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Unilúrio Business School

Economia e Gestão Empresarial

Gestão Financeira II

Janete Zangado

Samuli Eusébio

Gestão de Passivo Circulante

Valdemiro Cumpe

Nampula, Novembro de 2022


Janete Zangado

Samuli Eusébio

Gestão de Passivo Circulante

Trabalho de Carácter avaliativo


submetido ao curso de Economia
e Gestão Empresarial pela cadeira
de Gestão Financeira II de
Trabalho leccionado pelo Docente
Valdemiro Cumpe
Indice
1 Introdução...........................................................................................................................5

2 Gestão de passivo circulante...............................................................................................6

2.1 Passivo Espontâneos....................................................................................................6

2.2 Administração de contas a pagar.................................................................................7

2.2.1 Papel no ciclo de conversão de caixa...................................................................7

2.2.2 Análise dos termos de crédito..............................................................................7

2.2.3 Efeitos de alongar o prazo de pagamento de contas............................................9

2.3 Despesas a pagar..........................................................................................................9

3 Fontes de Empréstimos de Curto prazo sem Garantias......................................................9

3.1 Empréstimos bancários..............................................................................................10

3.1.1 Taxas de juros de empréstimos..........................................................................10

3.2 Notas promissórias para pagamento único................................................................11

3.2.1 Linhas de crédito................................................................................................13

3.2.2 Contratos de crédito rotativo..............................................................................13

3.2.3 Juros de commercial papers...............................................................................13

3.3 Financiamento do comércio internacional.................................................................13

4 Fontes de Empréstimos de Curto prazo com Garantia.....................................................14

4.1 Características de empréstimos de curto prazo com garantia....................................14

4.1.1 Garantias e condições.........................................................................................14

4.1.2 Instituições que oferecem empréstimos de curto prazo com garantia................15

4.2 Uso de contas a receber como garantia.....................................................................15

4.3 Desconto de contas a receber....................................................................................15

4.3.1 Factoring............................................................................................................16

4.4 Uso de estoques como garantia.................................................................................16

4.4.1 Gravames flutuantes sobre estoques..................................................................16


4.4.2 Empréstimos com alienação de estoques...........................................................16

4.4.3 Empréstimos garantidos por recibo de depósito................................................17

5 Considerações Finais........................................................................................................18

6 Referências bibliográfica..................................................................................................19
1 Introdução
O presente trabalho orientado para a cadeira de Gestão Financeira e tem como tema Gestão
de passivo circulante. Vários autores abordaram esse tema, mas concretamente diz que gestao
de passivo circulante diz respeito às obrigações financeiras do empreendimento. Entretanto,
apenas são classificadas como parte do passivo circulante as dívidas que possuem uma data
de vencimento de até 12 meses e também acrescentando é lá onde encontramos fontes de
empréstimos de curto prazo sem garantia são os recursos que a empresa consegue sem
fornecer garantias.

Identificamos no balanço com operações de curto prazo do quotidiano das companhias:


contas a pagar, fornecedores , salários e imposto.

De acordo com Gitman (2010), as contas a pagar (fornecedores) são geradas através de
matérias - primas em conta corrente, pois são as principais fontes de financiamento em curto
prazo sem garantidas.

Já as fontes de financiamento a curto prazo são as obrigações que vencem num intervalo de
até um ano e dão suporte a grande parte do activo da empresa como caixa duplicatas e
estoque.

Objectivo Geral

 Conhecer a Gestão de passivo circulante

Objectivo específicos

 Verificar os factores que causa fontes de empréstimos de curto prazo sem garantias
 Inscrever as taxas de juros de empréstimo de curto prazo sem garantia
 Examinar as características de fontes de empréstimos de curto prazo com garantias

Metodologia

Para elaboração do trabalho e alcance dos objectivos traçados foi realizada uma pesquisa
sobre o valor das gestão de passivo circulante em forma de uma pesquisa exploratória.
2 Gestão de passivo circulante
De acordo com Santos (2009) "passivo circulante corresponde as contas que sejam
realizáveis dentro do exercício social da empresa, prazo este de 12 meses da demonstrações
do balanço patrimonial. Também é conhecido como exigível a curto prazo.

As obrigações do passivo circulante deverão ser liquidadas com uso do ativo circulante, que é
o grupo de ativos resultante da operação empresarial, como contas a receber dos clientes.

Inclui-se no passivo circulante empréstimos para aquisição de direitos do ativo não-


circulante, desde que os valores a serem pagos vençam no exercício seguinte.

Exemplos de passivo circulante:


São incluídas enquanto subcontas do passivo circulante da empresa:
 Salários, férias, provisões e demais direitos e participações relativas aos funcionários
 Impostos
 Fornecedores
 Aluguer
 Bancos e instituições financeiras
 Créditos de sócios e accionistas

Automatizar as contas a pagar pode poupar tempo e dinheiro. Grande parte da economia vem
da eliminação do processamento de facturas impressas — um processo demorado de
conciliação de ordens de compra com facturas, verificação de recebimento de produtos,
emissão e remessa de cheques. Durante décadas, praticamente todas as grandes empresas
empregaram dezenas de escriturários para realizar essas tarefas.

2.1 Passivo Espontâneos

Segundo Gitman (2010, p. 582). Os passivos espontâneos originam ̵ se das actividades


rotineiras da empresa. As duas principais fontes espontâneas de financiamento de curto prazo
a pagarem a fornecedores e as despesas a pagar. O aumento das vendas de uma empresa
provoca o crescimento de suas contas a pagar, em reação ao maior volume de compras
necessário para atender aos maiores níveis de produção. As despesas a pagar também
aumentam em decorrência da elevação da folha de pagamento e dos impostos devidos.

Normalmente essas formas de passivo circulante não apresentam, um custo explícito, embora
contenham certos custos implícitos. Além disso, ambas constituem uma forma de
financiamento de curto prazo sem, garantia ̵ isto é, fundos obtidos sem a necessidade de
oferecer activos específicos.

2.2 Administração de contas a pagar

Segundo o mesmo autor Gitman (2010, p. 582), "afirma que as contas a pagar são a principal
fonte de financiamento de curto prazo sem garantia, resultam de transações nas quais se
compram mercadorias, mas não se assina uma nota que comprove a divida do comprador
com o vendedor"

O comprador concorda em pagar ao fornecedor o valor exigido, segundo os termos de crédito


normalmente especificados na factura. Aqui, a discussão das contas a pagar da ̵ se do ponto
de vista do comprador.

2.2.1 Papel no ciclo de conversão de caixa


Para Gitman (2010, p. 583). O prazo médio de pagamento é o componente final do ciclo de
conversão de caixa. Ele se divide em duas partes: (1) o tempo decorrido entre a compra de
matérias- -primas e a remessa do pagamento pela empresa e (2) a duração do float (o tempo
decorrido entre a remessa do pagamento pela empresa e a retirada, pelo fornecedor, dos
fundos da conta da empresa).
A meta da empresa é estender o prazo de pagamento ao máximo, sem prejudicar seu rating
de crédito. Isso significa que as contas devem ser pagas no último dia possível, dados os
termos de crédito anunciados pelo fornecedor.

2.2.2 Análise dos termos de crédito


De acordo com Santos (2009) “Os termos de crédito que os fornecedores oferecem a uma
empresa permitem a ela postergar o pagamento das compras realizadas. Como o custo do
fornecedor de ficar com os fundos empatados em mercadorias após a venda provavelmente já
está reflectido no preço de compra, o comprador paga indirectamente por esse benefício”.
Segundo Gitman (2010, p. 583) “afirma que Ele deve, portanto, analisar detidamente os
termos de crédito para determinar a melhor estratégia de crédito mercantil. Se forem
oferecidos termos de crédito que incluam um desconto financeiro, a empresa terá duas opções
— aproveitar ou rejeitar o desconto financeiro”.
Aproveitamento do desconto financeiro. Se a empresa pretende aproveitar o desconto
financeiro, deve pagar no último dia do prazo de validade do desconto. Não há custo
associado ao aproveitamento de um desconto financeiro.
Exemplo: A Lawrence Industries, operadora de uma pequena rede de videolocadoras,
comprou $ 1.000 em mercadorias em 27 de fevereiro de um fornecedor que oferecia termos
de 2/10 líquido 30 dias a contar do final do mês (FDM). Se a empresa aproveitar o desconto
financeiro, deverá pagar $ 980 [$ 1.000 – (0,02 × $ 1.000)] em 10 de março, economizando $
20.
De acordo com mesmo autor Gitman (2010, p. 583) “Não aproveitamento do desconto
financeiro. Se a empresa optar por rejeitar o desconto financeiro, deverá pagar no último dia
do período de crédito. Há um custo implícito associado a essa renúncia”. O custo de
renúncia a um desconto financeiro é a taxa de juros implícita paga para postergar o
pagamento de uma conta por mais alguns dias.

Tabela 1, fonte Gitman (2010, p. 583). Princípios de administração financeira

Para calcular o custo de renúncia ao desconto financeiro, o preço real da compra deve ser
encarado como o custo da mercadoria com desconto, que é de $ 980 neste caso. O custo
percentual anual por rejeitar o desconto financeiro pode ser calculado por meio da Equação:
DF 365
 Custo de renúncia ao desconto financeiro = ×
100 %− DF N
Onde
DF = desconto financeiro, em termos percentuais
N = número de dias pelos quais o pagamento pode ser postergado com a renúncia ao desconto
Financiero.
Substituindo na equação. Os valores de DF (2%) e N (20 dias), temos um custo anualizado
de renúncia ao desconto financeiro de 37,24% [(2% ÷ 98%) × (365 ÷ 20)]. Supõe -se um
ano de 365 dais.
365
 Custo aproximado de renúncia ao desconto financeiro = DF ×
N
Quanto menor o desconto financeiro, mais próximo será o resultado do custo efectivo de
renúncia. Usando essa aproximação, o custo de renúncia ao desconto financeiro para a
Lawrence Industries seria de 36,5% [2% × (365 ÷ 20)].

2.2.3 Efeitos de alongar o prazo de pagamento de contas


De acordo Gitman (2010, p. 584) “ afirma que Uma estratégia frequentemente usada pelas
empresas consiste em alongar o prazo de pagamento de contas — ou seja, pagar as contas
o mais tarde possível, sem prejudicar o seu rating de crédito”. Estratégia pode reduzir o custo
de não aproveitamento de um desconto financeiro.
Embora o alongamento do prazo de pagamento de contas possa ser financeiramente atraente,
levanta uma questão ética importante: pode fazer com que a empresa infrinja o contrato que
firmou com seu fornecedor ao comprar a mercadoria. É claro que os fornecedores não verão
com bons olhos os clientes que, de forma regular e proposital, adiam o pagamento de suas
contas.

2.3 Despesas a pagar

A segunda fonte espontânea de financiamento de curto prazo é representada por despesas a


pagar. São passivos gerados por serviços recebidos, mas ainda não pagos. Os itens mais
comuns nessa categoria são salários e impostos. Como os impostos são pagamentos efetuados
ao governo, seu retardamento não pode ser manipulado pela empresa. Entretanto, a
acumulação de salários a pagar é possível até certo ponto. Isso se faz pelo adiamento desse
pagamento, o que equivale a um empréstimo sem juros obtido dos funcionários, os quais
serão pagos algum tempo depois da prestação do serviço. (Gitman,2010, p. 585).
Já aqui podemos assumir que o prazo de pagamento a trabalhadores horistas é
frequentemente regido por normas sindicais ou pela legislação federal ou estadual. Em outros
casos, contudo, a frequência de pagamento fica a critério da administração da empresa.
3 Fontes de Empréstimos de Curto prazo sem Garantias
Para Gitman (2010, p. 585) “diz que as empresas obtêm empréstimos de curto prazo sem
garantias de duas fontes principais: bancos e emissão de notas promissórias comerciais
(commercial papers). Ao contrário das fontes espontâneas de financiamento de curto prazo
sem garantias, os empréstimos bancários e os commercial papers são negociados e resultam
de iniciativas do administrador financeiro”
Os empréstimos bancários são mais comuns porque estão disponíveis para empresas de todos
os portes; o uso de commercial paper costuma restringir -se às de grande porte. Além disso,
as empresas podem recorrer a empréstimos internacionais para financiar transações
internacionais.

3.1 Empréstimos bancários

Os bancos representam uma importante fonte de empréstimos de curto prazo sem garantia às
empresas. O principal tipo é o empréstimo autoliquidável de curto prazo, que tem por
objectivo simplesmente ajudar as empresas a superar picos sazonais de necessidade de
financiamento, sobretudo decorrentes do acúmulo de estoques e de contas a receber. À
medida que os estoques e os recebíveis são convertidos em caixa, geram -se os fundos
necessários para liquidar esses empréstimos. Em outras palavras, o uso a que são dedicados
os fundos emprestados fornece o mecanismo pelo qual o empréstimo é pago — daí o termo
auto – liquidável. (Gitman, 2010, p. 587).
Embora a maioria das empresas tome empréstimos de maneira honesta e liquide -os da
maneira contratada, algumas não o fazem. Os bancos emprestam fundos de curto prazo sem
garantia de três maneiras principais: notas promissórias de pagamento único, linhas de crédito
e contratos de crédito rotativo. Antes de tratarmos desses tipos de empréstimo, abordaremos
as taxas de juros.

3.1.1 Taxas de juros de empréstimos


Segundo Santos (2009)
A taxa de juros de um empréstimo pode ser fixa ou flutuante e normalmente se baseia
na taxa básica de juros (prime rate), que é a menor taxa de juros cobrada pelos
principais bancos em créditos comerciais concedidos aos melhores clientes do
segmento de pessoa jurídica. A taxa básica flutua com a variação das condições de
oferta e demanda de fundos de curto prazo. Os bancos geralmente determinam a taxa
a ser cobrada de seus diversos clientes, acrescentando um prêmio à taxa básica para
ajustá -la ao risco do tomador.
O prêmio pode chegar a 4% ou mais, embora a maioria dos empréstimos de curto prazo sem
garantias utilize prêmios inferiores a 2%.
Empréstimos com taxas fixas e taxas flutuantes. Os empréstimos podem ser feitos a taxas de
juros fixas ou flutuantes. Em empréstimos com taxa fixa, a taxa de juros é determinada na
forma de um dado acréscimo à taxa básica vigente na data do empréstimo e permanece nesse
nível até a data de vencimento. Em empréstimos com taxa flutuante, o acréscimo à taxa
básica é estabelecido no início e permite -se que a taxa ‘flutue’, ou varie com a taxa básica
até a data de vencimento.
De modo geral, o acréscimo à taxa básica será menor em empréstimos com taxa flutuante do
que naqueles com taxa fixa, uma vez que o risco do credor é menor. Devido à volatilidade da
taxa básica nos últimos anos, a maioria dos empréstimos de curto prazo a empresas é
actualmente concedida com taxas flutuantes. Método de cálculo dos juros. Uma vez
estipulada a taxa nominal anual (ou taxa declarada), determina -se o método de cálculo dos
juros, que podem ser pagos no vencimento do empréstimo ou antecipadamente. Se forem
pagos no vencimento, a taxa efectiva anual — a taxa de juros efectivamente paga — em um
período de um ano será igual a. (Gitman, 2010, p. 588).
Juros

Valor devido
A maioria dos empréstimos bancários a empresa exige o pagamento dos juros na data de
vencimento. Quando, porém, pagos antecipadamente, os juros são deduzidos do valor do
empréstimo, de tal maneira que o tomador na verdade recebe menos dinheiro do que
solicitou. Empréstimos nos quais há pagamento adiantado de juros são chamados de
empréstimos com desconto. A taxa efectiva anual de um empréstimo com desconto,
supondo -se o prazo de um ano, é calculada pela fórmula.
Juros

Valor devido− juros
O pagamento antecipado de juros eleva a taxa efectiva anual para cima da taxa nominal.

3.2 Notas promissórias para pagamento único

Tomadores pessoa jurídica com bom crédito podem emitir notas promissórias para
pagamento único a seus bancos. Esse costuma ser um empréstimo singular concedido a um
tomador que precisa de fundos para uma finalidade específica e por um prazo curto. O
instrumento resultante é uma nota promissória assinada pelo tomador, especificando os
termos do empréstimo, inclusive o prazo e a taxa de juros aplicável. Esse tipo de empréstimo
de curto prazo normalmente tem vencimento entre 30 dias e nove meses, ou até mais.
(Gitman, 2010, p. 589).
Exemplo: A Gordon Manufacturing, que produz lâminas para roçadeiras, recentemente
tomou $ 100.000 de cada um de seus dois bancos — A e B. Os empréstimos foram
contratados no mesmo dia, quando a taxa básica de juros era de 6%. Cada um envolvia uma
promissória com vencimentos em 90 dias e pagamento dos juros no vencimento. A taxa de
juros foi fixada em 1,5% acima da prime rate, no caso da promissória de taxa fixa do banco
A. Ao longo do período do empréstimo, a taxa de juros sobre a promissória será de 7,5%
(prime rate de 6% + incremento de 1,5%), independentemente de quaisquer flutuações da
taxa básica. O custo total dos juros sobre esse empréstimo é de $ 1.849 [$ 100.000 × (7,5% ×
90/365)]. A taxa efectiva de 90 dias sobre o empréstimo é de 1,85% ($ 1.849 ÷ $ 100.000).
Supondo que o empréstimo do banco A seja rolado a cada 90 dias ao longo do ano, com os
mesmos termos e as mesmas circunstâncias, podemos identificar sua taxa de juros efectiva
anual por meio da Equação 4.24. Como o empréstimo custa 1,85% por 90 dias, é necessário
compor (1 + 0,0185) pelos 4,06 períodos do ano (ou seja, 365/90) e então subtrair.
Taxa efetiva anual ¿ ¿
= 1, 0773 −1=0,0773=7,73

A taxa de juros efetiva anual sobre a promissória de 90 dias com taxa fixa é de 7,73%. O
banco B fixou os juros em 1% acima da taxa básica em sua promissória de taxa flutuante. A
taxa cobrada pelos 90 dias variará com a prime rate. Inicialmente, a taxa será de 7% (6% +
1%), mas, com a mudança da taxa básica, mudará também a taxa de juros da promissória. Por
exemplo, se depois de 30 dias a prime rate aumentar para 6,5% e depois de mais 30 cair para
6,25%, a empresa pagará 0,575% pelos primeiros 30 dias (7% × 30/365), 0,616% pelos 30
dias seguintes (7,5% × 30/365) e 0,596% pelos últimos 30 dias (7,25% × 30/365). O custo
total dos juros será de $ 1.787 [$ 100.000 × (0,575% + 0,616% + 0,596%)], resultando em
uma taxa efetiva ao longo de 90 dias de 1,79% ($ 1.787 ÷ $ 100.000).
Mais uma vez, supondo -se que o empréstimo seja rolado a cada 90 dias ao longo do ano com
os mesmos termos, sua taxa efetiva anual será de 7,46%:
Taxa efetiva anual = (1+0,01787 ¿ ¿4,06 −1
= 1, 0746−1=0,0746=7,46 %
É evidente, nesse caso, que o empréstimo de taxa flutuante teria sido mais barato do que o
de taxa fixa por causa de sua menor taxa efetiva anual.

3.2.1 Linhas de crédito


Uma linha de crédito é um contrato firmado entre um banco comercial e uma empresa,
especificando o valor de crédito de curto prazo sem garantia que o banco o colocará à
disposição da empresa, por um dado período. Assemelha -se a um contrato no qual os
emitentes de cartões de crédito, como MasterCard, Visa e Discover, concedem crédito pré -
aprovado a portadores de seus cartões. Os contratos de linha de crédito costumam ter
vigência de um ano e frequentemente impõem algumas restrições ao devedor. Não se trata de
um empréstimo garantido, mas dispõe que, se o banco tiver fundos o bastante, permitirá que o
tomador lhe deva até um determinado valor em dinheiro. (Gitman, 2010, p. 591)

3.2.2 Contratos de crédito rotativo


Um contrato de crédito rotativo nada mais é do que uma linha de crédito garantida. Diz -se
‘garantida’ no sentido de que o banco garante ao cliente que um valor especificado estará
disponível independentemente da escassez de dinheiro. A taxa de juros e demais
características são semelhantes às das linhas de crédito. Não raro, um contrato de crédito
rotativo tem vigência superior a um ano. Como o banco garante a disponibilidade de fundos,
os contratos de crédito rotativo normalmente exigem o pagamento de uma taxa de
compromisso. (Neves 2000)

3.2.3 Juros de commercial papers


Os commercial papers são vendidos com deságio em relação ao seu valor de face. O tamanho
do deságio e o prazo até o vencimento determinam os juros pagos pelo emissor dos títulos.
Exemplo: A Bertram Corporation, um grande estaleiro, acabou de emitir $ 1 milhão em
commercial papers com vencimento em 90 dias e vendidos a $ 990.000. Ao final dos 90 dias,
o comprador do título receberá $ 1 milhão por seu investimento de $ 990.000. Os juros pagos
pelo financiamento são, portanto, de $ 10.000 sobre um principal de $ 990.000. A taxa efetiva
de 90 dias sobre a nota promissória é de 1,01% ($ 10.000 ÷ $ 990.000). Supondo -se que o
financiamento.

3.3 Financiamento do comércio internacional


Foram desenvolvidas diversas técnicas especializadas para o financiamento do comércio
internacional. (Brealey, 1998). Para Gitman (2010, p. 594) “afirma que principal veículo de
cartão de crédito, enviada pelo banco da empresa ao fornecedor estrangeiro, declarando que
ele garante o pagamento de um valor faturado, se todas as condições subjacentes forem
atendidas. Essencialmente, o cartão de crédito substitui a reputação e a qualidade de crédito
do cliente comercial pelas de seu banco.
Um exportador norte -americano estará mais disposto a vender a um comprador estrangeiro
se a transação tiver a cobertura de uma carta de crédito emitida por um banco conhecido do
país do comprador.

4 Fontes de Empréstimos de Curto prazo com Garantia


Quando a empresa tiver esgotado suas fontes de financiamento de curto prazo sem garantia,
pode recorrer ao financiamento de curto prazo com garantia. Para tanto, são oferecidos
activos específicos como garantia. A garantia normalmente assume a forma de um activo,
como contas a receber ou estoques. O credor recebe determinados direitos sobre o bem por
meio de um contrato de garantia firmado com o tomador, que especifica o bem dado em
garantia do empréstimo. (Albuquerque1998)
Para autor Gitman (2010, p. 596) “ afirma que além disso, também constam do contrato de
garantia os termos do empréstimo. Uma cópia do contrato é registrada em algum órgão
público — normalmente o judiciário estadual ou municipal”. Esse registro fornece aos
credores posteriores informações sobre quais activos de um tomador em potencial já não
podem ser dados em garantia e protege -os, ao formalizar legalmente seus direitos sobre o
bem.

4.1 Características de empréstimos de curto prazo com garantia

Embora muitos acreditem que as garantias reduzem o risco de um empréstimo, os credores


não costumam compartilhar dessa opinião. Eles reconhecem que a garantia reduzirá as
perdas, se o devedor tornar -se inadimplente, mas a existência de garantias não afecta o risco
de inadimplência. O credor exige garantias para assegurar a recuperação de parte do
empréstimo, em caso de inadimplemento. O que o credor deseja acima de tudo, entretanto, é
ser pago da maneira acordada.
De modo geral, os credores preferem fazer empréstimos menos arriscados com taxas mais
baixas a ficar em uma situação em que sejam forçados a executar as garantias.
4.1.1 Garantias e condições
Segundo Gitman (2010, p. 597).
Os credores de fundos de curto prazo com garantias preferem que essas garantias
tenham duração correspondente ao prazo do empréstimo. Os itens do activo circulante
são a forma mais desejável de garantia porque, via de regra, podem ser convertidos
em caixa muito mais rapidamente do que os bens constante do imobilizado. Dessa
forma, o credor de curto prazo costuma aceitar como garantia apenas os itens
circulantes líquidos.
Normalmente, o credor determina o adiantamento percentual desejável a ser feito pela
garantia. Esse adiantamento constitui o principal do empréstimo e costuma ficar entre 30 e
100% do valor contábil da garantia, variando de acordo com seu tipo e liquidez.
A taxa de juros cobrada sobre empréstimos de curto prazo com garantia costuma ser maior do
que a daqueles sem garantias. Os credores não costumam considerar os empréstimos
garantidos menos arriscados do que os sem garantia. Além disso, negociar e administrar
empréstimos garantidos é mais trabalhoso para o credor.

4.1.2 Instituições que oferecem empréstimos de curto prazo com


garantia
As principais fontes de empréstimos de curto prazo com garantia são os bancos e as
financiadoras. Os dois tipos de instituição oferecem empréstimos de curto prazo garantidos
principalmente por contas a receber e estoques.
As operações dos bancos comerciais já foram descritas. As financiadoras são instituições de
crédito que concedem apenas empréstimos garantidos — tanto de curto quanto de longo
prazos — a empresas. Ao contrário dos bancos, essas instituições não podem receber
depósitos.

4.2 Uso de contas a receber como garantia

De acordo com (Gitman 2010, p. 598) “dois meios comuns de obtenção de financiamento de
curto prazo com contas a receber são o desconto de contas a receber e o factoring. Na
verdade, apenas o penhor de contas a receber cria um empréstimo de curto prazo com
garantia; o factoring refere -se à venda com desconto de contas a receber”
Embora o factoring não seja efectivamente uma forma de crédito de curto prazo com
garantia, envolve o uso de contas a receber para obter os fundos de curto prazo necessários.
4.3 Desconto de contas a receber

O desconto de contas a receber é frequentemente usado para garantir empréstimos de curto


prazo. Como as contas a receber costumam ser bastante líquidas, representam uma forma
atraente de garantia para empréstimos de curto prazo.

4.3.1 Factoring
O factoring envolve a venda, pura e simples, das contas a receber, com deságio, a uma
instituição financeira. O factor é uma instituição financeira especializada na compra de contas
a receber de empresas. Embora isso não seja exactamente o mesmo que obter um empréstimo
de curto prazo, o factoring de contas a receber assemelha -se à tomada de crédito usando
contas a receber como garantia.

4.4 Uso de estoques como garantia

Os estoques costumam vir depois das contas a receber, quando se trata de oferece -lós como
garantia de empréstimos de curto prazo. Seu valor de mercado costuma ser maior do que o
contábil, sendo este a base para estabelecer o valor da garantia. Um credor, cujos
empréstimos estejam garantidos por estoques, provavelmente poderá vendê -los, no mínimo,
pelo valor contábil, em caso de o tomador tornar -se inadimplente.(Brealey 2003)

4.4.1 Gravames flutuantes sobre estoques


Um credor pode se dispor a conceder um empréstimo com gravame flutuante sobre estoques,
isto é, um direito sobre os estoques em geral. Esse tipo de arranjo é especialmente atraente
quando a empresa tem um nível estável de estoques compostos de um grupo diversificado de
mercadorias relativamente baratas. Estoques de itens como pneus, parafusos e sapatos são
bons candidatos a gravames flutuantes. Por ser difícil para o credor verificar a existência dos
estoques, ele costuma oferecer adiantamentos inferiores a 50% do valor contábil do estoque
médio.

4.4.2 Empréstimos com alienação de estoques


De acordo com Gitman (2010, p. 599) “um empréstimo com alienação de estoques costuma
ser realizado contra produtos automotivos, bens de consumo durável e industriais
relativamente caros, os quais possam ser identificados por um número de série”.
Nesses contratos, o tomador fica com os estoques e o credor pode adiantar -lhe de 80% a
100% de seu custo. O credor registra um gravame sobre todos os itens financiados. O
tomador fica livre para vender as mercadorias, mas deve remeter ao credor o valor
emprestado, acrescido dos juros devidos, imediatamente após a venda. O credor então
cancela o gravame sobre o bem. Ele verifica periodicamente os estoques do devedor para
certificar -se de que as garantias ainda estão em seu poder. Os juros cobrados do devedor são
normalmente de 2% ou mais acima da taxa básica.

4.4.3 Empréstimos garantidos por recibo de depósito


Um empréstimo garantido por recibo de depósito é um contrato que outorga ao credor — um
banco comercial ou uma financiadora — o controle dos estoques oferecidos em garantia, que
ficam armazenados por um agente em nome do credor. Depois de escolher garantias
aceitáveis, o credor contrata uma empresa de armazenagem para o papel de agente e toma
posse dos estoques. (Gitman 2010, p. 590)
São possíveis dois tipos de contrato de armazenagem. O terminal de armazenagem é um
armazém central usado para abrigar as mercadorias de diversos clientes. O credor
normalmente usa instalações desse tipo quando os estoques podem ser transportados e
armazenados com facilidade e a um custo relativamente baixo.
Com os armazéns de campo, o credor contrata uma empresa especializada para instalar um
armazém nas dependências do devedor ou para locar parte do armazém do devedor para
abrigar as garantias oferecidas. Independentemente do tipo de instalação, a empresa
armazenadora mantém guarda sobre os estoques e só pode liberar qualquer parte deles com
autorização escrita do credor.
5 Considerações Finais
As obrigações do passivo circulante deverão ser liquidadas com uso do activo circulante, que
é o grupo de activos resultante da operação empresarial, como contas a receber dos clientes.

Automatizar as contas a pagar pode poupar tempo e dinheiro. Grande parte da economia vem
da eliminação do processamento de facturas impressas — um processo demorado de
conciliação de ordens de compra com facturas, verificação de recebimento de produtos,
emissão e remessa de cheques.

A meta da empresa é estender o prazo de pagamento ao máximo, sem prejudicar seu rating

de crédito. Isso significa que as contas devem ser pagas no último dia possível, dados os
termos de crédito anunciados pelo fornecedor

Segundo Gitman (2010, p. 583) “afirma que Ele deve, portanto, analisar detidamente os
termos de crédito para determinar a melhor estratégia de crédito mercantil. Se forem
oferecidos termos de crédito que incluam um desconto financeiro, a empresa terá duas
opções, aproveitar ou rejeitar o desconto financeiro”.
O alongamento do prazo de pagamento de contas possa ser financeiramente atraente,
levanta uma questão ética importante: pode fazer com que a empresa infrinja o contrato que
firmou com seu fornecedor ao comprar a mercadoria. É claro que os fornecedores não verão
com bons olhos os clientes que, de forma regular e proposital, adiam o pagamento de suas
contas.
A maioria das empresas tome empréstimos de maneira honesta e liquide -os da maneira
contratada, algumas não o fazem. Os bancos emprestam fundos de curto prazo sem garantia
de três maneiras principais: notas promissórias de pagamento único, linhas de crédito e
contratos de crédito rotativo. Antes de tratarmos desses tipos de empréstimo, abordaremos as
taxas de juros.
Os empréstimos bancários são mais comuns porque estão disponíveis para empresas de todos
os portes; o uso de commercial paper costuma restringir -se às de grande porte.
6 Referências bibliográfica
Gitman, L, J. (2010). Princípios de Administração Financeira (12ª ed.). São Paulo: Pearson
Prentice Hall.

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