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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

PROCEDIMENTOS PARA CONTRATAÇÃO DE EMPREITADA PARA


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO ESTADO

Nome: Carlitos Amido Maulana Milolia


Código do Estudante: 708204679

Curso: Administração Pública


Cadeira: Planificação de Bens e
Serviços Públicos
Ano de Frequência: 4º Ano

Pemba, Abril de 2023

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Pontuação Nota do
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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índic

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e
1. Introdução....................................................................................................................5
1.1. Objectivo..................................................................................................................5
1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................5
1.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................5
1.2. Metodologias de pesquisa........................................................................................6
2. Fundamentação teórica................................................................................................6
2.1. Princípios da contratação de empreitada para prestação de serviços ao Estado......6
2.2. Regimes jurídicos de contratação............................................................................8
a) Regime geral................................................................................................................8
b) Regime especial..............................................................................................................9
c) Regime excepcional.....................................................................................................9
3. Procedimento e requisitos de contratação...................................................................9
3.1. Requisitos gerais......................................................................................................9
3.2. Requisitos específicos da elegibilidade para contratação......................................10
3.3. Habilidades exigidas para o apuramento das propostas.........................................11
3.4. Procedimentos de contratação...............................................................................12
3.4.1. Elaboração..........................................................................................................12
3.4.2. Lançamento do concurso....................................................................................12
3.4.3. Apresentação das propostas pelos concorrentes................................................13
3.4.4. Abertura das propostas dos concorrentes...........................................................13
3.4.5. Avaliação das propostas dos concorrentes.........................................................13
3.4.6. Classificação e recomendação do júri................................................................14
3.4.7. Adjudicação do Concurso..................................................................................14
3.4.8. Contratação da Empresa Adjudicado.................................................................14
3.4.9. Recepção do objecto contratual.........................................................................15
3.4.10. Guarda ou arquivação dos documentos..............................................................15
4. Considerações finais..................................................................................................15
5. Referências bibliográficas.........................................................................................16

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1. Introdução

Neste trabalho, pretende-se analisar os conteúdos de aplicação do regulamento de contratação


pública, tendo em conta as várias etapas que devem ser seguidas pelos diferentes
intervenientes, com deveres dos singulares desde a fase do concurso quanto na fase de
execução do contrato em consonância com o Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto que
aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de
Bens e Prestação de Serviços ao Estado.

O procedimento de contratação surge no âmbito da Reforma do Sector Público da


Administração Pública Moçambicana harmonizado com o Sistema de Administração
Financeira do Estado (SISTAFE); subsistema do património do Estado, que compreende
todos os órgãos e instituições do Estado e as respectivas normas e procedimentos, bem como
princípios e regras para efeito de contratação e de gestão patrimonial.

Contudo, antes de darmos passos largos, convêm apresentarmos os objectivos do trabalho:

1.1. Objectivo
1.1.1. Objectivo geral

Segundo Lakatos e Marconi (2001:102) "estão ligados a uma visão global e abrangente do
tema, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese
proposta pelo projecto."

Assim o presente trabalho de campo tem como objectivo geral:

 Analisar os procedimentos para contratação de empreitada para prestação de serviços ao


estado.
1.1.2. Objectivos específicos
 Descrever os princípios da contratação de empreitada para prestação de serviços ao
estado;
 Entender os regimes Jurídicos de Contratação pública;
 Descrever os procedimentos e requisitos de contratação.

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1.2. Metodologias de pesquisa

Para a fundamentação teórica do trabalho, realizou-se pesquisas em bibliografias e


legislações com a finalidade de esclarecer os objectivos expostos no presente trabalho e
evidenciar a importância da Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de
Bens e Prestação de Serviços ao Estado.

Contudo, o trabalho esta estruturada da seguinte maneira: Primeiro é apresentada a


introdução, os objectivos do estudo: geral e específico e a metodologia. Segundo é
apresentada desenvolvimento do trabalho e por terceiro e último temos os resultados, as
conclusões ou recomendações e referências bibliográficas.

2. Fundamentação teórica

O dispositivo legal da contratação pública estabelece certos padrões diferenciado em função


de concursos em diferentes conjunturas. Porém cada modalidade de concurso determina o
regime jurídico de contratação. O Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, Decreto que aprova o
regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado.

A prossecução de interesse público o seu gasto deve ser acompanhado de princípios de


economicidade tendo sempre presente a eficiência e eficácia na contratação de Empreitada de
Obras Públicas e Fornecimento de Bens e Prestação de serviço ao Estado devendo ser um
processo optimizador, associado ao facto de recursos serem escassos a razão da importância
de planificações e criação de prioridade das necessidades em função da disponibilidade de
fundo que garante a cobertura das actividades a serem levando acabo.

2.1. Princípios da contratação de empreitada para prestação de serviços ao Estado

De acordo com Samananga (2012), dentro da contratação pública em termos de empreitadas


de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços como regimento
administrativo, são aplicáveis aos seguintes princípios fundamentais a destacar:

i) Legalidade – neste estabelece que a entidade contratante deve actuar em


conformidade com a lei, para tal os poderes não puderam ser usados para a
prossecução de fins diferentes dos atribuídos por lei, a não observância para parte do
contraente os acto são considerados inválidos dados assim aos concorrentes a dispor

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recursos a reclamação, reclamação hierárquica ou recursos contenciosos com vista a
contorno das decisões tomadas.
ii) Finalidade – refere o assegurar da contratação na implementação do regulamento
com vista prossecução do interesse público no qualquer contrato a ser praticado pela
entidade contratante.
iii) Razoabilidade – estabelece a observância sempre que necessário pelo bom senso e
equilíbrio, na sua actuação com vista a prossecução de interesse público.
iv) Proporcionalidade – estatui a tomada de medida convenientes no assegurar com
vista a prossecução de interesse público.
v) Prossecução do interesse público - estabelece a observância do interesse público,
desprotegido de prejuízos de interesses dos particulares protegidos por lei.
vi) Transparência – promover garantia de acesso a informações de todos actos relativos
a contratação pública relativos aos documentos de concursos, anúncios de concursos e
adjudicação, cancelamento e da invalidação do concurso que deve ser publicado de
modo as pessoas singulares e colectivos quem pretendam contratar com o Estado.
vii) Publicidade – estabelece os mecanismos de tornar público recorrendo os meios
adequados e previsto no regulamento e actos de realização de concurso, adjudicação,
cancelamento e da invalidação e ademais actos de interesse públicos.
viii) Igualdade – estabelece tratamento de forma igual e condições igual pelo entidade
contratante aos pessoas singulares ou colectivas que pretendam contratar com o
Estado perante a lei.
ix) Concorrência – estatui o privilégio a realização de processo competitivo, propiciando
condições e favoráveis a todos concorrentes interessados em contratar com o Estado.
x) Imparcialidade – estabelecimento de garantia aos titulares os membros dos órgãos
abstenham praticar ou praticar em actos administrativos que beneficie directa ou
indirectamente a se ou seus cônjuges, parentes ou afim bem com outras entidades com
as quais possa ter conflito de interesses nos termos da lei.
xi) Boa-fé – observância de procedimento de contratação pública, em todas suas formas e
fases, devem actual e relacionar-se de acordo com valores fundamentais do direito
pela relevante em face das situações considerados e, termos especiais, confianças
suscitadas na contra parte pela actuação em causa e objectivos a alcançar com
actuação realizado.

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xii) Estabilidade – estabelece a prática e observância dos princípios e regras previamente
definidos nos regulamentos, documentos de concursos e demais legislação sobre
matéria aplicável.
xiii) Motivação – garantia de todos actos praticados sejam justificados e tenham
enquadramento legal, nas pessoas singulares ou colectivas do processo de contratação
tem direito de conhecer as razões de facto e de direito que serviram de bases para
tomada de decisão por parte de entidade contratante.
xiv) Responsabilidade – estabelece a resposta de conduta dos seus funcionários ou
agentes de que resultem danos a terceiros, nos termos da responsabilidade civil do
Estado, sem prejuízo do direito regresso conforme as disposições de código cível;
xv) Boa gestão financeira – actuação em conformidade com os princípios da
economicidade, eficácia e eficiência nos gastos dos recursos económicos e financeiros
na contratação pública.
xvi) Celeridade – garantia de processo de contratação seja célere e eficiente de modo que
o concurso seja lançados e adjudicados dentro de prazos razoáveis de modo a
assegurar a economia e eficácia na contratação pública.
2.2. Regimes jurídicos de contratação

O Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto que aprova o regulamento de Contratação de


Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.,
estabelece no seu Art.5º três (3) regimes jurídicos para contratação pública, a destacar:

a) Regime geral

As modalidades do Regime Geral para a contratação de empreitada de obras públicas,


fornecimento de bens, prestação de serviços ao Estado e concessões são as seguintes:

i) Concurso Público;
ii) Concurso com Prévia Qualificação; e
iii) Concurso em Duas Etapa.

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b) Regime especial

 A Entidade Contratante pode adoptar normas distintas das definidas no presente


Regulamento para:
i) Contratação decorrente de tratado ou de outra forma de acordo internacional entre
Moçambique e outro Estado ou organização internacional, que exija a adopção de regime
específico; e
ii) Contratação realizada no âmbito de projectos financiados, total ou substancialmente,
com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de
cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral, quando a adopção de
normas distintas conste, expressamente, como condição do respectivo acordo ou
contrato.
 A adopção de normas distintas das do presente Regulamento com fundamento neste
artigo deve ser previamente autorizada pelo Ministro que superintende a área das
Finanças.
 A Entidade Contratante deve fazer constar no Anúncio e Documentos de Concurso as
regras adoptadas que sejam distintas das definidas no presente Regulamento.
c) Regime excepcional

Sempre que se mostre conveniente ao interesse público e estejam presentes os requisitos


fixados no presente Regulamento, a Unidade Gestora Executora das Aquisições deve,
fundamentando, propor à Autoridade Competente a aplicação de Regime Excepcional para
contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços ao
Estado.

As modalidades de contratação em Regime Excepcional são as seguintes:

i) Concurso Limitado;
ii) Concurso por Lances;
iii) Concurso de Pequena Dimensão;
iv) Concurso por Cotações; e
v) Ajuste Directo.
3. Procedimento e requisitos de contratação

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O procedimento de contratação deve ser instaurado pela Unidade Gestora Executora das
Aquisições, através da abertura do respectivo processo administrativo, devidamente autuado,
numerado e contendo a autorização escrita da Autoridade Competente para sua realização.
3.1. Requisitos gerais

Esta habilitada a qualquer pessoa singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, que satisfaz
os critérios de elegibilidade definidos nos requisitos de contratação na administração pública
é elegível a concorrer em concursos de aquisições do Estado, (Falaque, 2014).

3.2. Requisitos específicos da elegibilidade para contratação


a) Concorrente Nacional - Para efeitos do presente regulamento, considera-se concorrente
nacional:
 Pessoa singular que possua nacionalidade moçambicana e devidamente registada para o
exercício de actividade económica;
 Pessoa colectiva que tenha sido constituída nos termos da legislação moçambicana e cujo
capital social seja detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular
moçambicana ou por pessoa colectiva moçambicana cujo capital social seja
maioritariamente detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular ou
colectiva moçambicana; e
 Pessoa singular ou colectiva registada em Moçambique, há mais de cinco (5) anos, com
capital social maioritariamente estrangeiro.
b) Concorrente Estrangeiro - O concorrente Estrangeiro deve atender às normas gerais
fixadas no presente Regulamento, em legislação específica e nos Documentos de
Concurso, mediante apresentação de documentos equivalentes aos exigidos à
concorrentes nacionais, porem lhe é acrescido de:
 Ter procurador residente e domiciliado no País ou representante do concorrente no País,
com poderes para receber notificação, intimação e responder administrativa e
judicialmente pelos seus actos, juntando o instrumento de mandato ou equivalente com os
documentos determinados no presente Regulamento;
 Comprovar a sua qualificação jurídica, económico-financeira, técnica e regularidade
fiscal no país de origem;
 Comprovar a inexistência de pedidos de falência ou apresentar concordata ou documento
equivalente no país de origem; e
 Proceder à entrega dos documentos escritos em língua portuguesa.

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c) Consórcio e Associação - É permitida a participação nos concursos, de concorrentes
constituídos em consórcio e associação. Nos seguintes moldes:
 A participação dos membros em conjunto e não, isoladamente nem integrando no outro
consórcio ou associação;
 O nome e qualificação de cada membro integrante do consórcio e a indicação da
participação de cada um deles;
 A indicação do membro representante do consórcio perante a entidade contratante, com
poderes para assumir obrigações e para receber notificação e intimação em nome de todos
os membros integrantes do consórcio; e
 A assunção de responsabilidade solidária dos membros integrantes do consórcio por todas
as obrigações e actos do consórcio.
3.3. Habilidades exigidas para o apuramento das propostas
a) Económico-financeira - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos para
singular, apresentação declaração periódica de rendimentos e para colectiva apresentação
de declaração periódica de rendimentos; declaração de informação contabilística fiscal; e
declaração de que não há pedido de falências;
b) Jurídica ou técnica - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão
emitida por pessoa de direito público ou privado, comprovativa do registo ou inscrição
em actividade profissional compatível com o objecto da contratação, declaração
comprovativa das instalações e equipamentos adequados e disponíveis para a execução do
objecto da contratação, declaração equipa profissional e técnica disponível para execução
do objecto da contratação, acompanhada dos respectivos currículos;
c) Regularidade Fiscal - se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão
válida de quitação emitida pela administração fiscal; declaração válida emitida pela
instituição responsável pelo sistema nacional de segurança social; e documento válido
emitido pelo Instituto Nacional de Estatística que comprove que a empresa presta
informação regular, nos termos da legislação estatística vigente.
d) Os concorrentes que pretendem participar em contratações públicas deverão registar-se no
Cadastro Único para poderem concorrer em contratações públicas. A UFSA emite um
certificado de registo às entidades no Cadastro Único, cuja validade é de um ano.

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3.4. Procedimentos de contratação
3.4.1. Elaboração

A UGEA verifica o plano de contratação e o respectivo cabimento orçamental, após dessa


providencia os documentos para aprovação interna e posterior lançamento do concurso,
(Falaque, 2014).

A UGEA recebe uma solicitação do interessado a indicar a necessidade de contratação de


obras, fornecimento de bens ou prestação de serviços, ou a própria UGEA identifica a
necessidade de uma contratação. Após a emissão do documento de concurso e da elaboração
do respectivo anúncio a UGEA encaminha estes documentos para aprovação da Autoridade
Competente, propondo a autorização para a instauração do procedimento de contratação e
lançamento do concurso.

A Autoridade Competente recebe a proposta de autorização para a instauração do


procedimento de contratação e lançamento do concurso e, se estiver de acordo:

i) Autoriza a instauração do procedimento de contratação e lançamento do concurso;


ii) Aprova o Documento de Concurso e o respectivo Anúncio;
iii) Devolve o processo para a UGEA, para lançamento e acompanhamento do processo.
3.4.2. Lançamento do concurso

A UGEA, após receber a aprovação da Autoridade Competente deverá realizar os seguintes


procedimentos administrativos:

 Providenciar a numeração do concurso;


 Providenciar a publicação do anúncio do concurso no jornal de maior circulação e/ou na
Rádio (aplicável ao concurso);
 Providenciar a colocação de cópia do Anúncio na sede da Entidade Competente, num
local de acesso público;
 Providenciar o envio de correspondência para todos os membros do júri e para o
presidente, informando sobre a sua designação e a data, hora e local em que ocorrerá a
sessão pública para recepção das propostas;
 Enviar uma cópia do anúncio para a UFSA.

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3.4.3. Apresentação das propostas pelos concorrentes

A UGEA deve elaborar uma lista dos concorrentes que entregaram propostas contendo:

 A ordem de entrega das propostas;


 A identificação do concurso;
 O nome e o endereço do concorrente;
 A data e a hora em que a proposta foi entregue.

No acto da entrega da proposta deve ser entregue ao concorrente o comprovativo da sua


recepção. Depois de terminado o prazo de entrega das propostas, a UGEA, deverá entregar
para o Júri as propostas recebidas acompanhadas da respectiva lista de entrega. A partir deste
momento a responsabilidade pelas propostas é assumida pelo Júri, com o apoio
administrativo da UGEA.

3.4.4. Abertura das propostas dos concorrentes

Segundo Saramanga (2012), o júri, em posse das propostas recebidas, deverá abri-las
publicamente no horário definido para o acto, na presença dos concorrentes e de outros
interessados que desejarem assistir a sessão. O representante do concorrente não é obrigado a
assistir a sessão.

A sessão de abertura deve observar o seguinte procedimento:

 A identificação do concurso;
 A leitura da lista dos concorrentes, pela ordem de recepção das propostas; e
 A abertura dos invólucros contendo os documentos de qualificação e as propostas.
3.4.5. Avaliação das propostas dos concorrentes

Logo após à sessão de abertura das propostas, o júri deve providenciar a remessa ao sector
financeiro, dos originais das garantias provisórias para registo e arquivo. Uma cópia das
garantias e do comprovativo da recepção pelo sector financeiro será junta no processo. A
avaliação das propostas deve seguir estritamente os critérios e factores indicados previamente
nos documentos de concurso (Art.73-6).

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As deliberações do júri devem ser registadas em acta. Se for necessário, o júri poderá solicitar
o parecer de técnicos especializados na matéria. Para o efeito, o presidente do júri deve enviar
a solicitação escrita para a autoridade competente.

Saneamento das falhas ou erros nas proposta: Se o júri verificar que existem falhas e ou
omissões de natureza formal, poderá autorizar o saneamento da falha e ou omissão pelo
concorrente. Para o efeito, o Júri deverá enviar uma notificação escrita para o concorrente, a
indicar o prazo em que o concorrente deve fazer a correcção da falha ou do omitido.

3.4.6. Classificação e recomendação do júri

Após o saneamento (se houver) o Júri deve promover a classificação e desclassificação das
propostas, de acordo com o que está estabelecido nos Documentos de Concurso. Todas as
decisões de desclassificação devem estar devidamente fundamentadas. O Júri deve preparar o
Relatório de Avaliação das propostas, que deve conter no mínimo as seguintes informações:

 Os dados do concurso (número, modalidade e objecto);


 A fundamentação das decisões de classificação ou desclassificação;
 A recomendação de adjudicação; e
 A assinatura do Júri.
3.4.7. Adjudicação do Concurso

O Relatório de Avaliação, contendo a recomendação de adjudicação, deve ser enviado para a


Decisão da AC através da UGEA. É responsabilidade da UGEA fazer o acompanhamento da
situação do processo e zelar pelo cumprimento dos prazos.

Autoridade Competente deve examinar a documentação enviada pelo Júri e emitir o despacho
de adjudicação. Se houver falhas que impeçam a adjudicação, os documentos serão
devolvidos para o Júri fazer as correcções necessárias.

3.4.8. Contratação da Empresa Adjudicado

Após a divulgação do resultado do concurso, a Entidade Competente deverá notificar, no


prazo de cinco dias úteis contados da adjudicação, ao concorrente vencedor para que
apresente as certidões actualizada que eventualmente tenham caducado durante o concurso.
Após apresentação das certidões actualizada, o concorrente vencedor é convidado novamente,

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para no prazo mínimo de dez dias e no máximo de trinta dias apresentar a garantia e para
assinar o respectivo contrato.

O contrato deve ser assinado de acordo com o modelo que constou do Documento de
Concurso. A assinatura do contrato em condições diferentes dá origem à invalidade. Depois
de devidamente assinado, no prazo de cinco dias, o Contrato de Adjudicação deve ser
submetido ao Tribunal Administrativo, para efeitos de fiscalização prévia.

3.4.9. Recepção do objecto contratual

O objecto do contrato deve ser objecto de recepção pela Entidade Competente, de acordo
com o seguinte:

 Recepção de Empreitadas de Obras Públicas;


 Provisoriamente - logo após a conclusão da obra, após a vistoria da EC sob o testemunho
do fiscal;
 Definitivamente -findo o prazo máximo de garantia de um ano, após a nova vistoria de
todos os trabalhos de empreitada.
 Recepção de Bens e Serviços:
 Logo após a recepção dos bens e serviços e a verificação de que os mesmos estão em
conformidade com o contrato, no local de entrega ou da execução.
3.4.10. Guarda ou arquivação dos documentos

É responsabilidade da UGEA o arquivamento e guarda dos documentos, sob supervisão do


Autoridade Competente. Todos os documentos originais e os actos decisórios devem ser
devidamente numerados e mantidos no respectivo processo administrativo para fins de
fiscalização dos órgãos responsáveis pela fiscalização podendo ser interna como externa.

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4. Considerações finais

Chegados a considerações finais fica evidente que os procedimentos para contratação de


empreitada para prestação de serviços ao Estado são fases ou etapas que começam desde a
elaboração do plano de contratação através da UGEA espelhando o respectivo cabimento
orçamento ate a guarda ou arquivação dos documentos.

Estes procedimentos estão a luz do Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, Decreto que aprova o
regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado.

Contudo, conclui-se que os objectivos propostos neste trabalho foram todos alcançados, pelo
que a pesquisa só pode ser positiva. Ademais o trabalho está aberto a critica e sugestão, pois,
isso permite a o melhoramento contínuo dos mesmos.

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5. Referências bibliográficas

Lakatos, Eva Maria e Marconi, Maria de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica.


5ª Ed. Atlas S.A., S. Paulo, 2003;

Falaque, Castiguinho Basílio. Contratação Pública em Moçambique (Planificação de Bens e


Serviços Públicos).

Samananga, M. F. Manual de Contratação Pública em Moçambique. Beira: UCM. 2012.

Legislação consultada

Boletim da República (2016). Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, que Aprova o Regulamento
de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de
Serviços ao Estado e revoga o Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio. 1o Suplemento. I Série
Número 28. Publicação Oficial da República de Moçambique, Imprensa Nacional: Maputo

Ministério das Finanças (2008). Direcção Nacional do Património do Estado: Unidade


Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA); Manual de Procedimentos de Contratação
de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado:
Imprensa Nacional: Maputo.

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