Você está na página 1de 204

Elementos de Máquinas

Instrutor: Lucas da Rocha Zamprogno


E-mail: lzamprogno@senai-es.org.br
1. Elementos de fixação: :

• Função: União de peças e componentes de uma


estrutura ou conjunto.

• Uniões móveis
Exemplo: Parafusos, chavetas e arruelas.

• Uniões permanentes.
Exemplo: Rebites ou processo de soldagem.
Polímeros e
carrocerias de caminhão, Montagens de móveis e componentes
Maquinas equipamentos e
bancos de jardim, pallets, estruturas de madeira. plásticos
motores
placas, Alvenaria com bucha de
nylon

Máquinas,
equipamentos
industriais,
estruturas
metálicas, veículos
e móveis de aço

Conexões metálicas
Fixação de chapas metálicas simples Madeiras com maior qualidade
Porque auto atarraxante? e confiabilidade

Madeiras e até em concretos


com utilização de buchas de
nylon
Nomenclatura

4
Aperto de parafusos

Porque é necessário?
Aperto em CARACOL Aperto em “X”
8
Rebites: :
Introdução: :
Rebites: :

• Os rebites são peças fabricadas em aço,


alumínio, cobre ou latão.

• Unem rigidamente peças ou chapas,


principalmente, em estruturas metálicas, de
reservatórios, caldeiras, máquinas, navios,
aviões, veículos de transporte e treliças.
Rebites: :
Classificação dos Rebites: :
Classificação dos Rebites: :
Procedimento de rebitagem
Processo manual
Processo manual
Processo mecânico
- Martelo Pneumático
Processo mecânico
- Rebitadeira Pneumática ou hidráulica
Procedimento de rebitagem manual
1. Prepare o material - Elimine as rebarbas dos furos a
fim de assegurar uma boa aderência entre as chapas.
Procedimento de rebitagem manual
2. Alinhe as chapas - Se necessário, prenda as chapas
com grampos, alicates de pressão ou morsa manual.
Se houver furos que não coincidam, passe o alargador.
Procedimento de rebitagem manual
3. Prepare os rebites - Calcule o comprimento do
rebite de acordo com o formato da cabeça.
Procedimento de rebitagem manual
4. Rebite - Inicie a rebitagem pelos extremos da linha
de rebitagem.
Anéis Elásticos:
• É um elemento usado em eixos ou furos, tendo como
principais funções:

- Evitar deslocamento axial de peças ou componentes.

- Posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto


deslizante sobre o eixo.
Material de fabricação e forma:
• Anéis de secção circular.
• Aplicação: para pequenos esforços axiais.
Material de fabricação e forma:
• Anéis de secção circular.
• Aplicação: para pequenos esforços axiais.
Montagem dos anéis elásticos:
Montagem dos anéis elásticos:
Cupilha ou contrapino:
• Cupilha é um arame de secção
semi-circular, dobrado de modo a
formar um corpo cilíndrico e uma
cabeça.
Cupilha ou contrapino:
Sua função principal é a de travar outros elementos de
máquinas como porcas.
Pino cupilhado:
• Nesse caso, a cupilha não entra no eixo, mas no próprio pino.
O pino cupilhado é utilizado como eixo curto para uniões
articuladas ou para suportar rodas, polias, cabos, etc.
Pino cupilhado:
Elementos de transmissão:
Elementos de transmissão:
• A principal função dos elementos de transmissão é
transmitir movimento e potência.

- Pela forma: os elementos possuem uma forma que


permite seu encaixe em outro elemento, transmitindo para
este a potência e o movimento. Exemplo: engrenagem.
Elementos de transmissão:
- Por atrito: a transmissão do movimento é feita através do
atrito entre o elemento de transmissão e a parte do
sistema mecânico que irá receber o movimento e a
potência, geralmente um eixo.

Este mecanismo de transmissão possibilita a


centralização das peças ligadas ao eixo, mas não permite
a transmissão de grandes esforços. Exemplo: correia.
Engrenagem ou roda dentada:
Engrenagem ou roda dentada:
• É um elemento de transmissão de movimento e força.
Ela possui dentes, que têm força e espaçamentos iguais.
Engrenagem ou roda dentada:
• Os materiais mais utilizados na fabricação de
engrenagens são: aço-liga fundido, ferro fundido, cromo-
níquel, bronze fosforoso, alumínio e náilon.
• Principais dimensões:
- Número de dentes (Z): quantidade de dentes da engrenagem:
- Diâmetro externo (DE): maior diâmetro da engrenagem;
- Diâmetro interno (DI): menor diâmetro da engrenagem;
Engrenagem ou roda dentada:
• Principais dimensões:
- Diâmetro Primitivo (DP): diâmetro intermediário entre o
diâmetro externo e interno, é por meio dele quo o projeto
da engrenagem é realizado.

- Passo do dente ou passo circular (Pc): é a soma da


espessura do dente com o vão entre os dentes.
Engrenagem ou roda dentada:
• Principais dimensões:

- Módulo (m): número que constitui a unidade de medida


do Sistema Internacional (SI) de uma engrenagem,
calculando através da divisão do diâmetro primitivo pelo
número de dentes. Sua unidade é milímetros.
Engrenagem cilíndrica de dentes retos:
Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais:
Engrenagem cilíndrica com dentes oblíquos:
Engrenagem cilíndrica com dentes internos:
Cremalheira:
Cremalheira:
Cilíndrica com dentes em V ou espinha de peixe:
Cônica com dentes retos:
Cônica com dentes helicoidais:
Danos típicos:
• Desgaste por interferência: provocado quando há um
contato inadequado entre o dente de duas engrenagens.
Esse choque mecânico pode acarretar na quebra ou fissura
destes dentes;

• Desgaste abrasivo: ocorre quando há entre as superfícies de


contato de duas engrenagens, um elemento abrasivo (sujeira,
óxidos, pedaços de metais, contaminações de lubrificantes).
Este atrito pode desgastar a engrenagem.
Danos típicos:
• Quebra por fadiga: causada pela redução de resistência do
dente ao longo do uso da engrenagem. Esse tipo de dano é
evidenciado por formação de trincas que ficam localizadas
no pé do dente. Pode causar quebra;

• Desgaste ou quebra por sobrecarga: esse tipo de dano


ocorre devido a uma sobrecarga de força, choques
mecânicos ou ineficiência no processo de fabricação da
engrenagem.
Danos típicos:
• Trincas superficiais: ocorrem devido ao emperramento
(parada momentânea no giro das engrenagens quando as
mesmas estão em funcionamento) e consequentemente
deslizamento dos dentes das engrenagens. O emperramento
e o deslizamento podem ser causados por vibrações
excessivas, lubrificação deficiente ou sobrecarga.
Eixo, árvore e guia:
• Os eixos e árvores são elementos utilizados na
sustentação e integração de partes constituintes de uma
máquina.
• Ao redor dos eixos e árvores são montados outros
elementos de máquinas, que irão integrar suas funções.
• Já as guias são elementos de máquinas que têm como
função o direcionamento do movimento retilíneo
realizado por outros elementos.
Aplicação de eixos e árvores:
• Eixo é a parte de uma máquina ou equipamento em torno
do qual um ou mais elementos de máquinas giram. Ele
tem a função de sustentar e integrar esses elementos,
mas não transmite movimento e força;

• O eixo-árvore ou árvore é um eixo móvel que, além de


sustentar e integrar os elementos de máquinas, também
gira, transmitindo força e movimento.
Classificação de eixos:
• Roscados: este tipo de eixo possui furos roscados ou algum
rebaixo com superfície roscada, permitindo que os mesmos
sejam utilizados como prolongador de uma barra.
Classificação de eixos:
• Maciços: geralmente com seção circular, esses eixos são
maciços (não ocos por dento). Para ajuste dos elementos que
serão fixados sobre eles, esse eixos possuem apoios ou
degraus.
Classificação de eixos:
• Maciços:
Classificação de eixos:
• Vazados: são eixos ocos por dentro, e por isso mesmo são
mais leves do que os maciços.
Classificação de eixos:
• Cônicos: por terem formato cônico, esses eixos devem ser
utilizados com componentes que possuem furos cônicos.
Classificação das árvores:
• Ranhuradas: possuem ranhuras longitudinais em sua
superfície que permitem o acoplamento dos elementos que
serão montados sobre elas. São utilizados para transmitir
grandes forças.
Classificação das árvores:
• Estriadas: possuem em sua superfície entalhes triangulares,
que garantem uma boa concentricidade e fixação dos
elementos que serão acoplados nesse tipo de eixo, parecidas
com as árvores ranhuradas.
Classificação das árvores:
• Flexíveis: formados por uma série de
cabos de aço enrolados alternadamente
em sentidos opostos, protegidos por um
tubo flexível. São utilizados para
transmitir pequenas forças e altas
velocidades de rotação em ferramentas
ou equipamentos portáteis. Exemplo:
cabo de velocímetro.
Classificação das árvores:
• Flexíveis:
Danos típicos:
• Os principais danos que ocorrem em eixos e árvores são a
quebra e o desgaste;

• Geralmente, o que acarreta a quebra de um eixo é a utilização


de uma carga maior do valor que ele suporta;

• A resistência tende a reduzir ao longo do tempo, fazendo com


que ele resista a cargas menores do que a especificada.
Danos típicos:
• O desgaste de um eixo ou árvores pode ser ocasionado por
diversos fatores:

- Falta ou utilização de lubrificante fora da especificação;


- Superaquecimento durante o seu funcionamento que resulta
na diminuição de dureza desse elemento;
- Travamento ou excesso de tensão do elemento de máquina
que está montado sobre o eixo que causa o aumento do atrito
na superfície de contato, aumentando a temperatura e o
desgaste nessa região.
Desmontagem de eixos e árvores:
a) Verificar se há elementos de fixação e removê-los antes de
retirar o eixo do conjunto mecânico;

b) Verificar a existência de um furo roscado em uma das


extremidades do eixo ou árvore. Esse furo é utilizado para
facilitar a remoção do eixo por meio da utilização de um
dispositivo que é inserido no mesmo;
Desmontagem de eixos e árvores:
c) Evitar bater em uma das faces do eixo com martelo ou
ferramenta similar, evitando assim a danificação da superfície.
Evitar bater nas bordas do eixo;

d) Após a remoção do eixo do conjunto mecânico, armazenar o


mesmo em local seguro para evitar empenamentos ou danos à
sua superfície.
Montagem de eixos e árvores:

a) Realizar a limpeza do eixo e dos elementos que serão


montados sobre ele, retirando qualquer sujeira que possa
ocasionar desgaste por abrasão (atrito);

b) Verificar se a superfície do eixo está livre de rebarbas


decorrentes do processo de fabricação (ou desmontagem);
Montagem de eixos e árvores:

c) Verificar se as dimensões do eixo estão de acordo com as


especificações do projeto;

d) Pré-lubrificar todas as peças que serão montadas no eixo ou


árvore, evitando desgastes no inicio do funcionamento do
conjunto.
Correia e Polia:
Correia e Polia:
• A correia é um elemento de transmissão de movimento
geralmente fabricada de borracha revestida em lona;

• Por ser flexível, é ideal para transmissão de movimento


entre eixos separados por grandes distâncias;

• Já a polia é uma peça metálica ou fabricada em náilon, de


formato cilíndrico e que é movimentada pelo eixo de um
motor e/ou pela correia.
Correia e Polia:
• Caracterizada por ter baixo custo, produzir pouco ruído e
elevada resistência ao desgaste;

• A polia ligada ao eixo do motor é denominada motora ou


condutora, e a polia que recebe movimento e força da
correia é denominada movida ou conduzida;

• O sentido de rotação das polias é determinado pela


disposição da correia no sistema.
Correia e Polia:
Tipos de correias:
a) Correia plana: tem seção
transversal com formato plano. A
transmissão é feita por meio do
atrito, sendo que a correia desliza
caso o atrito seja diminuído,
perdendo energia e potência;
Tipos de correias:
b) Correia em V: tem seção
transversal em formato de
trapézio. Esse tipo de correia
possui em seu interior fios de aço
ou de tecido para aumentar a sua
resistência à tração. Praticamente
não tem deslizamento e produz
menos ruídos e choques
mecânicos;
Tipos de correias:
c) Correia dentada: também
conhecida como sincronizada,
esse tipo de correia é utilizada em
situações em que não é permitido
haver atrito. Possui em sua
superfície ranhuras em forma de
dentes;
Tipos de polias:
a) Plana: utilizada com correia
plana, essa polia possui superfície
de contato (aro) plana ou
abaulada. A polia com superfície
plana conserva melhor as correias
e a abaulada guia melhor as
correias ;
Tipos de polias:
a) Plana:
Tipos de polias:

b) Trapezoidal: utilizada com


correia em V, essa polia possui
em sua superfície canais para
assentar as correias;
Tipos de polias:
b) Trapezoidal:
Tipos de polias:

c) Sincronizadora: utilizada com


correias dentadas, essa polia
possui sulcos que permitem o
encaixe dos dentes das correias,
permitindo assim o sincronismo
do movimento.
Transmissão:
Transmissão:
Montagem e desmontagem de correias:

• Para realizar a montagem de uma correia na polia não é


recomendado forçar sua entrada nos canais da polia, ou
usar ferramentas, pois isso pode danificar ou romper sua
estrutura;

• O melhor procedimento é aproximar a polia móvel da polia


fixa e montar a correia nas mesmas, sem tencioná-las.
Montagem e desmontagem de correias:

• Após montar a correia nas polias, antes de tensiona-la gire


manualmente a correia de forma a manter sua frouxidão
toda para cima ou para baixo. Isso facilita o tensionamento
da correia, deixando a tensão nesse elemento uniforme;

• Após isso, tencionar a correia obedecendo as


especificações de projeto, mantendo a tensão dentro do
limite de tolerância.
Montagem e desmontagem de correias:
• Tensão baixa causa deslizamentos, e tensões altas também
causam danos à correia e a outros elementos a ela
associados, reduzindo sua vida útil;

• Para garantir que a tensão na correia está ideal, podemos


medir o seu tensionamento com um equipamento chamado
tensiômetro. A tensão ideal é aquela na qual a transmissão
está com sua menor tensão e não ocorre o deslizamento ou
a patinação da correia sobre a polia.
Esticador ou tensionador de correia:
Guia e barramento:
• A guia tem a função de manter o posicionamento correto de
um sistema mecânico, de modo a assegurar que o mesmo se
movimente em uma determinada direção.

• É constituída por peças com formato cilíndrico, retangular ou


prismático, que deslizam dentro de outras peças com formato
semelhante.

• A guia é classificada em dois tipos: de deslizamento e de


rolamento.
Guia e barramento:
• Guia de deslizamento: o funcionamento dessa guia é realizado
por meio de suas partes constituintes.
Guia e barramento:
• Guia de rolamento: o deslizamento dessa guia é realizado por
meio de elementos rolantes (esferas ou roletes), gerando
menos atrito.
Guia e barramento:

• A guia, seja ela de deslizamento ou rolamento, deve ser


lubrificada com óleo por meio de canais de lubrificação ou
ranhuras em suas superfícies de contato.

• A função do lubrificante é reduzir o atrito entre as superfícies


e, dessa forma, conservar e aumentar a vida útil desse
elemento.
Guia e barramento:
• O barramento é um conjunto de guias de deslizamento que
compõem uma determinada máquina.
Guia e barramento:
Guia circular:
• Possui seção transversal circular. Assim como as planas, estas guias
podem ser equipadas com elementos rolantes para diminuir o atrito.

• Este tipo de guia possui a vantagem de ser mais fácil de ajustar do que as
guias planas, facilitando a montagem e a fabricação desse elemento.
Guia circular:
Danos típicos das Guias:
• Os principais danos de uma guia pode sofrer estão relacionados às
condições de cuidados preventivos dos mesmos durante a sua
utilização, são eles:

- Desalinhamentos das guias;

- Danos provenientes do desgaste por atrito.


Esticador ou tensionador de correia:
Correntes:
• É um elemento de máquina que transmite potência e
movimento entre eixos.

• Constituída por elos ou anéis metálicos, interligados


entre si.
Correntes:
• Essa transmissão é feita por meio do engate dos elos da
corrente nos dentes das engrenagens;

• As correntes e engrenagens devem estar no mesmo


plano e os eixos-árvore devem ser paralelos;

• Não há deslizamento e as perdas de energia e potência


devido ao atrito são minimizadas.
Correntes:
• É um tipo de transmissão muito eficiente.

• Geralmente, a transmissão por corrente é utilizada


quando não se pode usar correia devido às condições de
trabalho (alta umidade, presença de vapores corrosivos
ou óleos, entre outras).
Tipos de Correntes:

a) Corrente comum: é o tipo de corrente mais


conhecida e utilizada. Os seus elos têm
formato arredondado e são soldados. É usado
em transportadores e em talhas manuais de
elevação;
Tipos de Correntes:
b) Corrente de elos livres: este tipo de corrente tem como
característica principal, a facilidade de retirar e trocar algum
elo. É muito utilizada em esteiras transportadoras, onde os
esforços são pequenos;
Tipos de Correntes:
c) Corrente de rolo: fabricada em aço temperado, essa
corrente é constituída por rolos que são fixados em buchas e
placas por meio de pinos. É mais utilizada em transmissões de
movimento e sustentação de contrapeso;
Tipos de Correntes:
d) Corrente de dentes: também conhecida como corrente
silenciosa, nesse tipo de corrente as placas têm formato que,
quando montadas, aparentam “dentes”.

- A montagem é feita de tal forma que várias placas ficam


dispostas uma ao lado da outra, permitindo a fabricação de
correntes mais largas e resistentes, além de produzirem menos
ruídos;
- É aplicada em situações que necessitam de rotação superior a
permitida pela corrente de rolos.
Tipos de Correntes:
d) Corrente de dentes:
Cabos de aço:
• O cabo de aço é um elemento de transmissão que
suporta cargas de tração, deslocando-as na posição
horizontal, vertical ou inclinada;

• Devido a sua resistência à tração, esse elemento é muito


empregado em equipamentos na elevação de cargas
como, por exemplo, em elevadores, pontes rolantes e
guindastes.
Cabos de aço:
Cabos de aço:
• O cabo de aço é feito de arames
fabricados por meio do processo de
trefilação a frio. Para formação de um
cabo de aço, os arames são enrolados
formando pernas que também são
enroladas em espirais envolvendo um
elemento central chamado alma.
Cabos de aço:
• Durante os processos de movimentação e transporte de
cargas utilizando cabos de aço, atentar para a presença de
cabos quebrados, princípio de torção (gaiola de passarinho).
Cabos de aço:
• NR18 – Condições e Meio Ambiente de trabalho na indústria
da construção, traz condições de segurança que
regulamentam a utilização dos cabos de aço na construção
civil.

a) evitar o choque mecânico dos cabos com obstáculos


durante seu funcionamento;
b) Sempre que for utilizado na elevação de cargas, verificar se
os cabos estão bem esticados;
Cabos de aço:
c) Manter os cabos de aço lubrificados. Nunca utilizar óleo
queimado como lubrificante, pois esse produto pode causar
corrosão do cabo de aço;

d) Verificar a integridade da alma dos cabos e se há


rompimento dos arames. Caso haja, realizar a substituição
do cabo de aço;
Cabos de aço:
e) Verificar se há espaçamentos dos fios em trechos da
alma dos cabos. Caso haja, realizar a substituição do cabo
de aço;

f) Verificar o diâmetro do cabo de aço em toda sua


extensão. Caso haja, realizar a substituição do cabo de aço.
Acoplamento:
• É um conjunto mecânico empregado na transmissão de
movimento e força entre duas árvores ou eixos-arvore, que
também tem a função de absorver choques e vibrações
durante o funcionamento do sistema mecânico;
Acoplamento:
• Devido à forma como eles transmitem o movimento e a força,
os acoplamentos são as primeiras peças do conjunto
mecânico que sentem os efeitos do desalinhamento entre os
eixos-árvore, que podem gerar um desgaste prematuro desse
elemento na máquina.
Acoplamentos Fixos:
• Os acoplamentos fixos servem para unir árvores de tal
maneira que funcionem como se fossem uma única peça,
alinhando as árvores de forma precisa.

- Tipo flange: utilizado na transmissão de grande potência em


baixa velocidade;
Acoplamentos Fixos:
- Tipo com luva de compressão ou de aperto: Esse tipo de luva
facilita a manutenção de máquinas e equipamentos, com a
vantagem de não interferir no posicionamento das árvores,
podendo ser montado e removido sem problemas de
alinhamento;
Acoplamentos Fixos:
- Acoplamento de discos ou pratos: Empregado na
transmissão de grandes potências em casos especiais,
como, por exemplo, nas árvores de turbinas. As superfícies
de contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou
dentadas.
Acoplamentos Fixos:
- Acoplamento de discos ou pratos:
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
• Esses elementos tornam mais suave a transmissão do
movimento em árvores que tenham movimentos bruscos,
e permitem o funcionamento do conjunto com
desalinhamento paralelo, angular e axial entre as árvores.

• Os catálogos dos fabricantes vão indicar o máximo de


desalinhamento geometricamente possível no
acoplamento.
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
• Elásticos de pinos: Os elementos transmissores são
pinos de aço com mangas de borracha;
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Elásticos perflex: Os discos de acoplamento são unidos
perifericamente por uma ligação de borracha apertada por anéis
de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de
eixos;
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Elásticos de garras: As garras, constituídas por tocos de
borracha, encaixam-se nas aberturas do contradisco (fixado em
um dos eixos-árvores) e transmitem o movimento de rotação.
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Elásticos de fita de aço ou de grade: Consiste de dois
cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais está
montada uma grade elástica que liga os cubos.

O conjunto está alojado em duas tampas providas de junta


de encosto e de retentor elástico junto ao cubo. Todo o
espaço entre os cabos e as tampas é preenchido com
graxa.
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Elásticos de fita de aço ou de grade: Apesar de esse
acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas
no ato de sua instalação para que não provoquem vibrações
excessivas em serviço.
Acoplamentos Elásticos ou Flexíveis:
Elásticos de engrenagens: Os dentes possuem a forma
ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite até 3 graus
de desalinhamento angular. O anel dentado (peça transmissora
do movimento) possui duas carreiras de dentes que são
separadas por uma saliência central.
Junta universal homocinética:
• Esse tipo de junta é usado
para transmitir movimento
entre árvores que precisam
sofrer variação angular,
durante sua atividade. Essa
junta é constituída de esferas
de aço que se alojam em
calhas.
Junta universal homocinética:
Acoplamentos móveis:
• São empregados para permitir o jogo longitudinal das árvores.
Esses acoplamentos transmitem força e movimento somente
quando acionados, isto é, obedecem a um comando.
• Os acoplamentos móveis podem ser: de garras ou dentes, e a
rotação é transmitida por meio do encaixe das garras ou de
dentes.
• Geralmente, esses acoplamentos são usados em aventais e
caixas de engrenagens de máquinas-ferramenta
convencionais.
Acoplamentos móveis:
Montagem de acoplamentos:
• Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos
acoplamentos são:
- Colocar os flanges a quente, sempre que possível.
- Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar
prensas ou dispositivos adequados.
- O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo
que sejam usados acoplamentos elásticos, pois durante o
serviço ocorrerão os desalinhamentos a serem compensados.
Montagem de acoplamentos:
- Fazer a verificação da folga entre flanges e do
alinhamento e concentricidade do flange com a árvore.

- Certificar-se de que todos os elementos de ligação


estejam bem instalados antes de aplicar a carga.
Montagem de acoplamentos:
- Fazer a verificação da folga entre flanges e do
alinhamento e concentricidade do flange com a árvore.

- Certificar-se de que todos os elementos de ligação


estejam bem instalados antes de aplicar a carga.
Came:
• Came é um elemento de máquina cuja superfície tem um
formato especial.

• Normalmente, há um excêntrico, isto é, essa superfície


possui uma excentricidade que produz movimento num
segundo elemento denominado seguidor.
Came:
Came:
Tipos de Cames:
• As cames geralmente se classificam nos seguintes tipos: de
disco, de tambor, frontal e de quadro.

• Came de disco: é uma came rotativa e excêntrica. Consta de


um disco, devidamente perfilado, que gira com velocidade
constante, fixado a um eixo. O eixo comanda o movimento
alternativo axial periódico de uma haste denominada
seguidor.

• A extremidade da haste da came de disco pode ser: de ponta,


de rolo e de prato.
Tipos de Cames:
Came de disco:
Tipos de Cames:
Came de tambor: As cames de tambor têm, geralmente,
formato de cilindro ou cone sobre o qual é feita uma ranhura ou
canaleta.

Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre


deslocamento do seguidor sobre a ranhura. O seguidor é
perpendicular à linha de centro do tambor e é fixado a uma
haste guia.
Tipos de Cames:
Elementos de apoio:
Buchas:
• O movimento rotativo entre as rodas e os eixos, ocasiona
problema de atrito que, por sua vez, causa desgaste tanto dos
eixos como das rodas.

• Para evitar esse problema nas rodas modernas, surgiu a ideia


de se colocar um anel de metal entre o eixo e a roda. Esse anel
de metal é chamado bucha.
Buchas Radiais:
Buchas Radiais:
• Essa bucha é usada para suportar o esforço de um eixo em
posição vertical.
Bucha Cônica:
• Esse tipo de bucha é usada para suportar um eixo do qual se
exigem esforços radiais e axiais. Quase sempre essas buchas
requerem um dispositivo de fixação e, por isso, são pouco
empregadas.
Mancal:
• Este elemento e um suporte de apoio de eixos e rolamentos
que são elementos girantes de máquinas, os quais
classificam-se em duas categorias: mancais de deslizamento
e mancais de rolamento.

• A função dos mancais é minimizar o atrito e, portanto,


aumentar o rendimento do sistema mecânico, entre partes que
se movem entre si. A aplicação dos mancais pode ser
observada na relação entre eixos e carcaças de redutores e
entre carros e barramentos de máquinas-ferramentas.
Mancais de deslizamento:
• Estes mancais referem-se a concavidades nas quais as pontas
de um eixo se apoiam. A principal função dos mancais de
deslizamento, existentes em máquinas e equipamentos, e
servir de apoio e guia para os eixos girantes.

• Eles são considerados como elementos de maquinas sujeitos


as forças de atrito. Estas forcas surgem devido a rotação dos
eixos, exercendo cargas nos alojamentos dos mancais que os
contém.
Mancais de deslizamento:
• A vida útil dos mancais de deslizamento pode ser prolongada,
desde que, alguns parâmetros de construção sejam
observados.

• Os materiais de construção dos mancais de deslizamento


devem ser bem selecionados e apropriados a partir da
concepção do projeto de fabricação. Geralmente, os mancais
de deslizamento são constituídos por uma bucha, fixada num
suporte.
Mancais de deslizamento:
• Esses mancais são usados em maquinas pesadas ou em
equipamentos de baixa rotação, porque a baixa velocidade
evita o superaquecimento dos componentes expostos ao
atrito. Neste caso, o uso de buchas e de lubrificantes permite
reduzir esse atrito, melhorando a rotação do eixo.
Mancais de deslizamento:
• Os mancais de deslizamento possuem uma bucha que tem a
função de receber o atrito direto com a superfície do eixo.

• De acordo com o tipo de esforço, podemos classificar os


mancais em:

- Mancais para cargas radiais;


- Mancais para cargas axiais (mancal de encosto ou escora);
- Mancais para cargas radiais e axiais do eixo.
Mancais de deslizamento:

Mancais Radiais Mancais axiais Mancais Mistos


Mancais de rolamento:
• Estes tipos de mancais são empregados para comportar
esferas ou rolos nos quais o eixo se apoia, de forma que
quando o eixo gira as esferas ou rolos, também giram
confinados dentro do mancal.

• Em geral, um mancal de rolamento e um tipo de mancal, em


que a carga principal é transferida por meio de elementos de
contato, por rolamento em vez de deslizamento.
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
• Nos mancais de rolamento as superfícies em movimento são
separadas por esferas ou roletes e então, o atrito de
deslizamento é substituído pelo atrito de rolamento.

• Como a área de contato é pequena e as tensões são grandes,


as partes girantes dos rolamentos são confeccionadas de
materiais duros e de alta resistência.

• A maior vantagem dos mancais de rolamentos é que o atrito


na partida é pequeno praticamente igual ao de operação.
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
• Os mancais de rolamento, fabricados para suportar cargas
que atuam perpendicularmente ao eixo, tais como os
rolamentos dos cubos de rodas, são chamados de rolamentos
radiais.

• Já os projetados para suportar cargas que atuam na direção


do eixo são chamados de rolamentos axiais. Alguns tipos de
rolamento radiais são capazes de suportar, cargas
combinadas, isto e, cargas radiais e axiais.
Mancais de rolamento:
• Para casos em que se deseja um mancal com maior
velocidade e menos atrito, o de rolamento é o mais adequado.

• Em relação a classificação dos rolamentos, esta é


estabelecida em função dos seus elementos rolantes. De
forma que o mancal de rolamento trabalha com atrito de
rolamento, sendo esta a principal causa de seu menor atrito,
em relação ao mancal de deslizamento.
Mancais de rolamento:

• Os rolamento podem ser


classificados:

-Quanto ao esforço suportado em


radiais, axiais e mista.
Mancais de rolamento:

• Radiais - não suportam cargas axiais e impedem o


deslocamento no sentido transversal ao eixo.

• Axiais - não podem ser submetidos a cargas radiais. Impedem


o deslocamento no sentido axial, isto é, longitudinal ao eixo.

• Mistas - suportam tanto carga radial como axial. Impedem o


deslocamento tanto no sentido transversal quanto no axial.
Mancais de rolamento:
• Quanto aos seus elementos rolantes.
- De esfera de rolo e de agulha

De esferas - os corpos rolantes são esferas. Apropriados para


rotações mais elevadas.
Mancais de rolamento:
De esferas - os corpos rolantes são esferas. Apropriados para
rotações mais elevadas.
Mancais de rolamento:

• De rolos - os corpos rolantes são


formados de cilindros, rolos
cônicos ou barriletes Esses
rolamentos suportam cargas
maiores e devem ser usados em
velocidades menores.
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:

De agulhas - os corpos rolantes são


de pequeno diâmetro e grande
comprimento. São recomendados
para mecanismos oscilantes, onde a
carga não é constante e o espaço
radial é limitado.
Mancais de rolamento:

• Os rolamentos limitam, ao máximo, as perdas de energia em


consequência do atrito. São geralmente constituídos de dois
anéis concêntricos, entre os quais são colocados elementos
rolantes como esferas, roletes e agulhas.
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:

Características dos rolamentos:


D: diâmetro externo;
d: diâmetro interno;
R: raio de arredondamento;
L: largura.
Mancais de rolamento:
Mancais de rolamento:
Junta de Vedação:
• A junta de vedação é utilizada para permitir a união entre
componentes mecânicos estáticos (por exemplo, em
tubulações industriais).

• A junta pode ser fabricada em borracha, cortiça, papelão


hidráulico, material metálico como o aço de baixo teor de
carbono e alumínio, entre outros.
Junta de Vedação:
• Junta de borracha: é mais utilizada na vedação de
flanges, em tubulações e equipamentos estáticos;
Junta de Vedação:
• Junta de cortiça: é mais utilizada na vedação de líquidos
submetidos à baixa pressão;
Junta de Vedação:
• Junta de papelão hidráulico: é empregada na vedação de
partes estáticas de equipamentos e pode ser fabricada
conforme o formato da peça que vai utilizá-la;
Junta de Vedação:
• Junta metálica: é empregada em equipamentos que
operam em alta pressão e temperatura e em flanges que
precisão de grande força de aperto para fixação;
Junta de Vedação:
• Causas de danos típicos (vazamentos):

- Excesso de esforço e torque elevado em sua instalação;


- Compatibilidade química entre a junta e o fluido;
- Temperatura de operação.
Montagem de junta de Vedação:
Anel de Vedação:
• Também conhecido como O’ring, é um elemento em forma
de anel, empregado em conjuntos mecânicos estáticos ou
dinâmicos.

• Este elemento é alojado em uma cavidade pré-dimensionada


denominada ranhura.

• O produto e ser vedado empurra esse elemento em direção à


parede da cavidade, aplicando uma pressão que o deforma e
faz com que ocorra a vedação.
Anel de Vedação:
• Geralmente o anel de vedação é fabricado em teflon, náilon
ou borracha.
Retentor:
• Também conhecido como vedador de lábio, é um
elemento de vedação composto por uma
membrana feita de borracha ou couro em forma de
lábio, utilizado em conjuntos mecânicos dinâmicos.

• Em alguns modelos, além da membrana, há uma


estrutura composta por uma carcaça metálica e
uma mola circular, que tem como função a
aplicação de uma pressão para fixação da
membrana na posição correta de vedação do
Retentor:
• A principal função de um retentor é evitar o vazamento de
óleo e graxa do interior de duas partes que realizam
movimento relativo entre si.

• Essa condição de trabalho propicia a geração de atrito e calor


que deve ser minimizada com a utilização de lubrificantes.
Danos típicos em retentores:

• Devemos ter cuidado com a membrana de vedação, os


retentores são projetados para encaixar sem muito esforço,
assim os danos mais comuns estão relacionados à falha na
sua montagem com utilização de ferramentas inadequadas
que danificam essa membrana com rasgos e fissuras.
Montagem e desmontagem de retentores:
Gaxeta: tipos, características, função e montagem
• Elemento de vedação utilizado para vedar total ou
parcialmente a passagem de um fluido entre dois
equipamentos.

• Quando a vedação é parcial, o fluido vaza, promovendo a


lubrificação entre o eixo e a gaxeta.

• Esse elemento pode ser fabricado em forma de anel já pronto


para ser montado ou em forma de corda que é recortada na
dimensão adequada durante a montagem.
Gaxeta: tipos, características, função e montagem
• A gaxeta é muito utilizada devido a sua variedade e ao seu
baixo custo de manutenção. Seu desgaste indevido após
substituição é uma das causas de poluição do meio ambiente.
Gaxeta: tipos, características, função e montagem
Gaxeta: tipos, características, função e montagem
• A montagem das gaxetas no equipamento é
denominado engaxetamento.

• Para acomodação dos anéis na caixa de gaxeta é


necessário um período de 4 a 8 horas, com o
equipamento funcionando.
Selo mecânico: tipos, características, função e montagem
• É um elemento de vedação que tem como função a retenção
de fluidos em conjuntos mecânicos rotativos, tais como:
bombas centrífugas, compressores, misturadores e
ventiladores industriais.

• Esse elemento tem como principal vantagem a redução de


atrito entre o eixo rotativo do equipamento e o eixo rotativo
do equipamento e o elemento de vedação, reduzindo assim a
perda de energia e tornando o equipamento mais eficiente.
Selo mecânico: tipos, características, função e montagem
Selo mecânico: tipos, características, função e montagem
• É essencial que o eixo rotativo do equipamento e as partes
do selo mecânico estejam apropriadamente alinhados.

• Também é necessário realizar a lubrificação das partes


móveis do selo mecânico, evitando que um elevado atrito
possa danificar esse elemento de vedação.

• A operação a seco (sem lubrificação) de um selo mecânico


poderá destruí-lo em poucos segundos ou comprometer
sua estanqueidade.
Selo mecânico: tipos, características, função e montagem
• O funcionamento do selo mecânico é realizado em duas
etapas: a vedação primária e a secundária.

• O selo mecânico pode trabalhar em temperaturas e


pressões elevadas e sobre elevada velocidade de rotação.

• Em comparação com as gaxetas, ele possui a vantagem de


promover total vedação e ter maior durabilidade, sem
necessidade de muita manutenção.
Selo mecânico: tipos, características, função e montagem

Você também pode gostar