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Mecânica
Ensaio de Tração
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Ensaio de Tração
Dentre as principais propriedades destacam-se:
➢ Limite de resistência à tração (su),
➢ Limite de escoamento (se),
➢ Módulo de elasticidade (E),
➢ Módulo de resiliência (Ur),
➢ Módulo de tenacidade (Ut), C
➢ Coeficiente de encruamento (n),
➢ Coeficiente de resistência (k) e parâmetros relativos à ductilidade (estricção
– w e alongamento – DL).
O ensaio de tração é bastante utilizado como teste para o controle das
especificações da entrada de matéria-prima e controle de processo. Os
resultados fornecidos pelo ensaio de tração são fortemente influenciados pela
temperatura, velocidade de deformação, anisotropia do material, tamanho de
grão, porcentagem de impurezas, bem como pelas condições ambientais.
Introdução
C
É simples de ser executado;
Consiste na aplicação
gradativa de carga de tração
uniaxial crescente nas
extremidades de um corpo de
prova padronizado, até a
ruptura.
C
Mede-se a variação do
comprimento (L) como função
da carga aplicada (P).
Representação esquemática
do dispositivo usado para a
realização de ensaios de
tensão-deformação de tração.
Fonte:
http://www.emic.com.br/Produtos+Mostra/4/77/235/Maquina+universal+para+ensaios+mecanicos+de+tracao_+compres
sao_+flexao_+etc_+modelo+EMIC+23_100_+eletromecanica_+microprocessada_+marca+INSTRON_EMIC/
Definição
Desenvolvimento típico
de um ensaio de tração:
(1) início do ensaio, sem
carga; (2) alongamento
uniforme e redução da
área da seção
transversal; (3) o
alongamento prossegue e C
a carga máxima é
atingida; (4) início da
estricção, a carga
começa a cair; e (5)
rompimento do corpo de
prova. Se os pedaços
forem colocados juntos
como em (6), o
comprimento final pode
ser medido.
Definição
C
Ensaio Convencional
∆L = L- L0 = alongamento (m);
Ensaio Convencional
C
Ensaio Convencional
C
Esboço da curva obtida no ensaio
C discordâncias (σ ≈ σ )
Região de deslizamento de c e
Deformação (mm/mm)
C
1. Deformação Elástica
Deformação Elástica
Para a região de comportamento elástico, os principais
parâmetros a serem analisados de modo detalhado são:
1.5 Anelasticidade.
1.1 Módulo de Elasticidade (E)
Definição: fornece uma indicação da rigidez do material
e depende fundamentalmente das forças de ligação
interatômicas.
Diagrama tensão-
deformação esquemático
C
para o alumínio e o aço.
1.1 Módulo de Elasticidade (E)
Variação do
módulo de
elasticidade
C com a
temperatura
para o
tungstênio, aço
e alumínio.
1.1 Módulo de Elasticidade (E)
compressão.
1.2 Coeficiente de Poisson (ν)
C
1.2 Coeficiente de Poisson (ν)
εx = εy:
1.2 Coeficiente de Poisson (ν)
1.3 Módulo de resiliência (Ur)
escoamento.
1.3 Módulo de resiliência (Ur)
C
1.3 Módulo de resiliência (Ur)
1 1 e e2
Ur = e e = e =
2 2 E 2E
Unidade: J/m³ = Pa
Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de escoamento e baixo
módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas).
1.3 Módulo de resiliência (Ur)
C
1.4 Limite de proporcionalidade (σp) e Limite
de escoamento (σe)
Pelo fato de σp se
encontrar bastante
de cálculo, valores
Limite de
escoamento
superior
C
Limite de
escoamento
inferior
1.4 Limite de proporcionalidade (σp) e Limite
de escoamento (σe)
Observado em alguns
materiais, como ferros
fundidos, concreto e
C
vários polímeros.
Detalhes sobre a
determinação dos
módulos tangencial e
secante: ASTM E111:
1997.
1.4 Limite de proporcionalidade (σp) e Limite
de escoamento (σe)
Caso 3: Neste caso, pode-se utilizar:
especificado.
1.5 Anelasticidade
C
2. Deformação Plástica Uniforme
C
Conceitos da região de escorregamento
Ao se atingir a tensão de escoamento, o material deve passar
por uma acomodação da sua estrutura interna, em que, a
partir desse ponto, as deformações produzidas são
permanentes.
C
Conceitos da região de escorregamento
C
Conceitos da região de escorregamento
Demonstração do encruamento
no gráfico σxε:
C
2.1 Curva tensão-deformação real;
P L
r = C r = ln
S L0
σr = tensão real (MPa);
P = carga aplicada perpendicularmente à seção transversal (N);
S = área da seção transversal instantânea (m²);
εv = deformação real (adimensional);
L0 = comprimento inicial de referência (m);
L = comprimento instantâneo (m);
2.1 Relação deformação real X convencional
C
2.1 Relação Tensão real X convencional
C
2.1 Curva tensão-deformação real
Equações válidas até o início do empescoçamento
(pontos M e M’):
r = c (1 + c )
C
r = ln(1 + c )
C
Tensão –deformação verdadeira
(a) perfeitamente elástico, (b) elástico e perfeitamente plástico e (c) elástico com
encruamento.
Tipos de relações Tensão –deformação
(a)Perfeitamente elástico. O comportamento deste material é completamente definido
pela sua rigidez, indicada pelo módulo de elasticidade E. Ele desenvolve ruptura ao invés
de escoar como na plasticidade. Materiais frágeis, como os cerâmicos, muitos ferros
fundidos e polímeros termorrígidos, possuem curvas tensão-deformação que caem nesta
categoria. Estes materiais não são bons candidatos para operações de conformação.
(b)Elástico perfeitamente plástico. Este material tem uma rigidez definida por E. Uma
vez que a tensão de escoamento Se é atingida, o material deforma-se plasticamente em um
mesmo nível de tensão. A curva de fluxo é dada por K = Se e n = 0. Os metais se
comportam desta forma quando são aquecidos a temperaturas bastante altas que permitem
que os grãos recristalizem ao invés de encruar durante a deformação. O chumbo apresenta
este comportamento na temperatura ambiente, uma vez que a temperatura ambiente está
acima do ponto de recristalização do chumbo.
(c)Elástico e encruamento. Este material obedece à Lei de Hooke na região elástica. Ele
começa a escoar na sua tensão de escoamento Se. O aumento da deformação requer
permanente aumento de tensão, dado por uma curva de fluxo cujo coeficiente de
resistência K é maior que Se e cujo expoente de encruamento n é maior que zero. A curva
de escoamento de fluxo é geralmente representada como uma função linear em um gráfico
com escala de logaritmo natural. A maioria dos metais dúcteis se comporta desta forma
quando trabalhados a frio.
2.2 Coeficiente de encruamento (n) e
resistência (K)
r =Ck . n
r
valor do
coeficiente de
encruamento (n)
e do coeficiente
C
de resistência (k)
na região plástica
da curva tensão-
deformação real.
2.2 Coeficiente de encruamento (n) e
resistência (K)
ru
ru = k. n
ru ou k=
nn
2.2 Coeficiente de encruamento (n) e
resistência (K)
A determinação de k e n pode ser feita pela disposição
dos pontos da equação abaixo em um gráfico log-log:
tensão-deformação real.
CÁLCULO DO COEFICIENTE DE ENCRUAMENTO
σv = K*vn
C
3. Deformação Plástica Não Uniforme
Conceitos da região de encruamento não
uniforme
Após o ponto de tensão máxima (σu), tem início a fase de
ruptura, caracterizada por uma rápida redução local da seção
de fratura, conhecida como estricção.
Definição: corresponde
à capacidade que o
material apresenta de
absorver energia até a
C
fratura, ou seja,
quantifica a facilidade
ou dificuldade de levar o
material à fratura.
3.3 Módulo de tenacidade (Ut)
Alumínio
Cobre C
Latão (70Cu-30Zn)
Ferro
Níquel
Aço (1020)
Titânio
Molibdênio
3.4 Tipos de fratura
Definição: separação de um corpo sólido em duas ou mais
partes, sob a ação de uma tensão. O processo envolve dois
fenômenos que ocorrem de forma sequencial, que incluem a
nucleação e a propagação das trincas.
C
De modo geral, a fratura pode ser classificada em:
Perfis de fratura em tração: (a) Fratura altamente dúctil, onde a amostra tem
estricção até um único ponto; (b) Fratura moderadamente dúctil após alguma
estricção e (c) Fratura frágil sem qualquer deformação plástica.
3.4 Tipos de fratura
C
Ensaio de tração: fratura dúctil.
Fonte:SCHVARTZMAN, M.M.A.M.; MATIAS, Adalberto and CRUZ, J.R.B.. Avaliação da corrosão sob tensão em aço
inoxidável AISI 321 em ambiente de reator nuclear. Matéria (Rio J.) [online]. 2010, vol.15, n.1, pp. 40-49. ISSN 1517-7076.
(a) Empescoçamento;
(b) Surgimento de pequenas
cavidades no interior da seção
transversal;
C
(c) Coalescimento dos vazios com
continuação da deformação,
formando uma trinca elíptica;
(d) Propagação da trinca na direção
paralela ao seu eixo principal
(pelo coalescimento de
microvazios);
(e) A fratura ocorre pela rápida
propagação da trinca ao redor do
pescoço, por cisalhamento.
Fatores que influenciam os resultados
Temperatura;
Porcentagem de impurezas;
Velocidade de deformação;
Anisotropia do material;
Condições ambientais.
Fatores que influenciam os resultados:
Temperatura
Influência do
trabalho a frio
sobre a
microestrutura e
C propriedades
mecânicas: (a) aço
carbono resfriado
ao ar; (b) aço
carbono resfriado
ao ar e
conformado a frio.
Fatores que influenciam os resultados:
Tratamentos térmicos e mecânicos
Curvas tensão-
deformação obtidas para
C um aço SAE 5160, na
condição de laminado a
frio, temperado e
revenido.
Fatores que influenciam os resultados:
Tamanho de grão
Tamanho de grão, d (mm)
d-1/2 (mm-1/2)
Fatores que influenciam os resultados:
Tamanho de grão
Influência da natureza de
diferentes materiais no
C comportamento da curva
tensão deformação: (a)
aço carbono 1030; (b)
carboneto de tungstênio;
(c) gesso; (d) borracha.
Considerações sobre as diferentes classes de
materiais
Polímeros frágeis
C Plásticos
Elastômeros
C
AFNOR – Association Française de Normalisation
Nos casos em
que, apesar do
alinhamento, a
fratura ocorre fora
do centro do
C
corpo de prova, as
normas técnicas
permitem
determinados
ajustes, para
evitar a rejeição
dos mesmos.
Considerações sobre os resultados e normas
técnicas
Os passos a serem executados são:
(N-n) par:
(N-n) ímpar:
Referências
949 p.
C
Callister Jr, W.D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma