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Alósio Chingudo
Delton Fevereiro
Edgar Victor
Elisa Silvestre
Gervásio zefanias
Isolda Sergio
Júrcia Rafael
Licenciatura em Direito
Universidade Save
Maxixe
2019
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Alósio Chingudo
Delton Fevereiro
Edgar Victor
Elisa Silvestre
Gervásio zefanias
Isolda Sergio
Júrcia Rafael
Universidade Save
Maxixe
2019
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Índice
Introdução..............................................................................................................................................3
1.Estabelecimentos comerciais..............................................................................................................4
1.1.Conceito..........................................................................................................................................4
1.2.Natureza de estabelecimento comercial...........................................................................................4
1.3.Componentes de estabelecimento comercial....................................................................................5
1.4.Elementos do estabelecimento comercial........................................................................................5
1.5.Disposição do estabelecimento comercial........................................................................................6
2.Empresario Comercial........................................................................................................................6
2.1.Conceito..........................................................................................................................................7
2.2.Requisitos para o exercício da actividade comercial........................................................................8
2.3. Obrigações dos empresários comerciais.......................................................................................10
2.4.Diferença entre estabelecimento e empresa comercial...................................................................10
Conclusão............................................................................................................................................11
Bibliografia..........................................................................................................................................12
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Introdução
Ora, quando falamos de empresário como elemento da empresa, que tem deveres e
obrigações, para com a organização produtiva, embora em posição proeminente nessa
estrutura, não o reverenciamos como um suserano feudal, de buraco e cutelo, como
concebíamos o antigo comerciante, senhor absoluto de seu próprio interesse. Hoje, o
empresário comercial tem em seus empregados não servos, como não há muito eram os
empregados, mas colaboradores integrados todos, e com interesses bem definidos, no sucesso
da empresa.
Portanto, neste trabalho fizemos uma abordagem destes conceitos, fazendo uma diferenciação
e uma comparação em torno da realidade moçambicana e sob ponto de vista da doutrina.
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1.Estabelecimentos comerciais
1.1.Conceito
E como estabelece no seu artigo 69º do código comercial como “unidade dos
estabelecimentos constitutivos da actividade comercial representados pelo capital e trabalho,
valorizados pela organização, a fim de que o empresário comercial passa a exercer, com
eficiência, a sua actividade”. Ou seja, estabelecimento comercial é o bem patrimonial que o
empresário detém que possibilita o exercício da sua actividade comercial.
O empresário comercial pode ter mais de um estabelecimento comercial que possa exercer
suas actividades, considerando – se o estabelecimento principal onde funciona a
administração e o controle efectivo da actividade produtiva, e o estabelecimento secundário
(filiais, sucursais, e agencias) seria aquele onde se verifica uma menor autonomia
administrativa, conforme prevê o artigo 70º do código comercial.
O estabelecimento comercial comporta bens de mais variada natureza podendo eles serem
corpóreos ou incorpóreos, e estes tem uma ligação directa com a actividade empresarial.
Os bens podem ser móveis, imóveis, materiais e imateriais, clientela e patentes, dai que não
se pode afirmar a existência de um modelo fixo de estabelecimento comercial.
Os elementos corpóreos são os que integram bens móveis e imóveis, e os incorpóreos estão as
insígnias do comércio, as marcas, as patentes de invenção, os direitos do autor, a clientela e a
defesa contra a concorrência desleal. E os incorpóreos são os que incluem as figuras de
aviamento, a capacidade de gerar lucros como elementos incorpóreos. Desta forma, pode se
afirmar que o estabelecimento comercial que alguns dos seus elementos podem ser
transaccionados, sem colocar em risco a existência do mesmo.
Elementos corpóreos estão relacionados com as mercadorias, que são bens móveis destinados
a venda, incluindo a matéria-prima, os produtos semi-acabados e os produtos acabados.
Elementos incorpóreos são os dizem respeito aos direitos, resultantes do contrato ou outras
fontes, que respeitam ao estabelecimento.
Clientela, o direito que é dado ao estabelecimento, que abrange a clientela certa e a potencial
clientela, para a protecção da concorrência desleal.
Usufruto: corresponde a direito real de gozo que recai sobre a coisa alheia, conferindo ao
usufrutuário (pessoa para quem foi constituído o usufruto) a capacidade de usar as utilidades
e os frutos (rendas) do estabelecimento, ainda que não seja o proprietário. O usufrutuário tem
direito a posse, uso, administração e percepção dos frutos (rendas) pertencentes ao
estabelecimento comercial.
Trespasse: é todo e qualquer negócio jurídico pelo qual seja transmitido indefinidamente e
inter vivos um estabelecimento comercial, como unidade, excluindo a transmissão mortis
causa. O primeiro aspecto do trespasse é a forma, pois nos termos do número 1 do artigo 73º
do código comercial é condicionada a validade de qualquer negócio relacionado ao
estabelecimento a celebração por escritura pública. No que concerne as dívidas do
comerciante inerentes ao estabelecimento comercial, o adquirente do mesmo responde pelos
débitos derivados da respectiva exploração e anteriores ao trespasse, sem que o alienante seja
libertado, salvo se assim os credores consentirem, no termos do artigo 77º do código
comercial.
2.Empresa Comercial
Mas hoje o conceito social de empresa, como o exercício de uma actividade organizada,
destinada à produção ou circulação de bens ou de serviços, na qual se reflectem expressivos
interesses colectivos, faz com que o empresário comercial não seja mais o empreendedor
egoísta, divorciado daqueles interesses gerais, mas uni produtor impulsionado pela
persecução de lucro, é verdade, mas consciente de que constitui uma peça importante no
mecanismo da sociedade humana. Não é, ele, enfim, um homem isolado, divorciado dos
Anseios gerais da colectividade em que vive.
2.1.Conceito
Mas já se acentua em alguns países, como na França e na Alemanha, a redução desse poder
de iniciativa do empresário comercial, impondo-se-lhe, através da lei, a divisão desse poder
de iniciativa, concedendo-se participação na direcção da empresa a representantes dos
empregados. Contudo, isso é verdade para determinadas empresas.
No nosso ordenamento jurídico, a empresa comercial é tida como sendo toda a organização
de factores de produção para o exercício de uma actividade económica destinada à produção,
para a troca sistemática e vantajosa, de acordo com o artigo 3 do Código Comercial.
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Em vista das disposições legais e dos princípios doutrinários deles extraídos, concorrem para
a qualificação de empresário comercial individual os seguintes requisitos: capacidade;
exercício de actos de comércio e profissão habitual.
Segundo o artigo 9 do Código Comercial, pode ser empresário comercial toda a pessoa
singular, residente ou não residente, ou pessoa colectiva, com sede estatutária no País ou não,
que tiver capacidade civil, sem prejuízo do disposto em disposições especiais.
1. O menor de idade, que seja maior de dezoito anos, pode exercer actividade empresarial,
desde que devidamente autorizado.
a) Pelos pais, desde que detenham a guarda do menor; b) pelo tutor; c) pelo juiz, na falta dos
pais ou do tutor, ou quando entender conveniente e oportuno aos interesses do menor.
3. A autorização para o exercício da actividade empresarial deve ser outorgada por escrito,
podendo o instrumento de autorização limitar os poderes ou impor condições para o seu
exercício, indicar o ramo da actividade a ser explorado pelo menor, fixar prazo de validade da
autorização e, mesmo quando concedida por tempo determinado, pode ser revogada, a
qualquer altura, pelo outorgante, salvaguardados os direitos adquiridos de terceiros.
4. Não havendo fixação de prazo de validade nem limitação de poderes, presume-se que a
autorização tenha sido concedida por tempo indeterminado, ficando o menor habilitado para a
prática de todos os actos próprios da actividade empresarial.
2. O cônjuge somente pode avalizar títulos de crédito ou prestar outra garantia com a
anuência expressa do outro cônjuge, sob pena da nulidade do acto praticado, excepto
tratando-se de bens pessoais.
3. O cônjuge que se sentir prejudicado com a prática de acto que possa comprometer o
património do casal pode manifestar a sua oposição nos termos da lei.
Pelas obrigações mercantis que contrair o cônjuge separado legalmente de pessoas e bens, ou
simplesmente de bens, respondem todos os seus bens não dotais, podendo, para actos de
comércio, empenhá-los, vendê-los, hipotecá-los e aliená-los de qualquer forma, sem
autorização do outro cônjuge.
Impedimentos
a) As pessoas colectivas que não tenham por objecto interesses materiais; b) os impedidos por
lei especial.
2. O disposto no número anterior aplica-se às pessoas colectivas que não tenham por objecto
interesses materiais.
d) Prestar contas
Conclusão
Portanto, é necessário que o empresário preencha todos os requisitos previstos por lei, para
que este seja tido como um empresário comercial.
É através dos fatos, portanto, que, atendendo aos pressupostos legais, se qualifica alguém
como comerciante. É necessário, pois, indagar se alguém é comerciante pelos actos de
comércio que pratica, verificada a prática de actos de comércio, deve-se provar que essa
prática configura uma profissão.
Percebemos ainda que o estabelecimento empresarial, por ser bem integrante do património
do empresário, é também garantia dos seus credores. Por esta razão, a alienação do
estabelecimento empresarial está sujeita à observância de cautelas específicas, que a lei criou
com vistas à tutela dos interesses dos credores de seu titular.
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Bibliografia
CORDEIRO, António Menezes. Da boa fe no direito civil. Vol. II. Coimbra: Almedina,
2017.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 23ᵃ Ed. São Paulo: Saraiva editora,
2011.