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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


ESCOLA DO IIº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO LICEU Nº 8004
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E JURÍDICAS

TRABALHO DE GEOGRAFIA

A CONDENSAÇÃO DO AR
ATMOSFÉRICO

Classe: 10ª
Sala: 01 Docente
Turma: A ________________________
Turno: Manhã Horácio Simba

Luanda 2018
RELAÇÃO NOMINAL DOS INTEGRANTES DO GRUPO

 Adriana Gaspar

 Deolinda Pedro

 Délcio Manuel Cristóvão


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................2

2.1 Condensação............................................................................................................2

2.2 Formação de Nuvens...............................................................................................3

2.2.1 Deslocamento vertical de massas de ar causado pelo relevo............................5

2.2.2 Deslocamento vertical de massas de ar causada pela convecção térmica.........5

2.3 Vários tipos de condensação....................................................................................5

3. CONCLUSÃO...............................................................................................................7

4. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

O vapor de água atmosférico pode passar para a fase líquida pelo processo de
condensação, ou directamente para a fase sólida, pelo processo de sublimação, com a
liberação de calor latente. Esses processos dão origem as nuvens, aos nevoeiros, ao
orvalho e a geada. O vapor de água que se condensa nas nuvens pode dar origem a
precipitações, indo restabelecer os mananciais de água da superfície terrestre.

A transição de um material do estado gasoso para o líquido é chamada de condensação,


uma transformação física exotérmica. Quando um gás ou vapor perde energia, suas
partículas passam a se agitar cada vez menos até perder características intrínsecas da
fase gasosa e se tornar um líquido. Isso acontece quando a temperatura do local é
diminuída, quando o composto gasoso encontra uma superfície em temperatura baixa ou
ainda quando o material é submetido a pressões extremas.

Quando a pressão sobre o um gás começa a aumentar, as partículas tendem a ficar mais
próximas umas das outras e consequentemente cresce o número de impactos entre elas e
com as paredes do sistema fazendo com que elas percam cada vez mais energia cinética
nos impactos e com que sua agitação diminua até o ponto em que o gás se encontre no
seu limite de saturação no sistema. A partir de então um pequeno aumento de pressão
poderá causar a sua condensação.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Condensação

A condensação do vapor de água no interior de uma massa de ar tem início quando esta
atinge a saturação. Ela ocorre sobre partículas microscópicas que se encontram em
suspensão no interior da massa de ar, e que são chamadas de núcleos de condensação.

Os núcleos de condensação são constituídos de sais higroscópicos, provenientes da água


do mar, e óxidos higroscópicos de enxofre e fósforo, produzidos nos centros urbanos e
industriais. Existem normalmente na atmosfera e tornam-se higroscópicamente activos
quando a humidade relativa do ar atinge um determinado valor, que em alguns casos
pode ser tão baixo quanto 70%. Quando se tornam activos, os núcleos passam a
absorver moléculas de vapor de água do ar, aumentando e tamanho e reduzindo a
visibilidade, dando origem a uma névoa húmida.

Uma massa de ar isenta de núcleos de condensação pode ser levada a super-saturação


sem que ocorra a condensação. A poeira comum, constituída de partículas sólidas em
suspensão, não actua como núcleo de condensação.

Uma vez atingida a saturação, a condensação tem início sobre os maiores núcleos. Em
consequência da liberação de calor latente e da diminuição do teor de vapor de água
causada pela condensação, a massa de ar tende a deixar de ser saturada. O processo de
condensação é, pois descontínuo, e se mantém enquanto prevalecem as condições que
propiciam a saturação da massa de ar.

O início do processo de condensação é visualizado pela formação de uma nuvem no


céu. A persistência do mecanismo de manutenção da saturação faz com que a nuvem
cresça, enquanto a inversão do mecanismo causa a sua dissolução.

Uma massa de ar pode ser levada ou mantida na saturação através de resfriamento,


adição de vapor de água ou mistura com outra massa de ar de temperatura menor.

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A saturação por resfriamento ocorre devido a diminuição da capacidade de retenção de
vapor de água da massa de ar com a diminuição da temperatura. A saturação ocorre
quando o teor de vapor de água existente no ar torna-se igual a sua capacidade de
retenção.

A saturação de uma massa de ar pode ser atingida pela adição de vapor de água,
causando a elevação de seu teor até a sua capacidade máxima de retenção, na
temperatura que a massa de ar se encontra.

A mistura com outra massa de ar com menor temperatura pode levar a saturação, desde
que o teor de vapor de água da mistura seja maior do que a capacidade máxima de
retenção de vapor de água na temperatura da mistura.

2.2 Formação de Nuvens

O principal processo de formação de nuvens é o resfriamento por expansão adiabática,


que ocorre quando uma massa de ar se eleva na atmosfera.

A medida que a massa de ar se leva na atmosfera, ela se expande em decorrência da


diminuição da pressão atmosférica com a altura. Como o ar é uma mau condutor de
calor e o processo desenvolve-se rapidamente, a expansão é considerada como
adiabática, ocorrendo as custas da diminuição da energia interna da massa de ar. Como
consequência, a massa de ar resfria-se a medida que se eleva na atmosfera.

O resfriamento provoca uma diminuição da capacidade de retenção de vapor de água da


massa de ar. No momento em que a tensão do vapor de água torna-se igual a tensão de
saturação na sua temperatura, ocorre a saturação e a condensação inicia-se sobre os
núcleos existentes.

Em regiões com altos índices de poluentes atmosféricos, a presença de núcleos de


condensação altamente higroscópicos dá origem à condensação com humidade relativa
do ar até 70%, de acordo com o nível de poluição. Nesses locais, a frequência de
ocorrência de nebulosidade é maior que em locais menos poluídos.

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Também ocorre na atmosfera um processo inverso ao da expansão adiabática. O ar pode
descer na atmosfera, sofrendo uma compressão adiabática em decorrência do aumento
de pressão. O processo provoca aumento de temperatura da massa de ar que desce, com
o consequente aumento na capacidade de retenção de vapor de água e diminuição da
humidade relativa do ar. Sob a acção desse processo, uma nuvem formada pode
dissolver-se.

O deslocamento vertical de massas de ar na atmosfera é causado pelo relevo, pelo


processo de convecção térmica ou por uma superfície frontal.

O vento actuando sobre a encosta de uma serra, gera uma componente vertical de
deslocamento na massa de ar, fazendo com que esta se eleve na atmosfera. A medida
que a massa de ar se eleva, aumenta a sua humidade relativa, podendo atingir a
saturação e dar origem a formação de nuvens. A altitude em que ocorre o início da
condensação é denominada de nível de condensação, e é tanto maior quanto menor for a
humidade relativa do ar na base da encosta. Quando o nível de condensação é mais alto
que o topo da encosta, não ocorre formação de nuvens. Quando o nível de condensação
é mais baixo que o nível da encosta sempre ocorre a formação de nuvens. Dependendo
da intensidade de transporte vertical de vapor de água, a nuvem pode evoluir e dar
origem a precipitações.

A convecção térmica é consequência do balanço positivo de radiação. A


heterogeneidade das propriedades físicas da camada superficial do solo em locais
próximos, gera diferenças no balanço de radiação e sua partição. Nos pontos em que a
componente do balanço de radiação responsável pelo aquecimento do ar é maior, inicia-
se um processo ascensional, causado por uma menor densidade em relação ao ar
circundante. A massa de ar que se eleva sob a acção da convecção térmica passa a sofrer
um resfriamento por expansão adiabática. Se a altura de penetração da célula de
convecção atingir o nível de condensação, iniciar-se-á a formação de uma nuvem. A
nuvem formada continuamente difunde vapor de água para o ambiente em decorrência
de um gradiente de tensão de vapor e temperatura. Enquanto a quantidade de vapor
trazida pelo movimento convectivo for maior que a difundida, a nuvem desenvolve-se.

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O desenvolvimento vertical da nuvem depende da instabilidade atmosférica, enquanto o
desenvolvimento horizontal é função da extensão do movimento convectivo. O
desenvolvimento dessas nuvens pode leva-las a produzir precipitação.

2.2.1 Deslocamento vertical de massas de ar causado pelo relevo

A diminuição do balanço de radiação faz com que o processo convectivo regrida. O


transporte ascendente de vapor de água diminui, tornando-se menor que a taxa de
difusão da nuvem. Em consequência, a nuvem entra em um processo de dissolução.

O processo de formação de nuvens de origem convectiva inicia-se algumas horas após


o nascer do sol e se intensifica, acompanhando o crescimento diário do balanço positivo
de radiação. O processo de dissolução dessas nuvens tem início algumas horas antes do
pôr do sol, sob condição de balanço decrescente de radiação, e todas estarão dissolvidas
algumas horas após o pôr do sol.

2.2.2 Deslocamento vertical de massas de ar causada pela convecção térmica

O processo frontal de deslocamento vertical de massas de ar é causado pela diferença de


densidade de massas de ar em deslocamento. Uma massa de ar com maior densidade,
normalmente caracterizada.

2.3 Vários tipos de condensação

O ar se comprime quando sua temperatura abaixa e produz água. Geralmente vemos o


mesmo resultado – água nas folhas – mas a causa disso varia bastante:

1. Sereno: o ar em si mesmo não está saturado e orvalho em suspensão não é


visível. Somente o ar que tocar uma superfície fria se comprime e alcança seu
ponto de orvalho, produzindo água. Todas as plantas nos desertos vivem e
sobrevivem usando este processo e em climas temperados, as plantas
sobrevivem períodos de seca usando o “sereno”;
2. Névoa: apenas as camadas mais baixas do ar sobre o solo, nos pontos mais
baixos dos vales ou canais, atingem o ponto de orvalho. Em geral se observa
lindas faixas horizontais de humidade;

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3. Humidade alta: todo o ar está levemente saturado, mas a visibilidade ainda é
boa;
4. Nevoeiro: todo o ar está pesadamente saturado com água. A visibilidade é má;
5. Nuvens em volta de topos de montanhas: ar quente que sobe ao longo das
encostas se resfria e atinge seu ponto de orvalho gerando nuvens;
6. Nuvens: próximo da superfície é quente o suficiente para prevenir o ponto de
orvalho, mas nas alturas o ar é frio e as nuvens se desenvolvem;
7. 3 Tipos de precipitação: 
1. As moléculas de água flutuantes se ligam a outras por coesão e se tornam
muito pesadas para flutuar. Elas precipitam e chamamos esse fenómeno
de “chuva”.
2. As moléculas de água flutuantes se ligam a outras por coesão, congelam
formando bolas e pedaços irregulares de gelo e se tornam muito pesadas
para flutuar. Caem e chamamos a esse fenómeno: “granizo”.
3. As moléculas de água flutuantes se ligam a outras por coesão e se
transformam em cristais de água congelada muito pesados para flutuar.
Caem e chamamos a esse fenómeno: “neve”.

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3. CONCLUSÃO

Em modo de conclusão, dizer que, a condensação ocorre em muitos fenómenos da


natureza, sendo crucial para o chamado ciclo da água, que é o caminho que as partículas
de humidade fazem através da evaporação até as nuvens, seguida de condensação e
solidificação em grandes altitudes, precipitação até o solo, escoamento e então
evaporação novamente. Mesmo quando o céu está azul e sem nuvens, existe água
presente na forma de vapor e gotículas que são muito pequenas para serem enxergadas.
Estas moléculas podem se combinar com partículas de poeira e poluição do ar,
dependendo da condição do tempo, e formar pequenos aglomerados de partículas. Em
baixas altitudes podemos ver essas gotas de humidade em vidros de carros ou janelas
em dias muito frios.

Salientar ainda que, a condensação também pode ser utilizada no fornecimento de água
em larga escala para consumo humano. Em muitos países são construídas grandes
estruturas capazes de colectar água condensada por destilação ou simplesmente a partir
da humidade do ar. Estes sistemas podem também ser aplicados em solos muito secos
em regiões áridas. Algumas organizações inclusive dão aulas às pessoas que habitam
essas áreas sobre condensação e condensadores para auxiliá-los a lidar efectivamente
com a situação.

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4. BIBLIOGRAFIA

 https://www.passeidireto.com/arquivo/4760074/condensacao-na-atmosfera

 https://www.infoescola.com/fisica/condensacao/

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Condensacao

 https://www.groasis.com/pt/tecnologia/diferentes-formas-de-condensac-o

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