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Introdução

à
Contabilidade
e
Análise de Custos
© Copyright, 2003
ISBN - 85-7483-030-5

Autor: José Divanil Spósito Berbel


Editor:: José Antônio Rosa
Coordenação: Fernando Augusto S. Rosa
Capa e Diagramação: Cecília Hajpek
Revisão: Edna Luna

Todos os direitos reservados por STS É proibida a reprodução total ou


parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor
(Lei no 9.610/98) é crime estabelecido pelo art. 184 do Código Penal.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Berbel, José Divanil Spósito

Introdução à contabilidade e análise de custos: (simples


& prático)/José Divanil Spósito Berbel. São Paulo : Editora
STS, 2003.
Bibliografia
1. Contabilidade de Custos I. Título.

03-0331 CDD-657.42
Índice para catálogo sistemático:
1. Custos: Contabilidade e análise: Administração

Editora STS Publicações e Serviços Ltda.


Rua Goitacazes, 217 cj. 02 - Centro
CEP: 09510-300 - São Caetano do Sul/SP
Tel: (011) 3263-0287

joseberbel@ig.com.br

www.berbel.pro.br
Introdução
à
Contabilidade
e
Análise de Custos

Editora STS

Atualização
Março/2017
Agradecimentos:

Àquele que nos proporcionou


todas as coisas.
Deus, muito obrigado!
Dedicatória:

À Ana Helena, companheira


de todas as horas. Stefânia e
Kauanne, filhas queridas.
A P R E S E N T A Ç ÃO

Este livro é produto da observação das necessidades dos alunos.


E foi escrito especialmente para estudantes e demais interessados
na iniciação das técnicas de controle e mensuração relativas à área
industrial.

Em seus 12 capítulos, mediante linguagem simples, o conteúdo


é cuidadosamente ordenado e apresentado de forma que possibilite
um aprendizado progressivo, envolvendo inicialmente:
• ambiente e estrutura organizacional de uma indústria; •
• noções dos elementos que compõem o custo dos produtos •
(matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação);
• expressões técnicas; •
• tipos de produção; •
• sistemas tradicionais de atribuição dos custos aos produtos; •
• aspectos e esquemas contábeis. •

Já em uma fase intermediária, são apresentadas as formas


mais modernas de alocação dos custos indiretos aos produtos,
mediante emprego da “departamentalização” e do “ABC – custeio mediante emprego da “departamentalização” e do “ABC –
baseado em atividades” (activity based costing). Técnicas estas que baseado em atividades” (
reduzem substancialmente as diferenças geradas pela arbitrariedade
e subjetividade do sistema tradicional.

Nos últimos capítulos, uma vez constituída a base de


conhecimentos sobre “custos para formação de estoques e determinação sobre “custos
do custo dos produtos vendidos”, é apresentado o enfoque “custos do custo dos produtos vendidos”, é apresentado o enfoque “custos
para fins gerenciais”, em uma sequência envolvendo: custo-padrão, ra fins gerenciais”, em uma sequ
métodos de custeio, margem de contribuição, ponto de equilíbrio,
margem de segurança e grau de alavancagem operacional.
Para melhor compreensão e fixação do conteúdo, os capítulos
apresentados são complementados por exercícios com grau de
dificuldade progressivo (inclusive são empregados alguns exercícios
dos exames de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade).

A partir deste momento o leitor já terá conhecimentos suficientes


para aprofundar-se no tema.

Os professores poderão solicitar na Editora, o manual com a


solução das atividades e dos exercícios propostos neste livro.

Comentários e sugestões de melhoria serão sempre bem vindas,


analisadas e consideradas no futuro.

Obs.: Para melhor visualização, em alguns exercícios os


centavos foram abolidos.

O Autor
Como resultado do processo de avanço do conhecimento e dos
segmentos produtivos da sociedade em todo o mundo, surgem novas
oportunidades empreendedoras em todos os setores e a consequente
necessidade de desenvolvimento de novos mecanismos de controles,
mensuração e informações para avaliação de desempenho e tomada
de decisões. Estamos vivenciando o “mundo empreendedor” em sua de decisões. Estamos vivenciando o “mundo empreendedor” em
plenitude; todo investimento é viabilizado levando-se em conta, em
primeiro lugar, o retorno que pode oferecer.

Estamos, também, numa fase em que todas as atividades


são executadas dentro do menor tempo disponível para sua
realização. O relógio tornou-se um acessório importantíssimo na
atualidade. Qualquer iniciativa, seja ela qual for, é sempre decidida,
prioritariamente, em virtude do menor tempo disponível para a sua
realização.

Por estar sempre em contato com esta dura realidade, onde


ninguém dispõem de muito tempo, antes como estudante, e
atualmente como profissional e professor de Contabilidade; resolvi
escrever este livro com o intuito de facilitar na medida do possível a
vida dos alunos(as) que estão expostos(as) a esse estressante cenário.

Levando-se em conta que, antes de iniciar o estudo sobre Custos,


os alunos já tiveram contato com os fundamentos e conceitos básicos
de Administração, Economia e Contabilidade; sem perda de conteúdo, e
visando um melhor entendimento da terminologia e dos mecanismos
relativos às atividades industriais, procuramos facilitar a aprendizagem
mediante uso de uma linguagem simples e objetiva na exposição dos
textos, exemplos, atividades e exercícios.
A tendência de abordagem histórica, excesso de informações e
linguagem complicada não foram consideradas neste livro.

Desfrutem,

O Autor
ÍNDICE

1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CUSTOS ............................ 17


1.1 Empresas Industriais .......................................................................... 17
1.2 Atividades Empresariais ..................................................................... 20
1.3 Conceito de Custos ............................................................................. 22
1.4 Componentes de Custos ..................................................................... 24
1.5 Classificação dos Custos .................................................................... 27
1.6 Expressões Técnicas ........................................................................... 35
1.7 Produção ............................................................................................ 44
1.7.1 Produção por Ordem ............................................................. 44
1.7.2 Produção Contínua (ou em série) .......................................... 44

2 ASPECTOS CONTÁBEIS ................................................................ 49


2.1 Introdução .......................................................................................... 49
2.2 Conceito ............................................................................................. 49
2.3 Origem ............................................................................................... 49
2.4 Campo de Atuação. ............................................................................ 50
2.5 Evolução ............................................................................................ 50
2.6 Integração ........................................................................................... 51
2.7 Demonstração de Resultado ............................................................... 51
2.8 Balanço Patrimonial ........................................................................... 52
2.9 Plano de Contas .................................................................................. 54

3 MATERIAIS ............................................................................................... 63
3.1 Almoxarifado ..................................................................................... 63
3.2 Compra de Materiais .......................................................................... 64
3.3 Impostos Incidentes Sobre as Compras. ............................................. 65
3.3.1 (ICMS) Imposto Sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços. ................................................................................. 65
3.3.2 (IPI) Imposto sobre Produtos Industrializados. ......................... 68
3.4 Critérios de Controle e Avaliação de Estoques. ................................. 70
3.4.1 Registro de Estoque. ................................................................. 70
3.4.2 Atribuição de Preços aos Estoques. ........................................... 71
3.4.2.1 Preço Específico ............................................................ 71
3.4.2.2 PEPS ou Fifo. ................................................................ 72
3.4.2.3 UEPS ou Lifo ................................................................ 73
3.4.2.4 Média Ponderada Móvel. .............................................. 74
3.5 Transferência de Materiais para Produção. ....................................... 78
3.6 Alocação dos Materiais aos Produtos. ................................................ 79
3.7 Perda de Materiais. ............................................................................. 80
3.8 Subprodutos........................................................................................ 81
3.9 Sucatas................................................................................................ 83

4 MÃO-DE-OBRA .............................................................................. 85
4.1 Folha de Pagamento. .......................................................................... 85
4.1.1 Vencimentos. ...................................................................................85
4.1.2Descontos ................................................................................... 86
4.1.3 Valor Líquido a Pagar ................................................................ 86
4.1.4 Outros Encargos da Empresa. ................................................... 86
4.2 Mão-de-obra Direta. ........................................................................... 86
4.2.1 Contabilização da Mão-de-obra Direta. ..................................... 87
4.2.2 Atribuição da Mão-de-obra Direta dos Produtos ........................ 87
4.3 Mão-de-obra Indireta .......................................................................... 89
4.3.1 Contabilização da Mão-de-obra Indireta. .................................. 90
4.3.2 Rateio da Mão-de-obra Indireta aos Produtos. .......................... 90
4.4 Outros Gastos Considerados como Mão-de-obra. .............................. 92

5 GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÂO ..................................... 95


5.1 Classificação dos Gastos Gerais de Fabricação. ................................. 95
5.2 Contabilização dos Gastos Gerais de Fabricação. .............................. 96
5.3 Rateio dos Gastos Gerais de Fabricação. ........................................... 96

6 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS ........................................ 103


6.1 Esquema Básico para Contabilização dos Custos. ........................... 103
6.2 Esquema Gráfico de Contabilização. ............................................... 106

7 DEPARTAMENTALIZAÇÃO ........................................................... 119


7.1 Métodos de Rateio. ..........................................................................122
7.2 Plano de Contas Departamentalizado. ............................................ 126

8 SISTEMA ABC – Custeio baseado em atividades ......... 137 –


8.1 Custeio das Atividades. .................................................................... 138
8.2 Custeio dos Produtos. ....................................................................... 140
9 CUSTO - PADRÃO........................................................................... 145

10 MÉTODOS DE CUSTEIO ........................................................ 151


10.1 Custeio por Absorção. .................................................................... 151
10.2 Custeio Direto (ou Variável). .............................................................. 151
10.3 Comparação entre Custeio por Absorção e o Custeio Direto
(ou Váriavel). ............................................................................... 152

11 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ............................................ 157

12. RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO ..................... 161


12.1 Ponto de Equilíbrio. ....................................................................... 161
12.2 Representações do Ponto de Equilíbrio. ......................................... 162
12.2.1 Representação Gráfica. ....................................................... 162
12.2.2 Representação Algébrica. .................................................... 164
12.2.3 Representação Contábil ....................................................... 165
12.3 Margem de Segurança. ................................................................... 170
12.4 Grau de Alavancagem Operacional. ............................................... 171

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS................... 173

BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 183


1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O

1.1 EMPRESAS INDUSTRIAIS

As empresas industriais se caracterizam pelas atividades de


produção, ou seja, pela transformação de matérias-primas em produtos
industrializados. Essa atividade de transformação denomina-se
produção industrial.

MODELO DE ESTRUTURA DEPARTAMENTAL


DE UMA INDÚSTRIA

Produção

Deptos Administrativos: Deptos de Produção:


Diretoria  Corte 
Contabilidade  Montagem 
Recursos Humanos  Acabamento 
Financeiro
Jurídico Deptos de Serviços:
Marketing  Administração Geral da Fábrica 
Informática  Almoxarifado 
Compras  Manutenção 
Vendas  Controle de Qualidade 
Estoque  Ambulatório Médico 

17
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

PLANTA INTERIOR DA INDÚSTRIA

PRODUÇÃO

Diretoria Jurídico Departamentos de produção

Contabilidade Custos Corte Montagem Acabamento

Recursos
Marketing Humanos
Departamentos de Serviços
Informática Compras
Adm. Controle de
Almoxarifado Manutenção
Vendas da fábrica Qualidade

Administração: conjunto de departamentos cujas atividades e


ações conduzem a empresa aos resultados desejados.

Produção: conjunto de departamentos com atividades e ações


voltadas exclusivamente para a atividade de transformação de
matérias-primas em produtos acabados.

Departamento: é uma unidade administrativo-operacional de


uma empresa. Exemplo: contabilidade, recursos humanos, financeiro,
auditoria interna, jurídico etc.

Departamentos produtivos: compostos por homens e máquinas


responsáveis pela fabricação dos produtos. Exemplo: corte, montagem,
acabamento, usinagem, fresagem, cromeação etc.

Departamentos de serviços: compostos por homens e máquinas


que prestam serviços para os demais departamentos da empresa.
Exemplo: manutenção, controle de qualidade, ambulatório médico etc.

18
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

ATIVIDADE

I) Imagine e desenhe a planta de uma indústria qualquer.

EXERCÍCIOS

1) Faça a associação correta:


a) Departamentos de serviços
b) Produção
c) Administração
d) Departamentos produtivos
e) Departamento

1. ( ) é uma unidade administrativo-operacional de uma empresa.


2. ( ) conjunto de departamentos com atividades e ações voltadas
exclusivamente para a atividade de transformação de matérias-
primas em produtos acabados.
3. ( ) compostos por homens e máquinas responsáveis pela
fabricação dos produtos.
4. ( ) compostos por homens e máquinas que prestam serviços para
os demais departamentos da empresa.
5. ( ) conjunto de departamentos cujas atividades e ações
conduzem a empresa aos resultados desejados.

2) Dos departamentos abaixo quais você julga pertencerem somente


a uma empresa industrial?

1.( ) Financeiro 9.( ) Fresagem 16.( ) Adm. da fábrica


2.( ) Montagem 10.( ) Manutenção 17.( ) Pintura
3.( ) Recursos humanos 11.( ) Serviço de Atendimento 18.( ) Compras
4.( ) Acabamento ao Cliente - SAC 19.( ) Furação
5.( ) Corte 12.( ) Controle de Qualidade 20.( ) Almoxarifado
6.( ) Contabilidade 13.( ) Diretoria 21.( ) Jurídico
7.( ) Usinagem 14.( ) Cromeação 22.( ) Tornearia
8.( ) Auditoria 15.( ) Ambulatório Médico

19
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

1.2 ATIVIDADES EMPRESARIAIS

As atividades empresariais mais comuns são: comercial,


prestação de serviços e industrial.

Comercial:

A atividade comercial liga a produção ao consumo, é o meio


pelo qual se viabiliza todo o fluxo de mercadorias entre produtores
e consumidores. Como exemplo de atividades comerciais podemos
citar: supermercados, farmácias, revendedoras de veículos, lojas de
materiais de construções, bares etc.

Prestação de serviços:

SERVIÇO

A atividade de prestação de serviços é aquela que se caracteriza


pelo aparecimento do componente humano, denominado “esforço”. pelo aparecimento do componente humano, denominado “esforço”.
Como exemplo de atividades de prestação de serviços podemos
citar: Escritórios de contabilidade, auditoria, advocacia; reparos em
construção civil, oficinas mecânicas etc.

Industrial:

MT

20
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

As atividades industriais se caracterizam pela produção de algo


novo, ou seja, pela transformação de matérias-primas em produtos
prontos para serem consumidos. Essa atividade de transformação
denomina-se produção industrial. Como exemplo de atividades
industriais podemos citar: fabricação de móveis, veículos, estruturas
metálicas, vidros, eletrodomésticos, bebidas etc.

Legendas:
MT – materiais –
MO – mão-de-obra –
GGF – gastos gerais de fabricação –

EXERCÍCIOS

3) Preencha as lacunas:

As atividades ................................ se caracterizam pela produção de


algo novo. Aatividade ............................. liga a produção ao consumo.
A atividade de .................................. é aquela que se caracteriza pelo
aparecimento do componente humano, denominado “esforço”. aparecimento do componente humano, denominado “esforço”.

4) Associe corretamente as atividades aos estabelecimentos:


a) Comercial
b) Prestação de serviços
c) Industrial

1. ( ) Loja de cosméticos
2. ( ) Empresa de consultoria
3. ( ) Siderúrgica
4. ( ) Borracharia
5. ( ) Supermercado
6. ( ) Empresa de ônibus
7. ( ) Empresa montadora de avião
8. ( ) Hospital
9. ( ) Loja de equipamentos de informática
10. ( ) Empresa produtora de cimento

21
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

1.3 CONCEITO DE CUSTOS

A palavra custo possui significado amplo: pode representar o


Custo das Mercadorias Vendidas em uma empresa com atividade
dedicada à compra e venda de mercadorias (supermercados, material
fotográfico, material de construção etc.), o Custo dos Serviços
Prestados em uma empresa de prestação de serviços (limpeza,
manutenção, auditoria etc.) e o Custo de Fabricação de um produto
em uma empresa industrial (montadora de veículos, siderúrgicas,
alimentos etc.). Entretanto, o que vamos focalizar neste trabalho
será o custo industrial. O qual podemos assim definir: Compreende
a somatória de todos os gastos com materiais, mão-de-obra e
gastos gerais de fabricação aplicados na fabricação de outros bens
materiais.

Os termos técnicos utilizados na contabilidade de custos são


muitos. Entretanto, nesse estágio já se faz necessário o conhecimento
do significado de alguns:

Custos: são os gastos aplicados na produção de um novo produto


(materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação etc.).

Despesas: compreende os gastos das áreas não produtivas da


empresa (despesa de correio, impostos, comissões sobre vendas,
juros, salários etc.).

Investimentos: são os gastos com a obtenção de bens de uso da


empresa e, principalmente, aqueles destinados à produção (máquinas
e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, materiais etc.).

Desembolso: é o simples pagamento de alguma coisa adquirida


pela empresa.

Obs.:
• Os investimentos destinados à produção são transformados em •
custos, sob a forma de depreciação, amortização, mediante
sua utilização no processo produtivo.
22
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

• Materiais, enquanto não requisitados pela produção, deverão •


ser considerados como investimentos.

EXERCÍCIOS

5) Qual o conceito básico de custos?

6) Qual a diferença entre custos, despesas e investimentos?

7) Em que momento um gasto deixa de ser investimento e passa a ser


considerado custo?

8) O simples fato de efetuarmos um pagamento, denominamos?

9) Classifique corretamente:
Custos (C),
Despesas (D)
Investimentos (I).

1. ( ) Compra de 200 sacos de farinha – Estoque. –


2. ( ) Aquisição de um Software de controle de produção.
3. ( ) Transferência de 50 sacos de farinha do almoxarifado para
a produção.
4. ( ) Pagamento de conta de luz da diretoria.
5. ( ) Compra de um aparelho de fax.
6. ( ) Pagamento de aluguel da fábrica.
7. ( ) Depreciação das máquinas da fábrica.
8. ( ) Pagamento de conta de água referente ao consumo da fábrica.
9. ( ) Compra de material de embalagem – Estoque. –
10.( ) Pagamento de conta de água referente à administração.
11.( ) Compra de um caminhão para entrega de produtos.
12.( ) Pagamento de salários e encargos do pessoal da fábrica.
13.( ) Transferência para a produção de 100 latas de óleo.
14.( ) Apropriação dos encargos sociais referente ao pessoal do
setor de vendas.

23

23 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

15.( ) Aquisição de imóvel a prazo.


16.( ) Apropriação da folha de pagamento referente ao pessoal da
fábrica.
17.( ) Pagamento de despesas financeiras.
18.( ) Compra de 1.000 latas de óleo – Estoque. –
19.( ) Pagamento de comissões sobre produtos vendidos.
20.( ) Depreciação dos equipamentos da administração.
21.( ) Pagamento de viagens e estadias dos vendedores.
22.( ) Compra de material de embalagem e entregue na produção.

1.4 COMPONENTES DE CUSTOS

São três os componentes básicos na formação do custo:


• materiais; •
• mão-de-obra; •
• gastos gerais de fabricação. •

Materiais
São os insumos utilizados na fabricação de um novo produto.

Classificam-se em:
Matérias-primas: São os materiais que entram em maior
quantidade na fabricação dos produtos.(Ex. Madeira na fabricação
de uma mesa).

Materiais secundários: São os materiais que entram em menor


quantidade na fabricação dos produtos. (Ex. Prego, cola, verniz, etc.
usados na fabricação de uma mesa).

Materiais de embalagem: São os materiais destinados a


embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. (ex.
Papelão, ligas metálicas para embalar uma mesa).

Mão-de-obra
Todos os gastos com o pessoal envolvido na produção industrial,
englobando: salários, horas extras, 13º salário, férias, encargos sociais,
treinamento, alimentação, etc.
24
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

Gastos Gerais de Fabricação


Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação
dos produtos, como: energia elétrica, aluguel, água, depreciação das
máquinas. etc.

Nota: Nos primórdios, a hierarquia de valor na composição


dos custos dos produtos fabricados era formada na seguinte ordem:
Materiais, Mão-de-obra e Gastos Gerais de Fabricação. Com o
advento da tecnologia as empresas passaram a investir pesadamente
em modernos equipamentos e tecnologias, estes investimentos são
posteriormente repassados para o custo dos produtos, via depreciação
e amortização, acenando para uma nova tendência: Materiais, Gastos
Gerais de Fabricação e Mão-de-obra.

HIERARQUIA NA FORMAÇÃO DOS CUSTOS

Primórdios Tendência

1º Materiais 1º Materiais
2º Mão-de-Obra 2º Gastos Gerais de Fabricação
3º Gastos Gerais de Fabricação 3º Mão-de-Obra

10) Quais são os componentes básicos na formação do Custo Industrial?

11) Cite 3 (três) tipos de Matéria-Prima e as indústrias que as utilizam.

12) Cite 3 (três) tipos de Materiais Secundários e em que produtos são


empregados.

13) Cite 3 (três) tipos de Materiais de Embalagem e em quais produtos


são utilizados.

14) Ao gasto com o pessoal envolvido na produção, denominamos?

25
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

15) Além dos Matérias e da Mão-de-obra, temos os demais gastos


necessários para a fabricação dos produtos. Como são denominados
estes gastos?

16) Associe corretamente:


Matéria-prima (MP);
Material Secundário (MS);
Material de Embalagem (ME);
Mão-de-obra (MO);
Gastos Gerais de Fabricação (GGF).

1. ( ) Compra de 3.000 sacos de farinha (fábrica de bolo).


2. ( ) Pagamento de aluguel da fábrica.
3. ( ) Compra de 30 tubos de cola (fábrica de móveis).
4. ( ) Depreciação das máquinas da fábrica.
5. ( ) Compra de 20 toneladas de cana de açúcar (fábrica de bebidas
alcoólicas).
6. ( ) Pagamento de conta de água referente consumo da fábrica.
7. ( ) Compra de 5.000 caixas (fábrica de sapatos).
8. ( ) Pagamento de salários e encargos do pessoal da fábrica.
9. ( ) Apropriação da folha de pagamento referente pessoal da fábrica.
10. ( ) Compra de 10 toneladas de soja (fábrica de óleo).
11. ( ) Pagamento viagens e estadias do Diretor Industrial.
12. ( ) Compra de 2.000 caixas (laboratório farmacêutico).
13. ( ) Compra de 5.000 mts de tecido (fábrica de roupas).
14. ( ) Compra de 10.000 botões (fábrica de roupas).
15. ( ) Aquisição de 50 maços de pregos (fábrica de móveis).
16. ( ) Pagamento do 13º salário do pessoal da produção.
17. ( ) Compra de 100 litros de mel (laboratório farmacêutico).
18. ( ) Compra de 20 sacos de amendoim (fábrica de rapaduras).
19. ( ) Aquisição de 10 toneladas de abóbora (fábrica de doces).
20. ( ) Compra de 5.000 saquinhos de papel (fábrica de alimentos).
21. ( ) Aquisição de 200 carretéis de linha (confecções).
22. ( ) Compra de 1.500 kgs de graviola (fábrica de sucos).

26

26 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

1.5 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

Com relação aos produtos fabricados os custos podem ser diretos


ou indiretos:

Custos diretos: gastos com materiais, mão-de-obra e gastos


gerais de fabricação aplicados diretamente no produto. São assim
chamados porque são facilmente identificados em relação aos produtos
fabricados (exemplos: matéria-prima e mão-de-obra).

Custos indiretos: gastos com materiais, mão-de-obra e gastos


gerais de fabricação aplicados indiretamente nos produtos. São
assim chamados porque não são de fácil identificação em relação
aos produtos. (exemplos: aluguel da fábrica, depreciação dos
equipamentos de produção, energia elétrica etc.).

O critério de atribuição dos custos indiretos na formação do custo


dos produtos fabricados deverá ser definido pela própria empresa.
Não há obrigatoriedade legal para isso. Cada empresa é livre para
estabelecer seu próprio critério.

A distribuição dos custos indiretos aos produtos denomina-se


rateio, e o critério escolhido para essa distribuição denomina-se
base de rateio.

Exemplo:
Gastos para fabricar uma estante de madeira:
Materiais:
Gastou $ 90,00 por 6 m³ de madeira (usou 4 m³).
Rateio:
90,00 ÷ 6 = 15,00
15,00 x 4 = 60,00 (valor a ser considerado como custo de materiais
da estante)

Mão-de-obra – critério base para rateio = 220 horas/mês. –


Salário do marceneiro $ 550,00 por mês. Foram gastas apenas 10
horas na confecção da estante.

27

27 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Rateio:
550,00 ÷ 220 = 2,50
2,50 x 10 = 25,00 (valor a ser considerado como custo de mão-
de-obra da estante)

Gastos gerais de fabricação:


Instalações e equipamentos – foram utilizados: instalações, martelo, –
serrote, metro e lixadeira – critério base para rateio = 220 horas/mês. –
A depreciação das instalações e equipamentos é de $ 5.280,00 ao
ano, equivalendo a $ 440,00 mensal. Foram gastas 10 horas na
confecção da estante.

Rateio:
5.280,00 ÷ 12 = 440,00 (depreciação mensal)
440,00 ÷ 220 = 2,00 (depreciação por hora)
2,00 x 10 = 20,00 (valor a ser considerado como custo de gas-
tos gerais de fabricação da estante)

Custo total da estante:


60,00 – Materiais –
25,00 – Mão-de-obra –
20,00 – Gastos gerais de fabricação –
105,00

Processo de Formação do Custo dos Produtos:


Materiais: + Mão-de-bra: + Gastos Gerais de = Produto:
Fabricação:
Madeira; Salários;
prego; hora-extra; Aluguel; Estante de
parafuso; 13º salário; energia; Madeira
cola; férias; água;
verniz; benefícios; depreciação;
etc. etc. etc.

60,00 + 25,00 + 20,00 = 105,00

28

28 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

Com relação ao volume de produção os custos podem ser fixos


ou variáveis:
Custos fixos: são aqueles cujos valores não se alteram em razão
da quantidade produzida (exemplos: aluguel da fábrica, depreciação
dos equipamentos). Uma indústria opera em um galpão, produzindo
10.000 unidades do produto X, pagando $ 5.000,00 de aluguel por
mês. Se em um dado mês, aumentar a produção para 12.000 unidades,
com certeza, o aluguel não sofrerá alteração.

Representação gráfica:
$

5.000,

0 10.000 ......... 12.000 quantidades.

Se os custos são fixos, em qualquer volume de atividade eles


são constantes, e podem ser representados por uma reta paralela ao
eixo horizontal.

Custos variáveis: são aqueles que variam em virtude das


quantidades produzidas (exemplos: matéria-prima, material
secundário, material de embalagem, mão-de-obra direta etc.).
Tomando como exemplo os mesmos dados do parágrafo anterior, é
razoável afirmar que ao se alterar a produção de 10.000 para 12.000
unidades, a um custo de $ 1,00 por unidade, haverá em conseqüência
aumento na quantidade dos insumos utilizados, e nos seus custos.
Representação gráfica:
$
12.000,

10.000,

0 10.000 12.000 quantidades.

29

29 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Se os custos são variáveis, à medida que aumenta o volume


de atividade eles também aumentam.

Obs. : Os custos fixos tem relação direta com os custos indiretos.


Os custos variáveis tem relação direta com os custos diretos.

Custos semifixos: são os custos que se alteram em decorrência


de uma mudança na capacidade de produção instalada. Permanecem
fixos até uma determinada quantidade produzida e, nessa ocasião,
sofre uma alteração. Exemplos: necessidade de aquisição de novos
maquinários, alugar novas instalações etc. O inverso também é
verdadeiro, ou seja, reduzindo-se a capacidade de produção tais custos
também tenderão à redução.

Representação gráfica:
$
800,
700,
600,
500,

0 20 40 60 80 quantidades.

Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem


em seu valor uma parte fixa e outra variável. Exemplos: energia
elétrica, água, gás etc., a empresa fornecedora cobra um valor fixo,
mesmo que não tenhamos produção, e, a partir do aumento da
produção, fato que demanda maior consumo, o valor da conta tende
a aumentar.

Reresentação gráfica:
$

200,
150,

100,

0 10 15 20 25 quantidades.
30

30 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

EXERCÍCIOS

17) Faça a associação correspondente:

1 – Custos Diretos –
2 – Custos Indiretos –
3 – Rateio –
4 – Base de Rateio –
5 – Custos Fixos –
6 – Custos Variáveis –
7 – Custos Semifixos –
8 – Custos Semivariáveis –
( ) Compreendem os gastos aplicados indiretamente, pois são de
difícil identificação em relação aos produtos.
( ) Distribuição dos custos indiretos aos produtos.
( ) Custos que não variam independentemente do volume fabricado.
( ) Critério escolhido para efetuar-se a distribuição dos custos
indiretos aos produtos.
( ) Custos que variam em virtude das quantidades produzidas.
( ) Compreendem os gastos aplicados diretamente, pois são de fácil
identificação em relação aos produtos.
( ) São os elementos de custos que possuem em seu valor uma parte
fixa e outra variável.
( ) São os custos que se alteram em decorrência de uma mudança
na capacidade de produção instalada.

18) Podemos, então, dizer que: os custos fixos tem relação direta com
os custos ...............................; e os custos ............................... tem
relação direta com os custos diretos.

19) Classifique os Custos a seguir em:


a) Diretos (D) ou Indiretos (I);
b) Fixos (F) ou Variáveis (V).

31

31 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Item Custos a b
1 Aluguel da fábrica
2 Assistência Médica do pessoal da linha de produção
3 Material de embalagem
4 Salários e encargos da administração da fábrica
5 Materiais secundários
6 Salários e encargos do pessoal da manutenção da fábrica
7 Conta de luz da fábrica
8 Salários e encargos do pessoal da produção
9 Material de limpeza usado na fábrica
10 Depreciação do maquinário pesado da indústria
11 Consumo de água da fábrica
12 Viagens e estadias dos supervisores da fábrica
13 IPTU da fábrica
14 Salários e encargos do pessoal do controle de qualidade
15 Depreciação dos equipamentos da manutenção
16 Salários e encargos da chefia da fábrica
17 Férias dos operários
18 Vale transporte do pessoal do controle de qualidade
19 Cesta básica do pessoal da manutenção
20 Matéria-prima

ATIVIDADES

I ) A Empresa Industrial Bronze S.A., fabrica 200 unidades, a um


custo fixo unitário de $ 1.000,00. Aumentou sua produção para 220
unidades e não houve alteração no referido custo fixo. Demonstre
graficamente:
Custos Fixos
$

0 quantidades.

32

32 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

II ) A Empresa Industrial Prata Ltda, produzia 10 unidades, a um


custo variável unitário de $ 2,00. Resolveu então aumentar sua
produção para 15 unidades. Demonstre graficamente a evolução:

Custos variáveis
$

0 quantidades.

EXERCÍCIOS

20) Calcular o custo de fabricação de uma mesa:

Materiais adquiridos:
$ 30,00 por 6 m3 de madeira (usou 4 m3);
$ 2,50 por 50 pregos (usou 20 pregos);
$ 2,00 por 5 tubos de cola (usou 3 tubos);
$ 3,00 por 2 vidros de verniz (usou 1 vidro)
O marceneiro trabalhou durante 6 horas para fazer a mesa (considere
um salário de $ 20,00 pelas 6 horas de trabalho).

Os demais gastos, já calculados, necessários para a fabricação, foram:


aluguel $ 0,80
energia elétrica $ 0,30
depreciação $ 0,50
água $ 0,20

Pede-se:
d) Materiais;
a) custo total de fabricação;
e) mão-de-obra;
b) custos diretos;
f) gastos gerais de fabricação.
c) custos indiretos;

33

33 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

21) Calcular o custo de fabricação de um armário.

Materiais gastos:
$ 80,00 por 10 m³ de madeira (usou 7 m³);
$ 16,00 por 80 pregos (usou 60 pregos);
$ 4,00 por 16 dobradiças (usou 14 dobradiças);
$ 10,00 por 10 tubos de cola (usou 8 tubos);
$ 20,00 por 5 vidros de verniz (usou 4 vidros);

Mão-de-obra – critério (base) para rateio = horas de trabalho. –


Salário dos marceneiros $ 1.100,00 por mês. Foram gastas apenas 8
horas na confecção do armário.
Obs.: Para os cálculos considere 220 horas por mês.

Gastos gerais de fabricação – critério (base) para rateio = horas de –


trabalho.
Obs.: Para os cálculos considere 220 horas por mês.

Instalações e equipamentos – Foram utilizados: instalações, martelo, –


serrote, metro e lixadeira.
A depreciação das instalações e equipamentos é de $ 2.640,00 ao
ano, equivalendo a $ 220,00 mensal. Foram gastas 8 horas na
confecção do armário.

Energia elétrica – a conta de energia do mês somou $ 165,00. –


A fábrica de móveis possui três departamentos (administração,
marcenaria e vendas), os quais consomem a mesma quantidade de
energia. O tempo para a fabricação do armário foi de 8 horas.

Aluguel – o valor do aluguel é de $ 900,00 por mês, assim distribuído: –


$ 100,00 administração; $ 462,00 marcenaria; $ 338,00 vendas. O
tempo gasto para fazer o armário foi de 8 horas.

Água – a conta de água do mês somou $ 132,00. O rateio foi feito –


em partes iguais aos três departamentos. O tempo para confeccionar
o armário foi de 8 horas.

34

34 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

Pede-se:
a) valor do custo com materiais;
b) valor do custo com mão-de-obra;
c) valor do custo com gastos gerais de fabricação;
d) custo direto;
e) custo indireto;
f) custo total de fabricação.

22) O custo de uma geladeira teve a seguinte composição:

300,00 – matéria-prima –
50,00 – material secundário –
10,00 – material de embalagem –
220,00 – gastos com o pessoal da produção –
15,00 – aluguel –
20,00 – depreciação –
5,00 – energia elétrica –
3,00 – IPTU da fábrica –
2,00 – água –
625,00 – Total –

Pede-se:
a) valor do custo com materiais;
b) valor do custo com mão-de-obra;
c) valor do custo com gastos gerais de fabricação;
d) custo direto;
e) custo indireto;
f) custo fixo;
g) custo variável;
h) custo total de fabricação.

1.6 EXPRESSÕES TÉCNICAS

Além dos termos técnicos existem também as expressões técnicas, às


quais temos que nos familiarizar para um completo domínio da linguagem
utilizada no controle, registro e mensuração na área de produção.

35

35 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Normalmente, estas expressões são representadas por fórmulas que


simplifica e ajuda no entendimento do que elas representam. A seguir
as mais importantes:

Custo do Material Utilizado na Produção - compreende


os gastos com Matéria-prima, Material Secundário e Material de
Embalagem utilizados na Produção. MT = (EI + C – EF). –

Custo Primário – compreende os gastos com Matéria-prima –


mais os gastos com Mão-de-obra Direta. CP = (MP + MOD).

Custo de Transformação – compreende a soma dos gastos com –


Mão-de-obra e Gastos Gerais de Fabricação (esforço despendido) que
a empresa teve com a produção. CT = (MO + GGF).

Custo de Produção do Período – compreende todos os gastos –


incorridos no período dentro da fábrica. CPP = (MT + MO + GGF).

Custo da Produção Acabada no Período – compreende o –


Estoque Inicial de Produtos em Elaboração, mais o Custo de Produção
do Período, menos o Estoque Final de Produtos em elaboração.
CPA = (EIPE + CPP - EFPE).

Custo dos Produtos Vendidos – compreende o Estoque Inicial –


de Produtos Acabados, mais o Custo da Produção Acabada, menos o
Estoque Final de Produtos Acabados. CPV = (EIPA + CPA – EFPA). –

Resultado com Venda de Produtos – Compreende o valor das –


vendas de Produtos, menos o Custo dos Produtos Vendidos.
RVP = (VP - CPV).

A representação gráfica, a seguir, propicia uma visão global do


processo:

36
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

MT MO

EIPE CPP EFPE

EIPA CPA EFPA

Após apurado o CPV, só nos resta agora verificar qual foi o valor
das vendas, e apresentar graficamente o RVP.

RVP

37

[Digite texto]
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Exemplo:

A “Cia Industrial Silício S.A.” apresentou os seguintes dados em “Cia S.A.”


Dez./x1:

Estoque Inicial:
$ 3.000, - Matéria-prima
$ 2.000, - Material Secundário
$ 1.000, - Material de Embalagem
$ 5.000, - Produtos em Elaboração
$ 10.000, - Produtos acabados;

Compras do Período:
$ 40.000, - Matéria-prima
$ 10.000, - Material Secundário
$ 6.000, - Material de Embalagem

Mão-de-obra aplicada na produção:


$ 30.000, - Mão-de-obra Direta
$ 10.000, - Mão-de-obra Indireta
$ 40.000, - Total

Gastos Gerais de Fabricação:


$ 5.000, - Consumo de água
$ 8.000, - Depreciação
$ 7.000, - Energia elétrica
$ 20.000, - Total

Estoque Final:
$ 6.000, - Matéria-prima
$ 3.000, - Material Secundário
$ 2.000, - Material de Embalagem
$ 15.000, - Produtos em Elaboração
$ 20.000, - Produtos acabados

Vendas:
121.000, - Venda de Produtos no Período

38

[Digite texto]
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

Pede-se:
a) Custo dos Materiais Aplicados na Produção
Neste caso aplicaremos a fórmula: MT = EI + C – EF –
MP: 3.000, + 40.000, – 6.000, = 37.000, –
MS: 2.000, + 10.000, – 3.000, = 9.000, –
ME 1.000, + 6.000, – 2.000, = 5.000, –
Total 51.000,

b) Custo Primário
Neste caso aplicaremos a fórmula: CP = MP + MOD
37.000, + 30.000, = 67.000,

c) Custo de Transformação
Neste caso aplicaremos a fórmula: CT = MO + GGF
40.000, + 20.000, = 60.000,

d) Custo de Produção do Período


Neste caso aplicaremos a fórmula: CPP = MT + MO + GGF
51.000, + 40.000, + 20.000, = 111.000,

e) Custo de Produção Acabada


Neste caso aplicaremos a fórmula: CPA = EIPE + CPP – EFPE –
5.000, + 111.000, – 15.000, = 101.000, –

f) Custo dos Produtos Vendidos


Neste caso aplicaremos a fórmula: CPV = EIPA + CPA – EFPA –
10.000, + 101.000, – 20.000, = 91.000, –

g) Resultado com Venda de Produtos


Neste caso aplicaremos a fórmula: RVP = VP – CPV –
121.000, – 91.000, = 30.000, –

39

39 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS:

23) A “Cia. Industrial Faz Tudo Ltda” apresentou os seguintes dados “Cia. Ltda”
em mar./x5:

Estoque Inicial:
$ 20.000, – matéria-prima –
$ 10.000, – material secundário –
$ 5.000, – material de embalagem –

Compras no período:
$ 100.000, – matéria-prima –
$ 50.000, – material secundário –
$ 20.000, – material de embalagem –

Estoque final:
$ 30.000, – matéria-prima –
$ 20.000, – material secundário –
$ 10.000, – material de embalagem –

Pede-se: Calcular o custo dos materiais (MP, MS, ME) utilizados na


produção.

24) A “Cia. Industrial Pérola S/A” apresentou os seguintes dados: A “Cia. Industrial Pérola S/A” apresentou os seguintes

Estoque Inicial:
$ 50.000, – Produtos em Elaboração –
$ 100.000, – Produtos acabados; –

Custos do Período:
$ 200.000, – Matéria-prima –
$ 300.000, – Mão-de-obra Direta –
$ 400.000, – Gastos Gerais de Fabricação –

Estoque Final:
$ 150.000, – Produtos em Elaboração –
$ 200.000, – Produtos Acabados –

40

40 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

Vendas:
$ 800.000, – Venda de Produtos no Período –

Pede-se:
a) Custo Primário;
b) Custo de Transformação;
c) Custo de Produção do Período;
d) Custo da Produção Acabada;
e) Custo dos Produtos Vendidos;
f) Resultado com Venda de Produtos.

25) Os dados a seguir são referentes a uma Empresa Industrial em


um dado período:

Estoque Inicial:
$ 13.000, – Matéria-prima –
$ 12.000, – Material Secundário –
$ 11.000, – Material de Embalagem –
$ 15.000, – Produtos em Elaboração –
$ 20.000, – Produtos acabados; –

Compras do Período:
$ 50.000, – Matéria-prima –
$ 18.000, – Material Secundário –
$ 16.000, – Material de Embalagem –

Mão-de-obra aplicada na produção:


$ 40.000, – Mão-de-obra Direta –
$ 20.000, – Mão-de-obra Indireta –

Gastos Gerais de Fabricação:


$ 15.000, – Consumo de água –
$ 18.000, – Depreciação –
$ 17.000, – Energia elétrica –

41

41 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Estoque Final:
$ 16.000, – Matéria-prima –
$ 13.000, – Material Secundário –
$ 12.000, – Material de Embalagem –
$ 25.000, – Produtos em Elaboração –
$ 30.000, – Produtos acabados –

Vendas:
200.000, – Venda de Produtos no Período –

Pede-se:
a) Custo dos Materiais Aplicados na Produção;
b) Custo Primário;
c) Custo de Transformação;
d) Custo de Produção do Período;
e) Custo da Produção Acabada;
f) Custo dos Produtos Vendidos;
g) Resultado com Venda de Produtos.

26) A “Cia. Industrial Canoas S./A.” apresentou os dados a seguir, A “Cia. Industrial Canoas S./A.” apresentou os dados a seguir,
relativos ao mês de abr./x8.
Estoques Iniciais:
$ 170.200, – de Materiais; –
$ 500.200, – de Produtos em Elaboração; –
$ 390.100, – de Produtos Acabados. –

Dados do mês:
$ 450.600, – Custo dos Produtos Acabados; –
$ 260.300, – Custo de Produção do Período; –
$ 280.900, – Custo dos Produtos Vendidos. –

Pede-se:
a) calcular o valor dos estoques finais de produtos em elaboração, e
de produtos acabados.

42

42 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CUSTOS

27) Considere as informações a seguir e responda às questões A, B e C:


A empresa apresentou os seguintes saldos no mês de agosto:

Materiais Diretos R$ 400.000,00


Depreciação de Equipamentos Administrativos R$ 15.000,00
Vendas R$ 650.000,00
Depreciação de Equipamentos de Fábrica R$ 25.000,00
Energia Elétrica Consumida na Fábrica R$ 80.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 15.000,00
Salário da Equipe de Vendas R$ 6.000,00
Materiais Indiretos R$ 3.000,00
Salário da Equipe de Administração R$ 3.000,00
Mão-de-Obra Indireta R$ 70.000,00
Seguro das Instalações Fabris R$ 2.000,00
Total R$1.269.000,00

Posição dos Estoques


Estoques Julho 20x1 Agosto 20x1
Produtos em Elaboração R$40.000,00 R$20.000,00
Produtos Acabados R$40.000,00 R$20.000,00

A. Indique, respectivamente, a alternativa que concentra os Custos de


Produção do Período e os Custos dos Produtos Vendidos:
a) $ 589.000,00 e $ 615.000,00
b) $ 595.000,00 e $ 655.000,00
c) $ 593.000,00 e $ 635.000,00
d) $ 595.000,00 e $ 635.000,00

B. Indique o total dos Custos dos Produtos Acabados:


a) $ 535.000,00
b) $ 615.000,00
c) $ 635.000,00
d) $ 655.000,00

C. Indique o Resultado com Venda de Produtos da empresa:


a) ($ 5.000,00)
b) $ 15.000,00
c) $ 35.000,00
d) $ 55.000,00

43

43 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

1.6 PRODUÇÃO

Existem basicamente dois tipos de produção. O que determina


qual o sistema de apuração de custos a ser utilizado é o processo
produtivo da empresa.

1.6.1 PRODUÇÃO POR ORDEM

Conhecida também como “produção por encomenda”. Este Conhecida também como “produção encomenda”. Este
tipo de produção acontece quando a indústria atende pedidos de
produtos de grande porte. Exemplos: navio, avião, turbina para
usinas hidroelétricas, etc.

1.6.2 PRODUÇÃO CONTÍNUA

Conhecida também como “produção em série”. Este tipo de “produção em série”. Este tipo de
produção ocorre quando a indústria se dedica a fabricação de produtos
iguais e de pequeno porte. Por ser de muita procura estes produtos
são fabricados em grandes quantidades e permanecem no estoque
da indústria aguardando os pedidos dos revendedores. Exemplos:
sabão em pó, leite pasteurizado, bebidas, peças de reposição,
eletrodomésticos etc.

Em ambos os casos o processo de produção poderá ser simples


ou complexo:

- Se simples, o produto passa por única fase de produção, ocasião


em que os elementos de custos (MT, MO e GGF) são apropriados nas
ordens de produção (OP’s). (OP’s).

- Se complexo, o produto passa por várias etapas, ou departamentos


de transformação. Os elementos de custos (MT, MO e GGF) são
apropriados de forma acumulativa, em planilhas de produção (PP’s), (PP’s),
em cada uma dessas etapas, ou departamentos de transformação.

44

44 5
1. CONCEITOS FuNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CuSTOS 1. CONCEITOS FuNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CuSTOS

Modelo de Ordem de Produção (Produção Simples) Modelo de Ordem de Produção (Produção Simples)
Produto X Produto X
Ordem de Produção 010 Ordem de Produção 010

Materiais Mão-de-obra GGF Materiais Mão-de-obra GGF


Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total
Data Data
ção Nº dade $ $ 40 $ $ ção Nº dade $ $ 40 $ $
31/01/x2 542 20 kg 1.200, 240 500, 40 300, 2.000, 31/01/x2 542 20 kg 1.200, 240 500, 40 300, 2.000,

Totais 20 kg 1.200, 240 500, 300, 2.000, Totais 20 kg 1.200, 240 500, 300, 2.000,

Modelo de Ordem de Produção (Produção complexa) Modelo de Ordem de Produção (Produção complexa)
Produto Y Produto Y
Ordem de Produção 051 Ordem de Produção 051

Materiais Mão-de-obra GGF Materiais Mão-de-obra GGF


Custos do departamento de Corte Custos do departamento de Corte
Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total
ção Nº dade $ $ $ $ ção Nº dade $ $ $ $
10/02/x2 34 100 kg 3.000, 120 1.500, 30 500, 5.000, 10/02/x2 34 100 kg 3.000, 120 1.500, 30 500, 5.000,
15/02/x2 38 50kg 1.500, 1.500, 15/02/x2 38 50kg 1.500, 1.500,

Totais I 4.500, 1.500, 500, 6.500, Totais I 4.500, 1.500, 500, 6.500,

Custos do departamento de Montagem Custos do departamento de Montagem


Totais I 4.500, 1.500, 500, 6.500, Totais I 4.500, 1.500, 500, 6.500,
18/02/x2 41 30Kg 500, 40 300, 20 200, 1.000, 18/02/x2 41 30Kg 500, 40 300, 20 200, 1.000,
20/02/x2 43 10Kg 100, 100, 20/02/x2 43 10Kg 100, 100,

Totais II Totais II
5.100, 1.800, 700, 7.600, 5.100, 1.800, 700, 7.600,
Custos do departamento de Acabamento Custos do departamento de Acabamento
Totais II 5.100, 1.800, 700, 7.600, Totais II 5.100, 1.800, 700, 7.600,
25/02/x2 46 20kg 200, 50 600, 10 100, 900, 25/02/x2 46 20kg 200, 50 600, 10 100, 900,

Total 5.300, 2.400, 800, 8.500, Total 5.300, 2.400, 800, 8.500,

45 45

Introd_a_Contabilidade_2013.indd 45 07/03/13 16:55 Introd_a_Contabilidade_2013.indd 45 07/03/13 16:55


Introdução à Contabilidade e Análise de Custos Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS

28) Associe corretamente: 28) Associe corretamente:

( 1 ) Produção por ordem; ( 1 ) Produção por ordem;


( 2 ) Produção em série. ( 2 ) Produção em série.

( ) Material escolar ( ) Vagão ( ) Material escolar ( ) Vagão


( ) Foguete espacial ( ) Teclado ( ) Foguete espacial ( ) Teclado
( ) Turbina hidroelétrica ( ) Suco ( ) Turbina hidroelétrica ( ) Suco
( ) Monitor de vídeo ( ) Chocolate ( ) Monitor de vídeo ( ) Chocolate
( ) Eletrodomésticos ( ) Estrutura metálica pesada ( ) Eletrodomésticos ( ) Estrutura metálica pesada
( ) Avião ( ) Aparelho telefônico ( ) Avião ( ) Aparelho telefônico
( ) Material fotográfico ( ) Produtos de limpeza ( ) Material fotográfico ( ) Produtos de limpeza
( ) Navio ( ) Robô industrial ( ) Navio ( ) Robô industrial
( ) Remédio ( ) CD’s ( ) Remédio ( ) CD’s
( ) Veículos leves ( ) Iogurte ( ) Veículos leves ( ) Iogurte

29) A “Cia. Industrial Tetra S./A.” apresentou os seguintes dados para 29) A “Cia. Industrial Tetra S./A.” apresentou os seguintes dados para
a ordem de produção 253, referentes ao produto A. a ordem de produção 253, referentes ao produto A.

02. 10. x2 – requisição no 967, 50kg de material, valor $ 4.000, 02. 10. x2 – requisição no 967, 50kg de material, valor $ 4.000,
Mão-de-obra: 120hs, $ 800, Mão-de-obra: 120hs, $ 800,
Gastos Gerais de Fabricação: rateio 50%, $ 200, Gastos Gerais de Fabricação: rateio 50%, $ 200,
Pede-se: preencher a ordem de produção. Pede-se: preencher a ordem de produção.

Modelo de OP (Produção Simples) Modelo de OP (Produção Simples)


Produto: Produto:
Ordem de Produção no Ordem de Produção no

Materiais Mão-de-obra GGF Materiais Mão-de-obra GGF


Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total
ção N° dade $ $ $ $ ção N° dade $ $ $ $

Totais Totais

46 46

Introd_a_Contabilidade_2013.indd 46 07/03/13 16:55 Introd_a_Contabilidade_2013.indd 46 07/03/13 16:55


1. CONCEITOS FuNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CuSTOS 1. CONCEITOS FuNDAMENTAIS PARA O APRENDIZADO DE CuSTOS

30) A “Cia. Industrial Penta S./A.” apresentou os seguintes dados 30) A “Cia. Industrial Penta S./A.” apresentou os seguintes dados
para a ordem de produção 270, referentes ao produto B. para a ordem de produção 270, referentes ao produto B.
Departamento de Corte: Departamento de Corte:
12/10/x2 – requisição no 970, 120 kg de material, valor $ 3.200, 12/10/x2 – requisição no 970, 120 kg de material, valor $ 3.200,
15/10/x2 – requisição no 975, 70 kg de material, valor $ 1.800, 15/10/x2 – requisição no 975, 70 kg de material, valor $ 1.800,
Mão-de-obra: 180 hs, $ 2.000, Mão-de-obra: 180 hs, $ 2.000,
Gastos Gerais de Fabricação: rateio 40%, $ 1.000, Gastos Gerais de Fabricação: rateio 40%, $ 1.000,
Departamento de Montagem: Departamento de Montagem:
16/10/x2 – requisição no 981, 60 kg de material, valor $ 700, 16/10/x2 – requisição no 981, 60 kg de material, valor $ 700,
19/10/x2 – requisição no 985, 20 kg de material, valor $ 300, 19/10/x2 – requisição no 985, 20 kg de material, valor $ 300,
Mão-de-obra: 40 hs, $ 600, Mão-de-obra: 40 hs, $ 600,
Gastos Gerais de Fabricação: rateio 50%, $ 400, Gastos Gerais de Fabricação: rateio 50%, $ 400,
Departamento de Acabamento: Departamento de Acabamento:
20/10/x2 – requisição no 990, 30 kg de material, valor $ 300, 20/10/x2 – requisição no 990, 30 kg de material, valor $ 300,
Mão-de-obra: 30 hs, $ 400, Mão-de-obra: 30 hs, $ 400,
Gastos Gerais de Fabricação: rateio 20%, $ 300, Gastos Gerais de Fabricação: rateio 20%, $ 300,

Modelo de Ordem de Produção (Produção complexa) Modelo de Ordem de Produção (Produção complexa)
Produto: Produto:
Ordem de Produção nº Ordem de Produção nº

Materiais Mão-de-obra GGF Materiais Mão-de-obra GGF


Custos do departamento de Corte Custos do departamento de Corte
Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total Data Requisi- Quanti- Custo Horas Custo % Custo Total
ção Nº dade $ $ $ $ ção Nº dade $ $ $ $

Totais I Totais I
Custos do departamento de Montagem Custos do departamento de Montagem
Totais I Totais I
CAPÍTuLO 13 CAPÍTuLO 13

1) a. II10%;
Totais b. 540.000, 1) a. II10%;
Totais b. 540.000,
Custos do departamento de Acabamento Custos do departamento de Acabamento
Totais II Totais II

CAPÍTuLO 14 CAPÍTuLO 14
Total Total

47 47

Introd_a_Contabilidade_2013.indd 47 07/03/13 16:55 Introd_a_Contabilidade_2013.indd 47 07/03/13 16:55


48 5
2 ASPECTOS CONTÁBEIS

2.1 INTRODUÇÃO

Considerando que a Contabilidade Geral (ou financeira) fornece


dados compactados para a empresa interna, surgiu então a necessidade
de informações mais detalhadas dos custos e valor dos estoques que
pudessem servir como uma ferramenta para aprimoramento do controle
dos resultados e, consequentemente, para fins de decisões gerenciais.

2.2 CONCEITO

A Contabilidade de custos é uma técnica utilizada para mensurar,


registrar e informar os custos dos produtos fabricados pelas empresas
industriais.

Trata-se de um conjunto de procedimentos contábeis (registros) e


extracontábeis (cálculos) necessários para saber-se quanto custou para a
empresa a fabricação de seus produtos. O que diferencia a Contabilidade
de Custos dos demais ramos da Contabilidade são os procedimentos
praticados na área de produção da empresa industrial, os quais exigem
a aplicação de critérios específicos para custear a produção.

2.3 ORIGEM

Surgiu da Contabilidade Geral (ou financeira). A Contabilidade


de Custos surgiu da necessidade de resolver problemas de mensuração

49

49 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

dos estoques e do resultado. Com a evolução das empresas e a


sofisticação de suas atividades, a contabilidade de custos transformou-
se, também, em importante instrumento da contabilidade gerencial.

2.4 CAMPO DE ATUAÇÃO

Aplicada em toda atividade de transformação (bens e serviços),


como mecanismo de registro, controle e mensuração. Tem como função
fornecer dados, contribuir para o aprimoramento do processo produtivo,
dar ênfase ao cálculo e à interpretação dos custos dos bens fabricados.

2.5 EVOLUÇÃO

Os primórdios da contabilidade de custos datam da revolução


industrial (século XIX). Nessa época, foram criados os primeiros
sistemas para custear os produtos. Naquele tempo, em geral, as
fábricas confeccionavam apenas um produto. Mais tarde, surgiram
as empresas que produziam vários produtos. Com esse novo cenário,
houve, então, a preocupação com a exatidão dos custos dos produtos,
desenvolvendo-se sistemas de custeio e aplicação de critérios de rateio.

No início do século XX, algumas práticas de contabilidade de


custos já haviam sido desenvolvidas: análise, classificação e controle
dos custos de matérias-primas e mão-de-obra, custos indiretos,
orçamentos de produção, análise de variações entre o orçado e real.

Da década de 20 até os dias atuais, foram desenvolvidos e


aprimorados novos sistemas de mensuração e informação com o
objetivo de se apurar valores mais precisos dos produtos e serviços
prestados. Portanto, há várias décadas que a contabilidade de custos
vem exercendo importante função no meio empresarial produtivo.

Nos últimos anos, com o advento da globalização, e estabilidade


da moeda, as empresas voltaram-se para o controle de seus custos de
produção como estratégia de competitividade e meio de se manterem

50

50 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

no mercado. A partir de então a contabilidade de custos tornou-se um


dos mais importantes instrumentos dentro do sistema de informações
gerenciais das empresas.

2.6 INTEGRAÇÃO

(Administração Geral × Contabilidade de Custos × Contabilidade


Financeira × Produção )

Administração

Contabilidade Contabilidade
Financeira de Custos

Produção

2.7 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

O fato das empresas praticarem atividades diferentes faz com que


suas demonstrações contábeis apresentem algumas diferenças:

51

51 5
Introdução –Contabilidade Análise de Custos –

Empresa Comercial Empresa Industrial

Receita de Vendas Receita de Vendas


(-) Custo das Mercadorias Vendidas (-) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto = Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais
Vendas Vendas
Administrativas Administrativas
Financeiras Financeiras
= Lucro Operacional = Lucro Operacional
(+/-) Outras Receitas/Despesas (+/-) Outras Receitas/Despesas
= Lucro Antes do Imposto de Renda = Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Provisão para o Imposto de Renda (-) Provisão para o Imposto de Renda
= Lucro após o Imposto de Renda = Lucro após o Imposto de Renda
(-) Contribuições e Participações (-) Contribuições e Participações
= Lucro Líquido do Exercício = Lucro Líquido do Exercício

2.8 BALANÇO PATRIMONIAL

Empresa Comercial Empresa Industrial


Ativo Ativo
Circulante Circulante
Estoque de Mercadorias Estoque de Produtos Acabados
Estoque de Produtos em Elaboração
Estoque de Matéria-prima
Estoque de Material Secundário
Estoque de Material de Embalagem
Estoque de Subprodutos

ATIVIDADE

I ) Complete:
A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de resolver
problemas de..................................................................... Com a
evolução das
empresas e a sofisticação de suas atividades, a ...............................

52

52 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

transformou-se, também, num importante instrumento da .................


...........................................

Aplicada em toda atividade de ...................................., como


mecanismo de .................., ............................ e ................................
Tem como função fornecer dados, contribuir para o aprimoramento
do ..........................................., dar ênfase ao cálculo e à interpretação
dos ......................................................

Os primórdios da contabilidade de custos datam da ...........,,,,,,......


............... (século XIX). Nessa época, foram criados os primeiros
sistemas para ..................... os .......................... Naquele tempo, em
geral, as fábricas confeccionavam apenas ................................ Mais
tarde, surgiram as empresas que produziam ........................................
Com esse novo cenário, houve, então, a preocupação com a exatidão
dos custos dos produtos, desenvolvendo-se sistemas de.................... .
Já no início do Século XX , algumas práticas de contabilidade de
custos já haviam sido desenvolvidas: ............................, classificação
e controle dos custos de ...................................... e .............................
........, custos indiretos, orçamentos de produção, análise de variações
entre o ................................. e o .......................................

Nos últimos anos, com o advento da ................................., e ..............


................................, as empresas voltaram-se para o controle de seus
.................................................. como estratégia de competitividade
e meio de se ................................................... A partir de então a
contabilidade de custos tornou-se um dos mais importante ...............
............................... dentro do sistema de...........................................
...... das empresas.

A Contabilidade de custos é uma técnica utilizada para mensurar e


.............................os custos dos .............................. fabricados pelas
empresas industriais.
Trata-se de um conjunto de procedimentos ......................... (registros)
e ..................................... (cálculos) necessários para saber-se quanto
custou para a empresa a .................................................

53

53 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

O que diferencia a Contabilidade de Custos dos demais ramos da


Contabilidade são os procedimentos praticados na área de ................
................ da empresa ............................, os quais exigem a aplicação
de .............................................. para custear a ....................................

2.9 PLANO DE CONTAS

Consiste em um elenco de contas, criteriosamente ordenado


para registrar de forma sistemática todos os fatos administrativos
decorrentes da atividade empresarial. Há uma estrutura padrão inicial
estabelecida pela legislação em vigor, a qual deve ser seguida por
todas as empresas.

Entretanto, em um grau mais analítico, as empresas são livres


para adotarem tantas contas quanto forem necessárias para contemplar
a amplitude dos fatos gerados em suas operações.

Aprincipal atividade da Contabilidade de Custos é a acumulação


(registro) dos custos.

Acumulação de custos consiste em colher os dados de custo


e registrá-los de forma organizada (pela classificação contábil),
viabilizando assim a formação do custo dos produtos fabricados e o
valor dos estoques.

MODELO DE UM PLANO DE CONTAS

1 - ATIVO

1.1 - CIRCULANTE
1.1.1 - Disponível
1.1.1.001 - Caixa
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento
1.1.1.003 - Aplicações de Liquidez Imediata
1.1.2 - Realizações
54

54 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

1.1.2.001 - Clientes
1.1.2.002 - (  ) Duplicatas Descontadas 
1.1.2.003 - (  ) Provisão para Devedores Duvidosos 
1.1.2.004 - ICMS a Recuperar
1.1.2.005 - IPI a Recuperar
1.1.2.006 - Despesas do Exercício Seguinte

1.1.3 - Estoques
1.1.3.001 - Estoque de Produtos Acabados
1.1.3.002 - Estoque de Produtos em Elaboração
1.1.3.003 - Estoque de Matérias-primas
1.1.3.004 - Estoque de Materiais Secundários
1.1.3.005 - Estoque de Materiais de Embalagem
1.1.3.006 - Estoque de Subprodutos
1.1.3.007 - (  ) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 

1.2 – NÃO CIRCULANTE –


1.2.1 - Realizável a Longo Prazo
1.2.1.001 - Títulos a Receber

1.2.2 – Investimentos –
1.2.2.001 - Participações em Outras Cias.
1.2.2.002 - Imóveis para Renda

1.2.3 – Imobilizado –
1.2.3.001 - Equipamentos de Informática
1.2.3.002 - Imóveis
1.2.3.003 - Instalações
1.2.3.004 - Máquinas e Equipamentos Industriais
1.2.3.005 - Móveis e Utensílios
1.2.3.006 - Veículos
1.2.3.007 - (  ) Depreciação Acumulada 

1.2.4 - Intangível
1.2.4.001 - Marcas e Patentes
1.2.4.002 - Direitos Autorais
1.2.4.003 - (  ) Amortização Acumulada 

55

55 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

2 – PASSIVO –

2.1 – CIRCULANTE –
2.1.1 – Obrigações –
2.1.1.001 - Fornecedores
2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar
2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar
2.1.1.004 - ICMS a Recolher
2.1.1.005 - IPI a Recolher
2.1.1.006 - IRR Fonte a Recolher
2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias a Recolher
2.1.1.008 - FGTS a Recolher
2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar
2.1.1.010 - Salários a Pagar
2.1.1.011 - Dividendos a Pagar
2.1.1.012 - Outras Obrigações a Pagar

2.2 - NÃO CIRCULANTE


2.2.1 – Obrigações a Pagar –
2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar
2.2.1.002 - Títulos a Pagar

2.3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO –


2.3.1 – Capital –
2.3.1.001 - Capital
2.3.1.002 - (  ) Capital a Realizar 

2.3.2 – Reservas de Capital –


2.3.2.001 - Ágio na Emissão de Ações

2.3.3 – Ajustes de Avaliação Patrimonial –


2.3.3.001 - Aumentos Atribuídos a Bens do Ativo

2.3.4 – Reservas de Lucros –


2.3.4.001 - Reserva Legal

56

56 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

2.3.5 – Ações em Tesouraria –


2.3.5.001 - Aquisição de Ações Próprias

2.3.6 - Lucros ou Prejuízos Acumulados


2.3.6.001 - Lucros Acumulados
2.3.6.002 - (  ) Prejuízos Acumulados 

3 – DESPESAS –

3.3 – DESPESAS OPERACIONAIS –


3.3.1 – Despesas com Vendas –
3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas
3.3.1.002 - Fretes e Carretos
3.3.1.003 - Material de Embalagem
3.3.1.004 - Propaganda e Publicidade
3.3.1.005 - Despesas c/ Devedores Duvidosos

3.3.2 – Despesas Administrativas –


3.3.2.001 - Aluguel
3.3.2.002 - Energia Elétrica
3.3.2.003 - Água
3.3.2.004 - Correios
3.3.2.005 - Depreciação
3.3.2.006 - Fretes e Carretos
3.3.2.007 - Material de Expediente
3.3.2.008 - Prêmios de Seguro
3.3.2.009 - Comunicações
3.3.2.010 - Impostos e Taxas
3.3.2.011 - Serviços de Terceiros
3.3.2.012 - Multas Fiscais
3.3.2.013 - Salários
3.3.2.014 - Honorários da Diretoria
3.3.2.015 - Décimo Terceiro Salário
3.3.2.016 - Encargos Sociais
3.3.2.017 - Férias

57

57 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

3.3.3 – Despesas Financeiras –


3.3.3.001 - Despesas Bancárias
3.3.3.002 - Juros Passivos
3.3.3.004 - Descontos Concedidos

3.3.4 – Outras Despesas Operacionais –


3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em Outras Cias.
3.3.4.002 - Despesas Eventuais

4 – CUSTOS –

4.1 – CUSTOS INDUSTRIAIS –


4.1.1 - Custos de Produção
4.1.1.001 - Produtos em Elaboração

4.1.2 – Materiais –
4.1.2.001 - Matéria-prima
4.1.2.002 - Materiais Secundários
4.1.2.003 - Materiais de Embalagem

4.1.3 – Mão-de-obra Direta –


4.1.3.001 - Salários
4.1.3.002 - Encargos Sociais
4.1.3.003 - Décimo Terceiro Salário
4.1.3.004 - Férias
4.1.3.005 - Seguro Acidentes do Trabalho
4.1.3.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
4.1.3.007 - Lanches e Refeições
4.1.3.008 - Outros Gastos com Pessoal

4.1.4 – Mão-de-obra Indireta –


4.1.4.001 - Salários
4.1.4.002 - Encargos Sociais
4.1.4.003 - Décimo Terceiro Salário
4.1.4.004 - Férias
4.1.4.005 - Seguro Acidentes do Trabalho

58

58 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

4.1.4.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço


4.1.4.007 - Lanches e Refeições
4.1.4.008 - Outros Gastos com Pessoal

4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação


4.1.5.001 - Energia Elétrica
4.1.5.002 - Aluguéis
4.1.5.003 - Depreciação
4.1.5.004 - Prêmios de Seguro
4.1.5.005 - Serviços de Terceiros
4.1.5.006 - Comunicações
4.1.5.007 - Água
4.1.5.008 - Conservação e Manutenção
4.1.5.009 - Combustíveis e Lubrificantes
4.1.5.010 - Materiais de Expediente
4.1.5.011 - Materiais de Limpeza
4.1.5.012 - Materiais Diversos

5 – RECEITAS –

5.1 – RECEITAS OPERACIONAIS –


5.1.1 – Receitas de Vendas –
5.1.1.001 - Venda de Produtos
5.1.1.002 - (  ) Vendas Anuladas 
5.1.1.003 - (  ) ICMS sobre Vendas 

5.1.2 - Receitas Financeiras


5.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras
5.1.2.002 - Descontos Obtidos
5.1.2.003 - Juros Ativos

5.1.3 – Outras Receitas Operacionais –


5.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias.
5.1.3.002 - Receitas Eventuais

59

59 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

6 – CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS –

6.1 – APURAÇÃO DE RESULTADO –


6.1.1 – Apuração de Resultado –
6.1.1.001 - Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
6.1.1.002 - Resultado com Vendas de Produtos (RVP)
6.1.1.003 – Apuração do Resultado do Exercício (ARE) –

Obs.: A codificação numérica é adotada apenas para facilitar


o uso eletrônico do Plano de Contas.

A maioria das contas utilizadas em nosso plano de contas são


comuns à todas as empresas. Por isso, dedicaremos atenção especial
às principais contas que são específicas da Contabilidade de Custos.

Estoque de Produtos Acabados (código: 1.1.3.001)


Esta conta representa o saldo dos produtos disponíveis para
venda, em estoque, no depósito de produtos acabados da Indústria.

Estoque de Produtos em Elaboração (código: 1.1.3.002)


O saldo desta conta representa o valor dos produtos em processo,
em fabricação, os produtos que ainda não estão acabados.

Estoque de Matérias-primas (código: 1.1.3.003)


Compreendem a matéria-prima (componente físico que sofre a
transformação) existentes em determinada data. Exemplo: madeira.

Estoques de Materiais Secundários (código: 1.1.3.004)


Compreendem os materiais aplicados no processo de
transformação, porém, em menor escala. Exemplos: pregos, cola etc.

Estoque de Material de Embalagem (código: 1.1.3.005)


Compreende os materiais utilizados na embalagem dos produtos
disponíveis para venda. Exemplo: papelão, ligas metálicas etc.

60

60 5
2. ASPECTOS CONTÁBEIS

Contas de Custos de Produção


As Contas de Custo de Produção (todas do grupo 4.1)
são contas transitórias, pois ao término da produção, o valor dos
produtos acabados são transferidos para a conta de Estoque de
Produtos Acabados. No final do período, os custos registrados e ainda
remanescentes são transferidos para a conta Produtos em Elaboração.

EXERCÍCIOS

1) Uma Empresa Industrial pode usar o plano de contas de uma


Empresa Comercial? Por quê?

2) O que diferencia basicamente o plano de contas de uma Empresa


Industrial?

3) Quais são os grupos que compõem o Plano de Contas de uma


Empresa Industrial?

4) Com base no plano de contas apresentado, classifique as contas a


seguir em:

Ativo (A)
Passivo (P)
Despesas (D)
Custos (C)
Receitas (R)

61

61 5
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

1. ( ) Caixa
2. ( ) Propaganda e Publicidade
3. ( ) Estoque de Matérias-primas
4. ( ) Máquinas e Equipamentos Industriais
5. ( ) Dividendos a Pagar
6. ( ) Material de Expediente (Uso da Administração)
7. ( ) Depreciação (Equipamentos da Produção)
8. ( ) Estoque de Materiais de Embalagem
9. ( ) Prêmios de seguros (Administração)
10. ( ) Bancos Conta Movimento
11. ( ) Décimo Terceiro Salário (Produção)
12. ( ) Marcas e Patentes
13. ( ) Materiais de Embalagem (Uso no Balcão)
14. ( ) Energia Elétrica (produção)
15. ( ) Energia Elétrica (Administração)
16. ( ) Equipamentos de informática
17. ( ) Clientes
18. ( ) Capital
19. ( ) Estoque de Produtos Acabados
20. ( ) Juros Ativos
21. ( ) Salários (Administrativo)
22. ( ) Encargos Sociais (Produção)
23. ( ) Comissões Sobre Vendas
24. ( ) Vendas de Produtos
25. ( ) Aluguel da Fábrica
26. ( ) Descontos Concedidos
27. ( ) Descontos Obtidos
28. ( ) ICMS a Recolher
29. ( ) IPI a Recolher
30. ( ) Móveis e Utensílios

62

62 5
3 MATERIAIS

Os materiais compreendem os insumos utilizados no processo


de fabricação dos produtos.

Classificação:

Diretos
O principal material utilizado na fabricação é a matéria-prima,
porque entra em maior quantidade na produção, seguido dos materiais
secundários e do material de embalagem; são considerados diretos,
pois são de fácil identificação em relação ao produto.

Indiretos
Os materiais que são utilizados durante o processo de fabricação,
tais como: materiais de expediente, de limpeza, óleos lubrificantes
para as máquinas etc; são considerados indiretos, pois não são de fácil
identificação em relação ao produto.

Obs.: Grande parte das empresas industriais de porte médio


e pequeno, consideram como Material somente a matéria-prima;
os demais materiais, como: material secundário, de embalagem, de
acabamento, de limpeza etc., são considerados como Gastos Gerais
de Fabricação.

3.1 ALMOXARIFADO

O almoxarifado é um órgão da empresa que serve de depósito


de materiais. Cuida do recebimento, estocagem, conservação e
distribuição dos materiais.
63

63 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Os documentos que comprovam as entradas de materiais no


almoxarifado são as Notas Fiscais de compras, emitidas pelos
fornecedores.
O documento utilizado para comprovar as saídas dos materiais
do almoxarifado denomina-se Requisição de Materiais.

Na contabilidade de Custos da empresa, os materiais que passam


pelo almoxarifado são contabilizados pelas contas de estoques
constantes do grupo l.1.3 do Plano de Contas:
1.1.3.001 – Estoque de Produtos Acabados –
1.1.3.002 – Estoque de Produtos em Elaboração –
1.1.3.003 – Estoque de Matéria-prima –
1.1.3.004 – Estoque de Materiais Secundários –
1.1.3.005 – Estoque de Materiais de Embalagem –
1.1.3.006 – Estoque de Subprodutos –

Representação gráfica:

Estoque de Estoque de
Produtos Acabados Matéria-prima

Estoque de Estoque de Material


Subprodutos de Embalagem

3.2 COMPRA DE MATERIAIS

A empresa poderá adquirir materiais de várias espécies. Esses


materiais ficam estocados no almoxarifado, e transferidos para a produção
quando requisitados. Assim, nas compras debita-se uma conta do Ativo
Circulante que representa o referido estoque de material e credita-se a
Conta Patrimonial correspondente (caixa, bancos, fornecedores etc.).
Exemplo:
A Indústria Siderúrgica São João Ltda., adquiriu a prazo, do
fornecedor Mineradora Brasil S./A., 300 toneladas de minério de
ferro, por $ 100.000,00.

64

64 6
3. MATERIAIS

Lançamento contábil:
1.1.3.003 Estoque de Matérias-primas
2.1.1.001 a Fornecedores
NF 4.580, do fornecedor Mineradora Brasil S./A. referente
aquisição de 300 toneladas de minério de
ferro................................100.000,00

Obs.: As despesas acessórias, tais como: frete, seguro, imposto de


importação, taxas alfandegárias e outros impostos não recuperáveis
etc., devem ter seus valores considerados no estoque, somado ao valor
dos materiais adquiridos.

3.3 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE AS COMPRAS

Devem ser excluídos dos valores dos materiais adquiridos, os


valores dos impostos que forem recuperáveis por ocasião da venda
dos produtos fabricados com esses materiais.

3.3.1 (ICMS) – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e –


Serviços

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias


e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação.

É um imposto de competência estadual. A competência para


legislar e fiscalizar este tributo é da Secretaria da Fazenda de cada
Estado. Cada Estado tem sua legislação própria sobre este tributo.
O regulamento do ICMS de cada Estado contém uma relação das
mercadorias e das suas respectivas alíquotas. Logo, uma mesma
mercadoria pode ter alíquota diferente em cada Estado.

É considerado imposto “por dentro”, porque o seu valor está É considerado imposto “por dentro”, porque o seu valor está
incluído no valor das mercadorias.

65

65 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Exemplo:
A empresa Comercial de Artigos de Couro Pantanal Ltda.
comprou a vista, da empresa Comercial Itaberaba S/A, 2.000 caixas
de papelão, tendo pago $ 1.000,00, conforme NF 234, com ICMS
(18%) já incluso no preço  $ 180,00. 

Corpo da Nota Fiscal:


Descrição das mercadorias Valor IPI

2.000 caixas de papelão 1.000,00 -

Subtotal 1.000,00 -

Total 1.000,00

ICMS incluído no preço da mercadoria 180,00

Lançamento Contábil:

Diversos
1.1.1.001 a Caixa
Compra de material de embalagem conforme NF 234,
da Comercial Itaberaba S./A.
1.1.3.005 Estoque de Materiais de Embalagem
Valor líquido referente a 2.000 caixas...... 820,00
1.1.2.004 ICMS a Recuperar
18% conforme NF 234 .......................... 180,00
1.000,00

Estoque de Mat. Embalagem ICMS a Recuperar


1.1.3.005 1.1.2.004
820,00 180,00

66

66 6
3. MATERIAIS

Caixa
1.1.1.001
1.000,00

ATIVIDADE

I ) Fazer o lançamento contábil e os razonetes, da seguinte operação,


nos livros da Cia. Industrial Alvorada Ltda.

Vendedor: Comercial Atacadista Ferreira S./A.


Compra: 100 latas de verniz
Nota Fiscal: 1380
Condições de pagamento: a prazo
Valor da operação: $ 1.500,00
ICMS incluso no preço da mercadoria: $ 270,00

Lançamento:

Razonetes:

67

67 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

3.3.2 (IPI) – Imposto Sobre Produtos Industrializados –

É um imposto de competência federal. A competência para


legislar e fiscalizar este tributo é da Secretaria da Receita Federal,
órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

O IPI é calculado mediante aplicação de uma alíquota sobre


o valor dos produtos. O regulamento do IPI contém uma relação
dos produtos e das suas respectivas alíquotas para todo o território
nacional.

É considerado imposto “por fora”, pois o seu cálculo é feito sobre “por fora”,
o valor dos produtos ao qual é adicionado.

Exemplo:
A Fábrica de Móveis Londrina Ltda., efetuou uma compra de
1.500 maços de pregos do fornecedor Cia Ferrosa, conf. NF 122.

O valor dos materiais foi de $ 100.000,00. Com IPI calculado


pela alíquota de 10%, importando o total da NF em $ 110.000,00. O
ICMS destacado na Nota foi de $ 18.000, Condições de pagamento
30 dias da data da compra.

Corpo da Nota Fiscal:

Descrição da Mercadorias Valor IPI


1.500 maços de pregos 100.000,00 10.000,00

Subtotal 100.000,00 10.000,00


Total 110.000,00

ICMS incluído no preço da mercadoria 18.000,00

68

68 6
3. MATERIAIS

Lançamento contábil:

Diversos
2.1.1.001 a Fornecedores
Nossa Compra de 1500 maços de pregos da Cia Industrial Ferrosa
S/A, conf. NF 122:
1.1.3.004 – Estoque de Material Secundário –
Valor líquido ......................................... 82.000,00
1.1.2.004 – ICMS a Recuperar –
18% conf. NF supra .............................. 18.000,00
1.1.2.005 – IPI a Recuperar –
10% conf. NF supra ............................. 10.000,00
110.000,00

Est. Mat. Secundário ICMS a Recuperar


1.1.3.004 1.1.2.004
82.000,00 18.000,00

IPI a Recuperar Fornecedores


1.1.2.005 2.1.1.001
10.000,00 110.000,00

ATIVIDADE

II) Fazer o lançamento contábil e os razonetes, da seguinte operação,


nos livros da Cia. FORT S./A. – Montadora de Veículos: –

Comprador: FORT S./A. – Montadora de Veículos –


Vendedor: Cia Siderúrgica Cosita S./A.
Compra: 10.000 Chapas de aço
Nota Fiscal: 532

69

69 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Condições de pagamento: à vista


Valor da operação: $ 220.000,00
IPI: $ 20.000,00
ICMS incluso no preço da mercadoria: $ 36.000,00

3.4 CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE


ESTOQUES

Estudaremos os principais critérios disponíveis para controle e


avaliação dos materiais estocados na empresa industrial.

O custo dos materiais estocados é determinado com base no


valor de aquisição constante das Notas Fiscais de compra, acrescido
das despesas acessórias.

3.4.1 Registro de Estoque

Para simplificar usaremos uma Ficha de Estoque.

70

70 6
3. MATERIAIS

Imaginemos a seguinte movimentação de Materiais:


01/10/20x2 - Estoque Inicial de Materiais de $ 10.000, – dez –
unidades a $ 1.000, cada.
08/10/20x2 - Requisição pela produção de seis unidades.
14/10/20x2 - Compra de quatro unidades a $ 1.000, cada.
21/10/20x2 - Requisição pela produção de seis unidades.

Vejamos como ficariam os registros na Ficha de Estoque:


Ficha de Controle de Estoque
Material: X
Código: Y
Entradas Saídas Saldos
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/10 10 1.000 10.000,
08/10 6 1.000, 6.000, 4 1.000 4.000,
14/10 4 1.000 4.000, 8 1.000 8.000,
21/10 6 1.000, 6.000, 2 1.000 2.000,
Total 4 4.000, 12 12.000, 2 2.000,

3.4.2 Atribuição de Preços aos Estoques

Vários fatores contribuem para constantes alterações nos preços


de todo tipo de materiais: aumentos, impostos, concorrência etc.

Com as compras sendo feitas com preços unitários diferentes


surge então uma dificuldade no controle do Estoque e na apuração
do Custo dos materiais.

Devem ser verificadas todas as possibilidades de atribuição de


valor, sempre com base no custo (valor de aquisição). Apresentamos
os principais métodos:

3.4.2.1 Preço Específico

Esse método é utilizado quando é possível fazer a determinação


do preço de cada unidade em estoque, pode-se dar baixa, em cada
requisição, por esse valor; com isso, no estoque final, seu valor será a
soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente.

71

71 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Exemplo:
• existem em estoque dez unidades adquiridas por $ 300 cada •
uma;
• ao iniciarmos o período novo são compradas mais cinco •
unidades por $ 400 cada;
• Logo em seguida são requisitadas quatro unidades, sabendo- •
se que duas pertencem ao lote inicial e duas foram adquiridas
no período.
Ficha de Controle de Estoque
Método: Preço Específico
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/12 10 300, 3.000,
10/12 5 400, 2.000 10 300, 3.000,
5 400, 2.000,
15 5.000,
22/12 2 300, 600, 8 300, 2.400,
2 400, 800, 3 400, 1.200,
4 1.400, 11 3.600

3.4.2.2 Peps ou Fifo

Com base nesse método daremos baixa no custo do seguinte


modo: o Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (Peps) (também
conhecido por Fifo, da expressão em inglês (first-in-first-out). Assim,
à medida que ocorrerem as requisições, vamos dando baixa nas
primeiras compras, dessa forma, entende-se que entregamos primeiro
as primeiras unidades compradas.

Exemplo:
Se tivermos um Estoque Inicial, em 01/11/20X2 , composto de
40 unidades, adquiridas por $ 2.000, cada uma, num total de $ 80.000,
e no mês ocorrer as seguintes transações:
05/11 – Compra de 10 unidades por $ 2.200, cada uma. –
10/11 – Requisição de 8 unidades. –
15/11 – Requisição de 35 unidades. –
20/11 – Devolução de 2 unidades da requisição de 15/11. –

72

72 6
3. MATERIAIS

25/11 – Compra de 20 unidades por $ 2.400, cada uma. –


30/11 – Devolução de 4 unidades da compra anterior. –
Ficha de Controle de Estoque
Método: PEPS (Fifo)
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 40 2.000, 80.000,
05/11 10 2.200, 22.000, 40 2.000, 80.000,
10 2.200, 22.000,
50 102.000,
10/11 8 2.000, 16.000, 32 2.000, 64.000,
10 2.200, 22.000,
42 86.000,
15/11 32 2.000, 64.000, 7 2.200, 15.400,
3 2.200, 6.600,
35 70.600,
20/11 (2) 2.200, (4.400,) 9 2.200, 19.800,
25/11 20 2.400, 48.000, 9 2.200, 19.800,
20 2.400, 48.000,
29 67.800,
30/11 (4) 2.400, (9.600,) 9 2.200, 19.800,
16 2.400, 38.400,
25 58.200,
Totais 26 60.400, 41 82.200, 25 58.200,

O Custo total dos materiais requisitados no período será de


$ 82.200, e o valor do estoque, $ 58.200. Com base nesse critério,
teremos, sempre, um valor de estoque baseado nas compras mais
recentes e o do Custo dos materiais requisitados nas mais antigas.

3.4.2.3 Ueps ou Lifo

Esse método pressupõe justamente o contrário do anterior, dando


como custo o valor do último material comprado, o Último a Entrar é o
Primeiro a Sair (Ueps). Também conhecido por Lifo (Last-in-first-out).

73

73 6
Ficha de Controle de Estoque
Método: UEPS (Lifo)
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 40 2.000, 80.000,
05/11 10 2.200, 22.000, 40 2.000, 80.000,
10 2.200, 22.000,
50 102.000,
10/11 8 2.200, 17.600, 40 2.000, 80.000,
2 2.200, 4.400,
42 84.400,
15/11 2 2.200, 4.400, 7 2.000, 14.000,
33 2.000, 66.000,
35 70.400,
20/11 (2) 2.000, (4.000,) 9 2.000, 18.000,
25/11 20 2.400, 48.000, 9 2.000, 18.000,
20 2.400, 48.000,
29 66.000,
30/11 (4) 2.400, (9.600,) 9 2.000, 18.000,
16 2.400, 38.400,
25 56.400,
Totais 26 60.400, 41 84.000, 25 56.400,

O Custo dos materiais requisitados no período será de $ 84.000,


e o valor do estoque, $ 56.400.

Com base nesse critério, teremos, sempre, um valor de estoque


baseado nas compras mais antigas e o do custo dos materiais
requisitados nas mais recentes.

3.4.2.4 Média Ponderada Móvel

Esse método é muito mais prático e direto, evita o controle de


preços por lotes, como nos anteriores, foge dos extremos, existindo a
possibilidade de se dar como custo o valor médio das compras. Chama-
se Ponderada Móvel, pois o valor médio de cada unidade em estoque
altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente.
Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas
unidades existentes. É o mais utilizado no meio industrial.

74

74 6
3. MATERIAIS

Ficha de Controle de Estoque


Método: MPM
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 40 2.000, 80.000,
05/11 10 2.200, 22.000 50 2.040, 102.000,
10/11 8 2.040, 16.320, 42 2.040, 85.680,
15/11 35 2.040, 71.400, 7 2.040, 14.280,
20/11 (2) 2.040, (4.080,) 9 2.040, 18.360,
25/11 20 2.400, 48.000, 29 2.288, 66.360,
30/11 (4) 2.400, (9.600) 25 2.270, 56.760,
Totais 26 60,400, 41 83.640, 25 56.760,

(05/11 - 102.000, : 50 = 2.040,)


(25/11 - 66.360, : 29 = 2.288,)

O Custo dos materiais requisitados no período será de $ 83.640,


e o valor do estoque, $ 56.760.

Com base nesse critério teremos, constantemente, um valor de


estoque bem como os materiais requisitados sempre na média das
compras.

Comparando-se os resultados obtidos para os critérios


apresentados, temos:
Peps ou Fifo Ueps ou Lifo Média Ponderada
Móvel
(*) CMR 82.200 CMR 84.000 CMR 83.640

Estoque Final 58.200 Estoque Final 56.400 Estoque Final 56.760

(*) Custo dos materiais requisitados

Note que a adoção desse ou daquele critério tem interferência


direta no Custo de Produção, e também no valor do estoque final de
materiais.

75

75 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIO

1) A Cia. Industrial Marítima Ltda. apresentou os seguintes dados da


movimentação de materiais:
Estoque Inicial, em 01/11/20X2 , composto de 80 unidades, adquiridas
por $ 2.000, cada uma, num total de $ 160.000, e no mês ocorreu as
seguintes transações:
05/11 – Compra de 20 unidades por $ 2.200, cada uma. –
10/11 – Requisição de 16 unidades. –
15/11 – Requisição de 70 unidades.. –
20/11 – Devolução de 4 unidades da requisição de 15/11. –
25/11 – Compra de 40 unidades por $ 2.400, cada uma. –
30/11 – Devolução de 8 unidades da compra anterior. –

Pede-se:
a) Calcular o valor do Custo dos Materiais Requisitados, pelos três
métodos (Peps, Ueps e Mpm);
b) informar o valor dos Estoques Finais
Ficha de Controle de Estoque
Método: PEPS (Fifo)
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 80 2.000, 160.000,
05/11

10/11

15/11

20/11
25/11

30/11

Totais

76

76 6
3. MATERIAIS

Ficha de Controle de Estoque


Método: UEPS (Lifo)
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 80 2.000, 160.000,
05/11

10/11

15/11

20/11
25/11

30/11

Totais

Ficha de Controle de Estoque


Método: Média Ponderada Móvel
Material: X
Entrada Saída Saldo
Data Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total Quanti- Valor Total
20X2 dade Unitário dade Unitário dade Unitário
01/11 80 2.000, 160.000,
05/11
10/11
15/11
20/11
25/11
30/11
Totais

77

77 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Comparando-se os resultados obtidos para os critérios


apresentados, temos:
Peps ou Fifo Ueps ou Lifo Média Ponderada
Móvel
(*) CMR CMR CMR

Estoque Final Estoque Final Estoque Final

(*) Custo dos materiais requisitados.

3.5 TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS PARA


PRODUÇÃO

As seções da fábrica solicitam matérias-primas, materiais


secundários e materiais de embalagem, para o almoxarifado, mediante
uma requisição.

REQUISIÇÃO DE MATERIAIS

Seção: Código: Data / /

Código Quantidade Descrição do Material Valor Unitário Total

Almoxarifado Seção requisitante

Cabe ao almoxarifado elaborar as planilhas de entrada e de saídas


de materiais referentes ao mês.

78

78 6
3. MATERIAIS

Esses mapas são encaminhados para o setor ou departamento da


empresa industrial responsável pelos cálculos e pela contabilização
do Custo.

A contabilização dos materiais transferidos do almoxarifado


para as seções de produção da fábrica é feita debitando-se uma conta
do grupo 4.1.2 - Materiais que represente o respectivo material e
creditando-se a conta de estoque, respectiva.

Exemplo:
Na empresa industrial Rio Claro S./A., em 31 de janeiro, foram
transferidas para a produção conforme requisição no 044, matérias-
primas no valor de $ 500.000,00.

Lançamento Contábil:
4.1.2.001 Matéria-prima
1.1.3.003 a Estoque de Matéria-prima
Transferência para produção conforme requisição nº 044....
500.000,00

Matéria prima Estoque de Matéria prima


4.1.2.001 1.1.3.003
500.000,00 500.000,00

3.6 ALOCAÇÃO DOS MATERIAIS AOS PRODUTOS

Cabe à Administração da Produção a alocação dos materiais aos


produtos, mediante o preenchimento das ordens de produção.

Essas ordens de produção são encaminhadas para o setor ou


departamento da empresa industrial responsável pelos cálculos e pela
contabilização do Custo.

79

79 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

A contabilização dos materiais alocados aos produtos é feita


debitando-se uma conta do grupo 4.1.1 – Custos de Produção que –
represente o correspondente custo do produto que está sendo fabricado
e creditando-se a conta do grupo 4.1.2 materiais.

Exemplo:
Na empresa industrial Rio Claro S./A., em 31 de janeiro, foi
alocada matéria-prima para o produto X, conforme ordem de
produção no 122, valor de $ 300.000,00.

Lançamento Contábil:
4.1.1.001 Produtos em Elaboração (produto X)
4.1.2.001 a Matéria-prima
Transferência para produção conforme ordem de produção nº 122
300.000,00

Produtos em Elaboração Matéria-Prima


4.1.1.001 4.1.2.001
300.000,00 300.000,00

FLUXO DOS MATERIAIS


Eventos: Compra Transferência Alocação aos
para a produção produtos
Documentos: Nota Fiscal Requisição Ordem de produção
Grupos de 1.1.3. 4.1.2. 4.1.1.
contas:
Títulos: Estoque Materiais Custos de produção

3.7 PERDAS DE MATERIAIS

É muito comum, durante o processo de fabricação ocorrer


desperdícios de materiais. Podemos definir perdas como o material

80

80 6
3. MATERIAIS

desperdiçado na produção e que não se incorporam aos produtos.


Existem perdas que são consideradas normais no processo de
produção. Nesse caso, essas perdas não devem ser contabilizadas,
pois fazem parte do próprio processo de fabricação. As perdas normais
podem ocorrer por evaporação, reações químicas etc.

Existem, porém não são muito comuns, as perdas que são


consideradas anormais, isto é, não são previsíveis e, por isso, deixam
de fazer parte do Custo de Fabricação. Essas perdas são consideradas,
então, despesas do período.

Imaginemos que tenha havido avarias em 300 m³ de madeira,


avaliados em $ 4.000,00 em virtude de incêndio no setor de produção.
Mediante cópia do documento oficial que comprova a ocorrência, o
registro contábil poderá ser feito pelo seguinte lançamento contábil:

3.3.4.002 Despesas Eventuais


4.1.2.001 a Matéria-prima
Baixa que se processa, tendo em vista perdas ocorridas em razão
do incêndio no setor de produção, conf. laudo, referente a 300 m³ de
madeira .................................................................................. 4.000,00

Despesas eventuais Matéria-prima


3.3.4.002 4.1.2.001
4.000,00 4.000,00

3.8 SUBPRODUTOS

Os subprodutos correspondem aos materiais não utilizados


no processo de fabricação e que são comercializados com certa
regularidade.

Os principais subprodutos geralmente comercializados são:


aparas (em indústrias de papel e celulose); limalhas (em indústrias
siderúrgicas); serragens (em indústrias de madeira) etc.

81

81 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

A maneira mais correta para contabilizar-se a Receita com a


venda de subprodutos é considerá-la como redução do custo de
Fabricação.

Contabilização no livro Diário:

 Pela transferência para o estoque: 


1.1.3.006 Estoque de Subprodutos
4.1.1.001 a Produtos em Elaboração
“X” kgs de serragem que se destinam à venda......... 500,00 “X” kgs de serragem que se destinam à venda.........

 Pela venda: 
1.1.1.001 Caixa
1.1.3.006 a Estoque de Subprodutos
Venda conforme NF “X” .......................................... 500,00 conforme NF “X” ..........................................

Obs.:
1.Valor do estoque de subprodutos é avaliado pelo preço de
venda, e não pelo custo.
2.Cada material desperdiçado e transformado em subproduto
é considerado como recuperação de Custo de Fabricação,
motivo pelo qual, no lançamento do registro do estoque
respectivo, credita-se a conta Custo de Fabricação do grupo
4.1.1.001 – Produtos em Elaboração. –

Estoque de subprodutos Produtos em elaboração


1.1.3.006 4.1.1.001
(1) 500,00 500,00 (2) 500,00 (1)

Caixa
1.1.1.001
(2) 500,00

82

82 6
3. MATERIAIS

3.9. SUCATAS

As sucatas são os materiais desperdiçados (decorrentes de erros)


durante o processo de fabricação, cuja venda também é esporádica.
Materiais estragados originados de erros ocorridos durante o
processo de produção. Exemplos: lâminas de aço com furos fora
das especificações do projeto; madeira com tamanho diferente do
previsto no projeto.

Por serem esporádicas e de pequenos valores (afinal as empresas


trabalham com margem de erro muito pequena); as sucatas não são
consideradas como redução do Custo de Fabricação.

Ocorrendo venda de sucatas, as Receitas devem ser contabilizadas


como Receitas Eventuais, pelo valor alcançado no mercado.

Exemplo:
A empresa Industrial São Mateus S./A., vendeu 5 m³ de madeira
com defeito, à vista, por $ 320,00, conforme Nota Fiscal no 567.

Lançamento no livro Diário:


1.1.1.001 Caixa
5.1.3.002 a Receitas Eventuais
Recibo Vr. Nossa NF no 567, referente a 5 m³ de madeira... 320,00

Caixa Receitas eventuais


1.1.1.001 5.1.3.002
320,00 320,00

83

83 6
84 6
4 MÃO-DE-OBRA

A mão-de-obra compreende o trabalho do homem aplicado direta


ou indiretamente na fabricação dos produtos.

O custo com a mão-de-obra engloba os salários, os encargos


sociais e outros gastos ligados à força de trabalho.

4.1 FOLHA DE PAGAMENTO

Os gastos com pessoal ocorrem em virtude do pessoal


admitido para trabalhar na empresa. Esses gastos compreendem a
contraprestação da empresa pelo esforço dos seus empregados na
manutenção da sua atividade produtiva. Alguns desses ônus compõem
a folha de pagamento, sendo que outros não a integram.

A folha de pagamento é um documento elaborado pelas empresas


em que deve constar os dados dos funcionários e os valores das
remunerações a que cada um tem direito, os descontos efetuados, e
o valor líquido a ser pago.

4.1.1 Vencimentos

Compreende os salários, horas extras, comissões, seguros,


alimentação, treinamento, transporte, moradia, assistência médica etc.
O somatório de todas as remunerações a serem pagas, normalmente
é conhecido como valor bruto da folha de pagamento.

85

85 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

4.1.2 Descontos

Os descontos legais correspondem à contribuição previdenciária,


contribuição sindical, imposto de renda na fonte, adiantamentos
concedidos, faltas ao serviço etc. Existem também os descontos de
contribuição assistencial, assistência médica suplementar, cesta básica,
vale-refeição, etc. que são efetuados por força de acordo sindical da
categoria.

4.1.3 Valor líquido a pagar

Esse valor é obtido pela soma algébrica do total das remunerações


diminuído do total dos descontos efetuados.

4.1.4 Outros Encargos da Empresa

Além dos encargos que a empresa paga diretamente aos seus


empregados, existem os encargos com o pessoal calculado diretamente
sobre o total da folha de pagamento, e que é, por força de lei, de
responsabilidade exclusiva da empresa, são eles:
• Contribuição previdenciária - parte da empresa; •
• Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; •
• Seguro Acidente do Trabalho; •
• Provisão para 13o salário; •
• Provisão para Férias. •

4.2 MÃO-DE-OBRA DIRETA

Compreende os gastos com pessoal que trabalha diretamente


na fabricação dos produtos. A mão-de-obra direta é aquela que pode
ser facilmente identificada com os produtos fabricados. Exemplos:
carpinteiro que trabalha em uma fábrica de móveis, químico que
trabalha em um laboratório farmacêutico etc.

86

86 6
4. MÃO-DE-OBRA

4.2.1 Contabilização da Mão-de-obra Direta

A empresa industrial deve manter controles que permitam


perfeita identificação da mão-de-obra direta em cada produto
fabricado. Para isso, apontamentos são feitos em planilhas de mão-de-
obra, facilitando a atribuição do valor do respectivo gasto para os
produtos.

Por uma questão de praticidade, a empresa deverá fazer folha


de pagamento, separando os tipos de mão-de-obra (direta e indireta).

Exemplo:
A folha de pagamento da produção da Cia. Industrial Santos
S./A., apresentou os seguintes valores:
Valor bruto da folha – $ 180.000, –
Contribuição de previdência – parte da empresa – $ 45.600, – –
FGTS – $ 14.400, –

Lançamento contábil:
4.1.3.001 Salários
2.1.1.010 a Salários a Pagar
Apropriação da folha do pessoal da produção..180.000,

4.1.3.002 Encargos Sociais


a Diversos
Apropriação dos encargos s/ a folha do pessoal
da produção
2.1.1.007 a Contribuição Previdenciária a Recolher .... 45.600,
2.1.1.008 a FGTS a Recolher ........................................ 14.400,
60.000,

4.2.2 Atribuição da Mão-de-obra Direta aos Produtos

Se a Cia. Industrial Santos S./A. fabricasse apenas um produto, os


custos seriam atribuídos a esse único produto. Entretanto, imaginemos
que ela fabrica três tipos de produtos diferentes: sendo Produtos X,
Y e Z.

87

87 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Por meio das planilhas de apontamento de mão-de-obra, a


indústria tem condições de saber com precisão o valor que foi aplicado
em cada produto.
Produto X – 50% –
Produto Y – 30% –
Produto Z – 20% –

Assim , deveremos atribuir e apropriar os gastos com MOD na


proporção apresentada.

Custo total de MOD $ 240.000, P r o d u t os


Códigos Contas Total X (50%) Y (30%) Z (20%)
4.1.3.001 Salário 180.000 90.000 54.000 36.000
4.1.3.002 Encargos Sociais 60.000 30.000 18.000 12.000
Totais 240.000 120.000 72.000 48.000

Apropriação da MOD para o Produto X:

Lançamento Contábil:
4.1.1.001 Produtos em Elaboração – Produto X –
a Diversos
Apropriação que se processa para formação do custo do
pro-duto X, conforme mapa:
4.1.3.001 Salários
Parcela correspondente a esta conta.......... 90.000,
4.1.3.002 Encargos Sociais
Parcela correspondente a esta conta......... 30.000,
120.000,

Após adotar o mesmo procedimento para os produtos Y e Z, os


custos com MOD ficarão devidamente apropriados na conta Produtos
em Elaboração que registra o Custo de Produção dos produtos.

88

88 6
4. MÃO-DE-OBRA

Razonetes:

Salários Encargos Sociais


4.1.3.001 4.1.3.002
(1) 180.000 90.000 (X) (2) 60.000 30.000 (x)
54.000 (y) 18.000 (y)
36.000 (Z) 12.000 (z)
180.000 180.000 60.000 60.000

Produtos em Elaboração Salários a Pagar


4.1.1.001 2.1.1.010
(x) 120.000 180.000 (1)
(y) 72.000
(z) 48.000
240.000

Contr. Prev. a Recolher FGTS a Recolher


2.1.1.007 2.1.1.008
45.600 (2) 14.400 (2)

4.3 MÃO-DE-OBRA INDIRETA

Compreende os gastos com pessoal que trabalha na produção


sem interferir diretamente na fabricação dos produtos. Sempre que não
for possível identificar o gasto com pessoal em relação às unidades
produzidas, esse gasto será considerado Mão-de-obra Indireta.
Exemplo: salário da supervisão da fábrica, pessoal da manutenção,
controle de qualidade etc.
89

89 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

4.3.1 Contabilização da mão-de-obra indireta

A Cia. Industrial Santos S./A. faz a folha de pagamento


separadamente e apresentou os seguintes valores referentes à MOI.

Valor bruto da folha – $ 90.000, –


Contribuição de previdência – parte da empresa – $ 19.800, – –
FGTS – $ 7.200, –

Lançamento contábil:

4.1.4.001 Salários
2.1.1.010 a Salários a Pagar
Apropriação da folha de Mão-de-Obra Indireta .. 90.000,
4.1.4.002 Encargos Sociais
a Diversos
2.1.1.007 a Contribuição Previdenciária a Recolher........19.800,
2.1.1.008 a FGTS a Recolher ......................................... 7.200,
27.000,
Apropriação dos encargos s/ a folha do pessoal da produção

Podemos notar que os gastos com a folha de pagamento foram


debitados nas contas do grupo que representam o Custo de Produção.

4.3.2 Rateio da Mão-de-obra Indireta aos Produtos

Se a Cia. Industrial Santos S./A. fabricasse apenas um produto, os


custos seriam atribuídos a esse único produto. Entretanto, já sabemos
que ela fabrica três tipos de produtos diferentes: Produtos X, Y e Z.

A empresa poderá fazer o rateio da Mão-de-obra indireta (MOI)


com base no critério que achar mais conveniente, entretanto, na prática,
a base mais utilizada é a mesma que foi utilizada para a Mão-de-obra
direta (MOD).

Podemos, então, fazer o rateio da MOI na mesma proporção


que foi feita para a MOD.

90

90 6
4. MÃO-DE-OBRA

Produto X – 50% –
Produto Y – 30% –
Produto Z – 20% –

Assim sendo, deveremos atribuir e apropriar os gastos com MOI


na proporção apresentada.

Custo total de MOI $ 117.000, P r o d u t os


Código Contas Total x (50%) Y (30%) Z (20%)
4.1.4.001 Salário 90.000 45.000 27.000 18.000
4.1.4.002 Encargos Sociais 27.000 13.500 8.100 5.400
Totais 117.000 58.500 35.100 23.400

Apropriação da MOI para o Produto A

Lançamento contábil:

4.1.1.001 Produtos em Elaboração – Produto X –


a Diversos
Apropriação que se processa para formação do custo
do produto X, conforme mapa:
4.1.4.001 Salários
Parcela correspondente a essa conta .... 45.000,
4.1.4.002 Encargos Sociais
Parcela correspondente a essa conta .... 13.500,
58.500,

Após adotar o mesmo procedimento para os produtos Y e Z, os


custos com MOI ficarão devidamente apropriados na conta Produtos
em Elaboração que registra o Custo de Produção dos produtos.
Salários Encargos Sociais
4.1.4.001 4.1.4.002
(1) 90.000 45.000 (x ) (2) 27.000 13.500 (x)
27.000 (y ) 8.100 (y)
18.000 (z ) 5.400 (z)
90.000 90.000 27.000 27.000

91

91 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Prod. Em Elaboração Salários a Pagar


4.1.1.001 2.1.1.010
(x) 58.500 90.000 (1)
(y) 35.100
(z) 23.400
117.000

Contr. Prev. A Recolher FGTS a Recolher


2.1.1.007 2.1.1.008

4.4 OUTROS GASTOS CONSIDERADOS COMO


MÃO-DE-OBRA

Neste capítulo, por medida de praticidade, apresentamos os


exemplos apenas com salários e encargos sociais. Entretanto, cabe
lembrar que temos uma gama muito ampla de dispêndios com
empregados que também são enquadrados como custo de mão-de-
obra:
 13o Salário. 
 Férias. 
 Adicional Constitucional de Férias (1/3). 
 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 
 Seguro Acidente do Trabalho. 
 Salário educação. 
 Vale transporte. 
 Assistência Médica. 
 Cesta Básica. 

92

92 6
4. MÃO-DE-OBRA

 Programa de Alimentação do Trabalhador. 


 Treinamento. 
 Horas Extras. 
 Outros gastos com pessoal da produção. 

EXERCÍCIOS:

1) Que você entende por mão-de-obra?

2) Que vem a ser mão-de-obra direta?

3) Que vem a ser mão-de-obra indireta?

4) Normalmente, qual a base mais indicada para rateio da mão-de-


obra indireta?

5) Cite cinco exemplos de gastos que devem ser enquadrados como


custo de mão-de-obra.

6) A Cia. Industrial Formosa do Oeste Ltda. apresentou os seguintes


saldos nas contas do grupo 4.1.4 - Mão-de-obra Indireta:
320.000,00 – Salários –
80.000,00 – Encargos Sociais –
12.000,00 – 13o Salário –
2.500,00 – Férias –
8.000,00 – Seguro Acidente do Trabalho –
422.500,00

Ratear e contabilizar em razonetes o valor da mão-de-obra indireta a


ser atribuída aos produtos fabricados pela Cia., utilizando como base
de rateio os valores da mão-de-obra direta, a saber:
300.000,00 – Produto J –
200.000,00 – Produto K –
500.000,00 – Produto L –
1.000.000,00

93

93 6
Produtos
Códigos Contas Total J( ) K( ) L( )
Salário
Encargos Sociais
13º Salário
Férias
Seg. Acid. Trabalho
Totais

94 6
5. GASTOS GERAIS DE
FABRICAÇÃO

Os GGF compreendem todos os demais gastos decorrentes do


processo de fabricação. Os GGF mais comuns são: Energia elétrica,
aluguel da fábrica, depreciação dos equipamentos, seguro das
máquinas, consumo de água, material de limpeza, etc.

5.1 Classificação dos gastos gerais de Fabricação

Gastos Gerais Diretos - são os gastos que incidem diretamente


na fabricação, quando forem identificados em relação aos produtos.
Ex. energia elétrica consumida por uma máquina quando exista
medidor que permita identificar o consumo em relação a cada produto
fabricado.

Gastos Gerais Indiretos - sempre que não houver meios seguros


que permitam identificação do gasto em relação ao produto, esse gasto
é considerado indireto. Há casos em que os controles para consideração
dos Gastos Gerais de Fabricação como Diretos são tão onerosos para
a empresa que é preferível considerá-los como Indiretos.

A apropriação dos GGF Indiretos ao custo de fabricação dos


produtos é feita por meio de rateio. Vários são os critérios que podem
ser usados. Caberá ao responsável pela contabilidade de custos, em
conjunto com a engenharia de produção, decidir sobre o melhor
critério para a empresa, ou seja, aquele que apresente o menor grau
de arbitrariedade e subjetividade possível.

95

95 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

5.2. CONTABILIZAÇÃO DOS GASTOS GERAIS DE


FABRICAÇÃO

Fatos ocorridos na Cia Industrial Santa Clara Ltda., durante o


mês “X” e os respectivos lançamentos contáveis: mês “X” e os respectivos lançamentos contáveis:

Aluguel do mês, a ser pago no mês seguinte:


4.1.5.002 Aluguel
2.1.1.002 a Aluguel a Pagar
Apropriação referente ao aluguel deste mês.....12.000,00

Pagamento da conta de telefone do mês:


4.1.5.006 Comunicações
1.1.1.001 a Caixa
Pagamento conta de telefone deste mês......... 3.000,00

Depreciação das máquinas:


4.1.5.003 Depreciação
1.2.3.007 a Depreciação Acumulada
Apropriação da cota de depreciação deste mês..1.000,00

5.3. RATEIO DOS GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

Vários critérios podem ser usados visando à adoção da base


de rateio mais adequada para cada caso. Como ocorre com todos os
CIF, não há regra geral que possa ser adotada por todas as empresas;
cada caso deve ser estudado isoladamente. Vejamos as bases mais
utilizadas:
• Valor da Matéria-prima aplicada; •
• Valor da Mão-de-obra Direta; •
• Quantidade de Unidades Produzidas; •
• Custo Primário (matéria-prima + mão-de-obra direta). •

96

96 6
5. GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

Vimos que, na empresa Industrial Santa Clara Ltda., durante o


mês X, ocorreram os seguintes GGF.

4.1.5.002 Aluguel da Fábrica.................................................. 12.000,


4.1.5.006 Comunicações ........................................................... 3.000,
4.1.5.003 Depreciação das Máquinas ..................................... 1.000,
Total ......................................................................................... 16.000,

Imaginemos que a empresa fabricou durante o mês, três produtos,


os quais tiveram os seguintes Custos Primários *:

Produto X = $ 5.000,
Produto Y = $ 3.000,
Produto Z = $ 2.000,
Total ...........$ 10.000,

* Custo primário = matéria-prima + mão-de-obra direta.

Para calcularmos e contabilizarmos o valor dos GGF que deverá


ser atribuído a cada produto, tendo por base o Custo Primário;
deveremos em primeiro lugar calcular a porcentagem de participação
de cada produto em relação ao Total do Custo Primário da produção
do mês. Depois, com base nos percentuais encontrados, calcular o
valor proporcional de cada gasto a ser rateado para cada produto.

Cálculo da proporção a ser rateada para cada produto:


Produto X:
10.000 = 100%
5.000 = X
X = 5.000 x 100 : 10.000 = 50%

Usando a mesma regra:


Produto Y
X = 3.000 x 100 : 10.000 = 30%

Produto Z
X = 2.000 x 100 : 10.000 = 20%

97

97 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Tabela de Rateio de GGF


Base de rateio: Custo primário Produtos
Códigos Contas Total X(50% Y(30%) Z(20%)
4.1.5.002 Aluguel 12.000 6.000 3.600 2.400
4.1.5.006 Comunicações 3.000 1.500 900 600
4.1.5.003 Depreciação 1.000 500 300 200
Totais 16.000 8.000 4.800 3.200

Contabilização:
Debitamos a conta 4.1.1– Custos de Produção do respectivo –
produto, creditando as contas do grupo 4.1.5 – GGF que registraram –
englobadamente os respectivos gastos.

Lançamento contábil:
4.1.1.001 Custo de Produção – Produto X –
a Diversos
Rateio à razão de 50% sobre os GGF, conforme
mapa, para formação do custo do produto X:
4.1.5.002 a Aluguel........................................ 6.000,
4.1.5.006 a Comunicações .......................... 1.500,
4.1.5.003 a Depreciação ................................. 500,
8.000,

Devemos atentar para o fato de que todos os gastos ocorridos


durante o processo de fabricação que não se enquadrarem dentro das
características de materiais ou mão-de-obra, deverão ser classificados
como Gastos Gerais de Fabricação.

Após adotar o mesmo procedimento para os produtos Y e Z, os


custos com GGF ficarão devidamente apropriados na conta Produtos
em Elaboração que registra o Custo de Produção dos produtos.

98

98 6
5. GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

Aluguel Comunicações
4.1.5.002 4.1.5.006
(1) 12.000 6.000 (x) (2) 3.000 1.500 (x)
3.600 (y) 900 (y)
2.400 (z) 600 (z)
12.000 12.000 3.000 3.000

Depreciação Produtos em Elaboração


4.1.5.003 4.1.1.001
(3) 1.000 500 (x) (x) 8.000
300 (y) (y) 4.800
200 (z) (z) 3.200
1.000 1.000 16.000

Aluguel a Pagar Caixa


2.1.1.002 1.1.1.001
12.000 (1) 3.000 (2)

Depreciação Acumulada
1.2.3.007

99

99 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS

1) O que são Gastos Gerais de Fabricação?

2) Além do Custo Primário, quais outras bases poderão ser utilizadas


para rateio dos Gastos Gerais de Fabricação?

3) Cite seis exemplos de Gastos Gerais de Fabricação.

4) A “Cia. Industrial Sul Fluminense S./A.” apresentou os seguintes “Cia. Industrial Sul Fluminense S./A.” apresentou os seguintes
saldos nas contas do grupo 4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação,
no mês 10/X7:
10.000,00 – Aluguel –
2.000,00 – Prêmio de Seguro –
3.600,00 – Serviços de Terceiros –
1.200,00 – Água –
600,00 – Materiais de Limpeza –
17.400,00

Ratear e contabilizar o valor dos Gastos Gerais de Fabricação, a ser


atribuído aos produtos fabricados pela Cia., utilizando como base de
rateio os valores do Custo Primário de cada produto, a saber:
180.000,00 – Produto J –
120.000,00 – Produto K –
300.000,00 – Produto L –
600.000,00

PRODUTOS
Códigos Contas Total J( ) K( ) L( )

Aluguel
Prêmio Seguro
Serv. Terceiros
Água
Mat. Limpeza
Totais

100

100 6
5. GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

5) Considerando a seguir, calcule os custos indiretos e os custos


unitários dos produtos “A”, “B” e “C”, respectivamente: “A”, “B” e “C”, respectivamente:
• Os custos de mão-de-obra direta foram apropriados com base na •
quantidade de unidades produzidas.
• Os custos indiretos foram rateados com base no custo direto total •
de cada produto.
CUSTOS Produto “A” Produto “B” Produto “C” TOTAL “A” “B” “C”
Matéria-prima $177.750,00 $118.500,00 $98.750,00
Mão-de-obra direta $355.500,00
SUB-TOTAL
Custos indiretos $262.675,00
TOTAL
Unidades 125 275 350 750
Custo unitário

a) Custos Indiretos: $ 43.779,17 $ 96.314,17 $ 122.581,66


Custo Unitário: $ 2.246,23 $ 1.255,14 $ 1.106,38

b) Custos Indiretos: $ 82.950,00 $ 87.097,50 $ 92.627,50


Custo Unitário: $ 2.559,60 $ 1.221,63 $ 1.020,79

c) Custos Indiretos: $ 118.203,75 $ 78.802,50 $ 65.668,75


Custo Unitário: $ 4.559,29 $ 1.519,76 $ 723,70

d) Custos Indiretos: $ 237.000,00 $ 248.850,00 $ 264.650,00


Custo Unitário: $ 2.559,60 $ 1.221,63 $ 1.020,79

6) Uma empresa produziu, no mesmo período, 100 unidades do


produto A, 200 unidades do produto B e 300 unidades de um
produto C. Considerando $ 176,25 de custos indiretos e que os
custos unitários de matérias-primas foram, respectivamente, $
1,50, $ 0,90 e $ 0,60 e os custos unitários de mão-de-obra direta,
$ 0,60, $ 0,30 e $ 0,25, o custo final indireto unitário de cada
produto, proporcional ao custo direto total de cada produto, será,
respectivamente:

101

101 6
a 52,50 60,00 63,75
b 210,00 240,00 255,00
c 3,86 2,08 1,44
d 0,53 0,30 0,21

RESUMO

Diante do até aqui exposto, podemos constatar que o Custo


Industrial é composto por três elementos básicos: Materiais,
Mão-de-obra e Gastos Gerais de Fabricação. Assim classificados:

Componentes Classificação em relação a:


Produtos Fabricados Volume de Produção
Direto - identificado (minério de ferro) Variável – varia –
Materiais
Indireto - não identificado (óleo lubrificante) Fixo – não varia –
Direta - identificada (operário) Variável - varia
Mão-de-Obra
Indireta - não identificada (chefe) Fixo – não varia –
Direto - identificado (energia elétrica) Variável - varia
GGF
Indireto - não identificado (aluguel) Fixo – não varia –

102

102 6
6 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

O grau de detalhamento no momento da contabilização ficará a


critério de cada empresa.

Se a empresa optar por registrar os fatos na medida de suas


ocorrências, deixará a contabilidade com grande quantidade de
registros, fato que só dificultará qualquer tipo de análise futura.

Somos de opinião que a empresa procure valer-se ao máximo das


informações constantes nas planilhas de rateio e apuração dos custos,
registrando assim os fatos de forma mais simplificada. Qualquer
análise posterior deverá sempre ser feita mediante os mapas, que
obrigatoriamente deverão estar arquivados como suporte documental
dos lançamentos contábeis.

6.1 ESQUEMA BÁSICO PARA


CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

1 – Materiais –

a) Quando adquiridos pela indústria:


• Debita-se a conta de estoque respectiva, do grupo 1.1.3 – do • –
Ativo Circulante.
• Credita-se a adequada conta patrimonial: Disponível ou •
Obrigação.
b) Quando requisitados pelas seções produtivas:
• Debita-se a conta respectiva do grupo 4.1.2 – Materiais. • –
• Credita-se a conta que registra o estoque em questão. •

103

103 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

c) Mediante planilhas do setor de produção:


• Debita-se a conta do grupo 4.1.1 – Custo de Produção do • –
respectivo produto;
• Credita-se as contas próprias do grupo 4.1.2 – Materiais. • –

2 – Mão-de-obra –
2.1 Referente à folha de pagamento de mão-de-obra direta:
• Debita-se as contas próprias do grupo 4.1.3 – Mão-de-obra • –
direta.
• Credita-se a conta Patrimonial respectiva (disponível ou •
obrigação).
2.2 Referente à folha de pagamento de mão-de-obra indireta:
• Debita-se as contas próprias do grupo 4.1.4 – Mão-de-obra • –
indireta.
• Credita-se a conta Patrimonial respectiva (disponível ou •
obrigação).
2.3 Mediante planilhas de rateio:
• Debita-se a conta do grupo 4.1.1 – Custo de Produção do • –
respectivo produto.
• Credita-se as contas próprias dos grupos 4.1.3 e 4.1.4. •
(MOD e MOI).

Obs.: O mesmo procedimento deverá ser adotado para outros


gastos com pessoal.

3 – Gastos Gerais de Fabricação –


a) Quando forem gerados:
• Debita-se a conta próprias do grupo 4.1.5 – Gastos Gerais • –
de Fabricação.
• Credita-se a conta Patrimonial respectiva (disponível ou de •
obrigação).
b) Mediante planilhas de rateio:
• Debita-se a conta do grupo 4.1.1 – Custo de Produção. • –
• Credita-se as contas respectivas do grupo 4.1.5 – Gastos • –
Gerais de Fabricação.

104

104 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

4 – Transferência do produto acabado para estoque –


• Debita-se a conta 1.1.3.001 – Estoque de Produtos Acabados. • –
• Credita-se a conta do grupo (4.1.1) Custo de Produção. •

Obs.:1) Após esse lançamento, os produtos estarão devidamente


registrados na conta de estoque, com seus Custos de
Produção individualizados.
2) A partir deste momento, a empresa deverá adotar também
o controle do estoque dos produtos acabados, com
procedimentos iguais aos vistos para os materiais, ou seja,
Peps, Ueps ou Mpm).

5 – Pela venda dos produtos –


a) Registro da venda:
• Debita-se a adequada conta Patrimonial (Caixa, Duplicatas •
a Receber etc).
• Credita-se a conta 5.1.1.001 – Venda de Produtos. • –
b) Baixa nos estoques:
• Debita-se a conta 6.1.1.001 – Custo dos Produtos Vendidos. • –
• Credita-se a conta 1.1.3.001 – Estoque de Produtos Acabados. • –

6 – Pela apuração do Resultado com Produtos –


• Debita-se a conta 5.1.1.001 – Venda de Produtos • –
• Credita-se a conta 6.1.1.002 – Resultado com Venda de • –
Produtos

• Debita-se a conta 6.1.1.002 – Resultado com Venda de Produtos • –


• Credita-se a conta 6.1.1.001 – Custo dos Produtos Vendidos • –

105

105 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

6.2 ESQUEMA GRÁFICO DE CONTABILIZAÇÃO

INTEGRAÇÃO: CONTABILIDADE GERAL


×
CONTABILIDADE DE CUSTOS

CAIXA ou BANCOS ou
MATERIAIS PROD. EM
CONTAS A PAGAR
ELABORAÇÃO
Materiais

Folha de
Pagamento
MÃO DE OBRA
do
Pessoal da
fábrica Salários e
Encargos
Demais Gastos do pessoal
De Fabricação: ligados à
-Alugueis produção
-Energia
-Combustíveis
GASTOS GERAIS
-Limpeza
DE FABRICAÇÃO

DESPESAS Demais
ANTECIPADAS gastos PRODUTOS
ACABADOS (ABC)
Seguros da
fábrica

DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA Depreciação
do Prédio, CPV
Máquinas e
Equipamentos
da fábrica

106

106 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

RESUMO

1º) Separação dos Custos;

2º) apropriação dos Custos Diretos, diretamente aos produtos;

3º) rateio dos Custos Indiretos aos produtos.

Exemplos:
Fatos ocorridos na “Cia. Industrial Califórnia S./A.”. Fatos ocorridos na “Cia. S./A.”.
Em 31 de maio a Cia. Industrial Califórnia S./A., apresentou os
seguintes saldos nas contas dos grupos:
4.1.2 - Materiais........................................................$ 60.000,
4.1.3 - Mão-de-obra direta........................................$ 40.000,
4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação ....................... $ 30.000,

Sabendo-se que a referida indústria fabricou durante o mês de


dezembro apenas um tipo de produto e considerando que não havia
produtos em elaboração no início e no final do mês.

a) Calcule, extracontabilmente, o Custo de Produção das 200 unidades


de produtos fabricados.
b) Informe o custo unitário de cada unidade fabricada.
c) Efetue a Contabilização somente em razonetes.
d) Transfira o Custo de Produção para a conta Estoque de Produtos
Acabados.
Resposta: a)
Planilha de cálculo e apontamento de custos:
Elementos de custos $
Materiais 60.000,
Mão-de-obra direta 40.000,
Gastos Gerais de Fabricação 30.000,
Custo de Produção 130.000,

107

107 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

b) $ 130.000, ÷ 200 unidades = $ 650,

c/d)
4.1.2. – Materiais 4.1.3. – MOD – –
(sd) 60.000 60.000 (a) (sd) 40.000 40.000 (b)

4.1.5 – G.G.F –
(sd) 30.000 30.000 (c)

4.1.1 – Custo de Produção 1.1.3 – Estoque – –


(a) 60.000 130.000 (d) (d) 130.000
(b) 40.000
(c) 30.000
130.000 130.000

Legenda:
a) Transferência dos materiais para produtos em elaboração.
b) Transferência da mão-de-obra para produtos em elaboração.
c) Transferência dos gastos gerais de fabricação para produtos em
elaboração
d) Transferência dos produtos acabados para o estoque, mediante
a planilha de produção.

Dados dos fatos ocorridos no mês de março na “Cia. Industrial Dados dos fatos ocorridos no mês de março na “Cia.
Jales Ltda.”. Jales Ltda.”.

Estoque Inicial:
Estoque de Matérias-primas..................................$ 120.000
Estoque de Produtos Acabados ............................$ 100.000

Fatos ocorridos durante o mês de março:


1. Compra a prazo de Matérias-primas do fornecedor SOS Ltda.,
conforme NF 487, no valor de $ 300.000.

108

108 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

2. Matérias-primas transferidas para a produção:


Produto X, conforme requisições 870 e 871: $ 200.000;
Produto Y, conforme requisições 872 e 873: $ 200.000.

3. Folha de pagamento do pessoal da produção (MOD), a ser


apropriada: $ 200.000

4. Folha de pagamento referente à Mão-de-obra Indireta, a ser


apropriada: $ 100.000

5. Conta de água da fábrica a ser apropriada em 31 de março, no


valor de $ 40.000.

6. Aluguel da fábrica a ser apropriado em 31 de março, $ 20.000.

7. Todos os produtos foram vendidos, a prazo, por $ 1.000.000.

Informações adicionais:
a) Durante o mês de março, foram fabricadas:
10.000 unidades do produto X;
5.000 unidades do produto Y.
b) Conforme anotações nas planilhas de acompanhamento, constatou-
se que, do valor bruto da folha de pagamento da Mão-de-obra
Direta, 80% foram aplicados no produto X e 20% no produto Y.
c) Ratear a Mão-de-obra Indireta, tendo por base de rateio o valor da
Mão-de-obra Direta.
d) Ratear os Gastos Gerais de Fabricação, com base no Custo Primário.
e) No final do mês, não havia produtos em elaboração.

Pede-se:
( q ) Calcule e contabilize (razonetes) o Custo de Fabricação dos
produtos, transferindo o Custo de Produção de cada produto
para a conta Estoque de Produtos Acabados.
( r ) Informar o custo unitário para cada produto fabricado.
( s ) Informar o Resultado com Venda de Produtos (RVP).

109

109 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

RESPOSTAS RESPOSTAS

q) Elementos de custos Total x Y q) Elementos de custos Total x Y


Matéria-prima 400.000, 200.000, 200.000, Matéria-prima 400.000, 200.000, 200.000,
Mão-de-obra direta 200.000, (80%) 160.000, (20%) 40.000, Mão-de-obra direta 200.000, (80%) 160.000, (20%) 40.000,
Custo primário 600.000, 360.000, 240.000, Custo primário 600.000, 360.000, 240.000,
Mão-de-obra indireta 100.000, (80%) 80.000, (20%) 20.000, Mão-de-obra indireta 100.000, (80%) 80.000, (20%) 20.000,
Gastos Gerais de Fabricação 60.000, (60%)* 36.000, (40%)* 24.000, Gastos Gerais de Fabricação 60.000, (60%)* 36.000, (40%)* 24.000,
Custo Total 760.000, 476.000, 284.000, Custo Total 760.000, 476.000, 284.000,
Unidades fabricadas ÷ 10.000 ÷ 5.000 Unidades fabricadas ÷ 10.000 ÷ 5.000
Custo Unitário 47,60 56,80 Custo Unitário 47,60 56,80

* Para calcular a porcentagem a ser aplicada sobre os GGF’s, aplicamos * Para calcular a porcentagem a ser aplicada sobre os GGF’s, aplicamos
a seguinte metodologia: a seguinte metodologia:
Produto X Produto X
600.000, 100% x = 360.000, × 100 = 60% 600.000, 100% x = 360.000, × 100 = 60%
360.000, x 600.000, 360.000, x 600.000,

Produto Y Produto Y
600.000, 100% x = 240.000, × 100 = 40% 600.000, 100% x = 240.000, × 100 = 40%
240.000, x 600.000, 240.000, x 600.000,

Contabilização: Contabilização:
Para não estender muito e visando facilitar o entendimento Para não estender muito e visando facilitar o entendimento
apresentamos os lançamentos contábeis diretamente na forma de apresentamos os lançamentos contábeis diretamente na forma de
razonetes. razonetes.

Estoque Mat. Prima Estoque Prod. Acabados Estoque Mat. Prima Estoque Prod. Acabados
1.1.3.003 1.1.3.001 1.1.3.003 1.1.3.001
(sd) 120.000 400.000 (2) (sd) 100.000 860.000 (f) (sd) 120.000 400.000 (2) (sd) 100.000 860.000 (f)
(1) 300.000 (e) 476.000 (1) 300.000 (e) 476.000
420.000 400.000 (e) 284.000 420.000 400.000 (e) 284.000
(sd) 20.000 860.000 860.000 (sd) 20.000 860.000 860.000

110 110

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6. CONTABILIZAÇÃO DOS CuSTOS 6. CONTABILIZAÇÃO DOS CuSTOS

Fornecedores Mão-de-obra Direta Fornecedores Mão-de-obra Direta


2.1.1.001 4.1.3.001 2.1.1.001 4.1.3.001
300.000 Elementos
(1) (3) 200.000 200.000 (b) 300.000 (1) (3) 200.000 200.000 (b)
x Y de custos Total x Y
200.000, 200.000, Matéria-prima 400.000, 200.000, 200.000,
(80%) 160.000, (20%) 40.000, Mão-de-obra direta 200.000, (80%) 160.000, (20%) 40.000,
360.000, 240.000, Custo primário 600.000, 360.000, 240.000,
(80%) 80.000, (20%) 20.000, Mão-de-obra indireta 100.000, (80%) 80.000, (20%) 20.000,
(60%)* 36.000, (40%)* 24.000, Gastos Gerais de Fabricação 60.000, (60%)* 36.000, (40%)* 24.000,
476.000, 284.000, Custo Total 760.000, 476.000, 284.000,
÷ 10.000 ÷ 5.000 Unidades fabricadas ÷ 10.000 ÷ 5.000
47,60 56,80 Salários a Pagar Custo Unitário Mão-de-obra Indireta 47,60 56,80 Salários a Pagar Mão-de-obra Indireta
2.1.1.010 4.1.4.001 2.1.1.010 4.1.4.001
200.000 (3) (4) 100.000 100.000 (c) 200.000 (3) (4) 100.000 100.000 (c)
100.000 (4) 100.000 (4)

300.000 (sd) 300.000 (sd)

Consumo de Água Outras Obr. a Pagar Consumo de Água Outras Obr. a Pagar
4.1.5.007 2.1.1.012 4.1.5.007 2.1.1.012
(5) 40.000 40.000 (d) 40.000 (5) (5) 40.000 40.000 (d) 40.000 (5)
20.000 (6) 20.000 (6)
60.000 (sd) 60.000 (sd)

Aluguel Clientes Aluguel Clientes


4.1.5.002 1.1.2.001 4.1.5.002 1.1.2.001
(6) 20.000 20.000 (d) (7) 1.000.000 (6) 20.000 20.000 (d) (7) 1.000.000

111 111

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Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Venda de Produtos Custo Produtos Vendidos


5.1.1.001 6.1.1.001
(g) 1.000.000 1.000.000 (7) (f) 860.000 860.000

Resultado c/ Venda Produtos Produtos em Elaboração


6.1.1.002 4.1.1.001
(h) 860.000 1.000.000 (g) (a) 400.000 760.000 (e)
140.000 (sd) (b) 200.000
(c) 100.000
(d) 60.000
760.000 760.000

Matéria-Prima
4.1.2.001
(2) 400.000 400.000 (a)

Legendas:
1 - Compra de matéria prima.
2 - Transferência de matéria-prima para a área de produção.
3 - Registro da folha de pagamento de mão-de-obra direta.
4 - Registro da folha de pagamento de mão-de-obra indireta.
5 - Registro do consumo de água.
6 - Registro do aluguel.
7 - Venda dos produtos a prazo.
a - Apropriação da matéria-prima para os produtos em elaboração.
b - Apropriação da mão-de-obra direta para produtos em elaboração.
c - Apropriação da mão-de-obra indireta para produtos em elaboração.

112

112 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

d - Apropriação do consumo de água e do aluguel para produtos em


elaboração.
e - Transferência dos produtos acabados (X,Y) para o estoque,
mediante a planilha de produção.
f - Transferência do valor dos produtos vendidos para a conta Custo
dos Produtos Vendidos.
g - Transferência do valor das vendas para a conta Resultado com
Venda de Produtos.
h - Transferência do valor do custo dos produtos vendidos para a
conta Resultado com Venda de Produtos.
(r)
Produto X - $ 47,60
Produto Y - $ 56,80
(s)
Resultado com venda de produtos - $ 140.000,

COMPOSIÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO

A seguir apresentamos a lei de formação, e a influência de cada


componente de custo (MP, MO e GGF) na composição do custo
unitário dos Produtos. Esta micro-visão da composição de custos dos
produtos é muito importante para análise dos impactos dos aumentos
($) dos valores dos componentes de custos.

Produto X
$ 20,00 – Matéria-prima ($ 200.000, ÷ 10.000 unidades) –
$ 24,00 – Mão-de-obra ($ 240.000, ÷ 10.000 unidades) –
$ 3,60 – Gastos Gerais de Fabricação ($ 36.000, ÷ 10.000 unidades) –
$ 47,60 – Total –

Produto Y
$ 40,00 – Matéria-prima ($ 200.000, ÷ 5.000 unidades) –
$ 12,00 – Mão-de-obra ($ 60.000, ÷ 5.000 unidades) –
$ 4,80 – Gastos Gerais de Fabricação ($ 24.000, ÷ 5.000 unidades) –
$ 56,80 – Total –

113

113 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS:

1) Os lançamentos abaixo registram quais etapas do processo de


fabricação?
a) Debita-se a conta respectiva do grupo 4.1.2 – Materiais –
Credita-se a conta que registra o estoque em questão.

b) Debita-se a conta 1.1.3.001 – Estoque de Produtos Acabados. –


Credita-se a conta do grupo (4.1.1) Custo de Produção.

2) Para apropriar corretamente os Custos Indiretos de Fabricação, é


necessário:
a) Conhecer a quantidade de produtos elaborados.
b) Quantificar os produtos em processo e elaborados.
c) Estabelecer alguma relação causal entre eles e os produtos em
elaboração.
d) Determinar os totais dos custos indiretos do mês.

3) Fatos ocorridos na “Cia. Industrial Santa Mônica S./A.”. Fatos ocorridos na “Cia. Industrial Santa Mônica S./A.”.
Em 31 de agosto a Cia Industrial Santa Mônica S./A. apresentou os
seguintes saldos nas contas dos grupos:
4.1.2 – Materiais ...................................................... $ 50.000, –
4.1.3 - Mão-de-obra direta........................................ $ 20.000,
4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação ......................... $ 30.000,

Sabendo-se que a referida indústria fabricou durante o mês de


dezembro apenas um tipo de produto e considerando que não havia
produtos em elaboração no início e no final do mês.

a) Calcule o Custo de Produção das 200 unidades de produtos fabricados;


b) Informe o custo unitário de cada unidade fabricada.
c) Efetue a Contabilização (razonetes).
d) Transfira o Custo de Produção para a conta Estoque de Produtos
Acabados.

114

114 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

4) Dados dos fatos ocorridos no mês de dezembro na “Cia. Industrial “Cia.


Jundiaí Ltda.”. Jundiaí Ltda.”.

Estoque Inicial:
Estoque de Matérias-primas..................................$ 240.000
Estoque de Produtos Acabados ............................$ 200.000

Fatos ocorridos durante o mês de dezembro:


1) Compra a prazo de Matérias-primas do fornecedor Cia. Dalila
Ltda., conforme NF 384, no valor de $ 600.000.

2) Matérias-primas transferidas para a produção:


Produto A, conforme requisições 320 e 321: $ 400.000.
Produto B, conforme requisições 322 e 323: $ 400.000.

3) Folha de pagamento do pessoal da produção (MOD), a ser


apropriada: $ 400.000

4) Folha de pagamento referente à Mão-de-obra Indireta, a ser


apropriada: $ 200.000

5) Conta de água da fábrica a ser apropriada em 31 de dezembro, no


valor de $ 80.000.

6) Aluguel da fábrica a ser apropriado em 31 de dezembro, no valor


de $ 40.000.

Informações adicionais:
a) Durante o mês de dezembro, foram fabricadas:
20.000 unidades do produto A;
10.000 unidades do produto B.
b) Conforme anotações nas planilhas da mão-de-obra, constatou-se
que, do valor bruto da folha de pagamento da Mão-de-obra Direta,
80% foram aplicados no produto A e 20% no produto B.
c) Ratear a Mão-de-obra Indireta, tendo por base de rateio o valor da
Mão-de-obra Direta.
d) Ratear os Gastos Gerais de Fabricação, com base no Custo Primário.
e) No final do mês, não havia produtos em elaboração.

115

115 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Pede-se:
( t ) Calcule e contabilize (razonetes) o Custo de Fabricação dos
produtos, transferindo o Custo de Produção de cada produto
para a conta Estoque de Produtos Acabados.
( u ) Informe o custo unitário para cada produto fabricado.
( v ) Informe o total dos produtos acabados em estoque.

Atenção: O exercício seguinte apresenta o mesmo formato do anterior,


a diferença está na base do rateio para atribuição do custo
da mão-de-obra indireta aos produtos.

5) Dados dos fatos ocorridos no mês de outubro na “Cia Industrial 5) Dados dos fatos ocorridos no mês de outubro na “Cia Industrial
Marte Ltda.”. Marte Ltda.”.
Estoque Inicial:
Estoque de Matérias-primas..................................$ 120.000
Estoque de Produtos Acabados ........................... $ 100.000

Fatos ocorridos durante o mês de outubro:


1) Compra a prazo de Matérias-primas do fornecedor XPTO Ltda.,
conforme NF 487, no valor de $ 300.000.

2) Matérias-primas transferidas para a produção:


Produto A, conforme requisições 870 e 871: $ 200.000;
Produto B, conforme requisições 872 e 873: $ 200.000.

3) Folha de pagamento do pessoal da produção (MOD), a ser apropriada:


Valor bruto da folha ............................... $ 200.000

4) Folha de pagamento referente à Mão-de-obra Indireta, a ser apropriada:


Valor bruto da folha .............................. $ 100.000

5) Conta de água da fábrica a ser apropriada em 31 de outubro, no


valor de $ 40.000.

6) Aluguel da fábrica a ser apropriado em 31 de outubro, $ 20.000.

7) Todos os produtos foram vendidos, a prazo, por $ 1.000.000.

116

116 6
6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

Informações adicionais:
a) Durante o mês de outubro, foram fabricadas:
7.000 unidades do produto A;
3.000 unidades do produto B.
b) Conforme anotações nos boletins diários da mão-de-obra, constatou-
se que, do valor bruto da folha de pagamento da Mão-de-obra Direta,
80% foram aplicados no produto A e 20% no produto B.
c) Ratear a Mão-de-obra Indireta, tendo por base de rateio as unidades
fabricadas.
d) Ratear os Gastos Gerais de Fabricação, com base no Custo Primário.
e) No final do mês, não havia produtos em elaboração.

Pede-se:
(w) Calcule e contabilize (razonetes) o Custo de Fabricação
dos produtos, transferindo o Custo de Produção de cada
produto para a conta Estoque de Produtos Acabados.
( x ) Informe o custo unitário para cada produto fabricado.
( y ) Informe o total dos produtos acabados em estoque.
( z ) Informe o Resultado com Venda de Produtos - RVP

117

117 6
118 6
7 DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Até aqui vimos que os custos indiretos são atribuídos aos


produtos tendo como base de rateio: custo primário, mão-de-obra,
unidades produzidas, matéria-prima aplicada, tempo de horas-máquina
etc. Podemos chamar esta metodologia como “Sistema tradicional” etc. Podemos chamar esta metodologia como “Sistema tradicional”
de atribuição de custos indiretos aos produtos.

Entretanto, nas últimas décadas essa sistemática passou a ser


questionada, pois apresenta um grau elevado de arbitrariedade e de
subjetividade, levando à relevantes distorções na atribuição dos custos
indiretos aos produtos. Surgiu então a Departamentalização. Antes de
entrarmos na sua conceituação, desenvolveremos um exemplo que
facilita o entendimento das diferenças entre os dois sistemas:

119

119 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Dados de Produção:
Custo Indireto de Fabricação $ 100.000,00;
Base de rateio: horas de produção
Tempo de produção total: 100 hs, Produto A, 60 hs. – Produto B, –
40hs.
Fabricado: Produto A, 1.000 unidades – Produto B, 500 unidades. –

Sistema Tradicional:
Rateio: 100.000,00 ÷ 100 hs = $ 1.000,00 – CI/h –

Produto A – 60 hs × 1.000,00 = $ 60.000,00 –


Produto B – 40 hs × 1.000,00 = $ 40.000,00 –
Total 100 horas

Custo Unitário:
Produto A: 60.000,00 ÷ 1.000 unidades = $ 60,00
Produto B: 40.000,00 ÷ 500 unidades = $ 80.00

Sistema Custo Departamental:


A empresa possui dois departamentos de produção: Corte e
Acabamento; e foram atribuídos os seguintes custos:
$ 66.000,00 – Corte –
$ 34.000,00 – Acabamento –
$100.000,00 – Total –

Tempo gasto (horas) na produção dos produtos em cada


departamento:

Produtos: Corte Acabamento Total


A 40 20 60
B 40 - 40
Total 80 20 100

Custo da hora/Departamento:
Corte: $ 66.000,00 ÷ 80hs = $ 825,00 por hora
Acabamento: $ 34.000,00 ÷ 20hs = $ 1.700,00 por hora

120

120 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Custo Indireto dos Produtos:


Para apurar-se os custos dos produtos, basta multiplicar a
quantidade de horas que o produto levou para ser produzido em cada
departamento pelo respectivo custo unitário da hora.

Produtos Corte Acabamento Total


40hs x $ 825,00 = 33.000,00 20hs x 1.700,00 = 34.000,00 67.000,00
B 40hs x $ 825,00 = 33.000,00 - 33.000,00

Custo Unitário:
Produto A = $ 67.000,00 ÷ 1.000 unidades = $ 67,00
Produto B = $ 33.000,00 ÷ 500 unidades = $ 66,00

Diferença entre os dois sistemas:

Total Unitário
Produtos Tradicional Departamental ? Tradicional Departamental ?
A 60.000,00 67.000,00 (7.000,00) 60,00 67,00 (7,00)
B 40.000,00 33.000,00 7.000,00 80,00 66,00 14,00

Conforme apresentado anteriormente, foi desenvolvida, então,


uma sistemática que passou a ser chamada departamentalização.

Para que os custos Indiretos de Fabricação sejam rateados de


forma mais coerente ao custo de cada produto é conveniente, como
veremos adiante, que se adote o Sistema do Custo Departamental.

Custo Departamental: é um sistema de atribuição dos Custos


Indiretos de Fabricação aos produtos, via departamentos.

Departamento: é a menor unidade administrativa de uma


empresa, para efeito de acumulação dos Custos Indiretos de Fabricação.

Departamentos produtivos: compostos por homens e máquinas,


responsáveis pela fabricação dos produtos. Os produtos durante o seu
processo de fabricação passam por esses departamentos (Exemplos:
corte, acabamento, montagem etc.).

121

121 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Departamentos de serviços: compostos por homens e máquinas


(geralmente apenas por homens) que prestam serviços para os
departamentos produtivos. Os produtos durante o seu processo
de fabricação não passam por esses departamentos (Exemplos:
Administração Geral da Fábrica, Manutenção, Almoxarifado etc.)

7.1 MÉTODOS DE RATEIO

Como no sistema tradicional, aqui também temos vários métodos


para fazer o rateio dos custos indiretos entre os departamentos, senão
vejamos.
• Método direto. •
• Método da reciprocidade. •
• Método da hierarquização. •

Para o nosso t rabalho vamos adotar o Método da


Hierarquização, por dois motivos: é o método mais usado e o que
apresenta resultado mais coerente. Consiste em fixar uma “ordem “ordem
de prioridade” entre os departamentos de serviços; a partir daí, prioridade” entre
rateiam-se os custos dos departamentos de serviços obedecendo
a ordem hierárquica entre os departamentos de serviços e os
produtivos; após, rateia-se o custo dos departamentos produtivos
para os produtos mediante critério definido pela própria empresa.

Representação gráfica:

Departamentos Produtivos Produtos

122

122 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Obs.: A margem de erro é bem menor quando se usa a departa-


mentalização para atribuir os CIF’s aos produtos. CIF’s

Exemplo:
Os Custos Indiretos da Cia. Industrial. Beija Flor S./A., foram:
Materiais Indiretos = $ 85.000,
Energia elétrica = $ 48.000,
Treinamento = $ 35.000,
Comunicações = $ 16.000,
184.000,

Para alocação aos departamentos, os critérios de rateio são:

• Materiais Indiretos – quantidade de materiais utilizados. • –


• Energia elétrica –KW consumidos. • –
• Treinamento – Número de funcionários. • –
• Comunicações – Quantidade de ligações. • –

Os departamentos da empresa são:

Materiais Utilizados KW Nº Func. Quant. ligações


Serviços: Adm.da Fábrica 30 180 16 120
Manutenção 18 120 12 80
Produtivos: Corte 40 400 22* 20
Acabamento 120 300 32* 15
208 1.000 82 235

Para obtermos o valor a ser alocado a cada departamento,


deveremos proceder da seguinte forma:

Materiais Indiretos $ 85.000 ÷ 208 (valor unitário de materiais


utilizados por todos os departamentos) = 408,65; em seguida, multiplique
o valor encontrado pela quantidade utilizada de cada departamento:

Administração da Fábrica: 30 × 408,65 = 12.260, (a)


Manutenção: 18 × 408,65 = 7.356, (b)
Corte: 40 × 408,65 = 16.346, (c)
Acabamento: 120 × 408,65 = 49.038, (d)

123

123 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Obs. : Utilizar o mesmo raciocínio para os demais componentes


de custo, porém, com suas respectivas bases de rateio.

Adm. Fábrica Manutenção Corte Acabamento Total

Mat. Indiretos 12.260 (a) 7.356 (b) 16.346 (c) 49.038 (d) 85.000
Energ. Elétrica 8.640 5.760 19.200 14.400 48.000
Treinamento 6.829 5.122 9.390 13.659 35.000
Comunicações 8.170 5.447 1.362 1.021 16.000
Soma 35.899 23.685 46.298 78.118 184.000

Para alocação do custo dos departamentos de serviços aos


produtivos, os critérios de rateio são:

• Administração da Fábrica rateou seus custos em partes iguais •


aos outros departamentos.
• Manutenção rateou seus custos ao restante dos departamentos •
baseado no número de funcionários.

Para obtermos o valor a ser alocado dos departamentos de serviço


aos produtivos, deveremos proceder conforme descrito no enunciado
anterior:

Administração da Fábrica para os três departamentos


35.899 ÷ 3 = 11.966, (e)
Manutenção para Corte:
35.651 ÷ 54* = 660,20 × 22 = 14.524, (f)
Manutenção para Acabamento:
35.651 ÷ 54* = 660,20 × 32 = 21.127, (g)

Obs.: 54* = número de funcionários dos departamentos de corte 22,


e acabamento 32.
Adm. Manutenção Corte Acabamento Total
Fábrica
Soma 35.899 23.685 46.298 78.118 184.000
Distr. Adm. Fabr. (35.899) 11.966 (e) 11.966 (e) 11.967 (e) -
Soma - 35.651 58.264 90.085 184.000
Distr.Manutenção (35.651) 14.524 (f) 21.127 (g) -
Total 72.788 111.212 184.000

124

124 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Para alocação do custo dos departamentos produtivos, aos


produtos, decide-se, fazer a distribuição aos produtos com base no
tempo de horas-máquina que cada um leva para ser feito.

Mapa das horas/máquina consumidas nos departamentos produtivos:


Produtos Corte Acabamento Total
A 100 500 600
B 150 250 400
Somas 250 750 1.000

Custo da hora/máquina por departamento:

Corte: $ 72.788 : 250 = $ 291,15 × 100 hs = 29.115 (h)


$ 291,15 × 150 hs = 43.673 (i)

Acabamento: $ 111.212 : 750 = $ 148,28 × 500 hs = 74.141 (j)


$ 148,28 × 250 hs = 37.071 (k)

Mapa do rateio dos CIF aos produtos:


Produtos Corte Acabamento Total
A 29.115 (h) 74.141 (j) 103.256
B 43.673 (i) 37.071 (k) 80.744
Somas 72.788 111.212 184.000

CÁLCULO PELO SISTEMA TRADICIONAL


Dados informados pelo setor de produção:
Produto A – 600 horas-máquina 60% –
Produto B – 400 horas -máquina 40% –
1.000 100%

Produto A = 184.000, × 60% = 110.400,


Produto B = 184.000, × 40% = 73.600,
Total ...................................... 184.000,

125

125 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS SISTEMAS

Departamentalização ?
Produtos Com Sem $ %
A 103.256 110.400 ( 7.144 ) (7)
B 80.744 73.600 7.144 9
Somas 184.000 184.000 - -

Obs.: Esta comparação é meramente acadêmica. Cada empresa


deve verificar internamente qual a sistemática mais indicada para a
alocação dos seus custos indireto aos produtos.

7.2 PLANO DE CONTAS DEPARTAMENTALIZADO

Esta sistemática exige a criação de códigos no plano de contas


para separar os custos por departamento. Para facilitar o entendimento,
vamos utilizar a estrutura do nosso plano adicionando apenas os
códigos referentes ao departamentos:

Plano de contas sem departamentalização


4 – Custos –
4.1 – Custos Industriais –
4.1.5 – Gastos Gerais de Fabricação –
4.1.5.001– Energia Elétrica –
4.1.5.002– Aluguéis –

Plano de contas com departamentalização


4 – Custos –
4.1 – Custos Industriais –
4.1.5 – Gastos Gerais de Fabricação –
4.1.5.01 – Departamento de Montagem –
4.1.5.01.001 – Energia Elétrica –
4.1.5.01.002 – Aluguéis –

126

126 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

4 – Custos –
4.1 – Custos Industriais –
4.1.5 – Gastos Gerais de Fabricação –
4.1.5.02 – Departamento de Acabamento –
4.1.5.02.001 – Energia Elétrica –
4.1.5.02.002 – Aluguéis –

Obs.: Visando simplificar apresentamos apenas dois exemplos.


Na prática, deve-se colocar no plano de contas os códigos de todos
os departamentos da empresa.

RESUMO

A seqüência para atribuição dos Custos Indiretos aos produtos


pelo Sistema do Custo Departamental pode ser assim entendida:

1o) Rateio dos Custos Indiretos a todos os departamentos


da área de produção (Serviços e Produtivos).

2o) Estabelecer a ordem hierárquica dos departamentos para


efeito de atribuição dos Custos Indiretos.

3o) Ratear o custo dos departamentos de serviços para os


produtivos, de acordo com a ordem estabelecida no
item anterior.

4o) Atribuir os Custos Indiretos dos departamentos de


Produção, aos produtos.

127

127 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS:

1) Faça a associação correta:


( a ) Custo Departamental
( b ) Departamento
( c ) Departamentos produtivos
( d ) Departamentos de serviços
( e ) Centro de Custos
( f ) Método de Rateio – Hierarquização –

1. ( ) Responsáveis pela fabricação dos produtos.


2. ( ) Sistema de atribuição dos Custos Indiretos de Fabricação aos
produtos via departamento.
3. ( ) Consiste em fixar uma “ordem de prioridade” entre os “ordem de prioridade” entre
departamentos.
4. ( ) Prestam serviços para os departamentos produtivos.
5. ( ) Unidade administrativa de uma empresa.
6. ( ) É a unidade mínima utilizada para acumulação dos Custos
Indiretos de Fabricação.

2) Na departamentalização rateiam-se os custos dos departamentos de


serviços obedecendo a ordem hierárquica entre os departamentos
de serviços e os produtivos; após, rateia-se o custo dos deptos
produtivos para os produtos mediante critério definido pela própria
empresa.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

3) Amargem de erro é bem maior quando se usa a departamentalização


para atribuir os CIF’s aos produtos. CIF’s
( ) Certo
( ) Errado

4) Para o perfeito registro dos custos por departamento o plano de


contas deverá ser:
a. ( ) Adaptado, com a exclusão de códigos referente aos
departamentos.

128

128 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

b.( ) Adaptado, com a inclusão de novos códigos referentes aos


departamentos.
c. ( ) Qualquer plano de empresa industrial é suficiente.
d. ( ) N.d.a.

5) Os Custos Indiretos da “Cia. Industrial Cantareira S./A.”, foram: Os Custos Indiretos da “Cia. Industrial Cantareira S./A.”, foram:
1) Custos Indiretos:
Aluguel = $ 90.000,
Material de Expediente = $ 60.000,
Depreciação = $ 40.000,
Mão-de-obra indireta = $110.000,
$ 300.000

2) Para alocação aos departamentos os critérios de rateio são:


• Aluguel – metros quadrados ocupado por cada área. • –
• Material de Expediente – quantidade de Materiais Utilizados. • –
• Depreciação – valor do equipamento de cada departamento. • –
• Mão-de-obra Indireta – número de funcionários. • –
3) Os departamentos da empresa são:
Aluguel Materiais Equipamento No funcionários
Serviços: Almoxarifado 50m2 120 - 30
Controle de Qualidade 25m2 160 - 20
Produtivos: Cromeação 85m2 300 32.000, 100
Montagem 170m2 400 54.000, 150
330m2 980 86.000, 300

4) Para alocação do custo dos departamentos de serviços aos


produtivos, os critérios de rateio são:
Mapa do rateio dos CIF’s para os produtos: CIF’s
• O Almoxarifado rateou seus custos aos outros departamentos •
com base no nº de requisições: Controle de Qualidade 20;
Cromeação 30; Montagem 40.
• O Controle de Qualidade distribuiu seus custos aos •
departametos de produção com base no número de testes feito
para cada um: Cromeação 700; Montagem 900.

129

129 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Pede-se:
a) Demonstre o custo indireto alocado para cada departamento;
b) Faça os rateios dos departamentos de serviços para os produtivos;
c) Aloque os custos dos departamentos produtivos aos produtos;
d) Informe as diferenças entre os sistemas: tradicional e
departamentalização.
ROTEIRO PARA A RESPOSTA
Almoxarifado C. Qualidade Cromeação Montagem Total
Aluguel
Mat.
expediente
Depreciação
MOI
Soma
Distr.
Almoxarifado
Soma -
Distr. Controle
Qualidade
Total -
Para alocação do custo dos departamentos produtivos, aos produtos,
decide-se fazer a distribuição com base no tempo de horas-máquina
que cada um leva para ser feito.
Produto A – 300 horas-máquina 30% –
Produto B – 600 horas-máquina 60% –
Produto C – 100 horas-máquina 10% –

Mapa das horas/máquina consumidas nos departamentos produtivos:


Produtos Cromeação Montagem Total
A 50 250 300
B 200 400 600
C - 100 100
Somas 250 750 1.000

Custo da hora/máquina por departamento:


Cromeação: $ _ : 250 hs = $
Montagem: $ _ : 750 hs = $

130

130 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Produtos Cromeação Montagem Total


A
B
C
Somas

Comparar com o custo que seria apropriado a cada produto, sem


Departamentalização; se o rateio fosse à base das horas-máquina que
cada produto levou para ser produzido:

Departamentalização ?
Produtos Com Sem $ %
A
B
C
Somas

6) A“Cia. Industrial Apocalipse S./A.” apresentou os seguintes dados: A“Cia. S./A.”


1) os produtos A e B foram produzidos nas seguintes quantidades:
Produto A = 14.000 unidades
Produto B = 21.000 unidades
Total 35.000

2) O custo total da matéria-prima foi de $ 509.600,00

3) O consumo unitário de matéria-prima é de 3,5 kg para o produto


A, e 2,0 kg para o produto B.

4) O tempo gasto para produzir cada unidade foi o seguinte:


Produto A = 1,5 hora
Produto B = 2,5 horas

5) O custo da Mão-de-Obra Direta foi de $ 330.750,00


6) Os Custos Indiretos foram:

131

131 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Prêmios de Seguros = $ 88.000,


Energia Elétrica = $ 46.000,
Encargos Sociais = $ 32.200,
Serv. de Terceiros = $ 16.900,
183.100,

7) Para alocação aos departamentos os critérios de rateio são:


• Prêmios de Seguros – Metros quadrados ocupados. • –
• Energia Elétrica – Número de pontos de energia. • –
• Encargos Sociais – Quantidade de funcionários • –
• Serviços de Terceiros – Número de solicitações. • –

8) Os departamentos da empresa são:


M² Pontos energia Nº Func. Solicitações
Serviços: Chefia de Produção 32 18 18 130
Ambulatório Médico 19 12 14 84
Produtivos: Montagem 44 40 26 30
Pintura 125 30 34 16
220 100 92 260

9) Para alocação do custo dos departamentos de serviços aos


produtivos, os critérios são:
• Chefia de Produção rateou seus custos aos outros departamentos, •
da seguinte forma: 10% Ambulatório Médico; 40% Montagem
e 50% Pintura.
• O Ambulatório Médico rateou seus custos ao restante dos •
departamentos baseado no número de atendimentos: Montagem
60 e Pintura 30.

Pede-se:
a) Demonstre o Custo de Matéria-prima para cada produto.
b) Demonstre o Custo da Mão-de-obra Direta para cada produto.
c) Demonstre o Custo Indireto alocado para cada departamento.
d) Ratear os custos dos departamentos de serviços aos produtivos,
conforme critérios citados no item 9.
e) Aloque os custos dos departamentos produtivos aos produtos;

132

132 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

baseado no tempo de horas-máquina:


Produtos Montagem Pintura Total
A 1.000 500 1.500
B 400 600 1.000
Total 1.400 1.100 2.500

f) Demonstre o Custo Total para cada produto.


g) Informe o Custo Unitário de cada produto.

ROTEIRO PARA RESPOSTA

a) Custo da Matéria-prima:
Produto Kg Quantidade Total

b) Custo da Mão-de-obra:
Produto Hs Quantidade Total

c/d)

Chefia Ambulatório Montagem Pintura Total


produção médico
Prêmio seguro
Energ. elétrica
Enc. sociais
Serv. de terceiros
Soma
Distr. chefia de
produção
Soma -
Distr.
Amb. médico
Total -

e)

133

133 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Produtos Montagem Pintura Total


A 1.000 500 1.500
B 400 600 1.000
Total 1.400 1.100 2.500
Custo da hora/máquina por departamento:

Montagem:

Pintura:

Mapa do rateio dos CIF’s para os produtos: CIF’s

Produtos Montagem Pintura Total


A
B
Somas

f)
Produtos MP MO GGF TOTAL
A
B
Somas
g)
Prod. A =
Prod. B =

134

134 6
7. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

7) Na produção de dois tipos de máquinas são utilizados dois


departamentos C1 e C2 com a incorrência dos seguintes custos
diretos:
Máquina A Máquina B
Matéria-prima 100.000,00 60.000,00
Mão-de-obra direta 50.000,00 40.000,00
Total 150.000,00 100.000,00

Os custos indiretos de fabricação totalizaram 50.000,00 e foram


alocados nos departamentos C1 e C2, no montante de 32.000,00
e 18.000,00, respectivamente. Os custos do C1 são rateados
proporcionalmente à matéria-prima consumida enquanto os do C2
à mão-de-obra direta aplicada. Considerando que todos os produtos
foram concluídos, informe a alternativa a seguir que apresenta
corretamente o valor dos custos dos produtos acabados:

Máquina A Máquina B
a) 300.000,00 – 250.000,00 –
b) 180.000,00 – 120.000,00 –
c) 182.000,00 – 118.000,00 –
d) 120.000,00 – 180.000,00 –

135

135 6
136 6
8 SISTEMA ABC – CUSTEIO BASEADO –
EM ATIVIDADES

Como resultado do processo de avanço do conhecimento e dos


seguimentos produtivos da sociedade em todo o mundo, surgem novas
oportunidades empreendedoras em todos os setores e a conseqüente
necessidade de desenvolvimento de novos mecanismos de controles,
mensuração e informações para avaliação de desempenho e tomada
de decisões.

Vimos, anteriormente, a apropriação dos custos indiretos aos


produtos através do “sistema tradicional”. Após, utilizamos-nos de uma “sistema tradicional”.
outra sistemática mais analítica, denominada “departamentalização”. “departamentalização”.
Agora, vamos tratar de uma modalidade mais recente, denominada
“custeio baseado em atividades” (activity based costing). Trata-se de “custeio atividades”
uma forma ainda mais analítica, que objetiva reduzir as distorções
verificadas nos sistemas anteriores, relativas à alocação dos custos,
com a vantagem de, ao mesmo tempo, avaliar as atividades.

O emprego desta sistemática se justifica, tendo em vista a


progressiva automatização dos meios de produção. O advento da
globalização estabeleceu uma verdadeira “guerra” competitiva no globalização estabeleceu uma verdadeira “guerra” competitiva no
seguimento empresarial produtivo, com o surgimento de fatores
internos e externos, tais como: serviço de atendimento ao cliente,
investimentos visando à melhoria da qualidade e do meio ambiente,
a informatização constante, design etc. Esses fatores demandam forte
ascensão dos custos indiretos de produção com conseqüente redução
dos custos de mão-de-obra, logo, tornou-se imperativo o surgimento de
mecanismos sofisticados de alocação dos custos indiretos aos produtos
visando eliminar ao máximo o grau de subjetividade e arbitrariedade
apresentados pelos outros sistemas.

137

137 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Nosso enfoque será exclusivamente o uso do ABC para custeio


de produtos. Vale lembrar que esta metodologia pode ser empregada
também como importante ferramenta na gestão de custos com fins
gerenciais.

Representação Gráfica:
Departamento Atividades Produtos

8.1 CUSTEIO DAS ATIVIDADES

A tarefa de emprego do ABC fica facilitada se a empresa já


processa sua contabilidade de forma departamentalizada; cabe então,
apenas, identificar as atividades que são desenvolvidas em cada
departamento e custeá-las:

Departamento: Almoxarifado

Atividades: - Compras
- Administração de Fornecedores

Atividade pode ser conceituada como um conjunto de ações e


esforços (materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) para
produzir-se bens. Para custear uma atividade torna-se necessário
descobrir todos os recursos que são utilizados na sua execução
(materiais, mão-de-obra, comunicação, depreciação, aluguel etc.).

138

138 6
8. SISTEMA ABC – CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES –

Como as atividades consomem os recursos, faz-se necessário


descobrir medidas para atribuir o custo desses recursos às atividades.
O conjunto de indicadores de medida de gastos é conhecido como
“Direcionadores de Recursos” para as atividades. “Direcionadores de Recursos” para as atividades.
Atividades Recursos Direcionador de Recursos
- Compras - Uso de material de escritório - Quantidade necessária
- Adm.de fornecedores - Uso de espaço físico - Espaço utilizado

Exemplo:
Visando facilitar trabalharemos apenas com dois componentes
de custos para o departamento de almoxarifado:

10.000,00 – Material de expediente –


30.000,00 – Aluguel –
40.000,00

No custeio das atividades o ideal é alocar os custos da forma


mais direta possível; os rateios devem ser empregados somente em
último caso.

Para a alocação do valor dos materiais de expediente às


atividades, pode-se fazê-lo diretamente, mediante somatório dos
valores das requisições de materiais. No nosso exemplo, após esse
procedimento, chegou-se aos seguintes valores:

6.000,00 – Compras –
4.000,00 – Administração de fornecedores –
10.000,00 – Total –

Para a alocação do valor do aluguel às atividades, deve-se


primeiramente fazer o seguinte levantamento:
- O valor do aluguel alocado pela empresa ao depto almoxarifado
foi de $ 30.000,00.
- O depto Almoxarifado ocupa uma área de 1000 m².
- A atividade Compras ocupa uma área de 600m²; a de
Administração de fornecedores ocupa 400 m².

139

139 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Custeio:
30,000,00 ÷ 1000 = 30,00 por m² do almoxarifado
30,00 × 600 = 18.000,00 custo de aluguel alocado à atividade Compras
30,00 × 400 =12.000,00 custo de aluguel alocado à atividade Adminis-
tração de fornecedores

Planilha de custeio das atividades:

Componentes Total Compras Adm. Fornecedores


Mat. Expediente 10.000,00 6.000,00 4.000,00
Aluguel 30.000,00 18.000,00 12.000,00
40.000,00 24.000,00 16.000,00

8.2 CUSTEIO DOS PRODUTOS

Após custeadas as atividades, o próximo passo será atribuir o


custo das atividades aos produtos; pois se as atividades consomem
os recursos, os produtos consomem as atividades.

A relação entre as atividades e os produtos denomina-se


“Direcionadores de atividades”; ou seja, a maneira como os produtos “Direcionadores atividades”;
consomem as atividades.

O número de pedidos emitidos para compra de materiais para


um produto em relação ao número total de pedidos indica a relação
da atividade com aquele produto. Nesse caso, podemos dizer que o
direcionador dessa atividade “compras”, para os produtos, é o número “compras”,
de pedidos emitidos. O número de pedidos, é o indicador da maneira
como os produtos consomem a atividade “compras”. como os produtos consomem a atividade “compras”.

Departamento: Atividades: Direcionador de atividades:


-Almoxarifado - Compras - No de pedidos
- Adm. de fornecedores - No de fornecedores

140

140 6
8. SISTEMA ABC – CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES –

Exemplo:
Conforme vimos anteriormente, após alocados todos os custos
às atividades, chegou-se aos seguintes valores:
24.000,00 – Compras –
16.000,00 – Administração de fornecedores –
40.000,00 – Total –

Para alocação dos custos das atividades aos produtos foram


estabelecidos os seguintes direcionadores de atividades:

Direcionadores: Produto A Produto B Total


N de pedidos
o
15 9 24
No de fornecedores 5 3 8

Para alocar os custos das atividades aos produtos deveremos


proceder da seguinte forma:

Compras:
24.000,00 ÷ 24 = 1.000,00 custo unitário de cada pedido
1.000,00 × 15 = 15.000,00 custo para o produto A
1.000,00 × 9 = 9.000,00 custo para o produto B

Administração de Fornecedores:
16.000,00 ÷ 8 = 2.000,00 custo unitário para administrar cada
fornecedor
2.000,00 × 5 = 10.000,00 custo para o produto A
2.000,00 × 3 = 6.000,00 custo para o produto B

Planilha de custeio dos produtos:


Atividades Total Produto A Produto B
Compras 24.000,00 15.000,00 9.000,00
Adm. fornecedores 16.000,00 10.000,00 6.000,00
Totais 40.000,00 25.000,00 15.000,00

141

141 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

RESUMO

• O ABC é uma técnica que permite melhor atribuição dos custos •


atráves da análise das atividades e sua relação com os produtos
fabricados pela empresa.

• Para sua perfeita utilização, é necessária a identificação das •


atividades dos departamentos, bem como dos direcionadores de
recursos para atribuição dos custos para as atividades.

• Custeadas as atividades, identificar os direcionadores de atividades, •


que levarão os custos das atividades aos produtos fabricados.

EXERCÍCIOS

1) Que é o sistema ABC?

2) Que é uma atividade?

3) Que é necessário para calcular-se o custo de uma atividade?

4) Que são Direcionadores de Recursos?

5) Que são Direcionadores de Atividades?

6) Cite três fatores que ajudaram a estimular a competitividade


empresarial e contribuíram para o surgimento do sistema ABC.

142

142 6
8. SISTEMA ABC – CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES –

7) Associe corretamente os Departamentos às Atividades:


Departamentos: Atividades:
1- Vendas ( ) Armazenamento de materiais
2- Financeiro ( ) Reparo de máquinas
3- Almoxarifado ( ) Testar produtos
4- Controle de Qualidade ( ) Efetuar vendas
5- Recursos Humanos ( ) Receber materiais
6- Administração da Fábrica ( ) Treinamento
7- Manutenção ( ) Inspecionar produtos
8- Contabilidade ( ) Controle de cobrança
( ) Programar produção
( ) Efetuar pagamentos
( ) Análise e conciliação

8) Calcular o custo das Atividades do departamento de Controle de


Qualidade, da Cia Industrial Itajaí Ltda, tomando como base os
seguintes dados disponíveis:

Custo do Departamento:
100.000,00 – Salários –
20.000,00 – Aluguel –
10.000,00 – Depreciação –
130.000,00

As atividades a serem custeadas são:


• Testar Produtos. •
• Inspecionar Produtos. •

Os Direcionadores de Recursos selecionados foram os seguintes:


Salários, alocação direta: Testar Produtos $ 60.000,00 e Inspecionar
Produtos $ 40.000,00.
Aluguel, espaço ocupado: Testar Produtos 120 m² e Inspecionar
Produtos 80 m².
Depreciação, equipamentos alocados: Testar Produtos $ 300.000,00
e Inspecionar Produtos $ 200.000,00

143

143 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Após custear as atividades, efetuar o custeio dos produtos A e B, da


Cia. Industrial Itajaí Ltda.; sabendo-se que foram selecionados os
seguintes direcionadores de atividade:

Direcionadores Produto A Produto B Total


No de testes 117 39 156
No de lotes inspecionados 40 60 100

144

144 6
9 CUSTO - PADRÃO

Custo-padrão ou Standard é um custo calculado por antecipação.


Independentemente de se ter iniciado o processo de produção.

A finalidade básica dessa modalidade é fixar como padrão os


custos (materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) para
cada produto.

O valor-padrão de custo é determinado com base em cálculos


técnicos efetuados pela engenharia de produção e, posteriormente,
valorados pela contabilidade de custos.

Uma das formas para se chegar ao custo-padrão de um produto é


lançar mão do valor de custo real de produção deste produto obtido
em períodos anteriores, e projetá-los para o futuro, levando-se em
consideração possíveis alterações decorrentes de mudança no cenário
de produção.

Durante os trabalhos estatísticos para chegar-se ao valor padrão


dos produtos, quanto maior o grau de detalhamento adotado em relação
a cada elemento componente do custo, maiores chances se terá de
obter o valor, o mais próximo possível da realidade.

A metodologia adotada deve ser revista sempre que houver


mudanças no processo de fabricação dos produtos.

O custo-padrão poderá ser ou não contabilizado:

145

145 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Se contabilizado: a empresa deverá fazer posteriormente os


ajustes verificados entre o custo-padrão contabilizado e o custo real
de produção obtido no período. Apesar de parecer mais trabalhosa,
essa hipótese propiciará mais segurança, não permitindo alterações
posteriores do custo-padrão.

Se não contabilizado: deverá usar o custo-padrão apenas como


ferramenta de controle, pois ao final da produção já estará registrado
contabilmente os valores reais de produção.

Além da utilidade gerencial, esse sistema possibilita à empresa


uma portentosa ferramenta de motivação, pois atingir as metas
previamente definidas (quantidades e valores) deve ser colocado como
um desafio a ser vencido pelos envolvidos no processo produtivo.

Por fim, cabe lembrar que o Custo-padrão não é um método


de atribuição de custos aos produtos, mas sim uma forma prática de
se estimar o custo dos produtos antes mesmo do início do processo
produtivo, servindo de base para tomada de decisões.

Exemplo:

Imaginemos que uma empresa adote a seguinte metodologia para


fixar o custo-padrão de um dos seus produtos:

Valor
Elementos Quantidade (×) Unitário (=) Custo
Matéria-prima 15 kg 3,00 45,00
Mão-de-obra 10 hs 2,00 20,00
Gastos Gerais de Fabricação 10,00
Total 75,00

146

146 6
9. CUSTOS PARA DECISÃO

Ao se concluir o processo de fabricação, constatou-se os


seguintes valores reais:
Valor
Elementos Quantidade (×) Unitário (=) Custo
Matéria-prima 17 kg 3,00 51,00
Mão-de-obra 9 hs 2,00 18,00
Gastos Gerais de Fabricação 11,00
Total 80,00

Análise das variações:


Valor
Elementos Quantidade (×) Unitário (=) Variações
Matéria-prima 2 kg 3,00 6,00
Mão-de-obra (1 h) 2,00 (2,00)
Gastos Gerais de Fabricação 1,00
Total 5,00

Contabilização:
Matéria-Prima Mão-de-Obra
4.1.2 4.1.3
(b) 51,00 45,00 (a) (b) 18,00 20,00 (a)
6,00 (c) (c) 2,00
51,00 51,00 20,00 20,00

Gastos Gerais de Fabricação Custo de Produção


4.1.5 4.1.1
(b) 11,00 10,00 (a) (a) 75,00
1,00 (c) (c) 5,00
11,00 11,00 80,00

a) valores do custo padrão


b) valores do custo real
c) ajustes

147

147 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

EXERCÍCIOS

1) Indicar se Falso ou Verdadeiro?


1. ( ) As palavras Padrão e Standard significam a mesma coisa.
2. ( ) O Custo-padrão deverá ser obrigatoriamente contabilizado.
3. ( ) Nesta metodologia os custos são determinados antes de
começar o processo produtivo.
4. ( ) O Custo-padrão não é uma ferramenta de motivação.
5. ( ) Contabilizar ou não o custo-padrão é uma decisão que fica a
critério da empresa.
6. ( ) A metodologia adotada deverá ser revista sempre que houver
mudanças no processo produtivo.
7. ( ) O Custo-padrão pode ser calculado com base no custo
departamental.
8. ( ) Podemos considerar o Custo-padrão como um sistema de
atribuição de custos indiretos aos produtos.

2) O conceito de Custo-padrão é:
a) Um custo planejado para determinado período, analisado cada fator
de produção em condições normais de fabricação.
b) Baseado na indexação do Custo Real, atualizando o mesmo apenas
para indexar o preço de venda do produto.
c) Não observa cada fator de produção, a fim de verificar os desvios
resultantes de sua comparação com o Custo Real.
d) N.d.a.

3) A Cia. Industrial Estrela S./A. apresentou os seguintes dados para


um de seus produtos:

Custos
Elementos Padrão Real Variações
Matéria-prima 100,00 120,00
Mão-de-obra 80,00 90,00
Gastos Gerais de Fabricação 30,00 15,00
Totais 210,00 225,00

148

148 6
9. CUSTOS PARA DECISÃO

Pede-se:
a) apurar as variações;
b) contabilizar todo o processo.

Matéria-Prima Mão de Obra


4.1.2 4.1.3

Gastos Gerais de Fabricação Custo de Produção


4.1.5 4.1.1

4. Uma empresa previu que gastaria 15 quilos de matéria-prima, a


um custo de R$ 45.000,00 o quilo, para produzir uma unidade de
determinado produto. Ao final do período, constatou que, embora
tivesse economizado 20% no preço do material, havia um gasto
de 20% a mais de material que o previsto. A variação do custo-
padrão da empresa é:

a) Desfavorável em $ 45.000,00
b) Desfavorável em $ 27.000,00
c) Favorável em $ 27.000,00
d) Favorável em $ 45.000,00

5. O estoque inicial de produtos acabados e o estoque de produtos


em elaboração, em unidades, era zero. Foram produzidas 7.200
unidades e 60% foram vendidas.

149

149 6
- Custo padrão por unidade de produto:
Custos Indiretos de Fabricação $ 2,50
Mão-de-Obra Direta $ 2,80
Material Direto $ 3,70
- Custo real apurado no final do período:
Custos Indiretos de Fabricação $ 18.000,00
Mão-de-Obra Direta $ 22.600,00
Material Direto $ 28.800,00

a) $ 38.880,00 e $ 25.920,00
b) $ 41.640,00 e $ 27.760,00
c) $ 32.360,00 e $ 37.040,00
d) $ 44.400,00 e $ 29.600,00

150

150 6
10 MÉTODOS DE CUSTEIO

Método de custeio é o conjunto de sistemas, procedimentos,


normas e papéis que visam orientar, padronizar e controlar as
atividades produtivas de uma empresa.

10.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Também conhecido como custeio pleno. Consiste em considerar


como Custo de Fabricação todos os custos incorridos no processo
de Fabricação, sejam eles Diretos (variáveis) ou Indiretos (fixos),
mediante o emprego de taxas de absorção.

No Brasil, somente pode ser utilizado o Custeio por Absorção


para fins de apuração do custo de Fabricação, conforme determina a
legislação do Imposto de Renda em vigor.

10.2 CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)

É o método de custear os produtos por margem de contribuição,


consiste em considerar como Custo de Fabricação (ou de produção)
apenas os custos ligados diretamente aos produtos. (matéria-
prima mais Mão-de-obra Direta). Os demais custos (GGF) serão
considerados com as Despesas Operacionais normais da empresa.

151

151 6
Esse método de custeio não segue os princípios fundamentais
de contabilidade, por isso não é reconhecido para efeitos legais. No
entanto, é de grande auxílio na tomada de decisões, sendo bastante
usado para fins gerenciais.

10.3 COMPARAÇÃO ENTRE O CUSTEIO POR


ABSORÇÃO E O CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)

CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)


Vendas Vendas
(-) Custo dos Produtos Vendidos (MT,MO,GGF) (-)Custos Variáveis (MP,MOD)
(-) Despesas Variáveis
(=) LUCRO BRUTO (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

(-) Despesas Operacionais (-) Custos Fixos (GGF)


Fixas (-) Despesas Fixas
Variáveis
(=) RESULTADO OPERACIONAL (=) RESULTADO OPERACIONAL

Exemplo:

A“Cia. Industrial Columbia S./A.”, apresenta os seguintes dados: A“Cia. S./A.”,

• Produção: 5.000 unidades totalmente acabadas •


• Custos Variáveis: $ 100.000 •
• Custos Fixos: $ 60.000 •
• Despesas Variáveis: $ 5.000 •
• Despesas Fixas: $ 50.000 •
• Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração •
• Não há estoques iniciais de produtos acabados •
• Vendas Líquidas: 4.000 unidades a $ 80 cada uma = $ 320.000 •

152

152 6
10. MÉTODOS DE CuSTEIO 10. MÉTODOS DE CuSTEIO

CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL) CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)

Custos Fixos 60.000 CUSTOS VARIÁVEIS DE Custos Fixos 60.000 CUSTOS VARIÁVEIS DE
Custos Variáveis 100.000 PRODUÇÃO 100.000 Custos Variáveis 100.000 PRODUÇÃO 100.000
CUSTO DA PRODUÇÃO 160.000 (-) Estoque Final (2) (20.000) CUSTO DA PRODUÇÃO 160.000 (-) Estoque Final (2) (20.000)
(-) Estoque Final (1) (32.000) (-) Estoque Final (1) (32.000)
CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 128.000 CVV (Custo Variáveldas Vendas) 80.000 CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 128.000 CVV (Custo Variáveldas Vendas) 80.000

Vendas Líquidas 320.000 Vendas Líquidas 320.000 Vendas Líquidas 320.000 Vendas Líquidas 320.000
(-) CPV (128.000) (-) CVV (80.000) (-) CPV (128.000) (-) CVV (80.000)
(-) Despesas Variáveis ( 5.000) (-) Despesas Variáveis ( 5.000)
LUCRO BRUTO 192.000 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 235.000 LUCRO BRUTO 192.000 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 235.000

(-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais
Despesas Fixas (50.000) Custos Fixos (60.000) Despesas Fixas (50.000) Custos Fixos (60.000)
Despesas Variáveis ( 5.000) Despesas Fixas (50.000) Despesas Variáveis ( 5.000) Despesas Fixas (50.000)
(55.000) (110.000) (55.000) (110.000)
LUCRO LÍQUIDO 137.000 LUCRO LÍQUIDO 125.000 LUCRO LÍQUIDO 137.000 LUCRO LÍQUIDO 125.000

1- Fabricou 5.000 unidades e vendeu 2- Fabricou 5.000 unidades e vendeu 1- Fabricou 5.000 unidades e vendeu 2- Fabricou 5.000 unidades e vendeu
apenas 4.000 apenas 4.000 apenas 4.000 apenas 4.000
($ 160.000 ÷ 5.000 x 1.000, = $ 32.000) ($ 100.000 ÷ 5.000 x 1.000, = $ 20.000) ($ 160.000 ÷ 5.000 x 1.000, = $ 32.000) ($ 100.000 ÷ 5.000 x 1.000, = $ 20.000)

Obs.: A diferença é explicada pelo fato do Custeio por Absorção Obs.: A diferença é explicada pelo fato do Custeio por Absorção
considerar os Custos Fixos na composição dos produtos; e o Custeio considerar os Custos Fixos na composição dos produtos; e o Custeio
Direto (ou variável) considerá-lo como Despesas Operacionais: CF Direto (ou variável) considerá-lo como Despesas Operacionais: CF
$ 60.000 ÷ 5.000 = $ 12,00 × 1.000* = $ 12.000,00 $ 60.000 ÷ 5.000 = $ 12,00 × 1.000* = $ 12.000,00

* Diferença entre a quantidade produzida e a vendida (5000 – 4000 = 1000). * Diferença entre a quantidade produzida e a vendida (5000 – 4000 = 1000).

EXERCÍCIOS: EXERCÍCIOS:

1) Uma Indústria que apura o custo de produção levando em consideração 1) Uma Indústria que apura o custo de produção levando em consideração
todos os custos incorridos (MT + MO + GGF), adota o método: todos os custos incorridos (MT + MO + GGF), adota o método:
a ) Peps a ) Peps
b ) Custeio por absorção b ) Custeio por absorção
c ) Custeio padrão c ) Custeio padrão
d ) Custeio direto (ou variável) d ) Custeio direto (ou variável)

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Introd_a_Contabilidade_2013.indd 153 07/03/13 16:56 Introd_a_Contabilidade_2013.indd 153 07/03/13 16:56


2) Uma Indústria que apura o custo de produção levando em consideração
apenas a Matéria-prima e a Mão-de-obra Direta, adota o método:
a ) Média ponderada móvel
b ) Custeio Departamental
c ) Custeio direto (ou variável)
d ) Custo de Oportunidade

3) A legislação brasileira adota como método legal de apropriação de


custos aos produtos:
a ) Custeio paralelo
b ) Custeio direto (ou variável)
c ) Custeio padrão
d ) Custeio por absorção

4) O método de Custeio conhecido por “Direto (ou Variável)” é muito “Direto Variável)”
útil para:
a ) Apresentar para a fiscalização
b ) Tomada de decisões gerenciais
c ) O primeiro método de custeio da história
d ) Considerar os custos por valores estimados

5) Associe corretamente:
( a ) Custo-Padrão
( b ) Custo Departamental
( c ) Custo por Absorção
( d ) Custo Direto (ou Variável)
1. ( ) Apropria todos os custos de produção aos produtos
2. ( ) Apropria custos estimados aos produtos
3. ( ) Considera os departamentos na estrutura de apuração de custos
4. ( ) Apropria apenas a Matéria-prima e a Mão-de-obra direta aos
produtos
5. ( ) Aceito pela legislação como método oficial de apropriação de
custos
6. ( ) Muito útil para tomada de decisões gerenciais
7. ( ) Distribui os custos aos departamentos para posterior
apropriação aos produtos
8. ( ) Usado na montagem de orçamentos empresariais
9. ( ) Sistema de atribuição de custos indiretos aos produtos

154

154 6
10. MÉTODOS DE CUSTEIO

6) A “Cia. Industrial Miami Ltda.”, apresenta os seguintes dados: A “Cia. Industrial Miami Ltda.”, apresenta os seguintes
• Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas •
• Custos Variáveis: $ 20.000 •
• Custos Fixos: $ 12.000 •
• Despesas Variáveis $ 4.000 •
• Despesas Fixas: $ 6.000 •
• Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração •
• Não há estoques iniciais de produtos acabados •
• Vendas Líquidas: 800 unidades a $ 60 cada uma = $ 48.000 •

Pede-se:
Demonstre o Resultado e o Estoque Final pelos métodos:
a) Custeio por Absorção.
b) Custeio Direto ou Variável.
c) Justifique a diferença do Resultado, e do Estoque Final.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)


Custos Fixos
Custos Variáveis CUSTOS VARIÁVEIS DE
CUSTO DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO
(-) Estoque Final (-) Estoque Final
CPV (Custo dos Produtos Vendidos) CVV (Custo Variável das Vendas)

Vendas Líquidas Vendas Líquidas


(-) CPV (-) CVV
(-) Despesas Variáveis
LUCRO BRUTO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

(-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais


Despesas Fixas Custos Fixos
Despesas Variáveis Despesas Fixas

LUCRO LÍQUIDO LUCRO LÍQUIDO

7) A “Cia. Industrial Flórida S./A.”, apresenta os seguintes dados: A “Cia. Industrial Flórida S./A.”, apresenta os seguintes
• Produção: 2.000 unidades totalmente acabadas •
• Custos Variáveis: $ 100.000 •
• Custos Fixos: $ 40.000 •
• Despesas Variáveis: $ 3.000 •
• Despesas Fixas: $ 9.000 •

155

155 6
• Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração •
• Não há estoques iniciais de produtos acabados •
• Vendas Líquidas: 1.600 unidades a $ 100 cada uma = $ 160.000 •

Pede-se:
Demonstre o Resultado e o Estoque Final pelos métodos:
a) Custeio por Absorção.
b) Custeio Direto ou Variável.
c) Justifique a Diferença do Resultado, e do Estoque Final.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)
Custos Fixos
Custos Variáveis CUSTOS VARIÁVEIS DE
CUSTO DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO
(-) Estoque Final (-) Estoque Final
CPV (Custo dos Produtos Vendidos) CVV (Custo Variável das Vendas)

Vendas Líquidas Vendas Líquidas


(-) CPV (-) CVV
(-) Despesas Variáveis
LUCRO BRUTO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

(-) Despesas Operacionais (-) Despesas Operacionais


Despesas Fixas Custos Fixos
Despesas Variáveis Despesas Fixas

LUCRO LÍQUIDO LUCRO LÍQUIDO

8 - Uma empresa obteve, no primeiro semestre de 20x2, uma Receita


com Vendas no montante de R$ 1.650.000,00, um Custo Variável de
Fabricação de R$ 720.000,00, uma Despesa Variável de Vendas de
R$ 135.000,00 e um Custo Fixo de Fabricação de R$ 320.000,00. A
Margem de Contribuição pelo Custeio Direto e o Resultado Bruto
pelo Custeio por Absorção no semestre são, respectivamente:
a) $ 475.000,00; $ 610.000,00
b) $ 610.000,00; $ 795.000,00
c) $ 795.000,00; $ 475.000,00
d) $ 795.000,00; $ 610.000,00

156

156 6
11 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

De um modo bem simples podemos conceituar a margem de


contribuição da seguinte forma:

A Margem de Contribuição é o valor que sobra das Vendas menos


o Custo dos Produtos Vendidos, ou

A Margem de Contribuição representa o valor que cobrirá os


Custos e Despesas fixas da empresa e proporcionará o lucro.

Como já temos a noção exata do conceito de Custos Fixos e


Custos Variáveis, para um melhor entendimento desse item temos que
saber agora o que vem a ser Despesas Fixas e Despesas Variáveis:

Despesas Fixas: são aquelas despesas pagas para o funcionamento


da empresa, independentemente do valor das vendas (Exemplo:
aluguel, água, luz etc.).

Despesas Variáveis: são aquelas despesas que são pagas em


razão do valor das vendas (Exemplo: Comissões sobre vendas,
impostos sobre vendas etc.).

Representação algébrica:
Margem de Contribuição Bruta: MC/b = RV – CDV –

Onde: MC/b = Margem de Contribuição Bruta


RV = Receitas de Vendas
CDV = Custos e Despesas Variáveis

157

157 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Margem de Contribuição Unitária: MC/u = PV/u – CDV/u –

Onde: MC/u = Margem de Contribuição Unitária


PV/u = Preço de Venda Unitário
CDV/u = Custos e Despesas Variáveis Unitários

Exemplo:

Vendas: 5 unidades × $ 100,00 = $ 500,00


Custos e Despesas Variáveis: 5 unidades × $ 60,00 = $ 300,00

MC/b = RV – CDV –

MC/b = 500,00 – 300,00 = 200,00 –

MC/u = PV/u – CDV/u –

MC/u = 100,00 – 60,00 = 40,00 –

EXERCÍCIOS

1) A “Cia Industrial Simplesinha S/A” apresentou o seguinte “Cia S/A”


movimento:

Vendas: 2.000 unidades × $ 32,00 = $ 64.000,00


Custos e Despesas Variáveis: 2.000 unidades × $ 20,00 = $ 40.000,00

Pede-se:
 qual a margem de contribuição bruta. 
 qual a margem de contribuição unitária. 

2) Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados:

Receita Total: 10.000 unidades = $ 200.000,00


Custos e Despesas Variáveis: 10.000 unidades = $ 150.000,00

158

158 6
11. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Pede-se:
a) o preço de venda unitário;
b) o custo variável unitário;
c) a margem de contribuição unitária;
d) a margem de contribuição bruta.

159

159 6
160 6
12 RELAÇÕES DE
CUSTO/VOLUME/LUCRO

O Planejamento do lucro exige uma compreensão das


características dos custos e de seu comportamento em diferentes
níveis operacionais.
A relação entre os custos e as receitas em diferentes níveis de
atividades pode ser representada gráfica e algebricamente.
Ademonstração de resultado do exercício reflete o lucro somente
em determinado estágio das vendas, não se prestando à previsão de
lucros em diferentes níveis de atividade.

12.1 PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio indica o momento em que o valor das


vendas é suficiente para cobrir todos os custos e as despesas. Neste
momento, o lucro da empresa é igual a zero.

Exemplo: A “Cia. Industrial Polinésia S./A.” apresentou os Exemplo: A “Cia. Industrial Polinésia S./A.” apresentou os
seguintes dados:

100,00 – Preço de Venda Unitário – PV/u – –


(60,00) – Custo e Despesas Variável Unitário – CDV/u – –
40,00 – Margem de Contribuição Unitária – MC/u – –
200,00 – Custos e Despesas Fixas – CDF – –

Quantas unidades terão que ser vendidas para que a Cia. atinja
o ponto de equilíbrio? Ou quantas margens de contribuição serão
necessárias para cobrir os custos e as despesas fixas?

161

161 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Unidades 0 1 2 3 4 5 6 7
Vendas ($) 0 100 200 300 400 500 600 700
CDV ($) (0) (60) (120) (180) (240) (300) (360) (420)
Mc ($) (0) 40 80 120 160 200 240 280
CDF ($) (200) (200) (200) (200) 200 (200) (200) (200)
Resultado: (200) (160) (120) (80) (40) 0 40 80

Diante dos dados apresentados constata-se que quando a empresa


vender 5 unidades atingirá seu ponto de equilíbrio, ou seja, a margem
de contribuição ($ 200) será suficiente para cobrir seus custos e
despesas fixas ($ 200). Observe que a partir da unidade 6, o resultado
será sempre ($ 40), da unidade 7, o resultado será ($ 40 + $ 40 = $ 80),
indicando que com base nesse ponto, para cada unidade vendida terá
sempre como resultado uma margem de contribuição, pois os Custos
e as Despesas Fixas já foram cobertos quando da venda da unidade 5).

Entretanto, esse processo é muito penoso. Imaginem se


tivéssemos que utilizar essa metodologia numa situação em que
o ponto de equilíbrio seria atingido na unidade 10.000. Seria
impraticável, não é mesmo?

Para facilitar esse cálculo poderemos nos utilizar de fórmulas


que tornam esta atividade extremamente prática e agradável, às quais
passaremos doravante a estudar.

Como já vimos anteriormente, a empresa está no ponto de


equilíbrio quando ela não tem lucro ou prejuízo; nesse ponto, as
receitas totais são iguais aos custos e despesas totais.

12.2.1 – Representação gráfica –

• Os custos fixos em qualquer volume de atividade são constantes e •


podem ser representados por uma reta paralela ao eixo horizontal.
Nesse caso, para produzir 5 unidades, os Custos Fixos eram de
$ 200,00.
162

162 6
12. RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO

• Já os custos variáveis, à medida que aumenta o volume de atividade, •


também aumentam proporcionalmente $ 60,00 (5 × 60,00 =300,00).

Custos e despesas totais


CDT

$500,00
Variáveis

$200,00
Fixos

0 5 qt

A reta dos custos e das despesas totais sai do nível de $ 200,00,


que representa os custos e despesas fixos, pois independentemente
do nível de atividade, os custos e as despesas totais aumentam, pois
aumentam os custos e as despesas variáveis. No nível de 5 unidades,
os custos e as despesas totais são de $ 500,00.

Receita Total
RT

$500,00

0 5 qt.

A receita total pode ser representada por uma reta ascendente, pois à
medida que aumentam as quantidades vendidas, aumenta a receita total.
No nível de 5 unidades, a Receita Total é de $ 500,00 (5 unid. × 100,00).

Gráfico do Ponto de Equilíbrio

Sobrepondo o gráfico da receita total sobre o gráfico dos custos


e das despesas totais no ponto em que a reta da receita total cruzar

163

163 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

com a reta dos custos e despesas totais, a empresa não terá lucro nem
prejuízo e será seu ponto de equilíbrio. Se a empresa vender uma
unidade a mais, ela passará a ter lucro, e se vender uma unidade a
menos, passará a ter prejuízo.
RT
$ CDT

$500,00 PE

} CDV
$200,00
} CDF

0 5 qt.
Legenda:
PE – ponto de equilíbrio –
RT – receita total –
CDT – custos e despesas totais –
CDV – custos e despesas variáveis –
CDF – custos e despesas fixas –

12.2.2 - Representação algébrica:


PE (q) = CDF PE ($) = CDF
Mc/u Mc/u
Pv/u
Pv/u

PE (q) = 200,00 = 5
40,00
PE ($) = 200,00
40,00
100,00

PE ($) = 200,00
0,40

PE ($) = 500,00

164

164 6
12.2.3 - Representação Contábil:

Vendas (5 unid. × $ 100,00) 500.00


(–) CPV – Custos e Despesas Variáveis(5 unid. × $ 60.00) (300.00) – –
Margem de Contribuição 200,00
(–) Custos e Despesas Fixas (200,00) –
Resultado 0,00

Obs.: No ponto de equilíbrio o resultado será sempre igual a zero.

Com os conhecimentos até aqui adquiridos, vamos desenvolver


outro exemplo.
Dados da “Cia Industrial Nova Esperança Ltda”, em que temos: “Cia Ltda”,

Vendas (100.000 unid. × 8,00) 800.000,00


CDV (100.000 unid. × 4,00) (400.000,00)
Margem de Contribuição 400.000,00
Custos e Despesas Fixas (160.000,00)
Lucro Líquido 240.000,00

Ponto de Equilíbrio em Quantidade:

PE (q) = CDF
Mc/u

PE (q) = 160.000 = 40.000


4,00

Ponto de Equilíbrio em Valor:

PE ($) = CDF
Mc/u
Pv/u

PE ($) = 160.000 = $ 320.000,


0,50

165

165 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

• os custos fixos em qualquer volume de atividade são constantes e •


podem ser representados por uma reta paralela ao eixo horizontal.
Nesse caso para produzir 40.000 unidades os Custos Fixos eram
de $ 160.000.

• já os custos variáveis, à medida que aumenta o volume de atividade, •


também aumentam proporcionalmente $ 160.000 (40.000 × 4,00)

Custos e despesas totais


CDT

$320.000
Variavéis

$160.000

0 40.000 qt

A reta dos custos e das despesas totais sai do nível de $ 160.000,


que representa os custos e as despesas fixas, pois independentemente
do nível de atividade, os custos e as despesas totais aumentam, pois
aumentam os custos e as despesas variáveis. No nível de 40.000
unidades, os custos e as despesas totais são de $ 320.000.

Receita Total

RT

$320.000

0 40.000 qt.

166

166 6
12. RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO

A receita total pode ser representada por uma reta ascendente,


pois à medida que aumentam as quantidades vendidas, aumenta a
receita total. No nível de 40.000 unidades, a Receita Total é de
$ 320.000 (40.000 unid. × 8,00)

Gráfico do Ponto de Equilíbrio

Sobrepondo o gráfico da receita total sobre o gráfico dos custos


e das despesas totais no ponto em que a reta da receita total cruzar
com a reta dos custos e despesas totais, a empresa não terá lucro nem
prejuízo e será seu ponto de equilíbrio. Se a empresa vender uma
unidade a mais, ela passará a ter lucro, e se vender uma unidade a
menos, passará a ter prejuízo.
RT
$ CDT

$320.000 PE

$160.000
} CDV

} CDF

0 40.000 qt.

Legenda:
PE – ponto de equilíbrio –
RT – receita total –
CDT – custos e despesas totais –
CDV – custos e despesas variáveis –
CDF – custos e despesas fixas –

Representação contábil:

Vendas (40.000 unid × $ 8,00) 320.000


(–) Custos e Despesas Variáveis (40.000 unid.× 4,00) (160.000) –
Margem de Contribuição 160.000
(–) Custos e Despesas Fixas (160.000) –
Resultado 0,00

167

167 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

Obs.: Como já visto anteriormente, no ponto de equilíbrio o resultado


será sempre igual a zero.

EXERCÍCIOS:

1) A Cia. Industrial Paulistana Ltda. apresentou as seguintes


informações:

$ 200,00 – Preço de Venda Unitário –


$ 120,00 – Custos e Despesas Variáveis Unitário –
$ 80,00 – Margem de Contribuição Unitária –
$ 6.000,00 – Custos e Despesas Fixas Totais –

Pede-se:
a) calcular o ponto de equilíbrio algebricamente (quantidade e valor);
b) demonstrar graficamente;
c) demonstrar pela DRE (Demonstração do Resultado do Exercício).

2) ACia. Industrial Porto Seguro Ltda., apresentou os seguintes dados:

$ 2.000,00 – Preço de Venda Unitário –


$ 800,00 – Margem de Contribuição Unitária –
$ 900.000,00 – Custos Fixos Total –

Pede-se:
a) calcular o ponto de equilíbrio Algebricamente (quantidade e valor);
b) demonstrar graficamente;
c) demonstrar pela DRE.

3) Na produção de 100.000 unidades de um produto X, são incorridos


custos variáveis de $ 1.500.000,00, sendo os custos fixos de $ 900.000,00
e o preço unitário de venda de $ 25,00. Indique o ponto de equilíbrio:
a) 120.000 unidades.
b) 90.000 unidades.
c) 60.000 unidades.
d) 50.000 unidades.

168

168 6
12. RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO

4) Uma indústria produz e vende apenas dois tipos de bolsa. A do


tipo exportação apresenta uma margem de contribuição unitária de
$ 30,00 e a do tipo nacional, de $ 50,00. Os custos fixos totalizam
$ 2.100.000,00 por mês, rateados de acordo com a margem de
contribuição total, de cada tipo de produto. A indústria tem vendido
seus produtos conjuntamente, nas seguintes quantidades mensais:

Bolsa tipo exportação: 70.000 unidades.


Bolsa tipo nacional: 42.000 unidades.

Considerando os dados, o ponto de equilíbrio de cada produto é:

a b c d
Exportação: 14.000 8.750 21.000 35.000
Nacional: 14.000 14.000 21.000 21.000

5. A Empresa Tauru’s S.A. produz e vende 40 unidades mensais de Tauru’s


um determinado produto, apurando os dados abaixo:

Preço de venda unitário R$ 32.000,00


Custos e despesas variáveis unitários R$ 16.000,00
Custos e despesas fixas R$ 80.000,00
Demonstração de Resultados
Receita de Vendas R$ 1.280.000,00
(  ) Custos e Despesas Variáveis R$ 640.000,00 
( = ) Margem de Contribuição R$ 640.000,00
(  ) Custos e Despesas Fixas R$ 80.000,00 
( = ) Resultado Operacional R$ 560.000,00

Com base nesses dados, indique o ponto de equilíbrio em quantidades


e em valor, respectivamente.
a) 3 unidades e 96.000,00
b) 4 unidades e 128.000,00
c) 5 unidades e 160.000,00
d) 6 unidades e 192.000,00

169

169 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

12.3 MARGEM DE SEGURANÇA

É a quantia (ou %) das vendas que excede as vendas da empresa


no ponto de equilíbrio.

A margem de segurança representa quanto as vendas podem cair


sem que a empresa incorra em prejuízo e pode ser expressa em valor,
unidade ou percentual.
% MS = _ % Margem de Lucro
% Margem de Contribuição

Usando os mesmos dados da Cia Industrial Nova Esperança Ltda:

% Margem de Lucro = $ 240.000 ÷ $ 800.000 = 0,30

% Margem de Contribuição = $ 400.000 ÷ $ 800.000 = 0,50

% MS = 0,30 ÷ 0,50 = 0,60 ou 60%

Se a empresa Vendeu 100.000 unidades, essas vendas podem


cair em 60%, ou seja, até 40.000 unidades, para a empresa ficar no
ponto de equilíbrio.

Margem de segurança em quantidade = 0,60 × 100.000 unidades = 60.000


Margem de segurança em valor = 0,60 × $ 800.000 = $ 480.000

6) A“Cia Industrial Portal do Leste Ltda” apresentou os seguintes dados: A“Cia Ltda”
Itens $ %
Vendas 600.000, 100
Custos Variáveis (420.000,) 70
Margem de Contribuição 180.000, 30
Custos Fixos (162.000,) 27
Lucro 18.000, 3

170

170 6
12. RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO

Pede-se:
a) calcular a Margem de Segurança (%);
b) se as vendas caírem 10%, a empresa chegará em qual ponto de
equilíbrio ($)?

OPERACIONAL

É o índice que relaciona o aumento percentual nos lucros com


o aumento percentual na quantidade vendida em determinado nível
de atividades.

Aumento % no Lucro
GAO = – –
Aumento % nas Quantidades

Usando os mesmos dados da Cia Industrial Nova Esperança Ltda.

Situação Atual Aumento de 10% nas Quantidades


Vendidas 100.000 x $ 8,00 800.000 110.000 x 8,00 880.000
(-) 100.000 x $ 4,00 400.000 (-) 110.000 x $ 4,00 440.000
MC 400.000 MC 440.000
(-) CF (160.000) (-) CF (160.000)
LUCRO 240.000 LUCRO 280.000

% aumento nos lucros $ 280.000 ÷ $ 240.000 = 17%

% aumento nas vendas $ 880.000 ÷ $ 800.000 = 10%

17%
GAO = = 1,7
10%

A um acréscimo de 10% no volume de atividades correspondeu


um aumento de 17% no resultado, com uma alavancagem de 1,7 vezes.

A cada 1% de acréscimo sobre seu atual volume de 100.000


unidades, corresponderá um acréscimo de 1,7% sobre o seu atual
resultado.

171

171 6
EXERCÍCIO

7) A Cia. Industrial Portal do Oeste S./A. apresentou os seguintes


dados:
Situação Atual Aumento de 20% nas Quantidades
Vendidas 100.000 x $ 6,00 600.000 120.000 x $ 6,00 720.000
(-) 100.000 x $ 4,00 (400.000) (-) 120.000 x $ 4,00 (480.000)
MC 200.000 MC 240.000
(-) CF (120.000) (-) CF (120.000)
LUCRO 80.000 LUCRO 120.000

Pede-se:
a) % aumento nos lucros $ ÷ = %

b) % aumento nas vendas $ ÷ = %

%
GAO = =
%

A um acréscimo de % no volume de atividade correspondeu


um aumento de % no resultado, com uma alavancagem de
vezes.

172

172 6
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS:

CAPÍTULO 1

1) 1e, 2b, 3d, 3a, 5c.

2) 2, 4, 5, 7, 9, 14, 16, 19, 22

3) Industriais ... Comercial ... Prestação de Serviços

4) 1a, 2b, 3c, 4b, 5a, 6b, 7c, 8b, 9a, 10c.

5) Compreende a soma dos gastos com materiais, mão-de-obra e


gastos gerais de fabricação, aplicados no processo de fabricação
de outros bens.

6) Custos compreende a soma dos gastos com materiais, mão- de-


obra e gastos gerais de fabricação, aplicados no processo de
fabricação de outros bens. Despesas compreendem estes mesmos
gastos, porém relacionados às áreas não produtivas da empresa.
Investimentos são os gastos com a obtenção de bens de uso da
empresa e, principalmente aqueles destinados à produção.

7) No momento em que é transferido para a produção.

8) Desembolso

9) 1i, 2i, 3c, 4d, 5i, 6c, 7c, 8c, 9i, 10d, 11i, 12c, 13c, 14d, 15i, 16c,
17d, 18i, 19d, 20d, 21d, 22c.

10) Matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação.

11) Madeira – fábrica de móveis –


Ferro – fábrica de armas –
Couro – fábrica de bolsas –

173

173 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

12) Cola - calçados


Parafuso - motores
Verniz - móveis

13) Papelão – eletrodomésticos –


Lata – Produtos alimentícios –
Plástico – Refrigerantes –

14) Mão-de-obra

15) Gastos gerais de fabricação

16) 1MP, 2GGF, 3MS, 4GGF, 5MP, 6GGF, 7ME, 8MO, 9MO, 10MP,
11GGF, 12ME, 13MP, 14MS, 15MS, 16MO, 17MP, 18MS, 19MP,
20ME, 21MS, 22MP).

17) 2, 3, 5, 4, 6, 1, 8, 7.

18) indiretos...variáveis..

19) Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A I D D I D I I DI I I I I I I I D I I D
B F V V F V F F VF F F F F F F F V F F V

20) a. 45,50 b. 43,70 c. 1,80 d. 23,70 e. 20,00 f. 1,80

21) a. 95,50 b. 40,00 c. 28,40 d. 135,50 e. 28,40 f.163,90

22) a. 360,00 b. 220,00 c. 45,00 d. 580,00 e. 45,00 f. 45,00


g. 580,00 h. 625,00

23) MP = 20.000, + 100.000, – 30.000, = 90.000, –


MS = 10.000, + 50.000, – 20.000, = 40.000, –
ME = 5.000, + 20.000, – 10.000, = 15.000, –

24) a. 200.000, + 300.000, = 500.000,


b. 300.000, + 400.000, = 700.000,

174

174 6
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

c. 200.000, + 300.000, + 400.000, = 900.000,


d. 50.000, + 900.000, – 150.000, = 800.000, –
e. 100.000, + 800.000, – 200.000, = 700.000, –
f. 800.000, – 700.000, = 100.000, –

25) a) Custo dos Materiais Aplicados na Produção;


MT = EI + C – EF –
MP: 13.000, + 50.000, – 16.000, = 47.000, –
MS: 12.000, + 18.000, – 13.000, = 17.000, –
ME 11.000, + 16.000, – 12.000, = 15.000, –
Total 79.000,

b) Custo Primário;
CP = MP + MOD 47.000, + 40.000, = 87.000,

c) Custo de Transformação;
CT = MO + GGF 60.000, + 50.000, = 110.000,

d) Custo de Produção do Período;


CPP = MT + MO + GGF 79.000, + 60.000, + 50.000, = 189.000,

e) Custo da Produção Acabada;


CPA = EIPE + CPP – EFPE 15.000, + 189.000, – 25.000, = 179.000, – –

f) Custo dos Produtos Vendidos;


CPV = EIPA + CPA – EFPA (20.000, + 179.000, – 30.000, = 169.000) – –

g) Resultado com Venda de Produtos.


RVP = VP – CPV 200.000, – 169.000, = 31.000, – –

26) 309.900, – Estoque de Produtos em Elaboração –


559.800, – Estoque de Produtos Acabados –

27) A) d; B) b; C) b

175
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

28) ( 2 ) Material escolar ( 1 ) Vagão


( 1 ) Foguete espacial ( 2 ) Teclado
( 1 ) Turbina hidroelétrica ( 2 ) Sucos
( 2 ) Monitor de vídeo ( 2 ) Chocolate
( 2 ) Eletrodomésticos ( 1 ) Estrutura metálica pesada
( 1 ) Avião ( 2 ) Aparelho telefônico
( 2 ) Material fotográfico ( 2 ) Produtos de limpeza
( 1 ) Navio ( 1 ) Robô industrial
( 2 ) Remédio ( 2 ) CD’s CD’s
( 2 ) Veículos leves ( 2 ) Iogurte

29) 4.000, – Materiais –


800, – Mão-de-obra –
200, – GGF –
5.000, – Total –

30) 6.300, – Materiais –


3.000, – Mão-de-obra –
1.700, – GGF –
11.000, – Total –

CAPÍTULO 2

1) Não. O plano da empresa comercial não possui as contas necessárias


para registrar os fatos referentes ao processo de produção.

2) Esse plano possui um grupo de contas especialmente destinado ao


registro dos fatos relativos à produção.

3) Ativo; Passivo; Despesas; Custos; Receitas; Apuração de Resultado.

4) 1a, 2d, 3a, 4a, 5p, 6d, 7c, 8a, 9d, 10a , 11c, 12a, 13d, 14c, 15d, 16a,
17a, 18p, 19a, 20r, 21d, 22c, 23d, 24r, 25c, 26d, 27r, 28p, 29p, 30a.

176
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

CAPÍTULO 3

1) Peps ou Fifo Ueps ou Lifo Média Ponderada Móvel


(*) CMR 164.400 CMR 168.000 CMR 167.280
Estoque Final 116.400 Estoque Final 112.800 Estoque Final 113.520

(*) Custo dos materiais requisitados

CAPÍTULO 4

1) Compreende o trabalho do homem aplicado direta ou indiretamente


na produção.

2) Compreende os gastos com o pessoal que trabalha diretamente na


produção. Aquela facilmente identificada em relação aos produtos
fabricados. Exemplo: costureira.

3) Compreende os gastos com o pessoal que trabalha na área de


produção, sem interferir diretamente na fabricação dos produtos.
Aquela não facilmente identificada em relação aos produtos
fabricados. Exemplo: manutenção.

4) A mão-de-obra direta.

5) Salários, encargos sociais, férias, 13o salário, vale-transporte.

6) Resposta parcial: Produto J – 126.750, –


Produto K – 84.500, –
Produto L – 211.250, –

177
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

CAPÍTULO 5

1) Compreende todos os demais gastos decorrentes do processo de


fabricação.

2) Matéria-prima; mão-de-obra direta; unidades produzidas.

3) Aluguel, energia elétrica, depreciação, água, IPTU.

4) Resposta parcial: Produto J – 5.220, –


Produto K – 3.480, –
Produto L – 8.700, –

5) b.

6) d.

CAPÍTULO 6

1) a) Transferência de materiais para produção.


b) Transferência de produtos acabados para o estoque.

2) c.

3) Resposta parcial: a. 100.000,


b. 500,

4) t. Produto A: 952.000, – Produto B: 568.000, –


u. Produto A; 47,60 – Produto B: 56,80 –
v. 1.720.000,

5) w. Produto A: 466.000, – Produto B: 294.000, –


x. Produto A: 66,57 – Produto B: 98,00 –
y. 0,00
z. Lucro de 140.000,

178

178 6
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

CAPÍTULO 7

1) 1 c, 2 a, 3 f, 4 d, 5 b, 6 e.

2) Verdadeiro

3) Errado

4) b.

5)
a. b. c. d.
31.983, - Almoxarifado 117.347, - Cromeação 84.353, - Produto A (5.647,)- Produto A
23.947, - Controle de qualidade 182.653, - Montagem 191.293,- Produto B 11.293, - Produto B
93.100, - Cromeação 24.354, - Produto C (5.646,) - Produto C
150.970, - Montagem

6) a. 274.400, – Produto A –
235.200, – Produto B –

b. 94.500, – Produto A –
236.250, – Produto B –

c. 35.830, – Chefia de produção –


23.480, – Ambulatório médico –
47.050, – Montagem –
76.740, – Pintura –

d. 79.424, – Montagem –
103.676, – Pintura –

e. 103.856, – Produto A –
79.244, – Produto B –

f. 472.756, – Produto A –
550.694, – Produto B –

179

179 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

g. 33,77 – Produto A –
26,22 – Produto B –

7) b.

CAPÍTULO 8

1) Trata-se de um sistema analítico de atribuição dos custos indiretos


aos produtos baseados nas atividades.

2) É um conjunto de ações e esforços (materiais, mão-de-obra e gastos


gerais de fabricação) destinados à produção de bens.

3) Para custear uma atividade torna-se necessário descobrir todos


os recursos (MP, MO, GGF) que são utilizados na sua execução.

4) O conjunto de indicadores de medida de gastos de cada atividade.

5) A maneira como os produtos consumem as atividades.

6) Informatização constante, design e serviço de atendimento ao


cliente (SAC).

7) ( 3 ) Armazenamento de materiais
( 7 ) Reparo de máquinas
( 4 ) Testar produtos
( 1 ) Efetuar vendas
( 3 ) Receber materiais
( 5 ) Treinamento
( 4 ) Inspecionar produtos
( 2 ) Controle de cobrança
( 6 ) Programar produção
( 2 ) Efetuar pagamentos
( 8 ) Análise e conciliação

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180 6
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

8) 78.000, – Atividade “testar produtos” – Atividade “testar produtos”


52.000, – Atividade “ Inspecionar produtos” – Atividade “ Inspecionar produtos”

79.300, – Produto A –
50.700, – Produto B –

CAPÍTULO 9

1) 1v, 2f, 3v, 4f, 5v, 6v, 7f, 8f.

2) a.

3) Resposta parcial: 20,00 – Matéria-prima –


10,00 – Mão-de-obra –
(15,00) – Gastos gerais de fabricação –

4) c. Favorável R$ 27.000,00

5) b.

CAPÍTULO 10

1) b; 2) c; 3) d; 4) b;

5) 1c, 2a, 3b, 4d, 5c, 6d, 7b, 8a, 9b.

6) a. 12.400, – Resultado; 6.400, – Estoque final – –


b. 10.000, – Resultado; 4.000, – Estoque final – –
c.No método de absorção, o custo indireto das unidades em
estoque não é considerado no resultado.

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181 6
Introdução à Contabilidade e Análise de Custos

7) a. 36.000, – Resultado; 28.000, – Estoque final – –


b. 28.000, – Resultado; 20.000, – Estoque final – –
c. No método de absorção, o custo indireto das unidades em
estoque não é considerado no resultado.
8) d.

CAPÍTULO 11

1) 24.000, – Margem de contribuição total. –


12, – Margem de contribuição unitária. –
2) a. 20,00 b. 15,00 c. 5,00 d. 50.000,00

CAPÍTULO 12

1) Resposta parcial: a. 75 unidades;


$ 15.000,
2) Resposta parcial: a. 1.125 unidades;
$ 2.250.000,
3) b.

4) d.

5) c.

6) a. 10%; b. 540.000,

7) a. 50%; b. 20%
50%
GAO = = 2,5
20%
A um acréscimo de 20% no volume de atividade correspondeu um
aumento de 50% no resultado, com uma alavancagem de 2,5 vezes.

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BIBLIOGRAFIA

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de


custos. São Paulo, Atlas.

DUTRA, René Gomes. Custos - uma abordagem prática: São Paulo,


Atlas.

FRANCO, Hilário. Contabilidade industrial: São Paulo, Atlas.

LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos:


São Paulo, Atlas.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: São Paulo, Atlas.

NAKAGAWA, Massayuki. ABC custeio baseado em atividades: São


Paulo, Atlas.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos: São Paulo, Saraiva.

OLIVEIRA, Luís Martins de. Controladoria: São Paulo, Futura.

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