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TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO

A estrutura dos quatro


silos agrupados
durante a etapa de
levantamento dos
problemas.

Os quatro silos
reforçados, pintados e
sob total controle.

Antes

As barras de fibra de
Carlos Carvalho Rocha carbono.

Reforçando com
barras de fibra de
carbono
Esta nova tecnologia introduz uma nova forma
de reforço nas estruturas de concreto armado e Depois
protendido.

Quatro silos de cimento, agrupados, com de problemas desencadeou duas alternati- sério problema: o acesso às paredes comuns
45m de altura e 7m de diâmetro cada, come- vas para os proprietários: ou reforça ou que impediam ou, pelo menos, dificultavam
çaram a apresentar sintomas típicos de pro- manda demolir. A primeira opção foi a esco- qualquer idéia de reforço. Pensou-se em
blemas estruturais como fissuras e trincas lhida, tendo em vista a necessidade de lo- aumentar a seção das paredes com armadu-
longitudinais e transversais, já com presen- cal de estocagem e o excelente período de ra e concreto projetado, assim como pro-
ça de desplacamentos, que nada tinham a vendas do cliente. O tempo de obra, no en- tensão externa e, finalmente, também pro-
ver com corrosão nas armaduras. A análise tanto, seria fundamental para a autorização ceder ao reforço com manta de fibra de car-
estrutural destes quatro silos, em concreto do serviço, o que levou a empresa de recu- bono. A primeira opção engatava uma mar-
armado, evidenciou insuficiência de arma- peração e o projetista a buscarem alternati- cha a ré no volume do estoque do cliente,
duras verticais e horizontais. Mais, 30% do vas que congregassem o menor prazo para diminuindo-o, assim como o aumento do
aço calculado como necessário, era devido o cliente e a melhor solução para os silos. peso próprio da estrutura. A protensão ex-
a erros na execução. terna tinha como limitação a passagem dos
Sem qualquer discussão, foi sugerida e Em busca da solução cabos através e em torno das paredes co-
aceita a opção de reduzir o conteúdo dos muns. O reforço com manta de fibra de car-
silos à metade, de modo a evitar um iminen- O grupo de silos, semelhante a quatro lati- bono internamente, por sua vez, deixou os
te processo de ruína. Este campo minado nhas de cerveja juntas, apresentava um projetistas num impasse, já que a tempera-

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Serras especiais, com lâminas recuperação, por menor que seja, executar
de corte de 12mm, abrem as
ranhuras. Uma crítica: serras serviços de reforço estrutural, desde que
do mesmo tipo, mas com supervisionada. As varas de fibra de car-
captadores ou papa poeira
poderiam ser usados. bono podem ser incorporadas à estrutura,
esconde uma enorme com- nos serviços de reforço estrutural, apenas
plexidade, finalmente teve abrindo-se ranhuras e inserindo-as com
uma solução. Recentemente epóxi estruturante. Nesta obra, caiu como
introduzida no mercado mun- uma luva, já que abrindo-se ranhuras na su-
dial dos serviços de reforço perfície do silo se compensaria a falta das
estrutural, as varas de fibra armaduras de projeto. E mais, sem qualquer
de carbono já são conside- problema poderiam ser incorporadas às
radas a maior inovação na paredes comuns, acabando de vez com um
arte do reforço de estruturas problema até então insolúvel. Alguns céti-
de concreto armado e proten- cos poderiam questionar a solução, suge-
tura interna do silo em torno de 70ºC, com o dido. Pelo menos deste milênio. Sua prati- rindo que ao invez de se introduzir varas de
produto, era relativamente alta. A utilização cidade consegue ser superior a da própria fibra de carbono, se utilizasse as tradicio-
de epóxi primer e estruturante específicos manta, que permite qualquer empresa de nais barras de aço. Um detalhe importante
com temperatura de deflexão ao calor (TDC) para estes céti-
em torno de 100ºC resolveria a questão (veja cos é que uma
informação sobre este tópico na edição nº vara de fibra de
43 da RECUPERAR, página 28). Infelizmen- carbono resiste
te, o ceticismo do projetista eliminou esta cerca de 8 vezes
opção. mais à tração do
A opção pela utilização de manta de fibra que a similar em
de carbono, pelo lado externo, também tro- aço, podendo
peçou nas paredes comuns que impediam com isto utilizar
o adequado confinamento da estrutura
como um todo. Vista das
ranhuras
A solução horizontais e
verticais antes da
instalação das
Esta situação, muito parecida com um jar- varas de fibra de
carbono.
dim japonês, onde a aparente simplicidade
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Acabaram-se o

SISTEMA MFC

6 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


Barras de Fibra de Carbono. Cabos concreto Tirantes para solos. Telas. Vigas I. Mantas de fibra de
protendido. carbono.
os problemas.

Corrosão, ataque químico e microbiológico, excesso de ar-


maduras em pequenas seções de concreto, excesso de peso...

Bem vindo ao futuro

FIBRA DE CARBONO
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do que as de aço e não sofrem qualquer ataque químico, seja por ácidos ou álcalis. Tele-atendimento
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reforço, através de sulcos na superfície ou “encamisamento” tradicional. Conheça
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também as vantagens dos cabos de protensão em Fibr a de Carbono MFC.
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RECUPERAR • Janeiro
as /possibilidades?
Fevereiro 2002 Fax consulta nº 01
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MFC no Brasil. São mais de 35.ooo m2 aplicados por dezenas de empresas de recupe-
ração em todo Brasil. Peça hoje mesmo informações.
Aplicação do
epóxi estruturante
seguido da
instalação das
varas de fibra de
carbono. Devido
a formação de pó,
toda a estrutura
teve que ser
lavada
previamente.
Repare os
piquetes
colocados nas
ranhuras para
ajudar a fixar as
varas. As varas
horizontais foram
instaladas a cada
25cm e as
verticais a cada
60cm.

Vista em corte do reforço.


Repare a profundidade, cerca
de 24mm, necessária ao
Detalhe da cruzamento das barras
ranhura após o verticais e horizontais.
reforço executado.

Pistola, com duplo cartucho, de


menos varas e ranhuras de diminuta seção. epóxi estruturante para
preenchimento das ranhuras
Certamente, o argumento mais convincen- utilizadas neste serviço. O
te para murchar de vez a bola dos contesta- acabamento foi feito a espátula.
dores é o fato de que, simplesmente, não seção de um silo. O primeiro serviço foi o placamentos existentes na superfície. O
corroem, daí não haver preocupação maior levantamento das fissuras, trincas e des- calafetamento, para os serviços de injeção,
com sua proteção. Em termos práticos, sig-
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nifica dizer que, para as varas de 10mm de
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diâmetro, utilizadas nesta obra, foram fei-


tas ranhuras de 12mm de largura e 25mm de
profundidade. Outras particularidades das
varas de fibra de carbono:
• Excelentes propriedades físicas, como re-
sistência à tração, módulo de elasticida-
de, etc, além de extremamente leves.
• Um menor diâmetro de vara assegura
menor trabalho de abertura ou ranhura
para aderência na estrutura.
• Excelente condição de superfície/textura
assegurando ótima condição de aderên-
cia com o epóxi estruturante.
• Excelente adequabilidade a todo tipo de
estrutura, particularmente as de seção cir-
cular.

A obra Tele-atendimento
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O ataque à obra foi feito por andaimes mo- produtos@recuperar.com.br
torizados suspensos, abrangendo toda a Fax consulta nº 03

8 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


O uso de andaime motorizado foi disco adiamantado com 12mm de abertura. A
fundamental à redução dos serviços.
profundidade do corte foi de 24mm.
O trabalho de limpeza das cavidades foi fei-
moção da superfície sem maiores to com hidrojateamento seguido de seca-
trabalhos, ou seja, apenas puxan- gem com ar comprimido. O trabalho de ade-
do-se a tira. Este material evitou rência das varas de fibra de carbono dentro
os serviços adicionais de remoção, das cavidades foi feito utilizando-se epóxi
por lixamento, da colmatação epó- estruturante tixotrópico insensível à umi-
xica. A injeção, feita através de in- dade e com pot-life em torno de uma hora.
jetores tipo chupeta e aderidos Explica-se. A tixotropia do epóxi é essencial
com a mesma pasta, foi executada para evitar que o produto escorra nas ra-
com epóxi de baixíssima viscosi- nhuras após a aplicação. Uma vez aplicado
dade (50cps) de modo a garantir o epóxi estruturante, introduziram-se as va-
total penetração nas fissuras/trin- ras, colmatando-se, com mais epóxi, corri-
cas principais, secundárias e de- gindo-se a superfície. As varas de fibra de
mais comprometimentos existentes carbono, com diâmetro de 10mm foram for-
nas paredes. O endurecimento rá- necidas em rolos. São extremamente leves,
pido deste epóxi assegurou uma se comparadas às varas de aço de mesmo
execução sem contratempos desta diâmetro. O trabalho de fixação das varas
importante fase de monolitização horizontais começou em uma extremidade,
da estrutura. A fase do reforço co- na interseção com o selo adjacente, seguin-
meçou após o mapeamento de li- do pela ranhura até a outra extremidade. A
nhas horizontais e verticais, de profundidade de cerca de 24mm permitiu a
modo a preparar as superfícies para instalação das varas verticais, sem maiores
a abertura das ranhuras. O serviço problemas. Após a execução do reforço foi
foi feito com pasta epóxica flexível, de pega de abertura das ranhuras foi executado com feito um tratamento estético com tinta acrí-
rápida (40 minutos), que assegurasse sua re- serras de alta rotação, utilizando-se duplo lica elastomérica.
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Nada de injeção e
perda de tempo.
Preencher e monolitizar trincas e fissuras no concreto es-
trutural ficou mais fácil com o revolucionário sistema epóxi-
co de baixa viscosidade PP50. Isento de solventes, com 100%
de sólidos, possui viscosidade praticamente igual a da água.
Basta verter e pronto. Sua estrutura está novamente mono-
litizada. PP50 só tem dois componentes e é um potente mo-
nolitizador, ideal para aplicação em estruturas com trincas
e fissuras como lajes, pisos industriais, lajes de vertedou-
ros, etc.

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RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 9


TOTAL CONTROL TOTAL CONTROL

Não, não é outra constelação. São estruturas monitoradas com sensores de fibra ótica TOTAL CONTROL, que medem variações de temperatura,
campos magnéticos, vibrações, umidade, cargas, pressões, contaminação química, etc. Pontes, túneis, barragens, estacas, piers, interceptores
oceânicos, instalações nucleares são algumas das estruturas monitoradas, de modo global, e com resolução micrométrica pelos nossos sensores.
Nada
10 escapa ao TOTAL CONTROL. Medir só deformações não informa o real comportamento da estrutura. RECUPERAR • JaneiroTele-atendimento
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Monitoramento com etc. Uma nova tecnologia de monitoramen-
fibra ótica to à base de fibra ótica e já em uso no mer-
cado mundial foi a escolhida. Aproveitan-
Monitorar uma obra após a recuperação ou do-se as ranhuras, instalaram-se diminutos
reforço é uma atitude praticamente desco- fios de fibra ótica em diversos níveis da
nhecida por muitos. Portanto, aqui está um estrutura, de modo a conhecer-se não só o
belo exemplo de engenharia ou da ausên- nível de deformações, mas o comportamen-
cia da queda de braço desnecessária entre to da estrutura como um todo, seja pelas
mesquinharia e desconhecimento, que não cargas impostas, seja pelo efeito térmico,
pode existir em obras importantes. Medi- umidade etc. Este sistema de monitoramen-
Os sensores de fibra ótica, a
dores de deforma- to estrutural usa sensores especiais de fi- caixa de medição e os fios.
ção? Quem já bra ótica capazes de medir qualquer movi-
não ouviu fa- mento, mesmo entre espaços diminutos, duzido até uma pequena caixa de medição
lar? Relógios com sensibilidade de dois micrômetros (2/ na base de cada silo. Através de uma uni-
medidores 1000mm). O sistema é composto por senso- dade de leitura portátil, em forma de maleta,
ou extensô- res óticos e fios que tanto podem ser insta- registra-se periodicamente as leituras. Si-
metros, fis- lados dentro das ranhuras como fixados na multaneamente, acopla-se a unidade de lei-
surômetros superfície da estrutura. Um fio mestre é con- tura a um computador, de modo a, com sof-
Unidade de leitura acoplada Visão de um controle twares especificos, obter-se diversos tipos
a um computador. feito no computador. de gráficos de controle. Esta tecnologia já é
utilizada em pontes, túneis, barragens e ou-
tras estruturas. Não requer calibração e pode
ser acoplado a um modem de maneira a pro-
mover o controle remoto da estrutura.
Fax consulta nº 06

Para ter mais


informações sobre
Técnica de
Recuperação.

REFERÊNCIAS
• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil,
especialista em serviços de recuperação.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

TRINCAS EM PISOS DE CONCRETO? O que as trincas e fissuras fazem em um piso de


concreto, seja industrial ou comercial, é um verdadeiro

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Fax consulta nº 07

RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 11


IMPERMEABILIZAÇÃO

Uma típica impermeabilização de


lado positivo com manta hidroati-
vada de bentonita.

Carlos Alberto Monge

A impermeabilização em
obras subterrâneas
A pressão hidrostática atuando
em uma parede.

Conheça o mecanismo de ação da água freática nas estruturas,


assim como as estratégias para sua neutralização
Tanto durante a fase de projeto para a im- resistir a uma combinação de pressão hi- quelas propriedades dos líquidos. Alguns
permeabilização de obras subterrâneas, se- drostática e a proveniente do próprio solo, solos, como as argilas e siltes saturados,
jam túneis, barragens ou subsolos de edifi- que pode variar de 500 a 1000kg/m2 para exercem pressão lateral (kg/m2) igual as suas
cações, assim como no calor das discus- cada metro de profundidade. Esta pressão, densidades (kg/m3), as quais podem exce-
sões que norteiam as obras de recupera- obviamente, diminui para solos granulares der completamente a pressão hidrostática.
ção, torna-se necessário, aos técnicos en- e secos, facilitando sobremaneira o fluxo Esta pressão adicional no terreno, entretan-
volvidos, conhecimentos elementares de d’água subsuperficial vertical e aumenta to, afeta apenas a estrutura da parede ou
hidrostática. Estruturas subterrâneas devem para solos saturados, aproximando-se da- da laje. Apesar das tensões laterais adicio-
nais de compressão na película da imper-
GLOSSÁRIO meabilização, por aderência ou nos capila-
Pressão de vapor - Pressão exercida por um vapor em equilíbrio com sua forma líquida.
res do concreto tratados por cristalização,
Pressão hidrostática - Pressão exercida pela água líquida estacionária, em todas as direções, a ameaça de infiltração virá apenas pela
contra uma superfície adjacente. A pressão hidrostática é diretamente proporcional a altura d’água. É
igual ao produto da densidade da água, isto é, 1001,25kg/m3, multiplicado por sua altura em metros,
pressão da água líquida. A pressão hidros-
originando uma pressão em kg/m2. tática aumenta linearmente com a profundi-
Ponto de orvalho - Temperatura na qual o ar torna-se saturado (100% de UR) e ocorre a dade, produzindo um padrão de carrega-
condensação do vapor d’água.
Orvalho - Condensação da água na grama ou em outras superfícies em contato com o solo. mento horizontal triangular (ver figura a
Condensação - Processo através do qual o vapor d’água muda para água líquida. Mudança da seguir).
condição de vapor para líquido devido à uma redução do calor.
Temperatura do ponto de orvalho - Temperatura em que começa a condensação do vapor
14 normalmente devido a um processo de redução na termperatura do vapor. É a temperatura
d’água, RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002
em que se forma o orvalho.
Fax consulta nº 12

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RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 15
Quando o nível d’água do solo está sub- freático e da natureza do solo. Com relação
metido à pressão atmosférica, é conhecido a este último fator, sabemos que a água sobe
também como nível freático e tanto poderá por ação capilar na maioria dos solos, po-
estar ao nível da rua quanto a vários metros dendo alcançar 3 metros em solos de partí-
abaixo. Caso este nível suba, ocorrem pres- culas microscópicas, como as argilas e sil-
sões hidrostáticas nos componentes sub- tes, ou não subir nada em solos granulares,
terrâneos da edificação. De outra forma, já que os espaços entre partículas anulam a
quando a estrutura é construída abaixo do capilaridade. No entanto, mesmo em solos
lençol freático, existirá pressão hidrostáti- arenosos, poder-se-á ter uma zona de satu-
ca tanto no piso que faz contato com o solo, ração acima do nível freático, algo em torno
como também nas paredes da estrutura. de meio metro, o que aumenta também a
Freqüentemente, temos o aumento do ní- pressão hidráulica (veja tabela 1).
vel freático devido às chuvas torrenciais, o Evidentemente, toda primeira laje de obras
que aumenta a pressão hidráulica atuante subterrâneas, normalmente garagens abai-
na estrutura subterrânea. Esta pressão hi- xo do nível da rua, em que o nível freático
dráulica depende exclusivamente do nível está atuante, deverá ser dimensionada para

Se o nível d’água do terreno chega ao nível da rua


(como é comum após chuva torrencial), a pressão
hidrostática, nestas condições, poderá ser: P=Wd
atuando na laje superior. P=W(d+h) pressão atuan-
do na base das paredes, e P=W(d+d) pressão atu-
ando na laje inferior. Se d=1,00m e h=3m, a pressão
lateral na base da parede poderá ser igual a 1000
(1+3) = 4000kg/m2.

A uma profundidade de 3m, por exemplo, a


pressão hidrostática atuante será de, apro-
ximadamente, 3000kg/m2 em todas as dire-
ções. As pressões mostradas na figura aci-
ma presumem um lençol freático ao nível da
rua, suposição bastante comum, e que sem-
pre deverá ser levada em conta.

GLOSSÁRIO

Nível freático - Nível d’água no solo saturado


onde a pressão hidrostática é zero. Superfície
superior da zona de saturação no solo.
Geralmente acompanha uma determinada linha
topográfica, apresentando flutuações, coincidindo
com o nível do terreno em lagos e rios.
Zona de saturação - Solo ou rocha abaixo do
nível d’água do solo. Área saturada, abaixo de Impermeabilização com cristalização, via dry shake, em um piso de concreto submetido a processo de
uma determinada linha do terreno. umidade ascendente. Repare a aspersão do pó cristalizante e a acabadora mecânica.
Água freática - Água que, abaixo do nível ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

freático, movimenta-se lateralmente, sob


pressão freática, preenchendo todos os poros
do solo. Água que se movimenta livremente
pelo solo apenas sob a influência da gravidade.
Aquífero - Formação permeável que permite
a passagem da água suficiente para alimentar
poços.
Aquiclude - Camada impermeável que
impede qualquer passagem a fluxos d’água do
solo.
Água artesiana - Água do solo, sob pressão
suficiente, que sobe facilmente acima do nível
em que é encontrada, quando interceptada por
poço.
Gradiente hidráulico - É a inclinação do
nível freático, originado pelo gradiente de
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pressões, necessário para vencer a resistência
de atrito, possiblitando a ocorrência do fluxo (0XX21) 2493-6740
freático. Inclinação do fluxo d’água, geralmente fax (0XX21) 2493-5553
dado em metros por kilômetro. Fax consulta nº 13 produtos@recuperar.com.br

16 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


Esta não é

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Aumento capilar
uma boa injeção...
Aumento Zona
da de
Tipo do
capilaridade saturação
solo

3m Argila 1,70 m

3m Silte 1,70 m

...mas para
2,5 m Areia fina 1,30 m impermeabilizar com
injeção de gel é preciso
conhecimento.
0,70 m Areia grossa 0,50 m
Este é o gel da concorrência
Procedência ............................ Alemanha
Base ..................................... Poliuretano
0m Cascalho 0m Coloração .......................... Marrom Claro
Densidade ............................... 1,02g/cm3
Relação de mistura .............. 3:1 em peso
Viscosidade ................................. 285cps
Tabela 1 - A água sobe por ação capilar em todo tipo de solo, exceto nos cascalhos. Nas argilas e siltes, Pot life ............................................... 50’
a zona de saturação extende-se até cerca de 1,80m acima do nível freático. A umidade na zona de saturação Tempo de reação ........................ 2 horas
também exerce pressão hidrostática e, naturalmente, todos os elementos da impermeabilização deverão Resistência à tração .............................. –
ter resistência suficiente. Dureza Shore ...................................... 40
Preço ................................ R$ 55,00/litro
resistir a uma possível elevação provocada A ação do vapor d’água Obs.: Atende norma alemã (KTW)
pela pressão hidrostática (laje de subpres- para contato com água potável.
são). A título de curiosidade, utiliza-se os A difusão do vapor d’água é bem parecida
Veja agora o nosso Gel
seguintes artifícios no cálculo da primeira com a condução térmica durante a transfe-
laje: rência de energia calorífica. Quando há uma GEL XPTO
• Aumento no peso da laje, de modo a con- diferença na pressão de vapor entre dois Procedência ............................ Alemanha
trabalançar o efeito da pressão hidrostá- lados de uma edificação, ocorrerá um fluxo Base ..................................... Poliuretano
Coloração .......................... Marrom Claro
tica. de vapor do lado maior para o lado menor. Densidade ............................... 0,98g/cm3
• Aumento da resistência à flexão, anco- Este fenômeno de equalização da pressão Relação de mistura .............. 2:1 em peso
rando-a nas fundações. é conseqüência da teoria cinética dos ga- Viscosidade .................................... 70cps
• Fixação com chumbadores ou tirantes no ses. Na atmosfera, o vapor d’água é ape- Pot life ............................................... 50’
Tempo de reação ........................ 2 horas
solo ou rocha. nas um gás figurante, assim como o dióxi- Resistência à tração .................... 2,2MPa
Não é incomum ocorrer a ruína destas lajes, do de carbono e o argônio, já que há predo- Dureza Shore ...................................... 52
seja por tensões de cisalhamento ou fle- minância dos gases nitrogênio e oxigênio. Preço ................................ R$ 45,00/litro
xão, devido ao aumento da pressão hidráu- A pressão de vapor depende essencialmen- Obs.: Atende norma alemã (KTW)
para contato com água potável.
lica que atua, de forma desigual, no lado te da temperatura e da umidade relativa (UR).
positivo, isto é, no contato com o solo. A Um aumento da temperatura faz crescer ex- Viu? agora nos próximos serviços de
utilização de mantas resistentes e flexíveis ponencialmente a pressão do vapor. A pre- injeção de poliuretano, para acabar
com infiltrações em barragens,
como as de PVC, no lado positivo, oferece sença da água junto à primeira laje ou pare- estações de tratamento de águas e
excelentes resultados impermeabilizantes. des da estrutura induz, no lado positivo, esgotos etc., não aceite outro GEL
Todo o cuidado é pouco durante sua insta- uma UR igual ou próximo a 100%, enquan- para injetar.

XPTO
lação e posterior concretagem. Uma das to que a UR do ambiente interno ou junto
vantagens da manta flexível de PVC é que ao lado negativo é bem inferior. Logicamen- Injete
também bloqueiam o vapor d’água, que é te, o fluxo de vapor será impelido para o
prejudicial para as armaduras do concreto, ambiente interno da edificação, de forma Tele-atendimento
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para o ambiente e, naturalmente, para as horizontal, nas paredes da estrutura e ver- produtos@recuperar.com.br
pessoas que ali circularão. tical na laje. Um detalhe interessante é que Fax consulta nº 14

RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 17


vapor proveniente do lado positivo, imagi-
nando ter chegado a 27ºC com os mesmos
100% de UR, em direção ao ambiente do
subsolo, já que se manteve com aquela tem-
peratura agradável de 25ºC e com 50% de
UR. Veja a figura B ao lado.

A impermeabilização subterrânea

Entre nós, é raro um projetista especificar


impermeabilização de lado positivo quan-
do a estrutura tem dois, três ou quatro sub-
solos, já que o método construtivo normal-
mente não permite. A contaminação do meio
ambiente devido a esgotobrás de nossas
Estas duas figuras mostram como torna-se perpétuo o fluxo de vapor para dentro do subsolo. O mesmo autoridades, em nossos canais, rios e lago-
não ocorre com a parte superior interna da edificação, que inverte completamente o fluxo. as, tem provocado sérios problemas em
estruturas subterrâneas devido à ocorrên-
quando o ambiente interno está a uma tem- Grandes períodos com temperaturas altas cia da contaminação do solo e da água fre-
peratura considerada elevada, mesmo exis- faz aumentar a temperatura do solo, o que ática. O resultado é o mau cheiro (geral-
tindo a diferença na UR, poder-se-á ter, ain- não ocorre tão facilmente com a temperatu- mente os gases sulfeto de hidrogênio e me-
da assim, um equilíbrio. Por exemplo, den- ra da garagem situada no subsolo. Isto é tano) encontrado em alguns subsolos que,
tro de uma garagem situada no 2º subsolo suficiente para deflagrar um forte fluxo de embora possam não ter infiltrações, permi-
de uma estrutura enterrada, poder-se-á ter
uma pressão de vapor com a condição de
Este diagrama evidencia
25ºC, 50% de UR, equilibrando-se com a o processo de eliminação
pressão de vapor do lado positivo de 15ºC para a decisão do proje-
e 100% de UR (figura A acima). De um modo to de impermeabilização,
geral, o gradiente da pressão de vapor ocor- positiva ou negativa, em
uma obra nova. Numa
re do lado positivo para o negativo e ne- obra de recuperação,
cessita de impermeabilização específica. torna-se obrigatória a im-
Na órbita do poder da pressão de vapor, permeabilização pelo lado
comumente ocorre entre nós o fenômeno negativo, por cristaliza-
ção ou por injeção de po-
da condensação, devido ao contato deste liuretano hidroativado,
fluxo com a parede ou piso (lado negativo) ou ambas.
em uma temperatura de ponto de orvalho.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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18 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


Situação da água do solo (zonas)

tem, através do fluxo do vapor, esta “over- A manta flexível de PVC, sem qualquer dú- A impermeabilização de lado negativo
dose” em nossa saúde e na do concreto vida, é a que oferece o melhor custo/bene-
armado. Torna-se, portanto, necessário bar- fício (preço/qualidade) devido as seguin- O modal desta técnica confunde-se com
rar além da água, todos os demais contami- os serviços de recuperação, muito embora
tes vantagens:
nantes existentes no subsolo. aplicável em todo tipo de obra nova, como
edificações, túneis etc., onde o acesso ao
A impermeabilização de lado positivo • Menor dependência na preparação das lado positivo é impossível. O uso de mem-
superfícies. branas coladas no lado negativo não fun-
A impermeabilização pelo lado positivo • Ausência de risco de furo ou rompimen- ciona porque, tanto a água quanto o va-
pode ser feita utilizando-se os seguintes
to da manta. por d’água promovem o descolamento do
materiais:
• Emendas com 100% de qualidade. material. A impermeabilização de lado ne-
• Revestimento bentonítico.
• Grande resistência química. gativo divide-se em revestimento de con-
• Manta à base de betume.
• Durabilidade assegurada por, pelo menos, versão química ou de cristalização, reves-
• Mantas flexíveis de PVC.
timento de aderência com porosidade zero
• Cimentos cristalizantes. 20 anos.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○
e na utilização de injeções de poliuretano
hidroexpansivo, gel de poliuretano e resi-
Próxima Ediçmo

Os segredos da corrosão I na acrílica aquosa.


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Quando o Assunto é Impermeabilização


Contra a Carga Hidrostática
A tecnologia da injeção com poliuretano
hidroativado PH Flex ataca, de maneira profunda, a
água de onde quer que ela venha. Assim,
infiltrações em galerias e paredes de barragens,
paredes diafragma, minações d’água, pisos e poços
de elevadores, metrôs e vazamentos em castelos
d’água são resolvidos direta e profundamente, sem
chance de retorno. Para sempre!

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Por cristalização também é à base de cimento portland e areia se permeável à passagem d’água. Daí a ne-
finíssima de quartzo ou sílica. Os aditivos uti- cessária complementação com o poliureta-
Durante o processo de hidratação do concre- lizados, no entanto, ativam o produto de modo no gel. O outro é hidrófobo, bastando “ver”
to provocado pela fuga da água adicional in- a torná-lo 100% livre de vazios ou poros, ao a água para promover sua cadeia expansiva
corporada à massa, fica para tras um verda- mesmo tempo em que aderem tenazmente à sem qualquer molécula d’água pendurada.
deiro labirinto desconjuntado de poros, fis- superfície do concreto. Este poliuretano espuma não necessita de
suras e trincas que, dependendo do calibre, Os impermeabilizantes cimentícios que traba- tratamento complementar com o poliuretano
permitirá a passagem de fluxos de vapor lham por aderência no lado negativo são os gel. A resina acrílica, recentemente introdu-
d’água ou, propriamente, da água líquida. A inorgânicos, modificados com polímeros e zida no mercado, possui viscosidade igual a
impermeabilização por cristalização tem a par- elásticos. Suportam também considerável da água, após preparada. Por ser um produ-
ticularidade de preencher tais vazios, migran- pressão hidrostática, mas têm o inconveni- to de dois componentes, com relação de mis-
do, adicionalmente, devido ao seu perfil iôni- ente de não poderem ser aplicados em super- tura 1:1 e com pot-life extremamente peque-
co, para dentro dos capilares da matriz. fícies expostas ao tempo. Não bloqueiam o no, deve ser injetado com bomba de dois
São substâncias orgânicas e inorgânicas que, vapor d´água. componentes. Alterando-se o catalizador do
em solução, reagem quimicamente com a água produto, seu pot-life aumentará e, assim,
capilar ou com a umidade presente e com as Por injeção poderá ser injetado com bomba comum de
partículas de cimento portland não hidrata- injeção de poliuretano espuma. Quando o
das, além da cal livre presente na matriz do O poliuretano hidroexpansivo, seu gel e a re- poliuretano hidroexpansivo entra em conta-
concreto. Preenchem, através da formação de sina acrílica aquosa foram desenvolvidos para to com a água ou umidade promove uma re-
extensas moléculas, os capilares e as fissuras impermeabilizar, por injeção, qualquer tipo de ação de expansão quase que instantânea,
próprias da retração do concreto. Em forma surgência d’água que apareça através de trin- formando uma densa barreira sólida de es-
de pó, é misturado à água e aplicado com rolo cas, fissuras, ninhos de concretagem, juntas puma com células fechadas, preenchendo e
ou trincha. Este material promove uma reação frias e juntas de dilatação. É utilizado corri- impermeabilizando trincas, fissuras e poros
catalítica, gerando cristais ramificados inso- queiramente para acabar com minações por onde a água tem acesso. Este produto é
lúveis dentro dos poros e vazios da matriz d’água em barragens, minas, túneis, caixas de altamente adesivo e penetrante, desenvol-
(pasta de cimento) do concreto. Uma formu- passagens, reservatórios, caixas de elevado- vendo profundo trabalho de ancoragem em
lação mais moderna deste impermeabilizante res, paredes diafragma, eletrodutos, cabos de ambos os lados da fissura injetada. Como
já contém partículas hidrófilas em excesso, força e telefones que tenham presença d’água. conseqüência, promove uma tenaz aderên-
que são ativadas e, literalmente, incham à O poliuretano gel é indicado para ser injetado cia em, praticamente, todos os substratos,
medida em que há uma reincidência da infil- em fissuras diminutas, capilares ou como com- estejam secos, molhados ou úmidos.
tração, seja pelo aumento da pressão hidros- plemento após a injeção do poliuretano es-
tática ou pela surgência de micro fissuras de- puma que, algumas vezes, não consegue atin- Fax consulta nº 17
vido à retração tardia do concreto. gir os desdobramentos das trincas dentro do
De um modo geral, em obras novas, é utiliza- concreto, as chamadas trincas secundárias
do na forma líquida, de modo a promover, de ou terciárias. É preciso distinguir dois tipos Para ter mais
forma definitiva, a formação de uma massa de poliuretano espuma, existentes no merca- informações sobre
estanque. Pode ser incorporado em pisos, do. Um é hidrófilo, o que significa que neces- Impermeabilização.
após a concretagem, na forma de pó, passan- sita toda e qualquer molécula d’água para
do em seguida a acabadora mecânica. O re- expandir. O resultado é uma cadeia expansiva
sultado é excelente. É aplicado correntemen- cheia de moléculas d’água penduradas. Em
te em túneis, através de concreto projetado. termos práticos significa que, caso o concre- REFERÊNCIAS
A preparação da superfície, para concretos to assim tratado fique exposto à ação do sol,
• Carlos Alberto Monge é engenheiro civil,
antigos, exige a remoção daquela nata super- perderá estas moléculas d’água, deixando a especialista em serviços de recuperação.
ficial indesejável, expondo os poros do con- estrutura de espuma com vazios, tornando-
creto, seguidos de molhação intensa. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Por aderência

Nos anos 60, Europa e EUA desenvolveram


este tipo de impermeabilização, usualmente à
base de revestimentos e argamassas cimentí-
cias. Tecnicamente, poderiam ser descritos
como “membranas ou barreiras cimentícias”,
já que não trafegam pelos capilares, trocando
figurinhas apenas, por compatibilidade quí-
mica, com o cimento portland do concreto
base para fazer um excelente trabalho de ade-
rência. A impermeabilização por aderência

20 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


IMPERMEABILIZAÇÃO

Os impermeabilizantes à base
de dois componentes
Michele Batista

Do mutante poliuretano ao versátil acrílico,


é preciso entender a relação de mistura destes produtos.

Os impermeabilizantes orgânicos de apenas um componente, muito embora possam ter


sua cura acelerada, ainda assim oferecem um bom tempo para a aplicação com bombas que
trabalham com um só produto. Estamos falando de bombas airless ou, literalmente, sem ar,
que sugam o produto diretamente do balde e jogam-no em forma de spray ou injetam-no
em paredes ou em solos. De um modo geral, os impermeabilizantes orgânicos “monocom-
ponentes” do tipo poliuretano hidroativado já vêm com tudo em cima, ou seja resina,
solvente, aditivos e catalizador. A adição do promotor ativa o produto, deixando-o mais
reativo. Estes materiais curam por um tipo de reação química chamada de Ligação Cruzada
(LC). Ao abrir uma lata, pode apostar, já começarão a reagir formando LCs, polimerizando.
Os impermeabilizantes de dois componentes, por outro lado, também curam através de
LCs. Basta medi-los e misturá-los adequadamente, antes da sua aplicação. A reação quími-
ca começa imediatamente após a mistura. A questão é a rapidez com que a reação aconte-
ce, impedindo uma aplicação adequada do produto com bombas monocomponentes. É

Atomização
Mistura
Injeção

Fig. 1- Seqüência básica no uso de


bombas de dois componentes que tanto
A B injetam quanto atomizam.

Lembre-se de que altas


temperaturas impoem um
pot life curto. Cuidado!

24 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


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RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 25


por esta razão que existem bombas airless, Os impermeabilizantes Meça adequada-
mente cada
de dois componentes, com várias relações de dois componentes componente.
de mistura e que a fazem na pistola, antes sejada, seja modi-
da saída do produto. Os produtos à base de dois componentes, ficando a nature-
invariavelmente são taxados de conjunto A za de um solo, to-
Dicas para se trabalhar com bomba de e conjunto B. O primeiro é o material base, mando o lugar da
dois componentes ou seja a resina, um prepolímero ou poliol, água dentro dos vazios do
que dá ao produto final a característica de- concreto ou formando uma bar-
• Dever-se-á treinar o pessoal, utilizando- reira no lado positivo de uma estrutura. O
se a bomba com água ou outro líquido. componente B é o catalizador da reação,
• É fundamental conhecer cada comparti- podendo ser chamado de isocianato, ace-
mento da bomba, assim como desmon- lerador, promotor, ativador ou endurecedor.
tá-la e limpá-la. É o sinal verde da reação, o controlador de
• Assegurar-se que todas as partes da
bomba estão em perfeita situação, isto
é, sem vazamentos ou peças gastas.
• É fundamental ter um técnico especi-
alizado cuidando da bomba, enquanto Fig. 2: A designação dos produtos de dois compo-
o pessoal de operação injeta ou faz nentes
spray.
• Limpar totalmente o equipamento após
o trabalho, se possível, desmontando
suas partes para remover sugidades e
assegurar-se de que não está havendo
desgaste excessivo. O bloco onde ocor- Fig. 3: Os termos usados nos componentes A e B.
re a mistura ou a pistola de injeção, man-
Antes de misturar os sua velocidade, pro-
gueiras de sucção e injeção, deve ser componentes, meça-os
movendo as liga-
limpo e checado após o serviço. adequadamente. O
tempo de mistura é ções cruzadas e,
• Muita atenção na relação de mistura. fundamental. Atenção finalmente, a po-
Qualquer erro é duplo prejuízo, isto é, às especificações do
fabricante. limerização.
perda do material e serviço mal feito.
Qualquer produto químico é
tóxico para a pele. Use luvas.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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26 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


Como passar de peso para volume
Para modificar uma relação de mistura de peso para volume dever-se-á Dever-se-á misturar as seguintes quantidades:
utilizar a seguinte formula: Componente A = 1 galão com 4,5 kg
Componente B = 1 galão com 3,8 kg

Utilizando o esquema acima, a relação de mistura em volume


será
Nota: A relação peso/volume de A e B precisa ser colocada na mesma
unidade.
Exemplo: Tem-se uma relação de mistura em peso de 16 : 1 (A ; B)
Pede-se a relação em volume logo, a relação em volume de A : B será 13,5 : 1

Ao se trabalhar
A mistura dos componentes com pressão é Tenha sempre uma
fundamental usar maleta de
A reação química começa tão logo os com- óculos de pressão. primeiros
socorros perto.
ponentes sejam misturados e, a partir deste mais ser aplicado, de- life ou, o que é o
instante, sua viscosidade começa ser alte- vido à alta viscosidade e/ou início do en- mesmo, acelera a cura
rada, produzindo ou liberando calor. Cada durecimento. A figura 4 explica bem o pot- do material. A figura 5 mostra como o pot-
life. life do polímero já misturado diminui com o
aumento do calor. Com as bombas de dois
componentes não há qualquer dificuldade
em pulverizar ou injetar estes produtos. No
entanto, ao utilizar uma bomba de dois com-
ponentes para fazer um trabalho de inje-
ção, por exemplo, é preciso ficar atento à
relação de mistura especificada pelo fabri-
cante do produto. A relação de mistura a
ser efetuada na bomba é sempre em volu-
Fig. 5: Aumentando a temperatura, diminui o pot
life ou acelera a cura.
me. Se o produto é fornecido com relação
Fig. 4: À medida que o tempo passa, o pot-life
diminui. de mistura em peso, haverá necessidade de
A relação de mistura é a melhor composi- fazer a conversão. Veja o box acima.
produto oferece ção entre A e B, de modo a produzir o pro-
um tempo de apli- duto com 100% de performance. O produto Fax consulta nº 27
cação chamado poderá vir com uma relação de mistura em
“pot-life”, defi- peso ou em volume, tendo uma pequena
nindo o início, margem de erro, chamada tolerância da re- Para ter mais
quando acontece lação de mistura. A relação de mistura, efe- informações sobre
a mistura e o tér- tivamente, é o calcanhar de Aquiles do pro- Impermeabilização.
mino, quando o duto acabado. Pouco catalizador ou mes-
produto não pode mo um excesso irá, com certeza, causar pro-
blemas no polímero final, a começar pelo
pot-life do produto. Pouco catalizador, sub- REFERÊNCIAS
mete o produto a um processo de cura defi- • Michele Batista é química.
ciente. Calor em excesso diminui seu pot-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 27


MEIO AMBIENTE

H2S. Que gás é esse


que tanto nos
incomoda e prejudica?
Michelle Batista

Saiba dos inconvenientes que este gás promove, tanto


em sua saúde quanto nas estruturas de concreto armado
e protendido.
Nosso nariz pode perceber vestígios de substâncias com concentração dimi-
nuta, coisa que instrumentos sofisticados nem sonham em detectar. É o caso,
por exemplo, do gás sulfeto de hidrogênio ou gás sulfídrico, (H2S), agente
tóxico hoje conhecido de todos nós, associado a fluxos de esgotos e proces-
sos relacionados, assim como subprodutos de uma série de atividades indus-
triais. Infelizmente, também associado, hoje, a lagoas, praias e até bueiros de
rua. As condições biológicas que conduzem à formação do H2S geralmente
favorecem a produção de substancias orgânicas como os mercaptamos, tiofe-
nol e o tiocresol, também muito mal cheirosos e tóxicos.

H2S. Mal cheiroso... e corrosivo

A presença do H2S no ar induz o inicio da existência de problemas em estrutu-


ras de concreto armado e metálicas. De um modo geral, estações de tratamen-
to de esgotos (ETEs), tanques de digestão de esgotos e estações de bombe-
amento, normalmente estão submetidas ao ataque deste gás, principalmente
nas regiões acima do nível do liquido acumulado. Lagoas e canais, nas cida-

28 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


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ticas alteram-se de forma dinâmica. Uma di-
minuição do pH acarreta imediato aumento
da quantidade de H2S, tornando a estrutura
mais sensível ao ciclo sulfeto de hidrogê-
nio – ácido sulfúrico, particularmente em
toda a região superior da estrutura fora da
linha do esgoto.
Precisamos nos conscientizar de que este
gás é venenoso, assim como os demais a
ele associados. Ao inspecionarmos canais
onde há presença deste gás, o que é facil-
mente detectável, torna-se necessário o uso
de máscaras. Dever-se-á promover uma
ventilação prévia em sistemas semi-fecha-
dos com alta concentração do gás, antes
de iniciar uma vistoria. O acesso a estes
locais só deverá ser feito quando consta-
Viga e laje apoiadas na parede diafragma. Este subsolo, pertencente a um prédio localizado ao lado de um tarmos, através de detectores portáteis, que
canal que recebe esgotos, está situado a cerca de 12m de profundidade. Suas paredes estruturais estavam a qualidade do ar em seu interior é a mesma
submetidas a um fluxo contínuo de água poluída por esgoto doméstico e industrial. As paredes deste 3º
subsolo foram, posteriormente, impermeabilizadas com injeção de poliuretano hidroativado. Antes, po-
que a do lado de fora.
rém, o material entranhado nos vazios do concreto detonou um sério processo de corrosão, não tratado,
nas armaduras da parede, vigas e regiões das lajes próximas. H2S. Mal cheiroso e... tóxico
des, também produzem este gás, devido a
despejos clandestinos. As características O sulfeto de hidrogênio ou gás
básicas deste ataque são: sulfídrico, como alguns preferem,
• Sulfetos têm que estar presentes na so- é um gás penetrante e tóxico. É
lução do esgoto. Podem ser originados mais pesado que o ar. Não apre-
de despejos comerciais, residenciais, in- senta cor e, acredite, é explosivo
dustriais ou formados por bactérias ana- em determinadas concentrações.
eróbicas dentro do esgoto. A ocorrência daquele cheiro ca-
• Longas tubulações de esgoto, mesmo racterístico de ovo podre prediz
com pequeno gradiente, sem uma veloci- a existência de baixa a media
dade de líquido que possa promover sua concentração do gás. À medida
auto-limpeza, poços de estações de bom- que aumenta a concentração do
beamento que recebem o esgoto, ou onde gás, perde-se rapidamente o sen-
ocorrem longos períodos de retenção de tido da gravidade em que se está
material. metido, podendo vir a ocorrer um
• A alta temperatura ambiente e a existente desmaio repentino, seguido de
no local da concentração aceleram a sep- morte, caso a pessoa não seja re-
ticidade e a formação do gás H2S. tirada do local e adequadamente
tratada. A tabela abaixo evidencia
• Uma grande quantidade de gás H2S esca-
a toxidade do H2S para várias con-
pa do esgoto e está presente no ar.
centrações.
• O gás H2S converte-se em ácido sulfúri-
Qualquer evidencia da presen-
co (H2SO4), principalmente pela bactéria
ça do H 2S deve ser motivo de
aeróbica existente no ar em presença de
avaliação e investigação da fon-
grande umidade relativa, o que é muito
te geradora. De acordo com o
comum. Este ácido é um dos principais ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

inimigos do cimento portland do qual é


feito o concreto.
• O ácido sulfúrico (H2SO4) assim formado Nanosfera. Conheça
ataca a matriz (pasta de cimento) do con-
creto e desenvolve um rápido processo
de corrosão em seus armaduras. É o anún-
este novo mundo.
cio da destruição da estrutura.
Em se tratando de estruturas de concreto
Próxima Ediçmo
armado, que contenham esgotos, é neces-
sário muito cuidado, já que suas caracterís-

30 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


O nível de exposição ao
H2S na Baía de Guanabara hoje, para
muitas pessoas é intolerável. Veja o
box para maiores detalhes.

Saiba mais sobre a situação da Baía de Guanabara

U.S. Occupational Safety and Health Ad-


ministration (OSHA), o nível de exposição
máxima, comumente aceito, é de 8 horas para
uma concentração de 10 ppm. Para uma
concentração de 20 ppm, o tempo de tole-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Próxima Edição
Os segredos da Corrosão I.
RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 31
Clarificadores de esgoto industri-
Odores químicos al é uma fonte de sulfeto de hidro-
gênio, o qual é liberado das subs-
bastante comuns e... tâncias com enxofre inorgânico.

tóxicos
rância cai para apenas 10 mi-
Quando passamos por indústrias percebemos
diversos tipos de odores desagradáveis. O que
nutos. Com 100 ppm no ar
não sabemos é que, quase todos, tem um grau ou mais, há risco de sérios
de periculosidade ou toxidez. Veja abaixo a re- problemas para a saúde e à
lação dos bandidos sem fronteiras, já devida- própria vida.
mente fixados no U.S. occupational safety and
health administration (OSHA).
Embora não esteja incluído
no item 112 B do rol dos ga-

ses poluidores do ar atmosférico, de acor-


do com o U.S. clean act amendments, o ban-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Como
descontaminar a
água freática.

Próxima Ediçmo
Testes cromatográficos laboratoriais ajudam a
identificar os componentes metabólicos e os
processos que contribuem na formação de
odor fétido.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CALMA!
Contaminação ambiental
tem jeito.
Se você necessita de solução
para a descontaminação do
seu terreno, nós a temos. Dis-
pomos de resinas que neutra-
lizam e/ou encapsulam subs-
tâncias químicas radioativas,
ácidas ou básicas presentes no
solo, assim como equipamen-
tos especiais para injeção.
Mostre-nos o seu problema.

Fax consulta nº 30

32 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
GLOSSÁRIO

Pressão hidrostática - Relaciona-se à


pressão de equilíbrio dos fluídos.
Halogênio - Denominação dada aos 4
elementos fluor, cloro, bromo e iodo, devido a
grande facilidade com que formam compostos
salinos ao combinarem-se com elementos
eletropositivos. Normalmente existem em
estado livre como moléculas diatômicas. Existem
detectores específicos para vazamentos destes
gases.
Sulfeto de hidrogênio - Também conhecido
como gás sulfídrico. Em solução, na água,
fornece o ácido sulfídrico. Forma-se na
putrefação de organismos vivos, conferindo
odor fétido. É venenoso, porém muito
empregado em laboratórios de química, por
ser um reagente de importância fundamental.
Gás levemente ácido.

dido aparece imediatamente no item 112 R,


destinado a prevenção de descargas aci-
dentais, sendo taxado como “causador de
mortes, de sérias lesões ao organismo ou
ao meio ambiente”. Há inúmeros relatos de
casos ou de pessoas que sofreram sérias
lesões uma vez submetidas a concentrações
mesmo consideradas baixas, assim como
pessoas comuns que faleceram quando
submetidas a concentrações em torno de
300ppm por volume de ar. É importante re-
latar que em locais como câmaras ou galeri-
as fechadas, por onde circula esgoto, onde
normalmente encontra-se cerca de 2 ppm INSTITUTO DE PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO
em média, poder-se á, com a surgência de Tel.: (21) 2491-1724 • Fax: (21) 2493-5553
WEBSITE: http://www.ipacon.com.br
turbulência, acelerar a produção do H2S para E-Mail: atendimento@ipacon.com.br
o ar ambiente. Fax consulta nº 31
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Capa dura para a RECUPERAR


R$
25,00
RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2002 33
A química do H2S equilíbrio. Como apenas o gás H2S pode
Fax consulta nº 33
escapar da solução para criar odores, tor-
O H2S é um excelente redutor e não é só na-se significativo distinguir os tipos de
produzido por substâncias que reduzem o sulfetos existentes. Desta forma, é impor-
enxofre orgânico. Uma outra fonte produ- tante quantificar os sulfetos totais e os dis- Para ter mais
tora do cheiro de H2S é a redução bioquími- solvidos presentes no local, além do nível informações sobre
ca de substâncias com enxofre inorgânico. do PH do esgoto. Meio Ambiente.
As bactérias redutoras de sulfatos usam o
enxofre como uma fonte de oxigênio, em Como neutralizar o cheiro do H2S
condições anaeróbicas, para metabolizar
matéria orgânica na corrente do esgoto. Existem três formas, bastante eficientes, de
neutralizar o odor do H2S em meio aquoso. REFERÊNCIAS
Através da oxidação química, da precipita-
• Michelle Batista é Química.
A redução dos sulfatos, de um modo geral, ção e do controle do pH. O primeiro méto- • “Hydrogen sulfide”. Gas Research Institute.
ocorre dentro da camada do lodo biológico do utiliza agentes oxidantes que reagem com
que protege seus redutores do oxigênio, o sulfeto de hidrogênio e têm o inconveni-
presente na própria corrente do esgoto. ente de reagirem também com a matéria or- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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A velocidade com que o gás H2S é produzi- gânica presente na corrente do esgoto. O
do depende da concentração do sulfato, da principal agente é o peróxido de hidrogê- Você deseja proteção?
matéria orgânica, do nível de oxigênio dis- nio (H2O2), nossa conhecida água oxigena-
solvido, do pH, da temperatura e, finalmen- da, muito barata, mas pouco eficaz para
te, da turbulência da água. O gás H2S dis- neutralizar odores. A segunda técnica, a da
solve-se na água H2S Ù HS– + H+, permi- precipitação do pH, usa sais metálicos para
tindo que o HS- D S–2 + H+. O gás H2S reage reagirem com sulfetos dissolvidos, precipi-
com a maioria dos metais pesados, produ- tando sulfetos metálicos, impedindo, com
zindo sulfetos insolúveis. Sua concentra- isso, a liberação do H2S para a atmosfera. A
ção aumenta com a diminuição do pH. Por
exemplo, para um pH ,7 o H2S representa
terceira técnica também tem a ver com o
controle do pH e utiliza fortes substâncias
BIOCIDAS
Gatos ainda possuem 7 vidas, mas águas de processa-
50% dos sulfetos dissolvidos presentes no alcalinas para aumentar o pH do esgoto, mento e produtos industrializados não. Para liquidar
local e para um pH 6, mais de 90% dos sul- reduzindo, com isso, a proporção do H2S algas, fungos e bactérias que afetam seu sistema use bi-
ocidas BIOCOM. Melhor qualidade, sem restrições.
fetos desenvolvidos já se encontram na for- dissolvido naquele já citado equilíbrio H2S
ma de H2S. Se parte do gás H2S escapa de – HS-. Existem três outras técnicas mais Se você deseja biocidas,
um local para a atmosfera, o sulfeto desen- modernas de tratamento do cheiro do H2S. conte conosco.
volvido, remanescente, dividir-se-á em H2S A primeira utiliza “limpadores de enxofre”, Tele-atendimento
e HS- na mesma proporção que existia an- a segunda, neutralizadores e a terceira, ini- (0XX21) 2493-6862 • fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
teriormente, de forma a restabelecer o bidores.
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Fax consulta nº 34

Fax consulta nº 35

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