experimentado um período recente de muita oscilação,
o que é decorrente da conjuntura política e econômica interna, além de fatores
externos que são capazes de influenciar diretamente os preços das
mercadorias e dos serviços nacionais, como a pandemia, crises políticas
internacionais que afetam a cotação dos produtos e flutuações no câmbio.
Inflação mundial
Os índices inflacionários do Brasil têm seguido uma tendência mundial, que é a
de aumento dos preços de mercadorias e serviços. De acordo com dados
recentes publicados pelo Fórum Econômico Mundial|1|, a maioria dos países
desenvolvidos experimentou nos últimos anos um aumento na taxa de inflação,
que, em alguns casos, mais do que dobrou. Em muitos desses países,
variações como essa não eram registradas há várias décadas.
Os fatores que têm influenciado a taxa de inflação no mundo são diversos,
desde a pandemia e a resposta dos governos à crise sanitária instalada em
2020 até as incertezas no cenário político internacional, com disputas
comerciais e guerras por território ocorrendo ao mesmo tempo. A Turquia e
Israel são os dois países em que a inflação cresceu de forma acelerada no
último ano. Por outro lado, países como Indonésia, Japão e Arábia Saudita
registraram as menores variações.
História da inflação
A história econômica brasileira é marcada por períodos de oscilação na
inflação. No entanto, o país passou por um momento atípico de hiperinflação
ou inflação galopante, que aconteceu durante as décadas de 1980 e 1990,
quando a inflação anual chegou a quase 500% ao ano na última década do
século XX. Apenas a título de comparação, um aumento superior a 10% ao ano
já é considerado preocupante.|2|
Muito embora o descontrole inflacionário no país tenha iniciado após as crises
do petróleo, portanto por causas externas, fatores internos acumularam com o
passar do tempo e contribuíram para a deflagração do problema. Durante esse
período, os preços no mercado variavam praticamente todos os dias, com uma
queda bruta do poder de compra da população, o que afetou sobretudo as
famílias mais pobres.
Uma série de políticas monetárias foi elaborada pelo governo a fim de conter a
inflação, culminando no Plano Real de 1994, no mesmo período em que a taxa
de inflação brasileira chegava a 5000%. Dentre as medidas implantadas pelo
Plano Real estavam a desindexação de preços, o aumento dos impostos
federais e a abertura econômica brasileira, que deu início às privatizações. As
medidas surtiram efeito na economia e houve equilíbrio na inflação, além da
equiparação do real ao dólar.
Em uma escala mundial, períodos de descontrole inflacionário nos países
coincide com momentos de grande instabilidade política e econômica, como foi
o caso das duas guerras mundiais, quando países como a Hungria chegaram a
registrar, em 1946, taxas diárias de 207%|3|. Um exemplo mais recente é o do
Zimbábue, cujas transformações na estrutura produtiva e territorial interna e a
intervenção na Guerra do Congo ocasionaram um cenário de taxas
inflacionárias de 98% ao dia em 2008.|4|
Notas
|1| DESILVER, Drew. Research from 44 countries shows levels of rising inflation across the
world. World Economic Forum, 23 jun. 2022. Disponível aqui.
|2| ROSSI, Pedro; CARMO, Heron; MARÇAL, Emerson; SILBER, Davi Simão;
SCHWARTSMAN, Alexandre. Como os governos controlam a inflação? In: G1 explica a
inflação, [S.I.]. Disponível aqui.
|3| UCHOA, Pablo. Como se resolveram os 5 maiores episódios de hiperinflação da história.
BBC News Brasil, 16 set. 2018. Disponível aqui.
|4| Idem.
Por Paloma Guitarrara - Professora de Geografia

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