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Ana Marcela

Necessidades e Limitações de uma auditoria


Licenciatura em Contabilidade Habilitação em Auditoria

Universidade Pedagógica do Maputo


Maputo, Março de 2023
Ana Marcela

Necessidades e Limitações de uma auditoria


Licenciatura em Contabilidade Habilitação em Auditoria

Trabalho de pesquisa cientifica a ser


apresentado na cadeira de Auditoria
Financeira I para avaliação, sob
orientação do:

Dr:

Universidade Pedagógica do Maputo


Maputo, Março de 2023
Índice

CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1
1.1. Contextualização.................................................................................................1
1.2. Problema de Pesquisa.........................................................................................1
1.3. Justificativa.........................................................................................................2
1.4. Objectivos...........................................................................................................2
1.4.1. Objectivo Geral...........................................................................................2
1.4.2. Objectivos Específicos................................................................................2
CAPITULO II: METODOLOGIA....................................................................................3
2.1. Especificação do Método....................................................................................3
2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza.................................................................3
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem..................................................3
2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos.........................................4
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados....................................................................4
De acordo com...............................................................................................................4
CAPITULO III: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................5
3.1. Necessidade de Auditoria...................................................................................5
3.1.1. Usuários da Auditoria..................................................................................6
3.1.2. Filosofia da auditoria...................................................................................7
3.1.3. Razoes da existência de uma auditoria........................................................8
3.1.4. A importância da auditoria nas empresas....................................................9
3.2. Métodos de Auditoria.......................................................................................10
3.3. Limitações da auditoria.....................................................................................11
3.3.1. Risco de auditoria......................................................................................12
CAPITULO IV: CONCLUSÃO E BIBLIOGRAFIA.....................................................13
4.1. Conclusão..........................................................................................................13
4.2. Bibliografia.......................................................................................................14
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Numa visão geral e ampla a auditoria é um processo de avaliação do desempenho geral
em confronto com o esperado, o que leva inevitavelmente, á apresentação de
recomendações distintas a melhorar o desempenho e aumentar o êxito da organização.
Auxiliando-os sempre nas tomadas de decisões, para evitar o máximo possível de
resultados indesejados pela mesma e omissões de informações que pode trazer danos
futuramente à empresa. É com esse propósito que é de muitíssima importância uma
empresa ser devidamente auditada pelo profissional da área, tendo em mente que o
auditor também deve exercer sua função com responsabilidade e ética para que seu
exercício possa ser o mais justo possível com os relatórios e analises.
A Auditoria é o processo de avaliação do desemprenho real, com a finalidade de avaliar
e comunicar se os recursos da organização então sendo usados eficientemente e se os
objectivos operacionais estão sendo alcançados, tendo também como objectivo auxiliar
todos os membros da gestão da empresa a desempenhar-se eficientemente de suas
funções e responsabilidades fornecendo-lhes análises, apreciações, recomendações e
comentários pertinentes e objectivos sobre as actividades examinadas.
A necessidade de eficácia na realização dos objectivos e de eficiência na utilização de
recursos escassos exige aos responsáveis das organizações um conhecimento cada vez
maior do desempenho das suas actividades. A auditoria interna surge assim num
contexto de procura de maior rigor na gestão pública, visando desenvolver soluções,
instrumentos e modelos que proporcionem mais eficiência e eficácia à gestão.
1.2. Problema de Pesquisa
Os principais problemas que atingem as instituições públicas e privadas são os desvios,
erros e fraudes, quem são denominados de corrupção, procedimento este que está
relacionado com a falta de controle adequado sobre um determinado processo,
implicando em um conjunto de actos que provocam a utilização indevida do processo e
dos recursos pertencentes às entidades, seja para benefício próprio ou de terceiros. A
Auditoria não actua na busca de irregularidades - como acontece com as modalidades de
auditoria de conformidade e legalidade. É neste contexto que surge a seguinte questão:
Qual é a importância da necessidade de uma auditoria nas organizações e que
limitações são encontradas?
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1.3. Justificativa
A Auditoria consiste em um exame sistemático de determinada empresa, que tem o
objectivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e
estabelecidas previamente, tendo também como objectivo, acompanhar o desempenho
das operações contabilísticas. A empresa poderá observar que a auditoria está cada dia
mais voltada a orientar as tomadas de decisões para melhor eficiência e eficácia nos
procedimentos adoptados em lançamentos de fatos contábeis do que para penalizar o
erro ocorrido pela mesma por falta de conhecimento.
O pesquisador considerou pertinente aprofundar a questão relativa ao processo que
envolve a realização de uma auditoria externa, com particular destaque para a aplicação
eficiente e eficaz dos critérios de identificação, selecção e escolha das empresas a serem
auditadas num determinado exercício económico. Sendo que a finalidade é de que o seu
trabalho produza resultados que satisfaçam as expectativas da para a compreensão da
importância da auditoria interna nos Municípios, com enfoque para os principais
desafios encontrados.

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral
Seu objectivo geral é de compreender a importância da necessidade de uma auditoria
nas organizações e as principais limitações existentes.

1.4.2. Objectivos Específicos


 Esclarecer a importância da Auditoria para as empresas
 Compreender as áreas que actuam dentro dela, analisando seus procedimentos e
técnicas,
 Descrever as limitações da auditoria nas organizações;
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CAPITULO II: METODOLOGIA


2.1. Especificação do Método
Para GALLIANO (1986), o método é a estrutura a ser seguida, contendo os diferentes
processos necessários para alcançar um objectivo esperado, ou seja, são as técnicas
empregadas na investigação para demonstração de um resultado final.
2.2. Tipos de Pesquisa quanto a Natureza
Segundo GIL (2008, p.26), quanto a natureza existem 3 tipos de pesquisa, que podem
ser: pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
 Pesquisa exploratória tem como objectivo desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
 Pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis.
 Pesquisas explicativas – são aquelas pesquisas que têm como preocupação
central identificar os factores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.
Este trabalho constitui – se de uma pesquisa descritiva.
2.3. Classificação da pesquisa quanto a abordagem
Entretanto para ANDRADE (2007), quanto a abordagem pode ser: qualitativa e
quantitativa.
 A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, a
pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim,
com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma
organização, etc.
 Pesquisa Quantitativa – esse tipo de estudo caracteriza-se pelo uso de
ferramentas estatísticas para o tratamento dos dados, visando medir as relações
existentes entre variáveis, que por sua vez são previamente estabelecidas.
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2.4. Classificação da pesquisa quanto aos procedimentos


Segundo LAKATOS e MARCONI (2003, p.221) e VILELAS (2009), quanto aos
procedimentos a pesquisa pode ser: bibliográfico, monográfico, comparativo,
tipográfico e histórico.
 A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais amplo 4do que aquela que poderia pesquisar
directamente, principalmente quando o problema de investigação requer dados
muito dispersos pelo espaço.
 Método Monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em
profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo
de todos os casos semelhantes. 
 O método comparativo, consiste no confronto entre elementos, isto é, é usado
tanto para comparações de grupos ou informações no presente, no passado e
entre outros existentes e os do passado, levando em consideração seus atributos.
Para o presente trabalho recorreu ao método bibliográfico e monográfico (estudo de
caso), é bibliográfico porque esse tipo de pesquisa é caracterizado pela interrogação
directa das informações, com a finalidade de conhecer ou chegar a uma conclusão.
2.5. Procedimentos e Recolha de Dados
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003), os procedimentos para a recolha de
dados são: observação, entrevista e questionário.
Ainda para LAKATOS e MARCONI (2003), a observação é uma técnica de colecta de
dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados
aspectos da realidade.
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional.
A análise documental consiste na obtenção de informações significativas que irão
possibilitar a elucidação do objecto de estudo e contribuir na solução dos problemas de
estudo propostos.
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CAPITULO III: REVISÃO DA LITERATURA


3.1. Necessidade de Auditoria
Segundo ALMEIDA (2005), a forma e os motivos que ditam a procura da auditoria são
importantes para conhecer a função do auditor. A auditoria é uma actividade
institucionalizada, obrigatória e submetida a uma grande regulamentação. Ocultam-se,
todavia, os motivos porque é procurada, assim como os atributos que o serviço deve ter.
CREPALDI (2016), considera que a condição necessária para que apareça a necessidade
de auditoria é a existência de uma relação de responsabilidade entre dois ou mais
agentes, no sentido em que existe uma obrigação de conduta aceitável ou uma
determinada actuação de uma parte para com outra. Há, assim, incentivos para procurar
sistemas de controlo externo da actividade de uma empresa.
Para ARAÚJO (2001), a auditoria surgiu da necessidade de controlar e confirma a
própria contabilidade por parte dos investidores e proprietários, sendo que contabilidade
foi à primeira disciplina desenvolvida para tal função. Foi relacionada ao início das
actividades económicas desenvolvidas pelo homem. Hoje, entende-se a auditoria como
sendo uma especialização contabilística, que se volta a testar a eficiência do controle
patrimonial.
A auditoria é, simplesmente, a comparação imparcial entre o fato concreto e o desejado,
com o intuito de expressar uma opinião ou de emitir comentários, materializados em
relatórios de auditoria.
De acordo com ATTIE (2018), o crescimento da auditoria se deu pelo desenvolvimento
do sistema familiar após a revolução industrial. As empresas começaram a buscar novos
mercados, competindo por espaço. Como consequência, foi necessário rever as formas
de controle das empresas, visando, sobretudo, a redução dos custos de produção.
Ainda para ATTIE (2018), A auditoria está ancorada na necessidade de confirmação,
por parte dos investidores e proprietários, da realidade económico-financeira, espelhada
no património das empresas investidas e ao desenvolvimento económico que propiciou
a participação accionaria na formação do capital das organizações.
Conforme CREPALDI (2016), A necessidade do surgimento de auditoria está situado
na protecção dos interesses dos proprietários das empresas. A protecção que a auditoria
oferece à riqueza patrimonial, dando maior segurança e garantia aos administradores,
proprietários, fisco e financiadores do património, apresenta os seguintes aspectos:
 Sob o aspecto administrativo: contribui para redução de ineficiência,
negligência, incapacidade e improbidade de empregados e administradores;
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 Sob o aspecto patrimonial: possibilita melhor controle dos bens, direitos e


obrigações que constituem o património;
 Sob o aspecto fiscal: é factor de mais rigoroso cumprimento das obrigações
fiscais, resguardando o património contra multas, o proprietário contra
penalidades decorrentes da lei de sonegação fiscal e o fisco contra sonegação de
impostos;
 Sob o aspecto técnico: contribui para mais adequada utilização das contas, maior
eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das informações e a garantia de
que a escrituração e as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo
com os Princípios de Contabilidade;
 Sob o aspecto financeiro: resguarda créditos de terceiros – fornecedores e
financiadores – contra possíveis fraudes e dilapidações do património,
permitindo maior controle dos recursos para fazer face a esses compromissos;
 Sob o aspecto económico: assegura maior exactidão dos custos e veracidade dos
resultados, na defesa do interesse dos investidores e titulares do património;
 Sob o aspecto financeiro a protecção que a auditoria oferece à riqueza
patrimonial é a de resguardar créditos de terceiros, contra possíveis fraudes.
3.1.1. Usuários da Auditoria
De acordo com CREPALDI (2016), a auditoria possui diversos usuários que, em seus
objectivos, procuram obter maior grau de segurança possível sobre as informações a
eles prestadas, para que tomem suas decisões baseadas em dados que representem a
realidade da organização analisada.
Os usuários da auditoria são: bancos (quando se fala em tomada de empréstimos,
financiamentos); accionistas ou sócios (para analisar a situação real da companhia,
tomar decisões de gestão e operacionais, e no caso de accionistas minoritários trazer
segurança quanto às informações prestadas e avaliar seus investimentos); governo (para
avaliar se os recolhimentos de tributos são efectuados de forma devida e apurados
correctamente); fornecedores (no caso de abertura de cadastro, avaliação de crédito,
quando utilizam informações como os demonstrativos contábeis para avaliar a
capacidade de pagamento de seus clientes); órgãos reguladores (que necessitam
fiscalizar as actividades das empresas de determinado sector económico e controlá-las
para manter o equilíbrio de mercado ou controle de domínio económico de grandes
corporações).
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3.1.2. Filosofia da auditoria


Segundo CREPALDI (2016), a auditoria é uma actividade relativamente nova; pode-se
até dizer que, nesse momento, ela encontra-se no estágio inicial em termos de técnicas,
haja vista que as legislações específicas vêm abordando superficialmente o assunto, sem
definir de forma clara e precisa os procedimentos que os profissionais da área deveriam
adoptar por ocasião das auditorias das demonstrações financeiras e auditorias realizadas
nas empresas públicas.
Conforme os autores ATTIE (2018), e CREPLADI (2015), a actividade de auditoria é
bastante dinâmica e está em permanente mutação, o que requer maior atenção dos
órgãos específicos ligados a essa área, no sentido de padronizar e estabelecer os
procedimentos, fortalecer o sistema de auditoria e mercado de capitais, dando como
consequência maior segurança para os investidores, notadamente os pequenos, nas
companhias de capital aberto. Assim como, na conjuntura actual, a complexidade dos
negócios, as modificações frequentes na legislação, as novas regras dos negócios em
função de índices inflacionários que flutuam fazem com que a sobrevivência e o
crescimento da empresa dependam muito do talento e da habilidade do administrador
em aceitar os desafios do dia-a-dia de suas actividades, da mesma forma o auditor
necessita de seu talento e de seu conhecimento para julgar, de maneira independente, a
credibilidade dos dados contábeis nas demonstrações financeiras como fonte de
informações para terceiros.
Para CREPALDI (2016), a filosofia da auditoria consiste em avaliar a política de
sistema da empresa, em termos da adequação, comunicação, aceitação, aplicação e
controle, julgar se é necessária na situação, se contribui para atingir os objectivos da
empresa, se permite assegurar a correcta utilização dos recursos da empresa, tanto de
natureza financeira como económica e humana.
Para ALMEIDA (2012), a base fundamental da auditoria está ligada directamente à
contabilidade, que, embora exerça o principal papel da empresa, no sentido de registrar
e informar os reflexos das transacções nos aspectos económico financeiros, muitas
vezes é manipulada, por interesse estranho ao objectivo maior da empresa, visando a
vantagens ilícitas ou malversação de recursos como empréstimos, aprovação cadastral,
financiamentos.
O papel primeiro do auditor não é detectar fraudes mas, se no decurso de seu trabalho
ele as descobre, comunica, através de seu relatório, os efeitos correspondentes.
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Ainda apar ALMEIDA (2012), actualmente a contabilidade vale-se dos conceitos da


economia, como as palavras capital, renda, consumo; outros conceitos derivam do
direito e outros, ainda, da administração. Como se pode perceber, a contabilidade
envolve uma série de entendimentos lógicos e genéricos ligados às actividades
económicas, políticas e até de costumes da época em que está sendo aplicada. Como já é
de conhecimento público, todos dizem conhecer um pouco de contabilidade, pois, em
qualquer lugar em que estejamos, estamos praticando actos contábeis como: fazer
pagamento, receber, emitir controles, comprar, vender.
3.1.3. Razoes da existência de uma auditoria
Para ARAÚJO (2001), as auditorias são oportunidades que temos para verificar se um
sistema, administrativo, produtivo, de qualidade, de compras, de vendas, financeiro,
dentre outros, está executando suas funções conforme o planejado, e se os resultados
obtidos são os esperados. Se alguma coisa não estiver sendo executada dentro dos
conformes, a auditoria irá detectar, e promover a oportunidade de melhoria.
Para ATTIE (2018), todo sistema precisa de auditorias, que podem ser periódicas ou
esporádicas, para identificação de oportunidades de melhoria, pois todo sistema se
deteriora com o tempo - deterioração organizacional - e se a empresa limitar-se a
corrigir as disfunções, sem introduzir melhorias, perderá competitividade. As auditorias
podem ser de rotina ou provocadas por mudanças significativas nos sistemas da
organização, na qualidade do processo, produto ou serviço ou pela necessidade de
acompanhar uma acção correctiva.
Para CREPALDI (2016), a empresa deve manter um esquema de auditorias para
verificar se as instruções documentadas estão disponíveis para consulta, se elas estão
sendo seguidas e se elas são adequadas para assegurar os objectivos da organização.
Geralmente as auditorias são realizadas na busca de qualidade dos serviços por uma ou
mais das seguintes razões:
 Verificar se o sistema da própria organização continua a atender os requisitos
especificados e se está sendo implementado de acordo com a qualidade de
serviços e padrões exigidos.
 Verificar dentro de uma relação contratual entre os colaboradores e os
proprietários;
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 Avaliar o sistema da qualidade da própria organização frente a uma norma de


sistema da qualidade.

3.1.4. A importância da auditoria nas empresas


Para FRANCO e MARRA (2001), grandes empresas começaram a ter dentro de suas
organizações uma auditoria interna com a finalidade de trazer melhorias para o controle
interno e garantir eficiência e eficácia na gestão da empresa. Portanto a auditoria é o exame
de demonstrações e registros administrativos. O auditor observa a exactidão, integridade e
autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos.
Conforme ATTIE (2018), a auditoria portanto tem como finalidade a verificação geral
das contas de uma empresa, para determinar sua posição financeira, o resultado de suas
operações e a probabilidade de seus administradores, com o fim de comunicar o
resultado do exame aos proprietários, accionistas, gerentes, conselheiros, bolsas e outros
órgãos oficiais, síndicos actuais ou prováveis arrendatários, futuros interventores ou
compradores, juntas de credores, agências mercantis, hipotecários ou quaisquer outros
interessados.
Para CREPALDI (2016), o auditor deve determinar se houve prestação justa de contas
de um património e se os negócios foram convenientemente administrados, deve
também comunicar aos interessados (sócios) se ouve prejuízo ou lucro, determinas
custos, inventários, tem também como objectivo investigar se ouve fraude ou não,
averiguar a dimensão da fraude se houve, e impedir fraudes que possam vir a acontecer.
Ainda apara CREPALDI (2016), o envolvimento do auditor em reuniões e comités pode
ser produtivo para a empresa, inclusive no tocante aos planos estratégicos, orçamentos,
planeamento tributário etc. Entretanto, essa posição do auditor não tem sido
convenientemente explorada pelas empresas, que assim deixam de obter todos os
benefícios decorrentes do trabalho de auditoria.
Conforme os autores ALMEIDA (2005) e CREPALDI (2016), As questões e decisões
poderiam ser de grande interesse para a empresa e, com a participação do auditor
independente, teriam soluções mais acertadas e até mais económicas. Situam-se nos
seguintes aspectos:
 Assessoria no planeamento tributário;
 Instrumentos adicionais de controle das actividades e do património;
 Sistema informal de actualização dos executivos;
 Avaliação de desempenho e sistemas de informações internas para gestão;
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 Assessoria na área de controle e utilização de informática;

 Planos de reorganização societária (fusão, cisão, incorporação, holding),


inclusive como o objectivo de atender a planos para abertura de capital;
expansão de actividades, mudanças geográficas e decisões quanto a
descontinuidade de linhas e unidades.
Para ALMEIDA (2012), é necessário um sistema que faça a cobertura do risco de
informação, uma vez que existem dúvidas e incertezas sobre o conteúdo da informação
financeira. É necessário, em consequência, a existência de auditoria através da qual se
verifica se as empresas actuam responsavelmente. A auditoria é um mecanismo de
controlo social da empresa. Portanto, a procura de auditoria baseia-se na presunção de
que a realidade económica das empresas é observável, e pode ser verificada através de
uma função específica de controlo ou revisão da informação financeira.
Concluímos, assim, que é o risco da informação, que deveria da existência de uma
assimetria informativa, que motiva o interesse de todos os stakeholders, afectados pela
actividade da empresa, a procurar um sistema de controlo que avalie e valide a
qualidade da informação financeira. Esta actividade deve ter os seguintes atributos mais
representativos:
 Avaliação do grau de exactidão e fiabilidade que merecem as demonstrações
financeiras construídas e divulgadas por uma empresa.
 Avaliação dos riscos associados à continuidade da empresa.
 Avaliação sobre a qualidade da gestão e do controlo interno.
 Declaração de a contabilidade está livre de erros e fraudes.
 Uma declaração de que a empresa cumpre as suas obrigações legais.
3.2. Métodos de Auditoria
Segundo CREPLADI (2016), os métodos aplicados pela técnica de auditoria são:
retrospecção; análise. A auditoria examina, portanto, fatos já ocorridos, e o faz sempre
de modo analítico, minuciosamente. Pela retrospecção, como método no trabalho de
auditoria, verificam-se os fatos passados, já vividos, em fatos patrimoniais já sucedidos.
Este é um carácter distintivo entre a escrituração ou registro contábil e a técnica de
auditoria. A análise, portanto, é o factor predominante, o que realmente caracteriza o
método ou conduta de trabalho na técnica de auditoria. Tecnicamente, o método orienta
a execução do trabalho, dando-lhe, aproximadamente, as seguintes fases:
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 Levantamento de condições de rotina administrativa financeira e contabilística;


 Planeamento da auditoria;
 Obtenção das provas;
 Relatório de auditoria;
 Certificados
3.3. Limitações da auditoria
Para CREPALDI (2016), embora possa ser a auditoria considerada instrumento
indispensável de controle na moderna administração de empresas, não se devem
interpretar com exagero suas funções, tomando-a como órgão de supervisão geral da
empresa em substituição à própria administração. Não obstante suas limitações, a
auditoria contábil muitas vezes se vê obrigada a sair do âmbito meramente contábil,
para testar controles e fatos extra – contabilísticos, para certificar-se da exactidão dos
registros efectuados.
Ainda para CREPALDI (2016), não se pode também julgar que a auditoria contábil
torna impossível a existência de erros e fraudes na escrituração ou nos actos da
administração, mas deve-se admitir que ela apenas reduz essa possibilidade. Para que
sua eficiência fosse total, seria necessário que se procedesse à revisão integral de todos
os registros da empresa, bem como se fiscalizassem todos os actos de seus funcionários
e administradores, o que é impraticável. Mesmo a revisão integral dos registros não
impede a existência de fraudes, pois essas podem decorrer de fatos não contabilizados.
Conforme CREPLADI (2016) e ATTIE (2018), o auditor independente pode aceitar ou
continuar um trabalho de auditoria somente quando as condições em que esse trabalho
deve ser realizado foram estabelecidas por meio de:
 Determinação da existência das condições prévias a um trabalho de auditoria; e
 Confirmação de que há um entendimento comum entre o auditor independente e
a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança
sobre os termos do trabalho de auditoria.
Para ARAÚJO (2001), em decorrência das limitações inerentes à própria natureza do
trabalho de auditoria, o risco de distorções relevantes resultantes de fraude e/ou erro não
serem detectadas, infelizmente, é inevitável. No entanto, a existência de distorções
relevantes não reflectidas ou não corrigidas nas demonstrações contábeis resultante de
fraudes e/ou erros durante o período coberto pelo parecer do auditor, por si só, não
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implica, necessariamente, em se concluir que o auditor não tenha cumprido as normas


de auditoria.
Para ATTIE (2018), ocorre, por sinal, que o risco de não se detectar distorções
resultantes de fraudes, é maior que o risco de não detectar distorções resultantes de
erros, isso porque a fraude normalmente envolve procedimentos planejados para ocultá-
la, como por exemplo, conluio, falsificação de documentos e registros, apresentação de
informações erradas ao auditor, entre outros subterfúgios. Frequentemente, o auditor
aceita as informações que lhe são passadas como verdadeiras, e os registros e
documentos como genuínos, apresentando uma postura contrária quando obtém
evidências significativas que provem ou façam suspeitar do contrário.
Segundo ALMEIDA (2005), a auditoria encontra suas limitações no momento em que
as inconsistências detectadas assumem um carácter não contábil, ou seja, abrangem,
além dos controles patrimoniais, outros aspectos, tais como engenharia de produção ou
pesquisa operacional. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como
resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas
conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas. As
limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
 Natureza das informações contabilístico;
 Natureza dos procedimentos de auditoria; e
 Necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo
razoável e a um custo razoável.
3.3.1. Risco de auditoria
Para CREPALDI (2016), o risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir
uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorrectas. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção
relevante e do risco de detecção, a seguir discriminados:
 Risco de detecção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor
não detectem uma distorção potencialmente relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções.
 Risco inerente: é a susceptibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transacção, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes de se
considerar qualquer controle preexistente;
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 Risco de controle: é o risco de que uma distorção não seja prevenida, detectada
e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
CAPITULO IV: CONCLUSÃO E BIBLIOGRAFIA
4.1. Conclusão
As expectativas da economia alimentadas pelos bons sinais de acabar com o processo
hiperinflacionário quando os preços sobem acentuadamente e as taxas de juros
alcançam patamares jamais vistos começam a desenhar uma alternativa de estabilização:
a urgente execução de um sério ajuste fiscal. Nesse momento, os empresários
necessitam do maior número possível de informações claras e objectivas a respeito do
desempenho de seu empreendimento. É justamente neste ponto que a auditoria
independente assume importante papel auxiliando o empresário a escolher a melhor
forma de entrar no mercado, com o uso do trabalho de consultoria de reorganização
societária. A empresa, utilizando-se desse expediente, poderá revestir-se da solidez
necessária para o início da operação e, consequentemente, os investidores terão a
segurança necessária para aplicar seu material.
Não é mais novidade que a profissão contábil está vivendo grandes transformações, ate
mesmo para a sociedade, que já a vê com um olhar de respeito e reconhecimento pelo
trabalho desenvolvido nas empresas e entidades públicas, que antes era vista mais como
uma “uma pedra no sapato” da empresa, mas isso esta em processo de transição já que é
uma área responsável pelo êxito de grandes organizações que vemos e veremos. É por
esse factor que se deve ter um profissional muito bem capacitado como aliado que a
exerça com eficácia, então certamente se terá uma notória diferença das demais. E como
abordamos neste artigo, dentro dessa área há varias outra, que as unindo formam
“alicerces” essências para o sucesso desta.
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros
contábeis, em virtude do aparecimento das grandes empresas, baseado no lucro expresso
nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu em paralelo ao desenvolvimento
económico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas.
Assim, a auditoria pode detectar anomalias através do confronto das informações reias
existentes nas empresas e coma s informações recolhidas na fase do planeamento,
porém, ela não é capaz de detectar se essa anomalia é fruto de um desenho de projecto
de baixa qualidade ou de regularem das máquinas deficiente. Tais investigações
escapam da auditoria contábil e partem para a auditoria operacional, para a auditoria
administrativa e ainda para a auditoria de projectos.
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4.2. Bibliografia
ALMEIDA, B. J. Auditoria e Sociedade: Diferenças de Expectativas. Lisboa:
Publisher Team. 2005.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. Atlas,


São Paulo. 2012.

ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos: Introdução á Auditoria Operacional, 1º edição 2001

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 7ª Edição. Atlas. 2012

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil, 10ª edição, Teoria e Prática,


Editora: Atlas, SA, São Paulo. 2016.

FRANCO, Hilário, MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4ª Ed. São Paulo, Ed. Atlas,
2001.
GALLIANO, A. G. O Método Cíentifico: teoria e Prática . São Paulo: Harba. 1986.

GERHARDT, T. E. & SILVEIRA, D. T. Métodos de Pesquisa. 1ª Edição. São Paulo:


UFRGS Editora. 2009.

GIL, António C. Como elaborar projectos de pesquisa. 6.ed. São Paulo: Atlas. 2008.

LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa. 5ª Edição. São Paulo:


Atlas. Pearson Prentice Hall. 2003.

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