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Metrologia Marítima
Caderno de Apoio
Insígnia de Competência
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Insígnia de Competência
Insígnia: De formato quadrado e dentro de um círculo dividido em quatro, as quatro estações do ano.
Meteorologista
Alcateia
Saber ler o termómetro;
Conhecer algumas expressões populares sobre avaliação do tempo;
Desenhar alguns sinais de meteorologia (usados em TV e / ou jornais);
Identificar os diversos estados de tempo;
Conhecer o número de telefone de informação do boletim meteorológico.
Flotilha
Fazer a leitura de um barómetro;
Descrever a formação do vento. Saber qual a composição e estrutura da atmosfera;
Explicar a origem do calor atmosférico e enunciar as unidades de pressão atmosférica;
Interpretar a variação de temperatura com a latitude e de pressão atmosférica com a latitude;
Definir pressão atmosférica.
Frota
Explicar a formação das nuvens e do nevoeiro;
Enumerar os tipos de vento e explicar a radiação solar.
Reconhecer os sistemas de pressão e os movimentos ciclónicos / anti-ciclónicos;
Descrever a formação das brisas marítimas e terrestres;
Descrever um posto meteoriológico e fazer um aparelho expedito de meteorologia.
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A
U
G
Os Moços e os Marinheiros que queiram obter a insígnia de competência de Meteorologia, têm de realizar com
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Especialidade
Comunidade
Conhecer / cumprir todas as provas exigidas às secções anteriores;
Interpretar uma carta meteorológica;
Explicar a origem da precipitação, diferenciar os diversos tipos e relacioná-los com os vários tipos de nuvens.
Definir “frente”, representar as frentes e enunciar os seus tipos;
Explicar a natureza da massa de ar, classificar as massas de ar e explicar a sua modificação;
Medir o teor de humidade no ar.
INDICE
Generalidades
A Atmosfera
Temperatura
Pressão Atmosférica
Humidade
Condensação
Nevoeiro
Neblina
Nuvens
Vento
Massas do ar Superfícies Frontais ( Frentes )
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Mar e Ondulação
Cartas de Tempo
Estudo de uma Carta de Superfície
Condições gerais do tempo em Portugal
Cartas de Superfície
Escala de Vento ( Beaufort ) e Mar
Tabelas diversas
Provérbios
GENERALIDADES
A Meteorologia estuda os fenómenos físicos da atmosfera e os que ocorrem na superfície da terra e estão
relacionados com fenómenos atmosféricos.
Essas condições físicas da atmosfera constituem aquilo que se chama CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS.
Podem ser locais ou gerais.
Entram nas condições meteorológicas elementos como a Pressão Atmosférica, Temperatura, Humidade,
Nuvens, Velocidade do Vento e sua direcção, Visibilidade, Estado do Mar, etc.
A Meteorologia Marítima é um dos ramos da Meteorologia
2. ATMOSFERA
O ar atmosférico é uma mistura de gases, entre os quais o azoto, oxigeno, anidrido carbónico, hélio,
hidrogenio, etc.
O ar contém sempre vapor de água em quantidades variáveis que chegam a atingir 4 % em volume, cuja
influência nos fenómenos Meteorológicos tem muita importância.
Quanto maior for a temperatura mais vapor de água existe na atmosfera, assim como a temperatura diminui
até cerca dos 1000 metros de altitude ( Tropopausa ), a quantidade de vapor de água nas camadas inferiores
L
A
Em suspensão na atmosfera há partículas sólidas - poeiras, fumos, sal marinho, etc., que reduzem a
TU
R
A Atmosfera divide-se em TROPOSFERA E ESTRATOSFERA e a zona de transição das duas camadas chama-se
TROPOPAUSA.
A TROPOSFERA caracteriza-se por um Gradiante vertical relativamente grande da temperatura e vai até cerca
dos 10.000 metros.
Na ESTRATOSFERA não há normalmente diferença na temperatura a qual se mantém praticamente constante e
vai até cerca dos 30.000 metros.
A altura da TROPOSFERA ou zona de transição depende da Latitude, Estação de Ano e da Pressão Atmosférica.
A TROPOSFERA devido às suas diferenças de temperatura, movimento das massas de ar, etc., é relativamente
instável, e todos os fenómenos meteorológicos que vamos estudar passam-se nessa camada da atmosfera.
Na ESTRATOSFERA em regra não há nuvens. Ocasionalmente observam-se nuvens de tipo especial, chamadas
nuvens de MADRE-PÉROLA.
TEMPERATURA
Provou-se que a maior parte dos fenómenos meteorológicos resultam do encontro das massas de ar a
temperaturas diferentes, sendo as Pressões conseqüência dessa coexistência das massas de ar adjacentes,
umas quentes e outras frias.
Radiação Solar - é a origem do calor vindo do Sol.
A camada da Troposfera próxima da superfície terrestre aquece principalmente devido á radiação que parte
do Sol. A existência de poeiras junto do solo aquecidas por intermédio da radiação solar, sobem sendo
substituídas por outras mais frias, e assim por diante.
Conclui-se que a atmosfera é aquecida a partir da radiação Solar principalmente por intermédio da Terra.
Escalas de Temperaturas- As escalas mais usadas são as Centígradas e Farenheit.
Os pontos 0º e 100º centígrados correspondem, respectivamente aos pontos 32º e 212º Farenheit.
A variação da temperatura varia com a altitude.
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Como já vimos, o vapor de água diminui com a altitude o que lhe dá menor capacidade de absorver o calor.
Dá-se o nome de gradiente térmico vertical à variação de temperatura por cada 100 metros de altitude.
A temperatura mínima não se dá antes do nascer do SOL, mas depois, devido à temperatura Ter descido tanto
durante a noite que continua a decrescer até ao momento em que o calor enviado pelo Sol durante certo
tempo se to9rna superior ao que se perde por radiação.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
HUMIDADE
O Ponto de Orvalho é a temperatura para a qual o volume do vapor de água da Atmosfera seria máximo.
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Os ventos do mar transportam grandes quantidades de vapor de água aumentando a humidade relativa,
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enquanto que os ventos secos de terra afastam o vapor de água diminuindo a humidade relativa.
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CONDENSAÇÃO
NEVOEIRO
O Nevoeiro é causado pela condensação do vapor de água nas camadas da atmosfera junto da superfície da
terra (solo ou água).
Não há diferença entre o nevoeiro e uma nuvem a não ser que o nevoeiro se encontra junto ao solo e a nuvem
não.
O Nevoeiro reduz a visibilidade horizontal a menos de 0.5 milha.
NEBLINA
Forma-se como o nevoeiro por condensação mas, com visibilidade entre 0.5 e 1 milha.
NUVENS
O ar aquecido em contacto com o solo torna-se mais leve e tende a subir; à medida que se vai elevando vai
arrefecendo até atingir a temperatura do seu ponto de orvalho, nessa altura o vapor de água condensa-se
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dando origem à formação da Nuvem. Estas nuvens de desenvolvimento vertical formam-se até às primeiras
horas da tarde e desaparecem com o anoitecer.
As nuvens podem também formar-se por uma subida de ar de uma região quente para uma região mais fria.
Por uma mistura de duas massas de ar quase saturadas a temperaturas diferentes.
Por efeitos orográficos, subida de ar humido nas encostas das montanhas.
Estratos (St) - Formam uma camada nebulosa uniforme como o nevoeiro que não assenta no solo, com um
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G
Nimbostratos (Ns) - Formam uma camada baixa, amorfa e cinzenta escura, quase uniforme. Dão chuva
contínua.
Estratocumulos (Sc)- Formados por bancos de rolos ou massas arredondadas, cinzentas com partes escuras.
Cobrem o céu todo com um aspecto ondulado.
Altostratos (As) - Formam um céu fibroso mais ou menos cinzento ou azulado. Só se vê o Sol vagamente, como
se fosse através de um vidro fosco.
Altocumulos (Ac) - Formam uma camada ou bancos de lâminas, com forte sombreado. Hà altocumulos
translúcidos e opacos.
Cirrostratos (Cs) - Formam um véu fino, esbranquiçado que por vezes dá ao céu um aspecto leitoso, mas
também por vezes apresenta uma estrutura fibrosa em filamentos.
Cirrocumulos (Cc)- Formam uma camada de pequenos flocos brancos ou novelos arredondados, sem sombras
dispostas em fiadas.
Cirros (Ci) - Nuvens isoladas, delicadas, fibrosas, transparentes, em regra brancas com brilho sedoso.
Formadas de cristais de gelo.
Cumulos (Cu) - Nuvens grossas de formação vertical, de base horizontal com o topo com protuberâncias
arredondadas. Os Cumulos desfazem-se ao fim da tarde e formam-se devido às correntes ascendentes diurnas.
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Cumulonimbos (Cb)- Grandes massas de nuvens de grande desenvolvimento vertical, que se elevam a grandes
alturas como montanhas. Dão aguaceiros violentos de chuva ou neve muitas vezes com trovoadas. Às vezes
apresentam o topo em forma de bigorna.
VENTO
11. MASSAS DE AR
Devido ao seu movimento, podemos prever a sua passagem em determinada região e, conhecendo as suas
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Quando duas massas de ar com características diferentes (temperatura e humidade) se aproximam uma da
outra não se misturam.
Mantêm-se separadas, estabelecendo-se entre elas uma Superfície Frontal.
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Em segundo lugar as nuvens baixas;
A visibilidade piora durante a sua passagem;
Vento SW durante a passagem;
Depois da passagem:
- O vento primeiro cai e depois ronda para W;
- À passagem o valor da pressão detem a descida;
- Aumenta a visibilidade;
- A chuva passa a regime de aguaceiros.
Frente Oclusa
A velocidade de uma frente fria é superior à de uma frente quente.
Assim o sector quente entre as duas vai arrefecendo e estreitando, até que a frente fria se sobrepõe à frente
quente e uma nova superfície aparece a que se dá o nome de Frente Oclusa.
Esta superfície desaparece no fim de algumas horas por mistura entre as duas massas de ar.
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MAR E ONDULAÇÃO
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CARTAS DE TEMPO
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- 25 “ ;
- 30 “ .
etc..
Ponto 1
- Vento NNW de 25 a 35 nós - Esta intensidade deve-se ao grande trajecto das isóbaras
sempre na mesma direcção e muito juntas.
- Mar com vaga de 3 a 4 m - Devido à intensidade do vento.
- Posteriormente ficará um mar - Devido ao grande caminho cavado de 5 a 6
metros percorrido pela vaga.
- Barómetro - A subir.
- Termómetro - A baixar.
Ponto 2
- Nuvens - Nimbostratos.
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- Visibilidade - Reduzida.
Devido à situação geográfica, o tempo em Portugal é controlado pelo anticiclone dos Açores.
Portugal acha-se quase sempre sob a influência de ar marítimo tanto tropical como polar.
No verão é invadido por vezes por ar continental africano (ventos de E a S) originando altas temperaturas e má
visibilidade.
No inverno é invadido por vezes por ar continental polar (vento de N a E) originando vagas de frio e tempo
seco.
Em Portugal as depressões mais cavadas são mais frequentes em Março e Abril.
O quadro abaixo indica aproximadamente a frequência de frentes frias e quentes na metade Sul de Portugal.
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ESCALA DE VENTO E MAR
Vento
Beaufort
nº_Velocidade
/
Nós_Descrição
do
Vento_Altura das
Ondas
/
Metros_
Descrição__0_0 - 1_Calma_-_Estanhado__1_1 - 3_Aragens_-_Chão__2_4 - 6_Fraco_0.50_Encrespado__3_7 -
10_Bonançoso_0.50 - 1_Encrespado__4_11 – 16_Moderado_1 - 2_Pequena vaga__5_17 – 21_Fresco_2 –
3_Vaga__6_22 – 27_Muito fresco_3 - 4_Vaga larga__7_28 – 33_Forte_4 – 5_Grosso__8_34 – 40_Muito forte_5 -
6_Alteroso__9_41 – 47_Tempestuoso_6 – 8_Tempestuoso__10_48 – 55_Temporal_8 - 10_Encapelado__11_56 –
63_Temporal desfeito_10 – 13_Excepcional__12_64 ou +_Furacão_> 13_Excepcional__
TABELAS DIVERSAS
PROVÉRBIOS
Por ser interessante, vejamos alguns provérbios populares usados no Continente pelos nossos pescadores.
Não é de fiar.
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Aspecto do Céu
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Rosado sol posto
Cariz bem disposto.
Estrelas
Nevoeiro
Chuva
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Se tens vento e depois água
Deixa andar que não faz mágoa.
Vento
Observação – Chama-se volta direita, quando o vento muda no sentido do movimento dos ponteiros de um
relógio, e volta de cão, quando muda em sentido contrário.
Lua
Lua deitada,
É molha certa para gente de quarto.
Lua deitada,
Marinheiro em Pé.
Arco – Íris
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Manhã com arco
Mal vai ao barco.
Se à tarde vem
É para teu bem.
Aves – Marinhas
Relâmpagos e Trovões
Nordeste molhado,
Não te dê cuidado.
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