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U
GLOSSÁRIO
m viaduto, que recebeu vários co, utilizando-se argamassa de cimento e
Ultrasom – termo genérico empregado para de-
impactos de veículos, sofreu trin- areia, em traço compatível com o concreto signar equipamento para testes no concreto com
cas e conseqüentes desplacamen- base, de modo a evitar incompatibilidade. base na velocidae de pulsos ultrassônicos. É com-
posto por 2 transdutores, um para transmitir e ou-
tos nas bases de suas vigas protendidas Após a recuperação, desenvolveu-se um tro para receber a unidade principal e a barra de
em forma de I. A estratégia de recuperação programa de testes não destrutivos (NDT), calibração.
foi pela injeção de epóxi, com ultra baixa de modo a assegurar a qualidade do servi- Transdutor – qualquer dispositivo capaz de mu-
dar um tipo de sinal em outro, com o objetivo de
viscosidade, utilizando-se a mais moderna ço de monolitização das vigas I. O progra- transformar uma forma de energia em outra, de
metodologia de monolitização de estrutu- ma NDT utilizado consistiu da combinação modo a realizar uma medição. É composto por um
cristal piezoelétrico.
ras de concreto armado: o sistema CRA- do Eco-Impacto (EI) com o Ultrasom (US), Piezoelétrico – relativo a um cristal em que
CK-FÁCIL, que não necessita de furação de maneira a verificar o nível de preenchi- ocorre efeito piezoelétrico.
Piezometria – ramo da física que estuda o efeito
no concreto nem do uso de bombas. mento ou monolitização alcançado com da pressão em diversos meios.
Os desplacamentos nas bases das vigas fo- epóxis de ultra baixa viscosidade. A resis- Piezo – unidade de medida de pressão. O símbolo
é o Pz.
ram executados, após a aplicação do chapis- tência de colagem não foi checada.
Verificação da qualidade
da recuperação
Viaduto Eusébio Matoso (SP).
GLOSSÁRIO
Eco-impacto – termo genérico empregado para
designar equipamento para testes no concreto com
base na velocidade de pulsos mecânicos. É com-
posto por martelo equipado para gerar pulsos me-
cânicos, um acelerômetro para receber as ondas,
duas fontes de alimentação para o acelerômetro,
um osciloscópio para analisar a forma da onda e o
tempo de percurso e um lap-top. Viaduto túnel Rebouças (RJ).
Utiliza as reflexões das ondas de tensão tran- Cruzando-se dados do EI com o US é pos-
sientes (energia mecânica de baixa freqüên- sível visualizar a performance dos serviços
cia) para detectar, localizar e classificar he- de monolitização feitos com a injeção epó-
terogeneidades dentro do concreto. É utili- xica. Os danos praticamente atinjiram toda
zado para analisar espessuras, ninhos ou a extensão da primeira viga pertinente ao (b) A fonte de US em um lado da viga I.
qualquer anormalidade no corpo do con- sentido do fluxo de veículos. Com este qua-
creto, futuros desplacamentos, descolamen- dro de danos, riscou-se uma malha quadra-
tos de camadas e, principalmente, a quali- da, com 30cm de lado, para rastreamento e
dade do preenchimento de bainhas de pro- detecção de possíveis regiões não monoli-
tensão. Consiste, basicamente, de um mar- tizadas pela injeção.
telo de impactos, um acelerômetro e um lap- Riscou-se um total de 16 quadrados ao lon-
top para aquisição de dados. go da viga e, a seguir, dividiu-se cada um
dos quadrados em quatro quadrados me-
O Ultrasom (US) nores, escolhendo-se apenas um, o mais
próximo das regiões injetadas para a execu-
Este equipamento mede a velocidade do ção dos testes. (c) O receptor de US no outro lado da viga.
som através dos materiais, entre eles o con- A localização da trajetória dos testes de EI Figura 4 - Posicionando os instrumentos.
creto armado/protendido, de maneira a prog- é apresentada na figura 3a. Durante a reali-
nosticar sua resistência, seu módulo elásti- zação dos testes com EI, caso se constate a dro mais real do problema. Foram feitos 9
co e, também, a presença de heteroneida- presença de vazios, deve-se proceder tes- testes de, US utilizando-se transdutor com
des em seu interior. tes com US de modo a esmiuçar-se um qua- fonte de 54kHz, aplicado com graxa, no lado
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este da viga e, no outro lado (oeste), posto Os resultados do US foram classificados sólido ou monolítico. No quadrado apre-
o receptor, que variava de posição (figura em três categorias, de acordo com os resul- sentado como referência dos trabalhos re-
3b), apresentando 144 trajetórias. tados das velocidades apresentadas: alizados, fica evidente que a massa do con-
creto atravessado pelas trajetórias 5-1, 5-2,
Resultados 5-3, 5-4 e 5-7 apresenta altas velocidades. A
qualidade do concreto evidenciado pelas
O gráfico freqüência versus deslocamento trajetórias 5-5, 5-8 e 5-6 apresenta-se me-
do EI de um dos 16 quadrados analisados é
Como apresentado anteriormente, veloci- nor. A trajetória 5-9, no entanto, evidenciou
mostrado na figura 7. Note que, o gráfico
dades altas indicam concreto totalmente a existência de problemas. Este quadro, evi-
da posição cinco deixa claro que a injeção
não surtiu o efeito desejado de monolitiza-
ção, pois ocorreram múltiplos eco-picos re-
sonantes em sua freqüência, indicando a
presença de fissuras não preenchidas. A po-
sição nove, por outro lado, evidencia a si-
tuação comum de monolitização de toda a
viga, onde se observa, tipicamente, apenas
um eco-pico. A mesma posição 9, apresen-
tada acima, é analisada pelo US na figura 8.
GLOSSÁRIO
Acelerômetro – sismógrafo para medir a acele-
ração da matéria em função do tempo.
Aceleração – nível de mudança na velocidade de
um corpo em movimento. A presença de ondas com
alta aceleração são prejudiciais a uma edificação.
Sismógrafo – Detector de ondas sísmicas. Quan-
do combinado com a um gráfico é chamado de
sismógrafo. Detector de vibrações e movimentos
no solo.
Figura 7 - Exemplo dos resultados com as situações onde há presença, ainda, de trincas e situação monolitizada.
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denciado pelo US, deixou claro que havia tural. Ficou evidente também que análises
uma região com necessidade de reinjeção, com NDT são de extrema importância para REFERÊNCIAS
embora o EI nada evidencie sozinho. Com a certificação da qualidade do serviço. • Maria das Graças F. Xavier é engª civil,
uma análise mais apurada do EI e do US, Nota-se, portanto, que serviços tradicio- especialista em serviços de recuperação.
nas trajetórias 5-5, 5-6 e 5-9, vislumbrou- nais de injeção epóxica utilizando-se re- • Sansalone, MlJ., and Streett, W.B., Impact-
Echo Non-destructive Evaluation of Concrete
se perfeitamente o volume do concreto sinas epóxicas com viscosidade tradicio- and Masonry, Bullbrier Press, Ithaca, N.Y.
ainda com presença de trincas não pre- nalmente elevada, tipo 300 cps, além do • ACI Committee 228, “Nomdestructive Test
enchidas. uso de mangueirinhas plásticas como bi- Methods for Evaluation of Concrete in Struc-
Assim, ficou evidente que, mesmo com a cos injetores pode, literalmente, sabotar o tures (ACI 228.2R-98)”, American Concrete
Institute, Farmington Hills, Mich., 62pp.
utilização de adesivos epóxicos com ultra- serviço de monolitização. • ACI Committee 228, “In-Place Methods to
baixa viscosidade, o serviço de monoliti- A tecnologia NDT apresentada está toda Estimate Concrete Strength (ACI 229.1R-
zação poderá apresentar problemas, o que inserida na norma do American Concrete 95)”, American Concrete Institute, Farming-
é crítico para a vida futura da peça estru- Institute ACI-228.2R – 98. ton Hills, Mich., 41pp.
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C
ompaction Grouting (CG) ou Con- levantamento de estruturas com recalques. de 5cm. Sua textura e composição aliados
solidação Horizontal é uma efici- A técnica do CG consiste em se cravar, no à baixa mobilidade, uma vez dentro do solo,
ente técnica de consolidação nas- solo, tubos com 50mm de diâmetro, segui- impede-o de promover o fraturamento hi-
cida nos anos 50, nos EUA, ideal para a do de injeção de grout específico para con- dráulico, o que garante a efetivação de bul-
densificação de argilas moles e areias fô- solidação de solos, onde uma das princi- bos e colunas que, juntamente com dre-
fas, podendo, adicionalmente, promover o pais características é o slump test máximo nos verticais previamente instalados, pro-
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O que é a liquefação na areia
Quando uma camada de areia saturada apre- nada mais, nada menos que a água dos poros. tamanho e forma dos grãos. Podemos definir
senta índice de vazios acima de um determi- A perda das frágeis tensões efetivas reduzirão liquefação então como a perda de resistência
nado limte e, bruscamente, é submetida a um a resistência da camada de areia a valores qua- devido a reestruturação não drenada da mas-
processo de fuga, sua massa tentará obter se insignificantes, fazendo com que a camada sa de areia. Perturbações, devido a vibrações,
um estado de equilíbrio. Ocorre que, se a água de areia entre em estado de liquefação. A re- destroem o esqueleto suporte da areia satu-
não puder escapar instantaneamente dos po- sistência que a camada de areia, em estado rada, ocorrendo a perda do contato entre os
ros da areia, sua estrutura simplesmente saturado, tem a um processo de liquefação de- grãos, com diminuição da porosidade e trans-
transferirá as tensões normais atuantes para, penderá de características como graduação, ferência das cargas para a água dos poros.
ção sem qualquer perturbação nas cama- mesmo tempo em que um nível ótico confe- secundários foi de 110 litros por metro, lite-
das de argila mole superior e da própria ria a inexistência de levantamentos, tanto ralmente regulados e interrompidos pelo au-
areia fofa. Uma vez na cota pré-estabele- dos pilares quanto do próprio pavimento. mento da pressão no manômetro do tubo
cida, puxou-se os tubos em cerca de 15cm, A disposição dos furos do CG foi feita com de injeção assim como os levantamentos
de modo a perderem a ponta cônica, inici- base em linhas de furos primários e secun- nos pilares de valores em torno de 2 a 3
ando-se o grouting. A quantidade do dários. O volume médio do grout injetado milímetros.
grout injetado foi medida através do pró- nos furos primários foi de 320 litros por me- Após os serviços do CG, foram executa-
prio volume da caçamba da bomba, ao tro. O volume médio de injeção nos furos das sondagens SPT com a mesma empre-
sa que inicialmente tinha executados os
Figura 5 - A verificação do slump test que confirma a ausência de mobilidade do grout uma vez injetado. Figura 6 - O sistema de arrancamento do tubo do CG.
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testes. Os valores N do SPT, antes e de- cos da figura 4. Observa-se a efetividade dia dos valores N iniciais em torno de 7
pois do CG, são apresentados nos gráfi- deste método de consolidação, com a mé- passando a valores, após o CG, de 25.
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REFERÊNCIAS
• Jorge L. F. de Almeida é professor e enge-
nheiro de fundações.
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Figura 7 - Vista em corte da fundação do prédio de 5 andares com problemas de recalques em seu pilar
de quina. Repare como foi executada a consolidação do solo, sob a sapata, com o CG.
O ataque em números
(Canadian Standards Association A23.1)
O
recente artigo de Adam Neville, Verdadeiramente, solos cada vez mais ricos larmente sulfatos de sódio, de magnésio e
“The confused world of sulfate em sulfatos começam a preocupar técnicos de cálcio representam, hoje, os 3 piores ini-
attack on concrete” reflete bem o e engenheiros, no que diz respeito a situa- migos para peças de concreto enterradas,
nível de ignorância que convivemos em re- ção do concreto armado/protendido das pe- como cintas de fundação, sapatas, radiers e,
lação ao que sabemos e o que existe, hoje, ças de fundação enterradas. Pode até ser principalmente, estacas. O grau de deterio-
sobre a contaminação das estruturas enter- surpresa para alguns, mas a presença, o con- ração normalmente imposto é diretamente
radas, principalmente pelos sais sulfatos. tato e a penetração de sais sulfatos, particu- proporcional à concentração destes 3 tipos
Continua na pág. 22.
20 RECUPERAR • Julho / Agosto 2005
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Integridade é questão indiscutível em qualquer tipo de estrutura.
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Figura 2 - A análise da água, presente em poços de elevadores, nos dá uma Figura 3 - É freqüente, no interior de caixas de telefonia ou de luz, deparar-
boa idéia da água que envolve os elementos de fundação. mos com todo tipo de soluções presentes também no solo.
de sais e, claro, também ao tipo de concreto Este processo de ataque e invasão do con-
existente. É evidente, portanto, que estrutu- creto, caso o solo da fundação esteja satura- GLOSSÁRIO
ras de fundações mais antigas estejam bem do, é feito por difusão. Se o concreto estiver Difusão – ocorre com o resultado da falta de
homogeneidade do sistema, isto é, quando dife-
mais susceptíveis a esta degradação. o tempo todo seco, ocorre pela absorção/ad- rentes regiões do concreto possuem diferentes so-
sorção capilar (veja RECUPERAR nº 63). Se luções em seus vazios ou mesmo que contenham a
A agressão em marcha dermos um zoom nesta situação típica de ata- mesma solução, mas com diferentes concentrações,
o que provoca um aumento no gradiente da con-
que, observar-se-á que aqueles sulfatos rea- centração. A difusão é diferente da condução elé-
Inquestionavelmente, a forma mais comum gem com a portlandita para formar gesso trica, em que íons positivos e negativos movem-se
de ataque químico evidenciado e analisado (CaSO4 • 2H2O) ou com os hidratos dos alumi- na mesma direção. Sob o efeito da corrente, mo-
vem-se em direções opostas. Relaciona-se ao coe-
em estruturas de concreto enterradas é atri- natos de cálcio para formar a etringita (3CaO • ficiente de difusão, que indica o número de íons
buída aos íons sulfatos, especificamente Al2O3 • 3CaSO4 • 31H2O). O resultado são vo- que se difundem através de uma seção da solução
àqueles três bandidos. Estudos recentes lumes bem alterados. Dos três fora da lei an- (1cm2) por segundo a um gradiente de concentra-
ção igual a um. Refere-se à mistura e ao transporte
deixam claro três sintomatologias bem ca- teriormente citados o mais perverso é, indis- de íons, devido ao inerente movimento existente
racterísticas desta deterioração: cutivelmente, o sulfato de magnésio, pelo fato em cada uma destas partículas.
Adsorção – condensação de gases, líquidos ou
da sua reação com a portlandida produzir ges- substâncias dissolvidas sobre a superfície do aço.
• concretos com aspectos tipicamente
so e brucita (hidróxido de magnésio), ambos Atração de íon ou substância para a superfície do
atacados por ácidos. aço.
com expansão exacerbada.
• volumes alterados devido Partes por milhão (ppm) – quando a concen-
a processos de expansão. tração de um componente numa solução é muito
Números do ataque baixa, a forma de exprimi-la é em partes por mi-
• concretos desmanchan- lhão, ou, simplesmente, ppm. O número de ppm
do-se em camadas. indica quantas unidades de um componente há em
De acordo com o American Concrete Ins- 1.000.000 ou 106 unidades da mistura.
titute, com uma determinada concentra-
Estes sulfatos, já identificados e fichados ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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ção de sulfatos presente na água do solo, O esquema, muito simples, de avalia- vez imersos em solução de sulfatos. A
superior a 10.000ppm ou de 2% de sulfatos ção da resistência do concreto à ação norma mais conhecida, que efetivamen-
solúveis em água do próprio solo, ter-se-á dos sulfatos, baseia-se na análise das te serve de parâmetro padrão para o
um ambiente extremamente corrosivo ao mudanças que ocorrem em sua resis- teste, é a ASTM C102, que dá as dicas
pseudo sólido chamado concreto. tência mecânica e em seu volume, uma para determinar a alteração do compri-
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prognosticar ataque químico.
O teor de sulfatos na água do solo deve ser
determinado por um dos diversos testes típi-
cos. A concentração é expressa em ppm de
SO4 ou SO3. A água do mar tem teor de sulfa-
tos relativamente constante. O teor de sulfa-
tos no solo é feito de forma semelhante à do
concreto.
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A
ço protendido é usado em peças biente alcalino e mina o filme de óxidos pas- to a picos de valores ainda maiores durante
estruturais pré e pós tensionadas, sivos, cão de guarda contra a corrosão. grandes tensionamentos. Assim, qualquer
havendo contato direto ou indire- No concreto armado convive-se, sem muito perda de seção, por menor que seja, aumenta
to com o ambiente alcalino do concreto. Este pânico, com sinais de corrosão no aço, até o substancialmente o nível de tensões no aço,
ambiente alcalino, como se sabe, não cria a ponto em que começa a produzir perda de deixando-o à beira de um ataque de nervos,
passividade no aço, apenas a mantém. A seção nas armaduras. No concreto protendi- quer dizer, da tensão de escoamento seguido
presença de umidade constante, agentes do não pode e não deve ser assim, pelo sim- de fratura. Um fato importante que técnicos e
contaminantes e oxigênio em abundância, ples fato de que este aço convive com um engenheiros costumam esquecer é que a re-
indo e vindo através da massa endurecida nível contínuo de tensões, com cerca de 60% sistência da tração do aço de protensão é,
do pseudo-sólido concreto, altera seu am- de sua resistência de tração final e com direi- normalmente, 4 a 5 vezes maior do que a do
Continua na pág. 32.
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Equipamento tensionando as cordoalhas. Repare que, no canto superior direito, já foi executado este
serviço. A presença de juntas sobre a ancoragem é sempre perigosa e deve ter medidas super preventivas
de impermeabilidade. Infiltração d’água neste local tem caminho direto para a ancoragem e o início da REFERÊNCIAS
corrosão. Deixar o aço sozinho é perigoso. Sugere-se usar anodos tipo ZPP, PASTILHAS Z ou TELA G.
• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil,
membro de diversos institutos nos EUA, em
tes de corrosão. Há também inúmeros rela- importantes como a avaliação feita em con- assuntos de patologias da construção. É edi-
tos de tubulações, em concreto protendi- cretos pré e pós-tensionados. tor e diretor da RECUPERAR, além de con-
sultor de diversas empresas.
do, que romperam e, com o exame micros- Antes de penetrar nessa selva, torna-se ne- • Corrosion of Prestressing Steels, ACI 222.2R.
cópico do aço protendido, ficou diagnosti- cessário estabelecer o propósito e o rumo • Economic Effects of Metallic Corrosion in
cada a CTF. da avaliação. Uma vez embrenhado, obser- the United States, National Bureau of Stan-
dards, U.S. Department of Commerce, NBS
var-se-á a presença de anormalidades na Special Publication No. 511-1.
Como avaliar o estado de superfície do concreto, a extensão e a velo- • Failure Analysis and Prevention, Vol 11, ASM
corrosão no concreto protendido cidade de qualquer processo ativo de cor- Handbook, ASM International..
• M. Fontana, “Stress Corrosion”, Lesson 5,
rosão, a perda de seção nos fios e a presen- Corrosion, Metals Engineering Institute Cour-
O desagüe de medidas necessá- ça de fissuras, trincas ou mesmo fraturas se, American Society for Metals..
• Fractography and Atlas of Fractographs, Vol
rias à avaliação do estado de em sua superfície. 9, Metals Handbook, 8th ed., American Soci-
corrosão nas estruturas pro- Para se encontrar a luz que norteará o fim ety for Metals.
tendidas, grosseiramente, de- do túnel, quer dizer o fim do processo de • Failure Analysis and Prevention, Vol 10, Me-
tals Handbook, 8th ed., American Society for
semboca no mesmo delta de corrosão, torna-se vital, com os dados le- Metals.
soluções do concreto armado. vantados, determinar a causa de cada um • M.G. Fontana, Corrosion Engineering, 3rd ed.,
Há, no entanto, diferenças e adições dos processos, frente a cada um dos micro McGraw-Hill Book Co.
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