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MOÇAMBIQUE
Discentes:
Belton Licuco
Stélio Uacitela
Onélio Cossa
Zacarias Jeje
Docente
Mestre Pedro Miguel
MAPUTO
2023
Índice
1 Introdução ............................................................................................................................................. 3
1.1 Problema ....................................................................................................................................... 4
1.2 Objectivos ..................................................................................................................................... 5
1.2.1 Objectivo Geral ..................................................................................................................... 5
1.2.2 Objectivos Específicos .......................................................................................................... 5
2 Conceito de Sistema de Custeio Baseado nas Actividades (CBA) ....................................................... 5
2.1 Cost-Driver ................................................................................................................................... 6
3 Caracterização do Custeio Baseado nas Actividades (CBA) ................................................................ 7
4 Atribuição dos custos no sistema de custeio baseado nas actividades. ................................................. 8
4.1 Identificação e definição das actividades – Matriz das actividades .............................................. 8
4.2 Os condutores ou direcionadores de custos (cost drivers) ............................................................ 9
4.2.1 Condutores ou direcionadores de custos de recursos (resources cost drivers) ...................... 9
4.2.2 Condutores ou direcionadores de custos de actividades (activity cost drivers) .................. 10
4.3 1 ° Estádio de atribuição dos custos as actividades..................................................................... 10
4.4 2° Estádio de atribuição dos custos aos produtos ....................................................................... 10
5 Exemplo de aplicação do Método de Custeio ABC/ CBA .................................................................... 11
5.1 Exemplo....................................................................................................................................... 11
5.1.1 Mapa de Custo de Produção ............................................................................................... 14
5.1.2 Mapa de Demonstração de Resultados por Funçõe ........................................................... 15
6 Vantangens e Desvantangens do Sistema ABC .................................................................................. 16
6.1 Vantagens .................................................................................................................................... 16
6.2 Desvantagens .............................................................................................................................. 16
7 Conclusão ............................................................................................................................................ 17
1 Introdução
Nas organizações, a exigência do meio envolvente leva-as à modernização, onde a contabilidade
de gestão pode ser uma componente muito útil no controlo da gestão das pequenas e médias
empresas. E os gestores das organizações perceberam que os sistemas de custeio tradicionais já
não respondem com a qualidade que hoje se exige.
Diante disso, um sistema de custos tem a capacidade de fornecer informações como o volume de
bens consumidos e fabricados, identifica o custo de um produto por unidade vendida, observa os
gastos que têm relação direta e indireta com o produto.
O conhecimento exato dos custos dos produtos, o perfeito controle dos custos e a coerente
medição do desempenho se tornaram mais importantes do que eram considerados no passado
e são estas considerações que têm direcionado muitas empresas à adoção do sistema de custeio
baseado em atividades (ABC).
Entretanto, a implementação de um sistema de custeamento exige investimento de tempo e
dinheiro, e, principalmente, quando se pretende utilizar uma metodologia mais actual, como
o ABC, os investimentos vão além e nem sempre o retorno sobre este investimento é garantido
no curto prazo.
Para uma micro ou pequena empresa, esses investimentos tomam uma dimensão ainda maior,
constituindo-se em um dos principais fatores limitantes da implementação de novos modelos
de custeio.
Porém, ao se analisar que através de um moderno sistema de gerenciamento de custos a
empresa pode identificar diversas não-conformidades em seu processo produtivo, esta
ferramenta passa a exercer uma tarefa ainda maior, pois permite aos gestores das organizações
o aprimoramento do sistema de produção, trazendo ganhos não só em relação ao custo, mas
também na qualidade do produto e do processo.
1.1 Problema
Nas ultimas décadas do seculo XX, a literatura referente a contabilidade analítica divulgou
amplamente o sistema de custeio denominado ABC (do inglês Activity Based Costing), passando
a constituir uma matéria relativamente relevante dos programas de contabilidade analítica e de
gestão as escolas do ensino superior.
Deste modo, o sistema de custeio ABC foi introduzido nos finais dos anos 70, em resposta as
insuficiências decorrentes da imputação dos gastos de fabricação com base na mão-de- obra directa
em certas industrias. (Caiado, p. 291 – 292).
Troxel e Weber (1990) defendem que, o ABC/CBA passou por quatro fases distintas ao longo da
sua evolução e maturidade.
A segunda fase, designada por implementação ad hoc, ou early ABC, decorre entre 1980 a 1985.
Nesta, as características dos sistemas baseados nas actividades tornaram-se mais explícitas e as
diferenças desses em relação aos sistemas tradicionais tornaram-se mais evidentes. Porém, o
modelo ABC/CBA ainda não estava verdadeiramente estruturado.
A terceira fase, designada por implementação estruturada, decorre a partir de 1985 e corresponde
a estruturação do modelo. O ABC/CBA já é verdadeiramente concebido sendo realçado o seu papel
ao nível da gestão estratégica e do apoio para a tomada de decisão.
Nesta fase, houve uma análise por actividades procedida do método das secções homogéneas
apesar de ser mais sofisticado do que os sistemas tradicionais, também sofria alguns dos seus
maiores problemas.
Assim, um dos principais objetivos da utilização do ABC começou por ser custeio dos produtos.
No entanto e dada a riqueza de informação obtida através do ABC foram sendo adicionadas outras
utilizações:
para fins estratégicos: análise da rendibilidade dos clientes, dos mercados e dos canais de
distribuição;
para fins de melhoria interna: gestão das actividades, identificação de desperdícios,
prioridade para a reduções nos custos e simulações para produtos alternativos.
Na quarta fase desenvolve-se já em pleno século XXI e designa-se por integração com gestão da
performance, na qual o modelo ABC/CBA integraria a análise do desempenho das atividades, o
aprofundamento dos cost drivers e a ligação entre o custeio dos produtos, a avaliação e medida da
performance e a justificação dos investimentos. (Ferreira, Caldeira, etal., p. 268 – 272).
1.2 Objectivos
1.2.1 Objectivo Geral
Apurar os resultados de acordo com os processos (O CBA – Custeio Baseado nas
Actividades)
O custeio baseado nas actividades (CBA) é um método de custeio utilizado para uma melhor
distribuição dos custos indiretos e caracteriza-se pela acumulação dos custos através de grupos
de custos e de actividades homogéneas (activity cost polos) de uma organização, seguindo-se
a sua afetação aos produtos/serviços através dos condutores ou direcionadores de custos
(activity cost drivers).
O ABC concentra-se nas actividades e é uma metodologia que avalia o custo e o desempenho
daquelas actividades, recursos e objetos de custo.
2.1 Cost-Driver
Um cost driver é um fator que determina o custo de uma actividade. Os drivers não são bases
de imputação no sentido tradicional, embora funcionem da mesma forma do ponto de vista de
aplicação matemática.
Deste modo, uma das primeiras tarefas é a identificação das actividades desenvolvidas no
interior das empresas e, por isso, alguns autores desejaram clarificar o que deve entender por
actividades.
Segundo Brimsom (1991), as actividades descrevem aquilo que uma empresa faz e
representam o nível de detalhe apropriado para dar suporte e um sistema de custeio. São uma
combinação de pessoas, tecnologia, matérias-primas, métodos e todo o meio envolvente que
produz um certo produto ou um certo serviço.
Para Abrahams e Reavely (1998), uma actividade é uma sequência de acontecimentos que
converte "inputs" em "outputs" através da utilização de recursos.
Ao utilizar um processo de atribuição dos custos indiretos aos produtos com dois estádios,
aqueles são repartidos por grupos de custos (cost pools) intermédios no primeiro estádio e
depois atribuídos a partir destes grupos de custos aos objetos de custo de segundo estádio.
Como se verifica, os sistemas tradicionais também utilizam dois estádios, mais os custos
indiretos são distribuídos aos departamentos e depois aos produtos, enquanto no ABC/CBA os
custos indiretos são distribuídos as actividades e então os produtos. (Ferreira, Caldeira, etal, p.
273).
Na análise das actividades, diz-se que uma actividade é primária se for utilizada (consumida)
directamente para fabricar um produto ou para servir um cliente. É secundária se for utilizada
(ou consumida) por uma actividade primária ou por outra também designada como secundária.
(Ferreira, Caldeira, etal, p. 275).
Os cost drivers podem, por isso, ser classificados como cost drivers de recursos e cost drivers
de actividades. O esquema a seguir apresenta uma sentisse da visão global do ABC/CBA e as
funções dos tipos de cost drivers.
Os custos das actividades secundárias são de forma directa ou indirecta sempre atribuídos as
actividades principais com o suporte nos activity cost drivers, condutores ou direcionadores dos
custos dessas actividades.
Produto A B C
Quantidade produzidas em unidades 3.000 2.500 8.000
Vendas em milhares de MZN 420.000 240.000 853.400
A empresa separa os custos indirectos entre os diversos centros de custo e, para o período em
análise a repartição foi efectuada como segue (em milhares de MZN):
A distribuição dos centros de custos entre as actividades que realizam, deu origem à seguinte
distribuição:
Nota: O custo da actividade de compras deverá ser considerado custo das matérias-
primas,tendo em conta que o seu cost driver é o nº de pedidos.
Pretende-se:
a) O mapa dos custos de produção total e unitário por produto, tendo em conta que não
há PVF e nem existências finais.
b) A demonstração de resultados por produto e total.
5.1.1 Mapa de Custo de Produção
Custos Indirectos
A B C
Descrição Total
Cto. Unit.
Quant. Valores Quant. Valores Quant. Valores
Vendas Líquidas 420 000,00 240 000,00 853 400,00 1 513 400,00
CIPV -292 247,58 -165 376,55 -631 530,87 -1 089 155,00
Margem Bruta 127 752,42 74 623,45 221 869,13 424 245,00
Ctos ñ Industriais
Embalagem 0,42 3 000 -1 261,11 2 500 -1 050,93 8 000 -3 362,96 5 675,00
Remessas 16,11 200 -3 221,33 150 -2 416,00 400 -6 442,67 12 080,00
Gestão de Clientes 131,48 90,00 -11 832,79 90,00 -11 832,79 125 -16 434,43 40 100,00
Resultados Operacionais 111 437,19 59 323,74 195 629,07 366 390,00
Ganhos financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00
Perdas financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00
RAI 111 437,19 59 323,74 195 629,07 366 390,00
Imposto 0,00 0,00 0,00 0,00
Resultado Líquido 111 437,19 59 323,74 195 629,07 366 390,00
6 Vantangens e Desvantangens do Sistema ABC
6.1 Vantagens
As vantagens apresentadas pelo método ABC são as seguintes:
Descortina uma visão de negócios, processos, atividades, que são de interesse
direto e imediato para a competitividade da empresa;
Permite uma melhoria nas decisões de gestão, pois, deixa de haver produtos
"subcusteados" ou "supercusteados";
Permite ações de melhoria contínua das tarefas para a redução de custos indiretos;
Facilita a determinação de custos que agregam ou não valor ao produto;
Inova o critério de rateio, principalmente aos custos indiretos, evitando as
distorções encontradas nos métodos tradicionais. (Levy, p.23).
6.2 Desvantagens
Como desvantagens, Carvalho e Major (2009), deram a seguinte opinião:
Gastos elevados para a implementação;
Alto nível de controlo interno a serem implantados e avaliados;
Necessidade de revisão constante;
Necessidade de reorganização da empresa antes da sua implantação;
Exige pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e
acompanhamento
7 Conclusão