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XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”


Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

Administração de Materiais no Centro de


Distribuição da DESO: Mapeamento dos
Problemas e Proposição de Melhorias
André Luís Pereira de Oliveira (DESO)
drandrelpo@yahoo.com.br

Carlos Anderson Silveira Pedreira (DESO)


andersonpedreira06@gmail.com

Pablo Prata Gama (DESO)


pablopratagama@hotmail.com

Felipe Guilherme de Oliveira-Melo (UNIVASF)


felipe.guilherme@univasf.edu.br

O setor de administração de materiais está diretamente ligado ao


funcionamento adequado das empresas. Em organizações públicas, a
ênfase na eficiência desse setor é ainda maior dado o impacto social e a
necessidade da alocação apropriada dos seus recursos. O contexto atual
da gestão de materiais na Companhia de Saneamento de Sergipe
(DESO) possui desafios que impactam negativamente nas áreas de
compras, armazenamento e distribuição. À luz dessas considerações,
este trabalho visa mapear os principais problemas do Centro de
Distribuição (CD) da DESO e propor ações de melhoria para o
gerenciamento dos materiais. Em relação ao delineamento
metodológico, tem-se um estudo aplicado com caráter exploratório e
descritivo e abordagem qualitativa, sedimentado na pesquisa
documental e na pesquisa de campo. Dentre os principais problemas
identificados, citam-se: criação de “subestoques” nos setores
solicitantes; imprecisão dos inventários; utilização errônea dos centros
de custo; mão de obra insuficinete e desmotivada; infraestrutura física
inadequada; falta de atividades de capacitação para os colaboradores
(política de gestão de pessoas); e limitação no processo de comunicação
entre os setores envolvidos na cadeia produtiva. Em adição, verificou-
se que software utilizado para o gerenciamento de materiais na DESO é
bastante limitado e não se adequa às necessidades do CD. Foram
propostas ações de melhoria para cada um dos problemas. As ações
propostas visam proporcionar benefícios relevantes à DESO sob a ótica
do custo/benefício, respeitando o nível de serviço ao consumidor sem
altos níveis de estoques ou elevados custos de manutenção, com
melhorias no sistema de compras, no sistema de gestão de estoques e na
comunicação interna, promovendo assim, uma gestão de materiais
eficiente e eficaz.

Palavras-chave: Administração pública, Centro de Distribuição,


Gerenciamento de Materiais, Gestão de Estoques.
XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”
Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

1. Introdução
O cenário de evolução dos meios de comunicação, amparado por plataformas digitais e pelas
possibilidades de comprar, armazenar e distribuir produtos em locais cada vez mais
descentralizados, contribui com o aumento da concorrência e, consequentemente, estimula as
empresas na busca por estratégias que as tornem mais competitivas (OLIVEIRA et al., 2019).
Gonçalves (2016) menciona que a expansão da logística, com a utilização dos sistemas de
informações e da internet, impulsionou a administração de materiais visando atender às
expectativas e necessidades dos clientes. Do mesmo modo, Zanon (2008, p. 11) enfatiza que as
organizações fizeram da logística “uma oportunidade para orientar e manter processos em
discussão e aprimoramento constante permitindo buscar formas de realizar atividades simples
e econômicas [...]”. Diante dessas considerações, nota-se que os avanços das tecnologias
aplicadas à logística incitaram o aprimoramento da administração de materiais, com vista a
atender às necessidades dos clientes e minimizar os custos envolvidos, impactando
positivamente na competitividade das empresas.
À luz dessas considerações, enfatiza-se que em qualquer empresa a administração de materiais
é considerada uma atividade-chave, entretanto, as organizações públicas possuem um
compromisso ainda maior com a eficiência dessas atividades, sendo requeridos procedimentos
particulares para atender à legislação deste setor (OLIVEIRA et al., 2019). De acordo com
Fenili (2015), as particularidades da gestão de materiais no setor público contribuem com a
falta de agilidade desse setor, começando com as compras, que são processadas por meio
processos licitatórios, frequentemente onerosos devido aos trâmites burocráticos.
Além disso, existem outros desafios que precisam ser superados para melhorar a eficiência na
gestão dos recursos materiais das organizações públicas, tais como: (i) ineficiência na gestão
de informações, acarretando a tomada de decisões caracteristicamente intuitivas (BRAVO;
MARIANO, 2006); (ii) pouca utilização de boas práticas de gestão, devido ao desinteresse dos
gestores públicos e à incompatibilidade das ferramentas utilizadas no setor privado (WANKE,
2012; PIRES; MACÊDO, 2006); e (iii) a falta de senso de propriedade dos materiais e bens,
que por serem públicos acabam concomitantemente “sendo de todos e não sendo de ninguém”
(OLIVEIRA et al., 2019).
Nesse panorama, considerando, ainda, a carência de trabalhos acadêmicos empíricos voltados
para implementação de melhorias nas práticas de gestão de materiais em organizações do setor
público (BABAI; SYNTETOS; TEUNTER, 2010; SCHEIDEGGER, 2014; TRIDAPALLI;
FERNANDES; MACHADO, 2011), este estudo objetiva mapear os principais problemas do
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Centro de Distribuição (CD) da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) e propor ações


de melhoria para o gerenciamento dos materiais.
Com esse trabalho, acredita-se que aprimoramento da gestão de materiais, baseado nos
principais problemas encontrados na DESO, pode auxiliar positivamente no processo decisório.
Além disso, após a implantação das ações propostas, espera-se o aprimoramento das estratégias
de alocação dos recursos públicos, maximizando o papel social da DESO e o cumprimento das
exigências do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos processos de auditoria.
Este artigo é um recorte de um trabalho monográfico, em nível de especialização, desenvolvido
por meio do MBA em Gestão Empresarial, ofertado pelo Departamento de Administração da
Universidade Federal de Sergipe para gestores da DESO.

1.1 Cenário da pesquisa


A DESO é uma empresa estatal constituída sob a forma de sociedade de economia mista que
possui como principal acionista o Governo do Estado de Sergipe, possuidor de 99,47 % das
ações. A trajetória da DESO iniciou no dia 13 de agosto de 1963, através da Lei nº 1.195
(SERGIPE, 1963), com a criação do Departamento de Saneamento de Sergipe, cujas atribuições
precípuas foram estudar, projetar e executar serviços de abastecimento de água, esgotos e obras
de saneamento em qualquer localidade do território do estado, bem como organizar e dirigir
serviços de água e esgotos que executa ou que lhe seja entregue (DESO, 2018).
O CD da DESO, mais conhecido como Almoxarifado Central, fica localizado no município de
Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, e foi inaugurado em 28 de dezembro 1994 com a missão
de estocar os materiais adquiridos pela companhia. Atualmente é gerenciado pela Gerência de
Compras e Almoxarifado (GCAL) e possui duas coordenações: Coordenação de Compras
(CCOM) e Coordenação de Almoxarifado (CALM).

2. Referencial teórico
Esta seção amplia a discussão do tema central deste estudo, a saber: administração de materiais.
Considerando o contexto de desenvolvimento de trabalho, é dada ênfase à gestão de estoque
como estratégia para melhorar a eficiência dos fluxos de materiais e da alocação de recursos
em organizações públicas.

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2.1. Conceitos da administração de materiais


A administração de materiais é tão antiga quanto à existência do ser humano e envolve as
atividades de compra, produção, estocagem e distribuição de produtos. Todavia, muitas
mudanças têm ocorrido nessa área, principalmente devido à criação de novas ferramentas de
gestão e à utilização de tecnologias de informação e comunicação (MARTINS; ALT, 2009).
Em síntese, define-se a administração de materiais como o processo que envolve planejar,
coordenar e controlar as atividades vinculadas às atividades de compra, formação de estoques,
consumo e distribuição de materiais na organização, contribuindo com o equilíbrio econômico
e financeiro da organização e com a melhoria dos seus resultados (MARTINS; ALT, 2009;
GURGEL; FRANCISCHINI, 2014).
Slack, Chambers e Johnston (2002) preconizam que a administração de materiais visa à garantia
de existência contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que
o compõe, sem tornar excessivo o investimento total.
A administração de materiais tem seu destaque na otimização dos investimentos em estoque,
por meio de planejamento e controle, contribuindo para aumento de lucro em face ao capital
investido. Essa atividade é importante no processo de gerenciamento, pois busca reduzir os
custos e maximizar os resultados e lucros da empresa, além de evitar desperdícios (OLIVEIRA
et al., 2019). Segundo Andreghetti (2017), a administração de materiais mantém maior exatidão
do inventário, melhora o fluxo de materiais, otimiza os custos com logística e fretes e contribui
com o controle de qualidade. Em adição, conforme Gonçalves (2016), a administração de
materiais abrange três áreas igualmente importantes: compras, estoques e distribuição.
A gestão de compras envolve as atividades de identificação de fornecedores, pesquisa de
preços, negociação com o mercado, licitações, qualidade do produto, entre outros. Nessa área,
tem-se a porta de entrada dos produtos na organização, tendo em vista que ela “[...] assegura o
suprimento dos bens e serviços necessários, tanto para produção quanto para as demais
necessidades da empresa” (GONÇALVES, 2016, p. 3).
A gestão de estoques visa responder às perguntas: “o quê, quando e quanto comprar”, e envolve
as atividades de análise de custos de estoque, previsão de consumo/demanda, operacionalização
de sistemas de reposição de estoque, inspeção de mercadorias, entre outros. Por outro lado, a
gestão dos CD objetiva controlar fisicamente os materiais na organização e abrange as
atividades de recebimento, distribuição, movimentação de materiais (GONÇALVES, 2016).
Esta última área é a porta de saída dos materiais da organização.

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Nesse panorama, infere-se que as três áreas supracitadas são indispensáveis para uma boa
administração dos materiais. As estratégias de otimização da gestão de qualquer produto
precisam estar alinhadas às atividades de compra, estoque e distribuição, contribuindo com a
eficiência e eficácia no fluxo de materiais.

2.2. Administração de materiais no setor público


No contexto das organizações públicas, Silva, Pacheco e Bernardes (2009) ressaltam que a
gestão de materiais consiste no gerenciamento dos recursos públicos e suas respectivas
atividades e tem relação com o Princípio da Eficiência, conforme os Princípios e Normas da
Administração Pública na Emenda Constitucional nº 19 de 1998 (BRASIL, 1998).
Mazza (2013) explica que o Princípio da Eficiência é composto por economicidade, redução de
desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional. Esse princípio é
oriundo da iniciativa privada, logo, para aplicá-lo na administração de materiais no setor
público, deve-se considerar também princípios adequados a esse contexto.
Nas empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, as aquisições de
qualquer natureza obedecem a Lei nº 13.303 (BRASIL, 2016), que institui normas para
licitações e contratos nessas entidades, motivo pelo qual tornam-se totalmente transparentes.
Nesse contexto, a principal diferença entre os tipos de compras nos setores público e privado
está relacionada ao grau de formalidade. Os procedimentos de compra nos dois setores se
assemelham, com a diferença substancial da formalidade dos editais de licitação na
administração pública (CABRAL, 2017).
A licitação é um procedimento no qual a administração pública seleciona a proposta mais
vantajosa para o contrato de seu interesse, visando proporcionar oportunidades iguais aos
fornecedores e garantindo o princípio constitucional da isonomia (CASTILHO; GONÇALVES,
2014). Na licitação, deve-se fazer uma descrição/especificação detalhada do material que se
deseja adquirir sem indicação da marca, exceto em casos excepcionais. Nesse contexto, Araújo
(2010) explana que no Brasil, a administração pública, em todas as esferas governamentais, ao
efetuar licitações e contratos, se sujeita aos princípios constitucionais da isonomia, legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, legitimidade e economicidade. A
implementação harmonizada destes princípios é orientada pelo interesse público.
Norteado por essas considerações, percebe-se que a administração de materiais difere entre os
setores públicos e privados, principalmente na forma de aquisição dos produtos. No setor

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público, devido à necessidade de controlar os gastos públicos e cumprir as legislações, o


processo de compra se torna mais oneroso e burocrático, exigindo ainda mais a precisão na
administração de materiais. Nesse sentido, Lima (2018) preconiza que a eficiência e a eficácia
são duas ferramentas importantes na administração de materiais no setor público, tornando o
administrador apto a atingir seus objetivos e metas. Para Garcia (2006), a esfera pública pode
inovar e sofisticar seu processo de compras por meio de técnicas de gestão esquematizadas e
legitimadas.
A administração pública deve respeitar em todas as esferas a legislação vigente para que os
impactos não tragam reflexos negativos ao estado, ao município e, respectivamente, à
população que muitas vezes não tem necessidades básicas de medicação e fornecimento de
insumos atendidas devido à falta de gestão nas compras de materiais.

2. Delineamento metodológico
Em relação à classificação metodológica da pesquisa, tem-se um estudo aplicado cujo objetivo
é a utilização de toda informação disponível para aplicação imediata na solução de problemas
que envolvem uma realidade circunstancial (GIL, 2019).
Em relação aos objetivos, considerando que esta pesquisa visa mapear os principais problemas
do CD da DESO e propor ações de melhoria para o gerenciamento dos materiais, ela é
classificada como exploratória e descritiva. Nesse sentido, primeiramente busca-se explorar o
tema e levantar opiniões acerca do objeto de estudo e, na sequência, descrever as características
e variáveis que influenciam no problema estudado. No que diz respeito à abordagem do
problema, esta pesquisa é classificada como qualitativa. Nesse tipo de pesquisa, “o ambiente
natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave” (SILVA;
MENEZES, 2005, p. 20). Em relação aos procedimentos técnicos, tem-se uma pesquisa de
campo.
A coleta de dados se baseou na realização de dois grupos focais. O grupo focal, também
chamado de “entrevista em grupo” ou “discussões de grupo focal”, é uma técnica para conduzir
entrevistas visando gerar e analisar a interação entre os participantes, na tentativa de se obter
uma visão consensual sobre determinado tema/problema/discussão (BARBOUR, 2009).
Nos dois grupos focais realizados, utilizou-se o brainstorming e o diagrama de causa e feito
como ferramentas para guiar as discussões (CARPINETTI, 2012; KIRAN, 2017). O primeiro
brainstorming se baseou nas áreas da administração de materiais para o levantamento dos

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problemas, sendo elas: compras, recebimento, armazenagem, expedição,


transporte/distribuição/logística e controle (gestão geral) (Figura 1). Barbour (2009, p. 57)
ressalta que os guias de tópicos ou roteiros “permitem ao pesquisador focar-se nas questões
importantes para aqueles sendo estudados, em vez de enfatizar as percepções ou determinações
do pesquisador”. Conforme recomendado por Barbour (2009), os grupos focais tiveram um
número máximo de 10 participantes (de 8 a 12) e incluíram os três estudantes envolvidos na
pesquisa, hora como participante hora como mediadores.

Figura 1 – Realização dos grupos focais na DESO

Fonte: Acervo pessoal dos autores (2018).

Neste estudo, a questão norteadora do brainstorming foi a identificação das “causas de


ineficiência na gestão de materiais na DESO”, dividida em nas áreas supracitadas para facilitar
a reflexão e participação dos colaboradores.
Os dados oriundos da interação com o primeiro grupo focal foram devidamente alocados no
diagrama espinha de peixe, o qual, posteriormente, foi discutido em um segundo grupo focal
para o levantamento das propostas de adequações e melhorias para dos problemas identificados.

4. Resultados e discussão
Nesta seção, detalha-se o mapeamento dos problemas identificados através da elaboração do
diagrama de causa e efeito, tornando-se possível diagnosticar as necessidades de melhorias.

4.1. Mapeamento dos problemas do CD


Com o mapeamento dos problemas do CD da DESO foi possível diagnosticar necessidades de
melhorias em relação às seis categorias do digrama de causa e efeito (6 M’s).
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Em relação ao método, que representa os procedimentos operacionais de trabalho da DESO, os


principais problemas apontados estão ligados à inexistência de padrões que vão desde o
planejamento da aquisição dos materiais, perpassando o recebimento, a armazenagem e, por
fim, a distribuição. No processo de compra, a descrição insuficiente dos itens, a falta de um
planejamento corporativo de compras e de previsões confiáveis sobre a demanda dificultam e
burocratizam as licitações. Muitos dos problemas apontados gravitam em torno da falta de
suporte que o software de gestão fornece nos mais variados aspetos, necessitando do tramite de
muitos documentos físicos, que por vezes se perdem entre receptor e destinatário; e de planilhas
de suporte para coleta e análise de dados, as quais são manuseadas apenas pelo coordenador do
CD e não são integradas ao sistema. Isso cria duplicidade das informações e dificulta o acesso
por parte da gestão estratégia da DESO. Em síntese, infere-se que a assistência dada pelo
software é insuficiente e reflete na ineficiência dos métodos de trabalho, que não podem se
basear nos dados devido à sua baixa confiabilidade e muito menos criar indicadores de
desempenho para a administração dos materiais.
Referindo-se à máquina, o principal problema é a ausência de equipamentos adequados para
conferência de materiais recebidos nas diversas unidades da DESO, como exemplo dos
produtos químicos, que não são conferidos com exatidão devido à falta de balanças (produtos
granulados) e de medidores de vazão e concentração (produtos líquidos). Essa ausência cria
uma fragilidade no controle desses materiais, podendo afetar a quantidade solicitada para o
prazo previsto.
Na categoria material, um dos problemas apontados foi a frequente divergência entre o material
comprado e fornecido. Nessa situação, alguns fornecedores tentam não cumprir a proposta
apresentada no certame licitatório, entregando material de qualidade inferior e/ou
descumprindo o prazo na entrega, chegando a prejudicar as atividades administrativas e
operacionais da DESO. Ainda neste, internamente, apontou-se que existem atrasos na
expedição devido ao software ocultar pedidos de materiais, sendo necessário que o responsável
da unidade solicitante apresenta sua via impressa. No mais, esse mesmo sistema impossibilita
o estorno de materiais entre as Unidades Regionais (URs) devido à falta de rastreabilidade dos
almoxarifados regionais. Adicionalmente, foi discutida a ocorrência de materiais
obsoletos/vencidos devido à falta de alerta pelo software referente ao prazo de validade dos
materiais.

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Quanto à mão de obra, observou-se a existência de vários materiais cadastrados em duplicidade


devido à falta de conhecimento sobre o processo de cadastro e à inexistência de padronização
de processos em diversos setores envolvidos. Notável entre todas URs é a falta de conhecimento
específico sobre o processo de compra, a descrição do material a ser solicitado, os prazos
contratuais, os prazos de entrega, o trâmite de um certame licitatório, além de assuntos e
documentos como livros de controles e conferências. Ainda deste item, discutiu-se sobre mão
de obra insuficiente em alguns setores, sobrecarregando poucos funcionários e causando
doenças ocupacionais e desmotivação.
Na categoria medida, apontou-se a divergência entre quantidade solicitada e entregue referindo-
se aos produtos químicos, pois atualmente as URs não conseguem analisá-los, muito menos
aplicar penalidades a seus fornecedores, por não terem acesso ao sistema. Atualmente, o
produto é recebido por um funcionário em uma unidade e a nota fiscal enviada para atesto ao
CD, ou seja, a informatização desses ambientes traria agilidade ao processo de recebimento,
conformidade e pagamento desses materiais.
A falta de infraestrutura física adequada para armazenamento de materiais no CD e nas URs é
uma característica do meio ambiente, pois inexiste piso industrial e prateleiras porta pallet no
galpão do CD, como também estantes nas URs, dificultando o armazenamento de materiais e o
melhor aproveitamento do espaço físico.
Em síntese, elaborou-se o diagrama de causa e efeito dos principais problemas que envolvem a
gestão de materiais na DESO (Figura 2).

Figura 2 – Diagrama de causa e efeito.


FATORES DE CAUSAS
Previsão de demanda Divergência entre material
Estimativa de quantidade Ausência de equipamentos comprado e fornecido
adequados para
Falta de controle dos conferência de materiais Cultura de descumprimento
materiais de saída direta recebidos do prazo na entrega
Tipo de
Forma de Dificuldade no Equipamentos/ Reduzir o mix de
Material /
trabalho - POP Planejamento Ferramentas materiais
Fornecedor
Orçamentário
Sistema
Ausência de oculta
Método indicadores Máquina Material pedido
Ineficiência na
administração de
Mão de obra Medida Meio Ambiente materiais da
Falta de Layout e
qualificação endereçamento DESO
Aplicação de
Treinamento / Mão de obra Instrumento / penalidades Clima
Manutenção insuficiente Inspeção (Informatização) organizacional
Falta de conhecimento
específico no processo
de compras Divergência entre Falta de estrutura física
Quantidade solicitada para armazenamento
Falta de conhecimento e entregue (Piso industrial, porta pallet
do cadastro de materiais (Análise de produtos químicos) e estante)

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Baseando-se nos problemas levantados, a seção a seguir apresenta propostas de intervenção por
meio de ações de melhoria que visam otimizar o processo de administração de materiais na
DESO.

4.2. Propostas de soluções


O mapeamento dos problemas revelou que o software utilizado para o gerenciamento de
materiais na DESO é bastante limitado e não se adequa às necessidades do CD. Ações como a
emissão de relatórios, a integração entre as URs, a possibilidade de agendar atividades
(lembretes/agenda), a falta de indicação dos prazos de validade dos produtos e a possibilidade
de exportação de planilhas dificultam o controle de informações e, consequentemente, o
desempenho da gestão de materiais. Nesse sentido, sugere-se que a DESO avalie a possibilidade
de mudança no software de gestão ou recorra à implantação de novos módulos que atendam às
necessidades dos gestores e garantam maior controle e eficiência na compra, no armazenamento
e na distribuição dos materiais.
Além das limitações ligadas ao software de gestão de materiais, o Quadro 1 sumariza os
principais problema do CD da DESO e as propostas de intervenção. Buscou-se sugerir ações
que possam ser realizadas em curto prazo, com pouco investimento e por meio do
aproveitamento de estagiários do setor, ofendendo suas respectivas áreas de formação.
Nota-se que muitas dificuldades levantadas neste estudo poderiam ser resolvidas com a emissão
dos relatórios, que poderiam servir de alicerce para a tomada de decisões de forma efetiva e
com a maior celeridade possível. Faz-se necessário também ratificar que a uma das maiores
dificuldades da implantação das melhorias é a parte de pessoal, que deve ser treinada e motivada
continuamente para poder gerar resultados satisfatórios.

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Quadro 1 - Propostas de intervenção para os principais problemas no CD da DESO


Problemas Propostas de intervenção
Galpão de armazenagem possui o piso Elaborar um projeto técnico de reforma identificando os benefícios, os custos
inadequado. e os demais recursos envolvidos para apresentar à presidência da DESO.
Através da homepage do software de gestão disponibilizar acesso à gestão
orçamentaria, onde poderá visualizar os remanejamentos entre as unidades e
valores disponíveis.
Dificuldades no planejamento orçamentário. Buscar um planejamento onde os Gerentes possam fazer a mudança de
valores entre as rubricas de sua responsabilidade.
Buscar minimizar o tempo da autorização orçamentária nas Solicitações
Orçamentárias.
Desenvolver, através do endomarketing, a necessidade de encaminhar a
Descrição insuficiente dos materiais descrição do produto de forma clara e objetiva a especificação do material.
solicitados. Finalização do Catálogo de Produtos em Estoque contendo descrição e foto
dos materiais no software de gestão.
Através de estudo identificar os principais gargalos para que sejam tomadas
Burocracia no registro de autorização de
as medidas cabíveis para diminuir o lead time do processo.
compras (Entrada de documentos; Tempo na
Desenvolver uma cartilha junto as unidades demandantes as vantagens de se
entrega de documentos; tramite físico).
comprar através de ata de registro de preço.
Fazer reuniões através da Diretoria de Gestão Corporativa (DGC) com as
Falta de Planejamento de compras principais áreas buscando o alinhamento na criação e execução do
corporativa (Aquisição de bombas). planejamento das compras corporativas;
Utilização do sistema registro de demandas (sendo obrigatório)
Previsão de demanda (Estimativa de Para qualquer aquisição de material deverá ser utilizado de forma obrigatória
quantidade). o sistema registro de demandas. (Através de RDE).
Falta de procedimento para carregamento. Criação de Procedimentos Operacionais Padrões de operação.
Ausência de procedimentos para Criação de um grupo multifocal para a elaboração e descrição dos
armazenamento. procedimentos de armazenagem.
Elaboração do projeto “A DESO visita a GCAL” onde será possível
Questionamento por setores envolvidos no sensibilizar os demais colaboradores das outras áreas da importância das
processo centralizado. atividades feitas pela GCAL alinhando interesses de forma a garantir uma
relação de ganha-ganha.
Levantamento e estudo de viabilidade para a aquisição de equipamentos
Ausência de equipamentos adequados para
adequados para conferência de matérias à exemplo de balança e medidores de
conferência de materiais recebidos.
vazão adequado para produtos químicos.
Aquisição de balanças (Almoxarifado e ETA’s) para controle por
Divergência entre material comprado e
amostragem das quantidades entregues, com o fito de constatar eventual
fornecido (Qualidade; Preço; Material).
irregularidades.
Falta de conhecimento do cadastro de Revisão e aplicação dos procedimentos operacionais de cadastro e produtos.
materiais (Duplicidade).
Falta de conhecimento específico no Treinamentos específicos no sistema de processo de compras (Prazos
processo de compras (Prazos contratuais; contratuais; Livros de controles; Conferência – Luz; Roteirização; Local de
Livros de controles; Conferência – Luz; entrega);
Roteirização; Local de entrega).
Ausência de estratégia de gestão de pessoas Criação de estratégia de gestão de pessoas como premiações por resultados
(Motivação; Saúde; Relacionamento de redução de custo, redução de erros etc.
interpessoais).
Estudo e contração de mão de obra específica (remanejamento X
Mão de obra insuficiente;
terceirizados).
Falta de qualificação. Criação de estratégia de qualificação específica junto a GGPE.
Aquisição de reservatórios com marca volumétrica que facilite ao receptor da
Divergência entre quantidade solicitada e
mercadoria saber quanto está sendo entregue.
entregue (Análise de produtos químicos).
Aferindo assim o volume e constatando irregularidades.
Falta de estrutura física adequada para Levantamento de necessidade e confecção de projeto de engenharia e
armazenamento orçamento para adequação física da área.
Inserção do campo contendo a localização do item fisicamente no estoque
Layout e Endereçamento.
(corredor e prateleira).

Considerando que esse estudo foi desenvolvido ao longo do ano de 2019, muitas dessas
melhorias já foram implementadas no CD da DESO, inclusive a companhia se inscreveu pela

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primeira vez para concorrer ao Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento (PNQS).


Algumas das ações implementadas foram: rotinas de reuniões para acompanhamento das
atividades, aproximação da equipe e interação para levantamento de novas ideias em relação ao
trabalho; Cine GECA, que visa a exibição de filmes motivacionais ou temáticas relacionadas
ao setor; Diálogo Semanal de Segurança (DSS), com convidados ou funcionário para explanar
sobre temas relacionados ao trabalho; realização de visitas técnicas para receber estudantes de
instituições de ensino do estado e também levar os funcionários para visitar outros centros de
distribuição; reestruturação e pintura do muro através de parcerias com artista da região para
dar visibilidade aos seus trabalhos e evitar pichações; implantação da horta orgânica e criação
local de galinhas (DESO, 2019).

5. Considerações finais
Este estudo visou mapear os principais problemas do Centro de Distribuição (CD) da
Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) e propor ações de melhoria para a gestão dos
materiais e para tomada de decisões. Além dessas proposições, a pesquisa possibilitou também,
sugerir a adoção de uma explícita missão, visão e valores à empresa, melhorias nos critérios de
compras da empresa, adoção de novas práticas no recebimento e controle de estoques, técnicas
de ressuprimento, implantação no sistema dos almoxarifados regionais, identificar os centros
de custos, dentre outros.
Através desse estudo, conclui-se que as ações propostas são viáveis, econômico e
operacionalmente, além de proporcionar benefícios relevantes à DESO sob a ótica do
custo/benefício, respeitando o nível de serviço ao consumidor sem altos níveis de estoques ou
elevados custos de manutenção. Em adição será possível também implementar melhorias no
sistema de compras, no sistema de gestão de estoques, no nível de atendimento ao cliente
interno e na comunicação interna, possibilitando transparência ao processo, promovendo assim,
uma eficiente e eficaz gestão de materiais na DESO.

6. Agradecimentos
Os autores agradecem à Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), à Fundação de Apoio
à Pesquisa e Extensão de Sergipe (FAPESE) e ao Departamento de Administração da
Universidade Federal de Sergipe.

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XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”
Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

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