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RESUMO
INTRODUÇÃO
A execução das formas para moldagem dos corpos-de-prova tipo SR baseou-se nas
recomendações do ISRM (1988), adaptadas à norma brasileira de moldagem e cura de corpos-de-
prova cilíndricos ou prismáticos de concreto NBR-5738/84. O dispositivo de aplicação de carga
para o ensaio de tenacidade ao fraturamento em modo I foi desenvolvido de forma que a força
aplicada pelo equipamento de ensaio seja transmitida ao corpo de prova perpendicularmente ao
plano de fraturamento. O corpo de prova é preso à máquina de ensaio por duas barras de
transmissão de carga (Figura 1a), fixadas ao concreto por parafusos. Os parafusos foram
colocados durante a fase de moldagem através de gabarito (Figura 1b), garantindo seu
posicionamento no diâmetro ortogonal ao plano de fraturamento. Utilizou-se dois parafusos para a
fixação das barras de transmissão, afim de evitar rotação durante a aplicação da carga (Figura 1b) e
também favorecer a distribuição das tensões na região, minimizando a probabilidade de ruptura
localizada do concreto. Uma vez fixado o corpo de prova à máquina de ensaio, sua extremidade
oposta foi apoiada de modo a restringir apenas translação na direção vertical, minimizando o efeito
do peso próprio do corpo de prova sobre os resultados.
(b)
(a)
Figura 1: (a) Posicionamento dos parafusos de fixação e das barras de transmissão de carga,
(b) Gabarito de posicionamento dos parafusos
Concreto
No preparo e obtenção dos concretos utilizados (Tabela 1) nos ensaios, procurou-se definir e
caracterizar todos os seus constituintes de forma a garantir que as propriedades do concreto
ensaiado fossem as especificadas e tornar possível sua reprodução.
3
Foram moldadas 4 séries, cada uma contendo 18 corpos-de-prova para ensaio de tenacidade
ao fraturamento (SR), 9 para compressão axial (10x20cm) e 9 para compressão diametral (Brazilian
test). Cada série foi moldada com um dos traços da Tabela 1.
Metodologia experimental
Uma das barras de transmissão de carga é fixada à máquina de maneira a garantir sua
perpendicularidade entre a linha aplicação da carga e o plano da ranhura. Após fixar o corpo de
prova nas garras, posiciona-se um extensômetro do tipo MTS modelo 632.03C.20 (clip on gage)
na boca da ranhura do corpo de prova.
e 20% da carga máxima atingida. Uma vez descarregado o corpo de prova, inicia-se um novo ciclo
de carregamento tomando-se as mesmas precauções anteriores.
Procedimento de Cálculo
No gráfico obtido no ensaio, marcam-se os pontos de carga superior nos dois maiores ciclos
atingidos (ponto A e B). Utilizando-se como ordenadas os dois maiores valores de carga divididos
por 2, marcam-se os pontos C e D sobre a linha de recarregamento subseqüente aos pontos A e B
(Figura 2).
y
Carga
A B
C D
Abertura da Boca
da Fissura
x
E F
Segundo a ISRM (1988), a tenacidade ao fraturamento para materiais inelásticos é dada pela
expressão:
1 + p CK ⋅ 24 ⋅ F (1)
KSR = ⋅
1− p D 1,5
onde “p” é obtido pela relação p = ∆x0 ∆x , sendo ∆X a projeção no eixo das abcissas dos
segmentos de reta AB e ∆X 0 a distância EF; F é a média entre os valores das cargas dos pontos
A e B; D é o diâmetro nominal do corpo de prova; e CK é um fator de correção devido à variação
nas dimensões do corpo de prova obtido através da equação (2).
0.60∆W 140
. ∆ a0 (2)
CK = (1 − + − 0.01∆θ )
D D
1 1 3
y y
X2 G 2 G 2
Carga Carga H
P1 B FC B
A A I
P2
P1 /2 D D
C C
P2 /2
x x
E F X2 Abertura da E F Abertura da
Boca da Fissura Boca da Fissura
1+ p F 1 + p CK ⋅ 24 ⋅ F FC (3)
C
KSR = ⋅ KSR ⋅ C = ⋅ ⋅
1− p F 1− p D1, 5 F
RESULTADOS DE ENSAIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS