Você está na página 1de 12

Instituto indústria e Comercial da Beira

Trabalho de Planificações
Disciplina:

Tema:
Inflação

Discente:
Paulo Dabala
№ 34 Turma: 4ACO Nocturno

Docente:

Beira, Agosto de 2019


Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 1
Inflação............................................................................................................................................ 2
Tipos................................................................................................................................................ 2
Causas da inflação........................................................................................................................... 4
Consequências da inflação .............................................................................................................. 6
Impactos na economia..................................................................................................................... 7
Conclusão........................................................................................................................................ 9
Bibliografia ................................................................................................................................... 10
Introdução

No âmbito do presente trabalho de planificações, irei abordar sobre a inflexão, ao longo do trabalho
também irei abordar sobre os seus tipos, causas, consequências, e os seus impactos na economia.
Inflação é o crescimento do nível geral de preços, A teoria quantitativa da moeda é utilizada para
explicar os determinantes de longo prazo do nível de preço e da taxa de inflaçã
fenômeno que envolve toda a economia e é referente ao valor do meio de troca. Quando o nível
geral de preço sobe, o valor do dinheiro diminui.

1
Inflação
Inflação refere-se a um aumento contínuo e generalizado dos preços em uma economia. Alguns
economistas (como os da Escola Austríaca) preferem defini-la como um aumento no suprimento
de dinheiro (expansão monetária). No entanto, esse conceito não é amplamente utilizado. É comum
que se divida a inflação em três categorias, com base na causa: de demanda, de custos e inercial.

Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ela implica diminuição do poder de compra
da moeda. A inflação é medida pelos índices de preços.

Inflação é um termo utilizado na área da Economia que representa um aumento contínuo e


generalizado dos preços de bens e serviços em um sistema econômico.

É representada normalmente através de uma percentagem (%), que indica a variação dos preços
de todos os produtos ofertados no mercado

Muitos economistas dizem que a inflação é o imposto do pobre. Isto porque uma das principais
consequências da inflação é a perda de poder aquisitivo, ou seja, é preciso cada vez mais dinheiro
para comprar os mesmos produtos.

Como os salários não conseguem aumentar o aumento dos preços e a população precisa de mais
dinheiro para comprar as mesmas coisas, há uma redução do orçamento familiar ou as famílias
passam a consumir cada vez menos.

A noção de inflação da economia surgiu em 1838 e significa o aumento dos preços que acontece
de forma persistente e que resulta na diminuição do poder aquisitivo de uma moeda. Isso quer
dizer que, quanto maior for o índice da inflação, menor será o poder de compra da moeda.

Tipos
A economia divide a inflação em diferentes tipos:

 Inflação de demanda: é caracterizada pelo excesso de demanda em relação à oferta. Esse


tipo de inflação ocorre principalmente quando existe um aumento no poder aquisitivo dos

2
cidadãos que não é acompanhado pelo mercado, ou seja, quando não existe disponibilidade
suficiente de bens para atender a demanda de compra da população.
 Inflação de custos: esse tipo de inflação costuma acontecer quando existe um aumento no
custo da matéria-prima utilizada para a produção de um determinado produto. Quando isso
acontece, é comum que esse aumento seja repassado aos consumidores através da elevação
do valor do produto final colocado no mercado.
 Inflação inercial: também é conhecida como inflação psicológica, porque não é causada
necessariamente por uma alteração na demanda ou oferta. Muitas vezes acontece porque
as pessoas acreditam que a subida dos preços vai continuar. Pode ocorrer após longos
períodos de inflação, quando o mercado econômico e os comerciantes elevam os preços
por acreditar que a inflação ainda está em níveis elevados. Entretanto, esse aumento de
preços feito de forma antecipada tem como consequência mais aumento da inflação.
 Inflação estrutural: é parecida com a inflação de custos, mas a subida de preço acontece
por uma falta de eficiência das infraestruturas envolvidas no processo de produção de um
tipo econômico específico.
 Inflação deslizante - É considerada inflação deslizante, ou moderada, a que tem como
consequência um aumento lento dos preços, na ordem dos 3%.
 Inflação trotante - Quando os preços sofrem um agravamento superior a 3%, os
economistas classificam a inflação como trotante.
 Inflação galopante - Galopante é o termo utilizado para classificar o tipo de inflação
caracterizado por altas taxas, normalmente acima dos 10%. Nestas situações, a moeda
perde valor, sendo necessário mais dinheiro para comprar o mesmo.
 Inflação prematura - processo inflacionário gerado pelo aumento dos preços sem que o
pleno emprego seja atendido.
 Inflação reprimida - processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por
parte do governo.
 Inflação de expectativas - consequência de um aumento de preços provocados pelas
projeções dos agentes sobre a inflação.
 Inflação por câmbio flutuante - Ação também conhecida como Quantitative Easing.
Quando o governo intencionalmente ou por má administração, imprime dinheiro,
aumentando a oferta de moeda, é considerado como imposto silencioso pois o governo

3
adquire o dinheiro que deseja reduzindo o valor das notas impressas, geralmente é a
principal causa da hiperinflação.
 Hiperinflação - há ainda quem acrescente um quarto tipo de inflação, a hiperinflação,
quando o aumento anual dos preços é superior a 50%. Embora com sentidos diferentes,
isto é, não conduzindo a uma subida dos preços, poderão acrescentar-se outros dois tipos
de inflação. A saber:
 Deflação – sempre que a taxa de inflação desce, sendo também designada de inflação
negativa, traduzindo-se numa redução generalizada dos preços;
 Estagflação – quando há uma estagnação da atividade económica.

Causas da inflação
Quando ocorre inflação o aumento de preços é verificado na grande maioria dos bens e não
somente em alguns. Há uma acentuada diminuição do poder de compra devido a vários fatores,
como por exemplo, o rendimento salarial que não sofre alteração.

Uma das causas da inflação é o aumento da emissão de papel-moeda pelo governo para cobrir os
gastos do Estado. Quando isso acontece, há um maior volume de dinheiro em circulação no
mercado, mas não houve criação de riqueza ou aumento de produção. Nestes casos, é exigida maior
quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação.

Outras causas da inflação estão relacionadas com o aumento exagerado do preço de um bem
básico, como energia elétrica ou petróleo, ou ainda, pelo aumento ou excesso de consumo,
aumentando a procura do produto e, consequentemente, elevando o seu preço.

Quando o preço desses bens é elevado há um impacto na economia, o que acaba por influenciar
no aumento dos preços das mercadorias em geral.

A inflação pode ter várias causas, que podem ser agrupadas em:

a) Pressões de demanda
b) Pressões de custos
c) Inércia inflacionária e
d) Expectativas de inflação.

4
Existem três principais motivos que podem estar associados ao crescimento da inflação:

a) Quando há um descompasso entre a oferta e a procura


Um das leis básicas do capitalismo é a da oferta e da procura. Quando a procura é muito
maior do que a oferta de um determinado produto, o seu preço aumenta; quando é muito
menor, seu preço diminui. Assim, quando a população possui uma maior renda ou mais
crédito para comprar, há um aumento súbito da procura que geralmente não é acompanhado
pela oferta, o que eleva os preços e intensifica a inflação.
Do mesmo modo, quando a produção encontra algum tipo de problema – o que é comum
na agricultura por ser uma atividade dependente das condições climáticas –, a oferta
diminui, enquanto a procura permanece igual ou maior, aumentando novamente os preços.
b) Aumento dos lucros privados
Quando uma empresa consegue o monopólio ou um amplo controlo de um produto ou setor
do comércio, ela passa a controlar a variação de preços nesse setor. Assim, como o objetivo
principal do sistema capitalista é o lucro individual, os empresários dessa instituição vão
procurar aumentar ao máximo os preços, haja vista que não há concorrência para forçar
uma queda.
Se esse caso se generaliza na sociedade, ou seja, se a maior parte dos produtos passa a ser
controlada por poucos empresários (o que é uma tendência do Capitalismo Financeiro
atual), instala-se um processo generalizado de inflação em função da elevação do custo de
vida do consumidor.
c) Aumento rápido dos custos de produção
Quando as empresas sofrem com um rápido aumento no custo da produção de suas
mercadorias, seja com aumento repentino de salários, excesso de dívidas e aumento
intensivo de impostos, elas tendem a repassar esse custo ao consumidor. Assim, novamente
os preços elevam-se e a inflação sobe.
Outro fator associado é o aumento dos gastos com matérias-primas. Se o preço delas eleva-
se por algum motivo (escassez, controle dos fornecedores, alta do dólar ou razões
políticas), o custo dos produtos tende a aumentar, puxando a inflação para cima. Uma das
matérias-primas mais importantes atualmente é o petróleo, de forma que a sua eventual
elevação de preços pode provocar verdadeiras crises econômicas.

5
Consequências da inflação
A inflação gera incertezas importantes na economia, desestimulando o investimento e, assim,
prejudicando o crescimento econômico. Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias
ineficiências na economia. As pessoas e as firmas perdem noção dos preços relativos e, assim, fica
difícil avaliar se algo está barato ou caro. A inflação afeta particularmente as camadas menos
favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender
da inflação.

Inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida
pública têm de compensar não só o efeito da inflação mas também têm de incluir um prêmio de
risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.

Alta do dólar e elevação dos preços em importações – enquanto a moeda de um país perde valor,
o dólar, que é uma moeda usada em todo o mundo, é valorizado. Com isso, o preço dos produtos
importados aumenta, contribuindo ainda mais para o crescimento dos índices de inflação.

Queda de investimentos internacionais – a inflação muito elevada é um sinal de fragilidade da


economia, por isso, o mercado internacional foge de investimentos, sobretudo de médio e longos
prazos, em países que apresentam esses índices.

Queda de investimentos no setor produtivo – além de causar o desinteresse do mercado


internacional, a inflação alta também impede que as companhias nacionais invistam no setor
produtivo da economia. Essas empresas preferem investir em aplicações bancárias, para que haja
correção monetária e o seu capital seja protegido da instabilidade do mercado financeiro.

Crescimento da taxa de juros – o aumento da taxa de juros é uma medida adotada por alguns
governos no intuito de conter a inflação. A ideia é elevar os juros para que a população reduza o
consumo de bens e serviço, obrigando o mercado a baixar os preços. Entretanto, com a alta dessas
taxas, o comércio de bens duráveis (imóveis, automóveis, eletrônicos) é prejudicado e os
investimentos no setor produtivo também diminuem.

Concentração de renda – os salários dos trabalhadores não são reajustados integralmente aos
índices de inflação. Assim, o poder de compra do trabalhador diminui e a margem de lucro dos

6
empresários aumenta, ou seja, a renda é transferida da população pobre para as classes média e
alta. Além disso, a população mais pobre nem sempre possui conta em banco, logo, seu capital
perde o valor constantemente, pois não é reajustado.

Desemprego – com a redução de investimentos no setor produtivo, o país gera menos empregos.

Diminuição da qualidade de vida da população – o bem-estar da população é diretamente


afetado pela combinação do desemprego com a concentração de renda e com o aumento dos preços
gerados pela inflação.

Impactos na economia
A inflação se caracteriza de forma objetiva como o aumento dos preços de bens e serviços, isto é,
implica na diminuição do poder de compra da moeda. De acordo com o Banco Central, a inflação
é medida pelos índices de preços, que são variados no País.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado como referência
do sistema de metas para a inflação.

A inflação sofre alteração com base na oferta e demanda na economia. Isto é, quanto mais os
consumidores registram interesse em adquirir produtos e serviços e/ou nas situações em que
determinados itens estão escassos, o aumento de preços acontece.

Neste cenário, a inflação provoca incertezas na economia, desestimula investimentos e prejudica


o crescimento econômico. Além disso, esta situação afeta relativamente as camadas menos
favorecidas da população, visto que essas pessoas têm menos recursos financeiros disponíveis,
influenciando no poder de compra das famílias.

Por outro lado, a inflação aumenta o custo da dívida pública, já que as taxas de juros da dívida
pública precisam abranger o efeito da inflação, e também assimilar o risco das incertezas
associadas aos preços mais altos. Desta forma, contribui com a redução dos investimentos dos
empresários, que podem ficar preocupados com os custos para produzir ou com a demanda dos
consumidores.

7
Este ambiente de incerteza sobre a economia pode paralisar projetos, mas representa que a
economia vai bem. Assim, pode ser interpretada como um sinal de que a economia de um país está
em movimento e aquecida.

8
Conclusão

Depois de muitas pesquisas, conclui que com a inflação, o dinheiro vale menos gradativamente e,
com o passar do tempo, serve para comprar uma quantidade menor de bens ou serviços. O resultado
é que o poder de compra da população cai porque os preços estão mais altos, tornando os produtos
menos acessíveis. A inflação consiste no aumento dos preços, assim como no crescimento anormal
e contínuo dos meios de pagamento, estando estes relacionados com as necessidades de circulação
dos bens de consumo, ocasionando a desvalorização da moeda. Em outras palavras, quanto maior
for a inflação, menor será o poder de compra, e menor será o poder aquisitivo da moeda. As pessoas
reservam dinheiro porque este é um meio de troca. A quantidade de dinheiro que as pessoas
escolhem reservar depende dos preços dos bens e produtos.

A forma como o governo administra os recursos públicos também pode gerar uma pressão no preço
dos produtos e serviços. Isso porque, se gastar mais do que arrecada, o governo pode emitir moeda
para pagar seus débitos. Com mais dinheiro em circulação na economia, os preços tendem a subir.

Outra ação do governo que influencia na inflação é a cobrança de impostos. Quando o governo
eleva tributos, acaba também puxando os preços para a cima na economia.

9
Bibliografia

GASTALDI, J. Petrelli. Elementos de Economia Política. 18ª ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003.

Inflação, o preço da prosperidade; Brian Griffiths; Tradução de Alexandra Fares; São Paulo;
Editora Pioneira, 1981

MARCHETTI, Valmor. Teorias da inflação. In. SOUZA, Nali de Jesus (Coord.). Introdução à
Economia. 2. ed. São Paulo: Atlas. 1997. cap.9, p. 248 -255.

MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de. Geografia volume único. São Paulo: Scipione,
2009.

O Globo, 03.08.2006, Caderno “Economia”, pág. 27 (ref. inflação no período 1998-2006)

O’SULLIVAN, Arhur; SHEFFRIN, Steven M.; NISHIJIMA, Marislei. Introdução à Economia:


Princípios e Ferramentas. Tradução: Maria Lúcia Leite Rosas. São Paulo: Ed. Pearson Prentice
Hall, 2004.

PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é inflação?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-inflacao.htm. Acesso em 11 de agosto
de 2019.

VASCONCELLOS, Marco A. S.; LUQUE, Carlos A. Considerações sobre o problema da inflação.


In: PINHO, Diva Benevides (Org.). Manual de Economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Cap.
17, p. 336 – 351.

VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de GARCIA, Manuel E. Fundamentos de


Economia. 2 ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2004.

VON MISES, LUDWIG (2009). As Seis Lições. São Paulo: Instituto Mises Brasil. p. 61

WESSELS, Walter J. Economia. 1 ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 1998.

10

Você também pode gostar