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UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
658.15
L111g La Torre, José Alfredo Pareja Gomez de
Gestão de Custos / José Alfredo Pareja Gomez de La Torre.
Indaial: UNIASSELVI, 2018.
129 p. : il.
ISBN 978-85-69910-89-3
1.Administração Financeira.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
José Alfredo Pareja Gomez de La Torre
APRESENTAÇÃO.....................................................................01
CAPÍTULO 1
Terminologia da Estrutura de Custos.................................9
CAPÍTULO 2
Dinâmica dos Custos Variáveis e Fixos................................41
CAPÍTULO 3
Métodos de Custeio...............................................................69
CAPÍTULO 4
Ponto de Equilíbrio e Precificação.....................................99
APRESENTAÇÃO
A correta análise de custos para qualquer organização economicamente ativa é
imperativa para manter o equilíbrio adequado no consumo de recursos necessários
às atividades nas operações. Assim, podermos dizer que a Gestão de Custos objetiva
a análise e controle do uso de recursos na execução das operações de qualquer
organização sejam de cunho industrial, comercial, de serviços e entidades públicas.
Caro(a) acadêmico(a)! Seja vindo e fique à vontade para ler, estudar e perguntar
ao longo de seus estudos. Desejo-lhe sucesso no estudo desta disciplina, que com
certeza poderá lhe ajudar na construção de seu conhecimento e aprimoramento de
competências.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
Terminologia da Estrutura de
Custos
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
ContextualiZação
A análise de custos para qualquer atividade econômica é uma ferramenta de
gestão e controle do uso de recursos. Uma gestão de custos eficaz traz clareza e
transparência à gestão de qualquer tipo de negócio. Neste capítulo estudaremos
como o consumo de recursos está diretamente vinculado à gestão de aquisições
e registro de custos. A correta compreensão de “custos” poderá nos levar a um
melhor entendimento dos próximos capítulos, e também às demais atividades de
análise de processos que serão estudados nas outras disciplinas deste curso.
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GESTÃO DE CUSTOS
Como na dinâmica
de um processo
industrial as Assim, como na dinâmica de um processo industrial as
organizações organizações comerciais e de serviços também possuem processos
comerciais e de produtivos, mas a ótica e definição dos custos e despesas podem ser
serviços também
possuem processos diferentes. Mas na sua essência é igual, isto é, o uso de recursos para
produtivos, mas a atividades essenciais deve ser classificado como custos e as de apoio
ótica e definição dos
custos e despesas como despesas. Conforme a seguinte figura, é possível observar os
podem ser diferentes. aspectos de como será esse registro de custos no setor da aeronáutica,
por exemplo:
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
• Solos agrícolas.
• Recursos hídricos.
• Recursos da flora.
• Recursos da fauna.
• Reservas minerais e não minerais.
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
FONTE: O autor
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
a) Custos de produção
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
Eis a grande diferença entre o que é custo e o que é despesa. Essa diferença
é importantíssima de se conscientizar e discernir. Em algumas ocasiões, discernir
o que é custo ou o que é despesa pode ficar difícil de definir. Para recordar:
o custo representa o consumo de recurso produtivo necessário durante os
processos de fabricação dos centros produtivos. Entretanto, a despesa identifica-
se como o consumo de recursos de apoio necessários para executar a produção,
exemplificando: sem o departamento de vendas e logística, a organização não
saberia para quem vender nem como distribuir sua produção. Neste quesito de
definir o que é custo e que é despesa é válida a reflexão exposta pelos autores
Silva e Lins (2013, p. 8):
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GESTÃO DE CUSTOS
Atividade de Estudos:
c) Investimento
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
a) Custos diretos
Além dos custos diretos relacionados aos insumos que serão incorporados
no processo de fabricação, também há custos diretos recorrentes do uso da mão
de obra. Em resumo, na análise dos custos diretos, tem-se o uso de Material
Direto (MD) e o uso de Mão de Obra Direta (MOD).
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
b) Custos indiretos
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
Atividade de Estudos:
ITENS CLASSIFICAÇÃO
Malha consumida
Aluguel de escritório e lojas
Depreciação equipamentos
Serviço de segurança instalações
Combustível veículos para entrega dos produtos
Salário costureiras
Depreciação galpão fábrica
Material de escritório consumido
Salário vendedores
Malha comprada
Salário supervisor de produção
Salário de auxiliar contábil
Energia elétrica fábrica
Material de escritório consumido
Compra equipamento
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
a) Avaliação de estoques
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GESTÃO DE CUSTOS
Este método pode ser exemplificado por meio de uma empresa industrial, na
qual a incorporação dos custos é feita pela contagem das requisições executadas
dos estoques de compras. Deste modo, a empresa consegue manter valores dos
estoques de maneira continua, conforme se pode observar a seguir:
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
R$ 60.000
25.000
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
Por ora, depois de ter feito o registro de cada um dos itens em estoques a
cada um dos produtos a serem produzidos (neste caso Produto A, B e C), eles
vão se incorporando à cadeia produtiva para terminar como Estoque de Produto
Acabado destes três produtos (A, B e C). O registro de custos dos estoques de
Produto Acabado irá ser apurado como Custo de Produto Vendido (CPV) quando
efetivamente acontecer a venda respectiva, somente neste momento é que o CPV
irá fazer parte da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme a ser
estudado nas próximas etapas.
Atividades de Estudos:
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
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GESTÃO DE CUSTOS
Algumas ConsideraçÕes
Ao longo deste capítulo abordamos algumas questões essenciais para o
entendimento da gestão de custos com seu vínculo direto às necessidades de
consumo de recursos para que as organizações economicamente ativas possam
executar suas diversas atividades.
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Capítulo 1 TERMINOLOGIA DA ESTRUTURA DE CUSTOS
ReferÊncias
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação do preço.
5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custo. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, Raimundo Nonato Souza; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos:
contabilidade, controle e análise. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
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GESTÃO DE CUSTOS
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C APÍTULO 2
Dinâmica dos Custos Variáveis e
Fixos
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
ContextualiZação
A dinâmica de custos faz parte integral da vida das organizações, é por meio
dessa dinâmica que as empresas conseguem lidar com o fator de uso de recursos
nas suas atividades operacionais. Neste capítulo, aprenderemos sobre essa
dinâmica, identificando a estrutura de custos própria para cada empresa. Toda
empresa deve saber identificar seus custos e o comportamento, como custos
variáveis e fixos.
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
• O modelo (A) – foram necessários mais minutos para produzir uma unidade,
10 minutos. Isto representa maior peso dos CIF das unidades produzidas do
modelo A, aliás, segundo a ponderação da produtividade horas-máquina,
este modelo leva 42,55% do tempo proporcional do uso das instalações.
• O modelo (B) – foram necessários menos minutos para produzir uma
unidade, 7,5 minutos. Isto representa menor peso dos CIF das unidades
produzidas do modelo B, aliás, segundo a ponderação da produtividade
horas-máquina, este modelo leva 31,92% do tempo proporcional do uso das
instalações.
• O modelo (C) – foi necessária uma menor quantidade de minutos para
produzir uma unidade, 6 minutos. Isto representa o menor peso dos CIF
das unidades produzidas do modelo C, aliás, segundo a ponderação
da produtividade horas-máquina, este modelo leva 25,53% do tempo
proporcional do uso das instalações.
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Até agora as situações expostas vêm sendo do uso de rateio para a apuração
dos Custos Indiretos Fixos (CIF) do setor industrial, mas em uma situação de
prestação de serviços, como poderia ser feito isso? Vamos analisar uma situação
específica dos serviços prestados por uma empresa do setor da aeronáutica. Para
aplicar o rateio poderíamos ter diversos critérios, mas vamos focar na seguinte
situação: se o centro de custos é definido pelo número de salas a serem utilizadas
dentro de um hangar para executar o serviço da empresa, logo, podemos ter a
distribuição dos CIF conforme essas salas.
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Uma vez que temos os valores referenciais para a distribuição dos CIF, podemos
aplicá-los para incorporação destes ao custo dos serviços prestados. Vamos supor
que a empresa oferece serviços de manutenção de aeronaves e helicópteros, e teve
custos de energia pelo valor de R$ 15.000,00. Como podemos fazer o rateio deste
gasto nos diferentes centros de custos do serviço prestado, conforme o critério de
uso de espaço? Isso pode ser feito por meio das porcentagens de distribuição de uso
desse espaço, ou seja, ratear esse custo CIF em função do uso de espaço, conforme
o quadro a seguir:
Fonte: O autor.
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Observe que cada sala/setor possui um custo de energia diferente, sendo que
as salas que possuem um maior custo de uso de energia são as de “Engenheira-
mecânica”, isso acontece porque esse setor possui somente três salas e tem o
peso de 32% do espaço necessário para seu funcionamento. Assim como qualquer
outro critério, o utilizado neste exemplo aplicou um ponto referencial, isto é, a
distribuição de espaço do hangar, sendo esse espaço o critério de ponderação
para o rateio dos CIF.
Devemos ressaltar que o critério poderia ser outro, cabe aí aos profissionais
que estão no serviço analisar o critério de rateio que seja o mais adequado as suas
necessidades de produção, porém, qualquer que seja o critério, sempre deve-se
ter um fundamento lógico e mensurável. Lembre-se, os custos a serem rateados
sempre devem ser Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Segundo Leone (2009,
p. 61), “os custos rateados são sempre custos indiretos, pois o rateio é realizado
mediante o emprego de critérios e taxas que resultam na divisão proporcional de
um montante global e comum”.
Uma vez que conhecemos o método para aplicar critérios de rateio, seja em
um processo industrial ou de serviços, a seguir vamos estudar como é feito o
processo de uso desse rateio para todos os Custos Indiretos Fixos (CIF). Pode
parecer um pouco laborioso, mas na verdade não é, apenas precisa-se utilizar
passos de cálculos bem definidos. Primeiramente, para poder ratear, deve-se
considerar o valor dos CIF e logo utilizar o critério de rateio, assim, o rateio servirá
como ponto referencial para incorporar todos os CIF para cada um dos produtos
e/ou serviços que vêm sendo produzidos. Para fazer isso, devemos levar em
consideração o seguinte cálculo referencial:
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
Segundo Crepaldi (2002, p. 18), “[...] os custos indiretos são os que, para
serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de
rateio”. Lembram quais eram os demais CIF de um processo de transformação
industrial? A seguir, vamos incorporar todos os CIF ao custo unitário de fabricação,
vamos lá?!
Conforme o que vem sendo estudado, para realizar a distribuição dos CIF
de cada um dos produtos a serem fabricados, devemos considerar primeiramente
a identificação da “proporcionalidade” do critério de rateio a ser aplicado, tais como:
horas-homem ou horas-máquina de uma indústria. Logo após ter selecionado o
critério de rateio, deve-se aplicar o rateio para todos os CIF, visando apurar o
custo unitário de cada um dos produtos.
Vamos supor que desejamos apurar o custo unitário na fabricação de dois tipos
de móveis, poltronas e sofás: Produto 1 e Produto 2. No quadro a seguir, temos os
custos diretos de fabricação, o custo total CIF e o critério de rateio a se aplicar:
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Agora sim, com essas porcentagens podemos usar o rateio dos CIF na
incorporação dos custos aos produtos. Esse cálculo das porcentagens será feito
da seguinte maneira:
Com essa ponderação dos CIF entre os dois produtos, podemos incorporá-
los ao custo unitário de produção, conforme a seguir:
Fonte: O autor.
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Produto 1, custo unitário de R$ 604,62, isto é: Custo Unitário = Custos Indiretos + CIF
Unidades Pr oduzidas
Custo Unitário, Produto 1 = 47.000 + 31.600 = R$ 604,62
130
Essa análise é feita por meio da classificação dos custos fixos e variáveis.
Uma vez que estudamos a diferenciação entre Custos Diretos e Custos Indiretos
de Fabricação (CIF), será mais fácil visualizar a estrutura de custos por meio da
separação dos custos entre fixos e variáveis.
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
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GESTÃO DE CUSTOS
A dinâmica dos custos que vem sendo observada no quadro anterior ficaria
incompleta se não analisarmos o comportamento do custo unitário à medida que
vai mudando a produção. Se verificarmos novamente, vamos ver que os custos
totais vão aumentando de maneira diferente à medida que a produtividade se
aproxima da sua máxima capacidade, no caso exposto, 1.000 unidades.
Isso quer dizer que esse aumento vai sendo complementado, em termos
proporcionais, com o aumento dos custos variáveis “totais”. Essa dinâmica
acontece em função de que os custos fixos ficam iguais e vão se somando aos
custos variáveis para cada patamar de produção, nesse sentido:
Esse comportamento dos custos fixos mais variáveis fica mais evidente
quando observarmos os custos unitários, conhecido como custo médio, para
cada um dos níveis de produção expostos no quadro a seguir:
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Observe como o custo médio vai ficando mais baixo à medida que aumentar
a produção, porém, a sua queda é cada vez menos acentuada à medida que a
produção vai se aproximando da sua máxima capacidade. Esse custo médio vem
a ser o custo unitário em função do nível de produção, agora:
Assim, observe que o custo médio por unidade produzida nunca fica igual,
mas ele vai mudando à medida que vão mudando também as quantidades
produzidas. Esse custo médio é apurado da seguinte maneira:
Fonte: O autor.
R$2.000
100 Unidades produzidas Custo Fixo Unitário = R$ 20,00
100
R$2.000
200 Unidades produzidas Custo Fixo Unitário = R$ 10,00
200
R$2.000
500 Unidades produzidas Custo Fixo Unitário = R$ 4,00
500
R$2.000
600 Unidades produzidas Custo Fixo Unitário = R$ 3,33
600
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GESTÃO DE CUSTOS
Nesta análise da dinâmica dos custos fixos, podemos conferir um fato quase
evidente para o sentido comum, isto é, quanto maiores forem a produção e a
venda, maior será a chance de aproveitar a capacidade instalada para gerar lucro.
O objetivo aqui é de visualizar em termos de estrutura de custos o “como” vai
acontecendo isso, objetivando estruturar os custos para análises de gestão mais
complexas, sejam para o setor industrial, de comércio ou de serviços, conforme
observaremos nas seções seguintes.
DePartamentaliZação e Centros de
Custos
Nos tópicos anteriores, estudamos que as empresas possuem diversos tipos
de custos, devendo classificá-los entre custos fixos e variáveis. Além disso, muitas
empresas de porte médio e grande precisam planejar seus custos, desde vários centros
operativos e/ou departamentos. Todavia, dentro de um mesmo centro produtivo pode
existir mais de um centro de custos, levando em consideração a estrutura destes,
ligados aos diversos departamentos, que sempre estão inter-relacionados.
Assim, cada departamento faz parte de seu próprio centro de custos, com
sua própria dinâmica de custos diretos e rateio dos custos indiretos. Em termos
de gestão de custos, a apuração de custos por departamento é conhecida como
departamentalização de custos.
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
DIRETORIA
Inseticidas
Xaropes
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GESTÃO DE CUSTOS
Diante do exposto, fica claro que o custeio por Atividade ABC foca no ra-
teio de custos indiretos e de despesas que geram apoio aos centros de produção.
Exemplificando, vamos supor que uma empresa fabrica três produtos (ZA, ZB,
ZC). Cada um deles possui seu próprio centro de custos diretos com seu respec-
tivo rateio de custos indiretos e despesas por departamento. Para sua produção,
a empresa tem quatro grandes galpões onde acontece o processo de transforma-
ção, e procura estabelecer os custos de seus produtos em cada um dos galpões.
Para atingir esse objetivo, de estabelecer custos por produto e por galpão, a
empresa levanta a classificação de custos por meio da departamentalização para
cada um dos galpões. Com isso, o resultado será a apropriação de custos para
cada unidade produtiva (galpão) e produto. No quadro a seguir, apresenta-se o
sistema de custos antes de usar o custeio ABC por departamentalização:
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
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GESTÃO DE CUSTOS
a) Acumulação de custos
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
b) Custos predeterminados
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GESTÃO DE CUSTOS
Atividades de Estudos:
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 2 DINÂMICA DOS CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo, abordamos alguns conceitos bem interessantes para
podermos enquadrar na lógica da análise de custos. Um desses conceitos é saber
identificar os custos indiretos (ou fixos) que precisam ser incorporados ao custo
de produção, isso pode ser feito por meio dos objetos de custos e o rateio desses
custos indiretos. Para entender mais um pouco sobre a identificação de custos
pelo seu comportamento, convido você a acessar o site portal da contabilidade:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custos_direitos.htm>.O
entendimento claro e diferenciação respectiva entre custos diretos e indiretos irá
nos ajudar bastante no desdobramento do próximo capítulo, que abordará temas
interessantes sobre sistemas de custos.
ReferÊncas
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
MAUSS, Cesar V.; SOUZA, Marcos Antonio de. Gestão de custos aplicada ao
setor público. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, Raimundo Nonato Souza; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de Custos:
Contabilidade, Controle e Análise. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
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GESTÃO DE CUSTOS
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C APÍTULO 3
Métodos de Custeio
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
ContextualiZação
Realizada a identificação da estrutura de custos e dinâmica do comportamento
destes como variáveis e fixos, a empresa deve definir os métodos de custos que
melhor se enquadrem nas suas atividades. Existem sistemas de custos essenciais
para fins contábeis, como o método de custeio por absorção, e sistemas de custos
com foco de análise financeiro/gerencial, como o método de custeio variável. Este
capítulo abordará estes sistemas. É importante lembrar que o método de custeio
variável é essencial para iniciar a análise do ponto de equilíbrio das operações de
uma empresa, pontos estes a serem estudados no quarto capítulo.
Métodos de Custeio
Dependendo da necessidade de análise, existem alguns métodos de custeio.
Em termos gerais, entende-se como método de custeio a técnica de registro de
custos para determinar e analisar o consumo de recursos durante ciclos de tempos
definidos. Um dos principais objetivos é o de associar e incorporar os custos aos
produtos e serviços, e assim definir potenciais margens de rentabilidade por produto.
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GESTÃO DE CUSTOS
Demonstração do Resultado do
Exercício (dre)
Seja empresa privada ou pública, toda organização economicamente ativa
deve apresentar anualmente a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Nesta demonstração, são apresentados de maneira sistemática as receitas, os
custos e as despesas, visando apurar o lucro ou prejuízo das operações, conforme
o regime de competências. A DRE deve ser feita pelo menos uma vez ao ano,
durante o exercício fiscal anual. Observa-se que a DRE está fundamentada no
artigo 187, da Lei nº 6.404/79, a qual toda empresa economicamente ativa deve
apresentar seu resultado anualmente. Em termos de apropriação de receitas e
custos, a DRE deve manter a classificação das receitas e custos em função do
regime de competências. Segundo o artigo supracitado, a estrutura-base da DRE
deve ser conforme a seguir:
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
73
GESTÃO DE CUSTOS
o custo direto das atividades. Esse custo direto é alimentado pelo fornecimento
dos materiais vindos dos estoques. Em função do tipo das operações, industrial,
comercial e/ou de serviços, haverá a seguinte classificação de custos diretos, os
quais fazem parte integral do método de custeio a se utilizar:
Isso quer dizer que as despesas não fazem parte do custo do produto, logo
não serão incorporadas ao custo individual de produção. Elas serão parte dos
recursos necessários para dar apoio às atividades operacionais, despesas como:
de distribuição; de vendas; dos departamentos de RH e do setor financeiro; dos
salários dos executivos etc.
74
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Cabe lembrar que, nesse método, as despesas não devem ser incorpora-
das ao cálculo do custeio de produção, segundo as normas contábeis, as despe-
sas não devem ser incorporadas na conta de custo do produto vendido, mas na
conta de resultado, como “despesas operacionais”.
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GESTÃO DE CUSTOS
Despesas
Administrativas
FIXAS RESULTADO
VENDAS
(-) C.P.V
= RESULT. BRUTO
Despesas do
(-) DESP. ADM.
Período
(-) DESP. VENDAS
= RESUL. LÍQUIDO
Despesas de
Vendas
VARIÁVEIS
Despesas de
Vendas
FIXAS
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
77
GESTÃO DE CUSTOS
Observa-se que no rateio dos custos não existe despesa, pois as despesas
gerais não devem ser incorporadas ao custo, considerando-se o critério de método
por absorção. Uma vez feito o rateio dos custos indiretos, pode-se incorporá-los tanto
ao custo total por produto quanto ao custo médio unitário, conforme o quadro a seguir:
Fonte: O autor.
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
80
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
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GESTÃO DE CUSTOS
Variável Estoque
RESULTADOS
Custos de
Produção
Próprio Vendas
Fixo e
Geral (-) C.P.V
(-) Despesa Variável
Margem Contribuição
Variável
(-) Custo Fixo
Despesas (-) Despesa Fixa
Administrativas
Próprio
e Vendas Fixo e (=) Lucro Operacional
Geral
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Fonte: O autor.
83
GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
84
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Margem de
R$ 64.020,00 R$ 1,94 25,87%
Contribuição
Fonte: O autor.
85
GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
86
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Fonte: O autor.
87
GESTÃO DE CUSTOS
88
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Fonte: O autor.
Se houver uma redução nos volumes produzidos e vendidos, a lógica diz que
a geração de lucro será menor, e o impacto pode ser verificado a seguir:
89
GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
90
Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
91
GESTÃO DE CUSTOS
O método ABC permite o cálculo de custos e despesas por produto com maior
precisão em função dos objetos de custos relacionados aos produtos, incorporando
à análise de custo dos produtos: custos diretos, indiretos e despesas. Esse foco de
análise ajuda a visualizar o real custo dos produtos sendo produzidos pela empresa,
ao incorporar todos os usos de recursos, permite discernir quais gastos estão gerando
pouco valor agregado (gastos pouco necessários), permite aprimorar processos, e
permite realizar uma gestão de melhoramento contínuo de uma organização.
93
GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Atividade de Estudos:
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 3 MÉTODOS DE CUSTEIO
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GESTÃO DE CUSTOS
Algumas ConsideraçÕes
Ao longo deste capítulo, estudamos sobre a dinâmica dos sistemas de
custos, desde o sistema de custeio por absorção, sistema de custeio variável até
o sistema ABC. Podemos dizer que esses três são os sistemas essenciais para
conseguir entender a dinâmica de custos aplicada em diversas atividades.
ReferÊncias
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
CRUZ, Flávio da; PLATT NETO, Orion Augusto. Contabilidade de custos para
entidades estatais: metodologia e casos simulados. Belo Horizonte: Fórum, 2007.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custo. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MAUSS, Cesar V.; SOUZA, Marcos Antonio de. Gestão de custos aplicada ao
setor público. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, Raimundo Nonato Souza; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos:
contabilidade, controle e análise. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
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C APÍTULO 4
Ponto de Equilíbrio e Precificação
100
Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
ContextualiZação
Neste último capítulo, nosso foco de estudo será observar pontos críticos
de produção na conjuntura produtiva de uma empresa; pontos críticos que visam
analisar os níveis de vendas mínimos à geração de lucro; e qual a margem
de segurança desses “níveis críticos”. Em seguida estudaremos a dinâmica
de precificação, visando a dois pontos: preços que possam cobrir os custos
operacionais e preços que possam ser atrativos aos potenciais clientes.
101
GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
Assim, nesse nível de vendas de 6.985 unidades, o lucro foi zero. Isto é, o Ponto
de Equilíbrio Operativo (PEO), conforme essa dinâmica de custos. Logo, acima
de 6.985 unidades vendidas a empresa pode gerar lucro; e abaixo dessas 6.985
unidades a empresa começa a gerar prejuízo. É importantíssimo identificar esse PEO
de 6.985, para que a empresa possa estabelecer um ponto referencial crítico de suas
operações. Eis a importância de saber a dinâmica do método de custeio variável.
102
Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
R$ 797.850
Ponto de equilíbrio Operacional (PEO)
R$ 114,23
Ponto de equilíbrio Operacional (PEO) 6.984,59 6.985,00
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
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GESTÃO DE CUSTOS
Assim, o novo PEO é de 7.168 unidades. Isso quer dizer que, para poder
atingir o mínimo de vendas necessárias, para não gerar prejuízo, esse PEO
aumentou de 6.985 unidades para 7.168 unidades vendidas porque agora existem
custos variáveis maiores, recorrentes, por exemplo, de um aumento nos insumos.
E se os custos e despesas fixas aumentarem também, igualmente haverá um
nível de PEO maior, conforme a ser estudado adiante.
• A que tiver um maior volume de produção para atingir o PEO: isto é, maior
peso dos custos fixos.
• A que tiver um menor volume de produção para atingir o PEO: isto é, menor
peso dos custos fixos.
Se houver queda nas vendas, a empresa que poderia ter menor risco seria a
que tiver menores custos fixos, ou seja, a que tiver um ponto de equilíbrio menor
em função de algumas necessidades produtivas semelhantes. Entretanto, a que
tiver um ponto de equilíbrio maior poderá ter maior risco quando houver queda
nas vendas.
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Caso haja queda nos volumes vendidos, haverá o risco de gerar menores
lucros. Para se saber qual é a dinâmica desse risco, a seguir, devem-se observar
as mudanças na DRE, previamente estudados, quando acontecer: a produção
estimada, e quando houver queda de vendas além do PEO.
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
b) Margens de segurança
O interesse sobre Uma das primeiras perguntas que um investidor deseja fazer
esta informação ao colocar recursos financeiros em um novo empreendimento, no
se dá porque ao momento de analisar as receitas e custos do projeto/empreendimento,
tratar de um novo
empreendimento, seria sobre o PEO das projeções. O interesse sobre esta informação se
não existe histórico dá porque ao tratar de um novo empreendimento, não existe histórico
de vendas, como há
em um negócio em de vendas, como há em um negócio em andamento. Deve-se observar
andamento. que é fundamental identificar o PEO de um empreendimento, pois as
operações começam do ponto de partida de vendas zero e, à medida
que vão iniciando operações as vendas, devem atingir o PEO para logo superá-
lo. Dessa forma, identificar esse processo é importantíssimo para a análise dos
investidores.
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Deve-se observar que um PEO com mais de um produto só pode ser feito
dentro do contexto de um mesmo processo de fabricação que produz mercadorias
semelhantes, mas diferenciadas entre si. Assim, em um PEO múltiplo apresentam-
se margens de contribuição diferentes, mas interligados operativamente entre
si, inclusive, compartilhando os mesmos recursos fixos. Segundo Santos (2000,
p. 59), ‘‘[,..] chegar ao ponto de equilíbrio de produtos com margens diferentes
não é muito diferente que chegar ao ponto de equilíbrio utilizando as fórmulas
tradicionais para um produto apenas’’.
Assim, como explica Santos (2000), o PEO múltiplo não é muito diferente do
PEO de um só produto, o conceito a se aplicar é o mesmo. A diferença será na
presença do PEO ponderado, ou seja, devem-se apurar ponderações conforme as
margens de contribuição de cada um dos produtos, para logo serem incorporadas
à análise de PEO ponderado. Exemplificando a seguir, será incorporado três
produtos à análise que vem sendo desenvolvida, supondo que a empresa produza
três modelos de cadeiras. Dentro desse contexto tem-se:
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
PONDERAÇÃO PRODUTOS
Detalhe A B C TOTAL
Unidades
5000 4000 3000 12.000
Vendidas
Proporcionalidade 41,67% 33,33% 25,00% 100,00%
Fonte: O autor.
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Nesse sentido, a Levando em consideração essa TMA é que será apurado o Ponto
apuração do PEE
é basicamente o de Equilíbrio Econômico (PEE). Segundo Bruno e Famá (2008, p. 249),
Ponto de Equilíbrio “[...] o ponto de equilíbrio econômico apresenta a quantidade de vendas
Operativo (PEO) mais (ou do faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a
o fator “rentabilidade”;
ou seja, deve-se remuneração mínima do capital próprio nela investido”. Nesse sentido,
acrescentar na a apuração do PEE é basicamente o Ponto de Equilíbrio Operativo
fórmula do ponto de
equilíbrio, o valor (PEO) mais o fator “rentabilidade”; ou seja, deve-se acrescentar
desejado de retorno na fórmula do ponto de equilíbrio, o valor desejado de retorno dos
dos investidores/ investidores/acionistas, esse acréscimo deve ser feito no valor dos
acionistas, esse
acréscimo deve ser custos fixos dentro da equação do PEE.
feito no valor dos
custos fixos dentro da
equação do PEE. Portanto, antes de se aplicar a fórmula de PEE, precisa-se
identificar precisamente esse valor esperado de retorno. Pode-se
identificar o capital a ser investido e a taxa de retorno exigido pelos investidores
da seguinte forma: suponha-se que para conseguir executar as operações do
exemplo é necessário ter investimentos pelo valor de R$ 850.000,00 e que se
deseja um retorno sobre esse capital de 29,50% antes de apurar o imposto da
renda, logo, a expectativa desse retorno será de R$ 250.750,00 (R$ 850.000,00
x 0,2950). Com as informações sobre o custo de capital, será adicionado ao
valor dos custos fixos, e como base terá a margem de contribuição de R$ 114,23
previamente apurada nos tópicos anteriores, conforme a seguir:
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
R$ 797.850 + 250.750
PEE =
R$ 114,23
= 9.180
Fonte: O autor.
R$250.750
Apenas 13,73 % das vendas, ou seja: R$1.826.765,29 .Isso representa
exatamente 29,50% exigido pelos donos do capital, ou seja: R$ 250.750 .
R$ 850.000
Tanto o retorno sobre as vendas como o retorno sobre o capital são peças de
análise muito úteis, mas cada uma delas leva um contexto de análise financeira
e operativa diferente. No contexto atual, há o interesse em observar o PEE em
função do retorno do capital a ser investido.
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GESTÃO DE CUSTOS
Venda e Precificação
Para se ter pleno conhecimento da estrutura de custos de uma organização,
uma empresa, para sobreviver e potencializar seu lucro, precisa fazer análise
tanto de seus custos como de suas receitas (vendas). Assim, uma vez que se tem
conhecimento sobre a dinâmica dos custos, precisam-se acrescentar as receitas e
assim ter um panorama da gestão de custos de uma organização.
A venda bruta está composta por dois grandes elementos, seu preço unitário
e o seu volume apurado em unidades de vendas. O preço ideal é aquele que seja
atrativo tanto para os potenciais clientes quanto para a empresa. Isto quer dizer
que esse preço ideal deve cobrir todos os custos e gerar uma margem desejada
de lucratividade, e ser atrativo para os clientes.
Uma maneira para determinar esse preço ideal é por meio da ferramenta de
análise mark-up. Palavra em inglês que significa literalmente marcar para cima. O
mark-up é uma ferramenta básica na projeção de preços, por meio dela aplica-se:
Custo Unitário
Mark-up =
( 100 - ( +...% + ...% + ...))
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
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GESTÃO DE CUSTOS
Atividade de Estudos:
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Para que o preço “desejado” pelo mark-up possa ser aceito pelo mercado,
dependerá da percepção preço/benefício do potencial cliente. Assim, faz parte da
análise de venda conferir preços de produtos semelhantes praticados no mercado
e sua aceitação por parte dos clientes, para isso deve-se questionar:
Nesse contexto, pode-se observar duas grandes opções: preço abaixo dos
praticados no mercado e preço acima do praticado no mercado.
Fonte: O autor.
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GESTÃO DE CUSTOS
Fonte: O autor.
b) Processo de precificação
Fonte: O autor.
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Capítulo 4 PONTO DE EQUILÍBRIO E PRECIFICAÇÃO
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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Fonte: O autor.
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Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
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Atividades de Estudos:
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Algumas ConsideraçÕes
Neste último capítulo, abordamos as questões sobre uma das ferramentas
mais importantes da análise de custos, isto é, identificar o ponto de equilíbrio
operacional e econômico, e fazer análise precificação. Essas duas ferramentas
são fundamentais para conseguir identificar níveis críticos de produção, preços
de vendas ideais e, sobretudo, custos médios dos produtos a serem vendidos.
Basicamente, as análises do PEO, preços ideais e custos médios por unidade
produzida vêm a ser um reflexo de desenvolver sistemas de custos das operações
de uma organização, sistemas estudados nos capítulos 2 e 3 deste livro de
estudos. Com esses dados, o setor financeiro e os gestores têm os elementos
necessários para uma série de tomadas de decisões.
ReferÊncias
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
CRUZ, Flávio da; PLATT NETO, Orion Augusto. Contabilidade de custos para
entidades estatais: metodologia e casos simulados. Belo Horizonte: Fórum, 2007.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custo. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, Raimundo Nonato Souza; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos:
contabilidade, controle e análise. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
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