Você está na página 1de 8

1.

INTRODUÇÃO

A proclamação de Independência de Angola deu-se no dia 11 de Novembro de 1975,


quando o então primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, proclamou a
independência de Angola, de jure e de facto de Portugal. Este acontecimento deveu-se,
em grande parte, aos eventos militares e políticos que ocorreram um ano antes em
Portugal, aquando da Revolução de 25 de Abril de 1974.

1
2. INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA

2.1. Antecedentes

Pouco antes da proclamação de independência o controle de Angola estava dividido


pelos três maiores grupos nacionalistas — União Nacional para a Independência Total
de Angola (UNITA), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Movimento
Popular de Libertação de Angola (MPLA), pelo que a independência foi proclamada
unilateralmente, pelos três movimentos.

2.2. Proclamação oficial

O MPLA, que acabara de garantir o controle de Luanda, proclamou a Independência da


República Popular de Angola (RPA) às 23h de 11 de Novembro de 1975 no Largo da
Independência (ou Primeiro de Maio), pela voz de Agostinho Neto dizendo, "diante de
África e do mundo proclamo a Independência de Angola”, culminando assim o périplo
independentista, iniciado no dia 4 de Fevereiro de 1961, com a Luta de Libertação
Nacional, estabelecendo o governo em Luanda.

Coube a Lúcio Lara, o presidente do "Conselho Revolucionário do Povo" (actual


Assembleia Nacional), investir Neto no cargo de Presidente da República Popular de
Angola no dia 12 de Novembro de 1975, quando era cerca de meio-dia, numa cerimónia
que teve lugar na Câmara Municipal de Luanda (actual Governo da Província de
Luanda). Foi investido no dia 12 com efeitos retroactivos ao dia 11, dado que já era o
líder do processo revolucionário de independência.

O Presidente Neto, relativamente a Portugal, afirmou que a luta do movimento que


liderava não era contra os portugueses: "Pelo contrário, a partir de agora, poderemos
cimentar ligações fraternas entre os dois povos".

O Conselho Revolucionário do Povo redigiu e Lara promulgou a Constituição,


aprovando em seguida a Lei da Nacionalidade em 1975. Em sessão conjunta com o
Bureau Político do MPLA, foi votado o hino nacional, a bandeira e a insígnia da RPA.

2.3. Reconhecimento internacional

Mesmo sendo um dos intervenientes na batalha de Quifangondo ao lado da FNLA, com


um total de 12 especialistas militares, o Brasil rapidamente abandonou a batalha e o

2
presidente general Ernesto Geisel decidiu reconhecer, ainda em 6 de Novembro de
1975, como legítimo representante do povo angolano as tropas das Forças Armadas
Populares de Libertação de Angola (FAPLA) que defendiam Luanda comandadas por
Agostinho Neto. Foi, portanto, antes da data oficial de independência de Angola. O
Brasil, assim, estabeleceu relações diplomáticas com a nova República que se instalara.
Fez isso antes mesmo de qualquer país do bloco socialista.

O Presidente da Guiné-Conacri, Ahmed Sékou Touré, foi quem fez a proposição de


reconhecimento da RPA na reunião da Organização da Unidade Africana (OUA) de 10
de JANEIRO de 1976 em Adis Abeba. A 11 de Fevereiro de 1976, a OUA, então
presidida pelo Presidente do UgandaIdi Amin Dada, reconheceu a RPA como legítimo
governo de Angola, aceitando-o como o 47º. membro da organização. Nesse mesmo
ano, após um veto por parte dos Estados Unidos, a Assembleia Geral das Nações
Unidas admitiu Angola como membro 146º, em 1 de Dezembro de 1976.

2.4. Proclamação paralela

Paralelamente, Holden Roberto, líder da FNLA, proclamava a Independência da


República Popular Democrática de Angola (RPDA) à meia-noite do dia 11 de
Novembro, no Ambriz. Nesse mesmo dia, a independência da RPDA foi também
proclamada em Huambo, por Jonas Savimbi, líder da UNITA.

2.5. Consequências

Logo depois da declaração da independência reiniciou-se a Guerra Civil Angolana (já


estava em curso desde Fevereiro de 1975) entre os três movimentos, uma vez que a
FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a sua derrota militar nem
com a sua exclusão do sistema político. Assumindo raramente o carácter de uma guerra
"regular", ela se consistiu como uma guerra de guerrilha que, nos anos seguintes,
envolveu praticamente o país inteiro. Ela custou milhares de mortos e feridos e
destruições de vulto em aldeias, cidades e infra-estruturas (estradas, caminhos de ferro,
pontes e aeroportos). Uma parte considerável da população rural, especialmente a do
Planalto Central e de algumas regiões do leste, fugiu para as cidades ou para outras
regiões, inclusive países vizinhos.

3
3. CONCLUSÃO

Pelo presente trblho pode se concluir que 11 de Novembro de 1975. Agostinho Neto
proclama a Independência de Angola. Em plena guerra civil, naquela que viria a ser
conhecida precisamente como a Praça da Independência, em Luanda, o líder do MPLA
anuncia: "Em nome do Povo angolano, o Comité Central do Movimento Popular de
Libertação de Angola, proclama solenemente perante a África e o Mundo a
Independência de Angola."

4
4. BIBLIOGRAFIA

 COSME, Leonel, A separação das águas (Angola 1975-1976), Porto: Campo das
Letras, 2007, 475p, ISBN 978-989-625-186-4
 CARVALHO, Nogueira e, Era tempo de morrer em África: Angola guerra e
descolonização 1961-1975, Lisboa: Prefácio, 2004, 241p, ISBN 972-8816-35-9
 CARDOSO, General Silva, Angola, anatomia de uma tragédia, Lisboa: Oficina do
Livro, 2000, 695p, ISBN 972-8579-20-9
 CORREIA, Pedro Pezarat de,Descolonização de Angola: jóia da coroa do império
português, Lisboa: Inquérito, 1991, 197p, ISBN 972-670-131-7

5
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

2. INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA...........................................................................2

2.1. Antecedentes.......................................................................................................2

2.2. Proclamação oficial.............................................................................................2

2.3. Reconhecimento internacional............................................................................2

2.4. Proclamação paralela..........................................................................................3

2.5. Consequências....................................................................................................3

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................4

4. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................5

6
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
LICEU NGOLAKILUANJI Nº 1145

TRABALHO DE HISTÓRIA

TEMA:
11 DE NOVEMBRO

Nome: Orlando Quimuanga Luciano


Nº 14
Classe: 10ª
Sala: 13
Turno: Noite
Turma: EJF

O Docente
__________________

7
Luanda/2022

Você também pode gostar