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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE DIREITO
LICENCIATURA EM DIREITO

TRABALHO DE ECONOMIA POLÍTICA

TEMA: A INFLAÇÃO NAS FAMÍLIAS


ANGOLANAS

Nome: Amélia Maria M. M. de Almeida


Nº 191869
1º Ano
Turno: Tarde Docente
Turma: B1 ____________________

Luanda, 2019
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1

2. INFLAÇÃO NAS FAMILIAS ANGOLANAS......................................................2

2.1. Tipos de Inflação........................................................................................2

2.2. Inflação nas Famílias Angolanas...............................................................3

2.3. Causas e consequências...........................................................................4

2.4. Inflação e o IVA..........................................................................................6

2.4.1. IVA vai encarecer ainda mais a vida das familías...............................7

2.5. Breve resumo sobre a inflação em Angola no período de 2018/2019......8

3. CONCLUSÃO.................................................................................................10

4. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

No mês de Janeiro de 2019, o crescimento dos preços continuou a abrandar.


Porém, temos alguns factores que aumentaram as pressões inflacionistas para o
presente ano, como o aumento dos salários da função pública, a introdução do IVA
e os cortes dos subsídios à electricidade e combustíveis.

Contudo, caso o BNA venha a manter uma política monetária mais restritiva, o que
limitaria o crescimento da base monetária, poderia causar efeitos que mitiguem a
aceleração no aumento dos preços.

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2. INFLAÇÃO NAS FAMILIAS ANGOLANAS

A inflação é o aumento persistente e generalizado dos preços da economia. A taxa


de inflação é um indicador do aumento percentual do nível geral de preços (NGP).
Durante processos inflacionários, os preços das mercadorias individuais não
aumentam todos na mesma proporção. A inflação causa distorção nos preços
relativos, ou seja, os preços de algumas mercadorias aumentam mais, e outros
menos, do que a média dos preços (NGP), como exemplo temos as actuais
subidas de preços.
2.1. Tipos de Inflação

Antes de compreendermos os tipos de inflação que a nossa estrutura financeira


possui, devemos compreender o que vem a ser a inflação de uma maneira geral. A
inflação consiste no aumento dos preços, assim como no crescimento anormal e
contínuo dos meios de pagamento, estando estes relacionados com as
necessidades de circulação dos bens de consumo, ocasionando a desvalorização da
moeda. Em outras palavras, quanto maior for a inflação, menor será o poder de
compra, e menor será o poder aquisitivo da moeda.

Na nossa estrutura financeira, podemos alicerçar a estrutura inflacionária em três


tipos distintos de inflação:

1)  Inflação de demanda: Aumento na procura de um determinado bem, sem que


exista uma resposta compatível da oferta, sendo assim necessário aumentar o valor
desse bem para equilibrar a economia;

2)  Inflação de custo: Também pode ser chamada de inflação de oferta, e é aquela


na qual ocorre um aumento em factores que incidem directamente sobre o produto.
Por exemplo, caso ocorra o aumento do valor da matéria-prima, os produtos que são
derivados dessa matéria irão sofrer uma inflação. Essa inflação pode ocorrer
também em virtude da elevação das taxas de juros, salários, combustíveis e tarifas
públicas;

3)  Inflação estrutural: Esta se relaciona com a ineficiência de serviços fornecidos


pela infra-estrutura de uma determinada economia, ou seja, é baseada na rigidez da
oferta de bens e serviços dessa estrutura economiza.

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São esses os pontos cruciais que fazem com que nosso dinheiro passe a ter um
menor poder aquisitivo.
2.2. Inflação nas Famílias Angolanas

Mais do que a queda do preço do petróleo, Angola defronta-se com um grave


problema económico: a inflação galopante, associada à estagnação.

Recordar que em Agosto de 2016, o nível homólogo de inflação atingiu os 38,18%


na cidade de Luanda. Esta é a informação que consta da Folha de Informação
Rápida N.º 8-IPC Nacional, de Agosto 2016, do Instituto Nacional de Estatística.

Importa referir que inflação é a subida geral dos preços para o consumidor. Os bens
e serviços consumidos pelas famílias ao longo do ano são representados por um
“cabaz” de artigos, como por exemplo: peixe, carne, farinha, jornais, computadores,
corte de cabelo, seguros. Cada um dos produtos incluídos no cabaz tem um preço,
que pode variar com o tempo. A taxa de inflação homóloga é o preço do cabaz
completo num determinado mês comparado com o seu preço no mesmo mês do ano
anterior. Por exemplo, se um prato de mufete custava 1000 em Outubro de 2018, em
Outubro de 2019 custa cerca de 1400. No mercado informal arredonda-se para
1500.

Os preços subiram mais de um terço. Isto quer dizer que, e não é demais repetir, a
economia angolana tem um problema grave: inflação galopante. Inflação galopante
é o termo utilizado para classificar o tipo de inflação caracterizado por altas taxas,
normalmente acima dos 10 porcento. A economia começa a estar muito próxima da
hiperinflação que acontece quando o aumento anual dos preços é superior a 50
porcento.

Uma situação de inflação galopante desestrutura uma economia e um país. Foi a


hiperinflação alemã que levou Hitler ao poder, como foi também a hiperinflação a
responsável pela década perdida de 1980 na economia brasileira.

Neste momento, em Angola, aliada à inflação temos uma impressionante


desaceleração do crescimento económico. As previsões mais recentes sobre o
progresso económico angolano apontam para um crescimento anual esperado em
2016 de 0,6 porcento. Isto é igual a estagnação.

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Assim, parece que Angola se encontra numa situação de estagflação. Este termo
designa uma situação de inflação, a que se junta a estagnação. É das piores
situações em que uma economia se pode encontrar, porque exige medidas
contraditórias. O combate à inflação exige a redução do dinheiro em circulação e o
aumento das taxas de juro; o combate à estagnação exige o aumento do dinheiro
em circulação e a diminuição das taxas de juro.

Chegámos a este ponto na economia angolana. Qualquer cura vai trazer sofrimento
grave numa primeira fase. Se o governo optasse por combater a inflação primeiro, o
que deve ser feito, as taxas de juro têm de subir, o dinheiro restringido, o consumo
diminuído, e as importações eventualmente reduzidas. Todo um conjunto de
medidas que deixaria as massas populares ainda mais descontentes. Tecnicamente,
devia ser essa uma parte da receita que o FMI traria.

2.3. Causas e consequências

As principais causas para a inflação (mais especificamente, para a inflação de


custos) são as seguintes:

 Aumento salarial: isso faz com que o custo de uma unidade de um produto ou
de um serviço também aumente;

 Aumento nos custos de recursos básicos, como matéria-prima: isso faz com
que os custos da produção sejam super elevados (o que reflecte no aumento
do valor final do serviço ou do produto em questão);

 Estrutura empresarial: algumas empresas aumentam as taxas de lucros


acima dos índices de custos de produção, o que faz com que o preço final de
seus produtos ou serviços também seja elevado.

Claramente, o presidente quer fazer uma gestão política do ciclo económico.


Simplesmente, se a inflação continuar persistentemente descontrolada terá efeitos
muito negativos e consequências em várias áreas, como:

A redistribuição de rendimento: um primeiro risco de inflação mais elevada é o


seu um efeito regressivo sobre as famílias de baixo rendimento e sobre os idosos.

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Isto acontece quando os preços dos serviços alimentares, como o pão, aumentam a
um ritmo acelerado.

A queda dos rendimentos reais: milhões de pessoas enfrentam um corte real nos
seus salários, o que significa que ficam com menos dinheiro e que compram menos;
facilmente podem passar mais fome.

As taxas de juro reais tornam-se negativas: se as taxas de juros de contas de


poupança são inferiores à taxa de inflação, então as pessoas que dependem de
juros ficam mais pobres.

Custo dos empréstimos: a inflação alta também pode levar a custos de


empréstimos mais elevados para as empresas e as pessoas que necessitam de
empréstimos.

A incerteza do negócio: a inflação alta e volátil não é favorável à confiança dos


empresários, em parte porque eles não podem ter a certeza de que os seus custos e
preços são susceptíveis de ser pagos.

Portanto, em resumo, menos dinheiro e menos negócios, empréstimos mais caros.


Estes são os perigos da inflação, e já estão a verificar-se em Angola.

Não se pense que tudo se resolve com a subida do preço do petróleo. A causa
estrutural dos problemas da economia não foi a descida dos preços do petróleo. A
descida do preço do petróleo apenas mostrou que a economia de Angola estava no
mar sem calções, como diria o grande investidor americano Warren Buffet.

O problema em termos de diagnóstico é mais simples: a economia angolana teve


dinheiro a mais e produção a menos; andou embriagada. E não é possível continuar
a fingir.

Note-se, aliás, que uma primeira consequência lateral de tudo isto foi o anúncio
efectuado pelo ex-secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto,
de que Angola adiara até 2021 a pretensão de ser considerada pela ONU um país
de desenvolvimento médio. Angola continua e continuará a ser um país de baixo
desenvolvimento, pobre e com dirigentes multimilionários, que roubam do povo para
serem bilionários.

2.4. Inflação e o IVA

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O Governo aponta a uma taxa de inflação anual de 15%, mas especialistas admitem
que há dois cenários que podem baralhar as contas: a subida dos preços da
electricidade já este mês e a implementação do Imposto sobre Valor Acrescentado
(IVA) desde de Outubro.

Os preços no consumidor nacional aumentaram 1,08% entre Maio e Junho, o que


coloca a inflação a 12 meses (homóloga) em 16,9%, numa tendência de descida
iniciada em Dezembro do ano passado. A este ritmo de descida face ao mesmo
período do ano anterior, a inflação aproxima-se dos 15% previstos pelo Governo até
ao final do ano, mas os preços podem subir em breve com os aumentos dos custos
com a electricidade já este mês.

Contas feitas, com base no Índice de Preços do Consumidor Nacional (IPCN) do


Instituto Nacional de Estatísticas (INE) durante o período em referência, a inflação
homóloga regista um decréscimo de 2,58 pontos percentuais em relação à
observada em igual período do ano anterior. Em termos mensais, indica o INE, o
índice aumentou 1,08% em Junho, verificando-se um ligeiro abrandamento de 0,01
pontos percentuais na subida dos preços face ao mês de Maio.

Os dados do INE indicam que das 12 classes que compõem o cabaz de consumo
dos angolanos, a que registou o maior aumento de preço foi “Lazer, Recreação e
Cultura” com 1,54%. Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas
classes “Bens e Serviços Diversos” e “Saúde” com 1,29% cada e “Mobiliário,
Equipamento Doméstico e Manutenção” com 1,18%.

Quanto à inflação acumulada, que mede a subida dos preços nos primeiros seis
meses de 2019, os preços a nível nacional subiram 6,67%, abaixo do registado no
mesmo mês de 2018, quando a inflação acumulada era de 8,19%.

Já a inflação homóloga, está em queda há sete meses consecutivos. Comparando


com Junho de 2018, os preços subiram 16,94%, o valor mais baixo desde Janeiro de
2016. As províncias com maior taxa de inflação mensal em Junho foram: Malanje
com 1,47%, Bengo com 1,37%, Moxico com 1,29 %, Huambo com 1,28% e Cuanza
Norte com 1,27%.

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As províncias com menor variação foram Cabinda com 0,95%, Uíge com 0,99%,
Zaire com 1,02%, Benguela com 1,05% e Bié com 1,06%.

Na capital do País, os preços subiram 1,10%, com a classe “Lazer, Recreação e


Cultura” a ser a que registou o maior aumento de preços (1,71%). Destacam-se
também os aumentos dos preços verificados nas classes “Hotéis, Cafés e
Restaurantes” com 1,32%, “Bens e Serviços Diversos” com 1,30% e “Saúde” com
1,26%.

2.4.1. IVA vai encarecer ainda mais a vida das familías

Entrou em vigor em Angola o Imposto de Valor Acrescentado. Governo diz que o


IVA é mais justo em relação ao imposto de consumo. Mas cidadãos e economistas
angolanos criticam.

Depois de vários adiamentos, inicialmente previsto para Janeiro e depois para Julho,
a taxa do Imposto Sobre o Valor Acrescentado de 14% começou a ser aplicado 01
de Outubro em Angola. O IVA vem substituir o imposto de consumo cuja taxa era de
10% e tornou-se o assunto dos vários segmentos da sociedade. Tudo porque falta
mais informação sobre as vantagens e desvantagens deste imposto.

Embora já se fez muita informação sobre a dinâmica desta implementação, mas


ainda se regista um número considerável de pessoas que não conseguem perceber
quais são as vantagens e desvantagens que o IVA apresenta para o sistema
económico do país.

Dias antes da entrada em vigor, as operadoras móveis e televisões por satélite


enviaram informações aos consumidores sobre o aumento dos preços dos seus
bens e serviços.

Algumas famílias angolanas, afirmam que a vida já estava difícil mesmo antes da
entrada em vigor do IVA e que agora a situação vai piorar. As coisas estão muito
caras e as vidas estão a complicar-se a cada dia que passa: dinheiro difícil, vida
cara, negócio não anda. Há muitas famílias que almoçam mas já não há pequeno-
almoço e se têm pequeno-almoço só há jantar. Muita gente está a lamentar esta
situação.

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Mas, Archer Mangueira, recentemente substituído como ministro angolano das
Finanças, afirmou que com a entrada em vigor do Imposto do Valor Acrescentado
(IVA) em substituição do imposto do consumo repõe-se a justiça fiscal.

"É um imposto muito mais justo sob ponto de vista da equidade fiscal
comparativamente ao imposto em vigor, imposto de consumo, estamos a falar de um
imposto muito mais justo".

Para Precioso Domingos economista da Universidade Católica de Angola (UCAN)


uma das consequências,  do IVA na vida das empresas e da população será o
aumento do preço dos combustíveis que vão encarecer ainda mais a condição social
das famílias.

"Está mais do que demonstrado que quando os combustíveis sobem os preços aqui
em Angola, se reflectem no aumento direito e imediato no custo de vida e na
inflação. O Governo vai eliminar os subsídios sobre os combustíveis e depois disso
vai impor também IVA sobre os combustíveis. Então, o efeito vai ser duplo sobre os
combustíveis e eles afectam produtores e consumidores".

A implementação deste novo imposto significa mais receitas públicas para os cofres


do Estado. Angola ainda não tem um nível de produção fora do sector petrolífero
capaz de sustentar a economia. Está mais do que demonstrado de que quando o
sector petrolífero não funciona, é isso que está ocorrer, o não petrolífero não existe.
Não se como o Governo tem a esperança de aumentar as receitas via IVA num
contexto de recessão económica".

Angola, é assim o último país da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África


Austral a adoptar o IVA sendo que nos outros Estados-membros do bloco
económico regional, a taxa desse imposto é superior a 14% e tem sido uma das
principais fontes de receitas dos orçamentos destes Estados.

2.5. Breve resumo sobre a inflação em Angola no período de 2018/2019

A inflação anual manteve uma tendência decrescente durante quase todo o ano de
2018, com excepção dos meses de Setembro e Novembro. O Índice de Preços ao
Consumidor Nacional (IPCN) teve um aumento de 18,36% nos últimos 12 meses,
abaixo do verificado no final de 2017 (23,67%).

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A maior subida de preços foi verificada na classe de habitação, água, electricidade
e combustíveis. A variação acumulada nesta classe atingiu 50,9%,
significativamente acima da variação de 10,4% registada no ano transacto. Por seu
lado, o crescimento dos preços da classe da educação foi o que mais caiu,
passando de 60%, em 2017, para 15,8%, em 2018.

Em termos mensais, a inflação desceu de 1,47%, no início do ano, para 1,41%, em


Dezembro de 2018. Destaque para o mês de Setembro, no qual foi registado uma
inflação de 2,69%, a maior taxa desde Julho de 2016. Este aumento foi
impulsionado, principalmente, pelos ajustes nos preços da água, resultantes da
implementação do novo tarifário (Decreto Executivo 230/18, de 12 de Junho), da
Empresa Pública de Águas de Luanda aplicado na facturação do mês de Julho com
o processamento feito em Agosto. A pesar na inflação, esteve também a
actualização dos preços no sector dos Transportes.

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3. CONCLUSÃO

O ano de 2018 ficou marcado pelas alterações no mercado cambial e pela gestão
da liquidez do sistema financeiro. A gestão da base monetária foi adoptada como o
principal instrumento para controlar a subida dos preços e, considerando a descida
dos níveis da inflação num período marcado por fortes depreciações do Kwanza,
conclui-se que foi eficaz. É possível compreender que o controlo da base monetária
se deu através das operações de mercado aberto para absorção de liquidez e
vendas de divisas.

É preciso melhorar a balança de transacções correntes, melhorar o desempenho


exportador, diminuir as importações e melhorar o desempenho fiscal do País.

Devem procurar um ponto de equilíbrio para manter a inflação baixa e aumentar o


crescimento económico. Um desafio enfrentado pela maioria dos países,

Trabalhando nesse esquema, é possível ter expectativas melhores.

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4. BIBLIOGRAFIA

 MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 2. ed. São Paulo: Cengage, 2001.

 Banco Nacional de Angola, Publicações, Relatório de inflação. Disponível em


www.bna.ao

 Instituto Nacional de Estatística, Folha de informação rápida - IPC Nacional;


IPG. Disponível em: www.ine.gov.ao

 Instituto Nacional de Estatística, Folha de informação rápida. Índice de clima


económico. Disponível em: www.ine.gov.ao

 Instituto Nacional de Estatística, Folha de informação rápida do comércio


externo_ III Trimestre 2018. Disponível em: www.ine.gov.ao

 Kinguilas Hoje. Disponível em: www.kinguilahoje.com

 Ministério das Finanças, Relatório de fundamentação do OGE 2019. Disponível


em: www.minfin.gv.ao

 https://www.makaangola.org/2016/09/inflacao-galopante-e-estagnacao-em-
angola/

 https://www.dw.com/pt-002/angola-iva-vai-encarecer-ainda-mais-a-vida-da-
populacao/

 https://angolaforex.com/2019/07/24/inflacao-continua-a-baixar-mas-iva-e-luz-
vao-subir-precos/

 Artigo integral na edição 533 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Julho de


2019. Publicação da autoria de Fonte Externa: Expansão
23/07/2019
 Anúncio do Governador do Banco Nacional de Angola, no encerramento do VIII
Fórum Banca de 29 de Junho de 2018

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